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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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seminário “Os nomes <strong>do</strong> pai”, Lacan (1963) diz que o sacrifício e<strong>xi</strong>gi<strong>do</strong> por Deus a Abraão<br />

nos faz enten<strong>de</strong>r que a herança <strong>do</strong> pai freudiano resi<strong>de</strong> no complexo <strong>de</strong> castração.<br />

A <strong>de</strong>scoberta freudiana e a lógica matemática levaram Lacan a formular a tese <strong>de</strong> que o<br />

significante Nome-<strong>do</strong>-Pai <strong>de</strong>termina e or<strong>de</strong>na a ca<strong>de</strong>ia significante, regulan<strong>do</strong> o gozo inerente<br />

a ela, gozo limita<strong>do</strong> pela renúncia ao objeto primordial <strong>de</strong> gozo. Essa tese se afirma com as<br />

fórmulas <strong>da</strong> sexuação e com o tardio <strong>de</strong>senvolvimento <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia borromeana no ensino <strong>de</strong><br />

Lacan.<br />

A necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> recorrer a essa noção se impõe <strong>de</strong>vi<strong>do</strong> à ine<strong>xi</strong>stência <strong>da</strong> relação<br />

sexual. Uma amarração <strong>da</strong>s três instâncias R.S.I. constitui a topologia mínima capaz <strong>de</strong> captar<br />

a estrutura <strong>do</strong> sujeito e construir a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> para o ser falante. A topologia <strong>do</strong>s nós baseia-se<br />

na idéia <strong>do</strong> furo, já que o <strong>de</strong>sejo só se sustenta em uma falta (Lacan, lição <strong>de</strong> 15 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong><br />

1975). “A ca<strong>de</strong>ia borromeana é um triplo furo” (Lacan, 1975: 267) que <strong>de</strong>limita o quarto furo<br />

on<strong>de</strong> se aloja o objeto a. Esses furos se presentificam <strong>de</strong> maneiras diversas em ca<strong>da</strong> um <strong>do</strong>s<br />

três registros; no registro <strong>do</strong> simbólico, ele aparece como a hiância fun<strong>da</strong>mental, como a<br />

incompletu<strong>de</strong> <strong>do</strong> Outro, como já dissemos, não há Outro <strong>do</strong> Outro, ao Outro falta, ele é<br />

barra<strong>do</strong> em relação ao to<strong>do</strong>; no registro <strong>do</strong> imaginário (Lacan, lição <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1975 e<br />

<strong>de</strong> 10 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1974), para além <strong>do</strong> que a imagem <strong>do</strong> corpo tenta elidir, o furo se faz<br />

através <strong>da</strong> negativização <strong>do</strong> falo (–phi); no registro <strong>do</strong> real, temos a hiância posta às claras<br />

pela não relação sexual, que marca a impossível completu<strong>de</strong> <strong>do</strong> ser sexua<strong>do</strong>.<br />

Em 1975, Lacan faz uma equivalência entre o Nome-<strong>do</strong>-Pai e a ca<strong>de</strong>ia borromeana.<br />

Esta, como já dissemos, é composta <strong>de</strong> três registros, RSI, que por si só não dão ao humano a<br />

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