anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

More documents

Recommendations

Info

carentes desse sentido e que ela acabava lhe oferecendo em atos sem sentido 2 , como amarrar o sapato que Marcela dizia não saber fazê-lo e Julia o fazia, sem se dar conta se de fato a filha tinha aprendido ou porquê lhe pedia. Portanto, a partir da chegada de uma criança que respondia do lugar de objeto oferecido por aquela que exerce a função materna, foi preciso uma escuta que privilegiasse Marcela e sua mãe. A análise se fazia possível para que através da construção de sentido, Marcela pudesse lidar com as coisas ao seu redor de um outro modo. E sua mãe se responsabilizar por isso foi fundamental nessa construção da filha e para a relação entre as duas. É importante salientar que no caso discutido uma síndrome pareceu representar um significante primordial na constituição psíquica da criança, uma vez que remeteu à mãe sua história e comprometeu com isso o exercício da função materna. Marcela parecia refletir o objeto de gozo que ela representava, o qual remetia ao fantasma materno, o que nos lembrar Sauret (1998, p. 62) ao falar sobre a condução da análise. Esta leva o analisante a descobrir que ele mesmo é como o gozo, isto é, como objeção ao saber. Porém, estas últimas questões demandam um outro momento para serem discutidas. Por fim, a definição de Figueiredo e Vieira (2002) se faz pertinente neste momento: a partir do relato do caso temos um texto que já faz o recorte do analista, com as passagens escolhidas e privilegiadas em determinado momento. Este caso marca a formação da analista, motivo pelo qual ele se constrói em meio a dúvidas, anseios e descobertas. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FIGUEIREDO, A. C., VIEIRA, M. A. Psicanálise e ciência: uma questão de método. In W. Beividas (Org.). 2 A repetição do termo sentido, ainda que não coadune com a Língua Portuguesa, está nesta frase para enfatizar a falta de sentido que permeava atos e palavras deste par mãe-criança. 258
Psicanálise, pesquisa e universidade. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2002. FONTENELLE, Lucia; ARAUJO, Alexandra Prufer de Q.C.; FONTANA, Rosiane S.. Síndrome de Moebius: relato de caso. Arq. Neuro-Psiquiatr., São Paulo, v. 59, n. 3B, Set. 2001 . LACAN, J. Nota sobre a criança. In: Outros Escritos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003. SAURET, Marie-‐Jean. O infantil e a estrutura, Conferências em agosto de 1997, Escola Brasileira de Psicanálise, São Paulo, 1998 OLIVEIRA, B. S. A.; CARVALHO, L. B. C. O atendimento de crianças: questões sobre estrutura psicótica. In: BRAUER, J. F. (Org.). A Criança no discurso do outro: um exercício de psicanálise. São Paulo, Iluminuras. 1994 259
Page 1 and 2:
ANAIS DO XI ENCONTRO DA EPFCL|AFCL
Page 3 and 4:
SUMÁRIO APRESENTAÇÃO 5 PLENÁRIA
Page 5 and 6:
Apresentação “O sintoma fundame
Page 7 and 8:
PLENÁRIAS 7
Page 9 and 10:
Ou seja: o valor verdade = valor si
Page 11 and 12:
Retomemos com vagar a passagem lida
Page 13 and 14:
sintoma da anulação do capital ap
Page 15 and 16:
espeito com mais facilidade de vez
Page 17 and 18:
conveniente possibilidade de consta
Page 19 and 20:
estamos no nível da gênese do jul
Page 21 and 22:
Dizer que o sintoma obsessivo é um
Page 23 and 24:
colegas; morreu de vergonha. Seu pa
Page 25 and 26:
inscreve no seio do Outro, em A. O
Page 27 and 28:
estrutura necessária para que ele
Page 29 and 30:
fantasia fundamental e se articula
Page 31 and 32:
LACAN,J. (1953) Função e campo da
Page 33 and 34:
encaminhamento, estava cursando a s
Page 35 and 36:
os meninos tinham. Ele era um homem
Page 37 and 38:
mas não tem nada a ver. Eu só beb
Page 39 and 40:
Nesse momento, a rebeldia se entrel
Page 41 and 42:
_____- O Seminário, Livro 4: A rel
Page 43 and 44:
lhe serve para “avaliar o papel d
Page 45 and 46:
Neste segundo casamento, com esta m
Page 47 and 48:
jogo - citando Lacan de Radiofonia
Page 49 and 50:
Freud, S. “A negativa” (1925),
Page 51 and 52:
condensa o traumatismo de lalíngua
Page 53 and 54:
todas as partes secretas e vergonho
Page 55 and 56:
compartilhou conosco. Sentimo-‐
Page 57 and 58:
do final da análise, quando ele di
Page 59 and 60:
Mas, o sujeito pode entrar em anál
Page 61 and 62:
falado do/ao sujeito, mas da contin
Page 63 and 64:
Pudemos acompanhar o trabalho apres
Page 65 and 66:
Como se escreve o sintoma na psican
Page 67 and 68:
inconsciente consiste, todo um é s
Page 69 and 70:
Eis o que inaugura as entrevistas s
Page 71 and 72:
grafo demonstra a relação do sint
Page 73 and 74:
Se tivermos em mente a pergunta de
Page 75 and 76:
Elas são imagens e texto, simultan
Page 77 and 78:
• 1º. recorte: O sintoma que ope
Page 79 and 80:
escrever em seu corpo. Podemos supo
Page 81 and 82:
A Satisfação do Final de Análise
Page 83 and 84:
satisfação da suspensão das inib
Page 85 and 86:
“Deixei à disposição, diz Laca
Page 87 and 88:
elatarem suas formações do incons
Page 89 and 90:
vertente da satisfação sexual é
Page 91 and 92:
“Fazer uma Escolha ou Permanecer
Page 93 and 94:
Constelação Familiar Lacan defend
Page 95 and 96:
sentindo-‐se culpado e dividido
Page 97 and 98:
dúvidas sempre uma interrogação,
Page 99 and 100:
LACAN, Jacques. O Seminário livro
Page 101 and 102:
No entanto, diferentemente dessas p
Page 103 and 104:
Esse momento foi um marco na direç
Page 105 and 106:
Com essas informações novas e con
Page 107 and 108:
pois a investigação fatalmente ca
Page 109 and 110:
Reflexões sobre a direção do tra
Page 111 and 112:
Outro aspecto que vale a pena ressa
Page 113 and 114:
Ora, sabemos que o sujeito aparece
Page 115 and 116:
fantasia por um ato, atua na realid
Page 117 and 118:
A Pele, suas Marcas e o Corpo:Fenô
Page 119 and 120:
Abro um parênteses para dizer que
Page 121 and 122:
calor”, uma coceira intermitente
Page 123 and 124:
aonde começava sua tatuagem e, tam
Page 125 and 126:
especialmente uma holófrase local,
Page 127 and 128:
ASSADI, T. C. ;PEREIRA, M. E. C.(20
Page 129 and 130:
“clínica” significa leito e, n
Page 131 and 132:
Pontuo: Sua barriga também ronca!
Page 133 and 134:
falante um corpo simbólico, esteja
Page 135 and 136:
______. A terceira (1975). Inédito
Page 137 and 138:
cuja expectativa era por um fim às
Page 139 and 140:
ouvidos ao ponto de precisar tapá-
Page 141 and 142:
especular próprio da sexualidade f
Page 143 and 144:
eferindo-‐se a uma espécie de
Page 145 and 146:
congelado, é porque existe, efetiv
Page 147 and 148:
A propósito da articulação entre
Page 149 and 150:
No Seminário 23, Lacan debruça-se
Page 151 and 152:
Posso dizer que O mais isso não, a
Page 153 and 154:
que a fantasia é a realidade do su
Page 155 and 156:
a essa falta. “A fantasia é uma
Page 157 and 158:
substitui o trauma, ela é real e v
Page 159 and 160:
sexo. A fantasia fundamental seria
Page 161 and 162:
que denominei ponto de basta, para
Page 163 and 164:
seu sentido é a partir da lalangue
Page 165 and 166:
Na busca do saber sobre o gozo do O
Page 167 and 168:
meus falta-a-ser na mala e vou part
Page 169 and 170:
ele, de fazer o que Valery preconiz
Page 171 and 172:
Qual o sentido destas experiências
Page 173 and 174:
gozo. Matéria prima para que nela
Page 175 and 176:
Os usos do corpo e a política do s
Page 177 and 178:
cada esquina, clínicas e tratament
Page 179 and 180:
“Eu sou um transformador corporal
Page 181 and 182:
mas também como aquilo que amarra
Page 183 and 184:
SOLER, C. Los ensamblajes del cuerp
Page 185 and 186:
A psicopatologia explicativa, comun
Page 187 and 188:
É nesta perspectiva que em 1975, L
Page 189 and 190:
Estando trabalhando o saber inconsc
Page 191 and 192:
significante 35 . Ao Lacan propor o
Page 193 and 194:
interpretação. Somente com a form
Page 195 and 196:
Sintoma ou Fenômeno Psicossomátic
Page 197 and 198:
significa dizer que o encontro entr
Page 199 and 200:
Vanessa queixa-se também de ter pe
Page 201 and 202:
significante, ausência da represen
Page 203 and 204:
que ele responde: “É isso! Eu se
Page 205 and 206:
lugar de filho [S(A/)] e o olhar co
Page 207 and 208: consistência (a superfície) de um
Page 209 and 210: narcisismo radical, o narcisismo qu
Page 211 and 212: Ao se deparar com a falta do Outro,
Page 213 and 214: desamparo, sai em busca de análise
Page 215 and 216: discurso que admite apenas uma inte
Page 217 and 218: Introdução A Relação do Sintoma
Page 219 and 220: amarrando-o de alguma forma na rede
Page 221 and 222: fundamento da moral, que é a lei d
Page 223 and 224: “Sinto Que Não Tom(a)es” - Sob
Page 225 and 226: consumo (LACAN, 1972). A condição
Page 227 and 228: por maneiras que possam remediar es
Page 229 and 230: A Função do Analista e a Polític
Page 231 and 232: do sinthoma, da singularidade, para
Page 233 and 234: política, outro daquele que, frág
Page 235 and 236: Os Impasses da Transmissão da Psic
Page 237 and 238: É preciso neste ponto considerar a
Page 239 and 240: que se chama “sujeito”, porque
Page 241 and 242: Aspectos da Relação entre Sintoma
Page 243 and 244: com algo inesperado, o real. Sabemo
Page 245 and 246: _________ Ornicar? n 24. _________(
Page 247 and 248: objetivo desse trabalho relacionar
Page 249 and 250: Com os encontros que ocorreram ao f
Page 251 and 252: para responder. Ou seja, um ato vio
Page 253 and 254: Isso posto, partimos para pensar em
Page 255 and 256: ela apenas cuidados básicos de sa
Page 257: primeiras entrevistas com a analist
Page 261 and 262: de medo de ficar só em casa ou de
Page 263 and 264: ameaçado, arremessa para cima a ne
Page 265 and 266: mas permanentemente frígidos: não
Page 267 and 268: Da Ilusão de Completude ao Encontr
Page 269 and 270: confrontando a intenção do sujeit
Page 271 and 272: Psicanálise propõem a reintegraç
Page 273 and 274: uma completa irresponsabilidade: (.
Page 275 and 276: Ulisses considera que Lóri está p
Page 277 and 278: Sintoma, Sinthome e Final de Análi
Page 279 and 280: como um arranjo entre desejo incons
Page 281 and 282: A partir da leitura de Joyce (1975-
Page 283 and 284: “Imagine O Que Eu Não Falaria Se
Page 285 and 286: maneira, a instauração desse sint
Page 287 and 288: Considerações Sobre a Constituiç
Page 289 and 290: Niederland (1981) aponta que, em re
Page 291 and 292: Para Waelhens (1990, p. 96), “a p
Page 293 and 294: MANNONI, M. O Psiquiatra, Seu “Lo
Page 295 and 296: faz necessário sustentar uma fala
Page 297 and 298: situações está em jogo uma satis
Page 299 and 300: troço, não vai ter ninguém pra m
Page 301 and 302: A Criança como Sintoma dos Pais em
Page 303 and 304: Para Lacan (1969) o sintoma da cria
Page 305 and 306: este saiba, ou seja, os sintomas co
Page 307 and 308: Psicanálise e Política : o Psican
Page 309 and 310:
da tradição, pois visa o desapare
Page 311 and 312:
um alcance político e que ganharia
Page 313 and 314:
Referências Bibliográficas LACAN,
Page 315 and 316:
Lacan formula no Seminário 5, as f
Page 317 and 318:
está fixado a tal ponto que chega
Page 319 and 320:
João inicialmente denega, isola, p
Page 321 and 322:
_____________. O Seminário, livro
Page 323 and 324:
ecurso a uma engenhosa estratégia:
Page 325 and 326:
Contudo, apesar dos progressos cons
Page 327 and 328:
constantemente sob o olhar vigilant
Page 329 and 330:
FREUD, S. (1908). El poeta y los su
Page 331 and 332:
Cartel: espaço de saber articulado
Page 333 and 334:
sui generis, chamada Escola para a
Page 335 and 336:
Se de um lado favorece o vínculo p
Page 337 and 338:
lugar ao da Mais-‐Um a qualquer
Page 339 and 340:
CARNEIRO. M. A. R. Em torno do Cart
Page 341 and 342:
afirmação de Lacan, extraída de
Page 343 and 344:
Ora, esse levantamento, ainda que p
Page 345 and 346:
aspectos muito interessantes levant
Page 347 and 348:
E ele acrescenta: equivale a dizer
Page 349 and 350:
Antes de nos precipitarmos a respon
Page 351 and 352:
V. Isso só prova que eu fracassei
Page 353 and 354:
mostrar e demonstrar está nitidame
Page 355:
me ouviu, minha idéia confirmou: q
show all

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

Create successful ePaper yourself

Delete template?

Save as template?