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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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Com os <strong>encontro</strong>s que ocorreram ao final <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 90, houve uma gran<strong>de</strong><br />

troca <strong>de</strong> experiências e avanços na teoria psicanalítica, principalmente, neste campo <strong>do</strong>s casos<br />

raros e/ou difíceis. Casos que po<strong>de</strong>m apresentar pontos que tocam uma estrutura neurótica e<br />

que ao mesmo tempo apontam em direção a uma psicose (Miller, 1999).<br />

Nesses casos, não cabe pontuar a e<strong>xi</strong>stência ou não <strong>da</strong> foraclusão <strong>do</strong> Nome-<strong>do</strong>-<br />

Pai, observa-se as novas formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amento, as maneiras como a transferência<br />

ocorre e as novas conversões. Os “neo<strong>de</strong>senca<strong>de</strong>amentos” se manifestam <strong>de</strong> forma gradual <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>sligamento e <strong>de</strong>sengates <strong>do</strong> Outro e <strong>do</strong> laço social. Há um <strong>de</strong>clínio <strong>da</strong>s relações <strong>do</strong> sujeito,<br />

um esvaziamento <strong>do</strong>s laços afetivos. As “neotransferências”, como aponta Rosa (2009), não<br />

estabelecem o mesmo vínculo consistente nas transferências vivi<strong>da</strong>s nas psicoses clássicas.<br />

Aqui, <strong>de</strong>ve-se estar atento para as novas maneiras <strong>de</strong> como o psicótico formaliza seus laços<br />

sociais, ocorre uma transferência fraca e fragmenta<strong>da</strong>.<br />

Já as “neoconversões” realizam a apro<strong>xi</strong>mação <strong>da</strong>s psicoses com os fenômenos<br />

liga<strong>do</strong>s ao corpo e as conversões histéricas presentes nas neuroses; entretanto, as<br />

neoconversões atuam mais numa lógica psicótica e não abrem espaços para intervenções<br />

significantes como as histéricas, são “fenômenos não interpretáveis à maneira freudiana”<br />

(ibid).<br />

Diferentemente <strong>da</strong>s psicoses clássicas, os efeitos <strong>da</strong> foraclusão <strong>do</strong> Nome-<strong>do</strong>-Pai<br />

não estão tão claros nas psicoses ordinárias, pois o sujeito está seguro nos suportes <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação imaginária. Há uma a<strong>de</strong>rência, uma colagem ao outro, mas sem a presença <strong>do</strong>s<br />

distúrbios <strong>da</strong> linguagem que ocorrem nas psicoses extraordinárias. Nestes casos, há uma<br />

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