13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

objetivo <strong>de</strong>sse trabalho relacionar o conceito <strong>de</strong> psicoses ordinárias, caracterizan<strong>do</strong>-o, com as<br />

questões violentas <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong> contemporânea, vistas como um clamor <strong>do</strong> sujeito por uma<br />

ancoragem simbólica.<br />

A psicose apresenta<strong>da</strong> por Freud e as contribuições <strong>de</strong> Lacan<br />

A partir <strong>da</strong>s consi<strong>de</strong>rações acerca <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> Daniel Schreber, Freud (1969) lança<br />

o olhar sobre as psicoses e as estratégias que os psicóticos apresentam como mecanismos <strong>de</strong><br />

cura. Sen<strong>do</strong> o <strong>de</strong>lírio como uma <strong>da</strong>s principais tentativas <strong>de</strong>ssa cura ou <strong>de</strong> estabilização. Até<br />

então, a visão <strong>da</strong> clínica terapêutica <strong>da</strong>s psicoses estava estagna<strong>da</strong> na posição <strong>do</strong> psicótico em<br />

termos <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficitário ou como incapaz <strong>de</strong> formular associações.<br />

Freud (ibid) toma a paranóia apresenta<strong>da</strong> por Schreber como um mo<strong>do</strong> patológico<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>fesa inconsciente. Aquilo encara<strong>do</strong> como traumático pelo psicótico não é possível <strong>de</strong><br />

uma representação e <strong>de</strong>ssa forma, esse fragmento insuportável <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> é rejeita<strong>do</strong> e<br />

substituí<strong>do</strong> pelo <strong>de</strong>lírio. A saí<strong>da</strong> para o impasse diante <strong>da</strong> castração está no <strong>de</strong>lírio na psicose,<br />

assim como a fantasia na neurose.<br />

No entanto, Freud não avança muito na teorização sobre as psicoses, mas<br />

direciona o caminho que Lacan seguiu com a noção <strong>de</strong> que on<strong>de</strong> antes era localiza<strong>da</strong> a<br />

patologia, o <strong>de</strong>lírio em si, ali resi<strong>de</strong> a possível cura.<br />

Lacan (1988), por sua vez, fun<strong>da</strong> o mecanismo <strong>da</strong> psicose na não inscrição <strong>de</strong> um<br />

significante primordial e isso gera consequências nas funções simbólicas e suas operações<br />

posteriores. É a foraclusão <strong>do</strong> Nome-<strong>do</strong>-Pai, essa não inscrição irá colocar o sujeito numa<br />

247

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!