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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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com algo inespera<strong>do</strong>, o real. Sabemos que o horror <strong>do</strong> ato analítico é <strong>de</strong>ssa or<strong>de</strong>m e que <strong>de</strong><br />

forma lógica, produz efeitos “vem no lugar <strong>de</strong> um dizer pelo qual mu<strong>da</strong> o sujeito” (LACAN,<br />

J. Ornicar, n 24) Para o analista, é possível trabalhar o sintoma porque não é tu<strong>do</strong> que é puro<br />

real, mas efeito <strong>do</strong> simbólico sobre este, refleti<strong>do</strong> no imaginário. Aqui está o ponto em que o<br />

sintoma permite uma intervenção simbólica pelo analista, pois o tratamento <strong>do</strong> sintoma se<br />

efetiva em outro nível, já que é no âmbito <strong>do</strong> significante que po<strong>de</strong> ocorrer qualquer<br />

possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> reformulação <strong>do</strong> fantasma que o sustenta. “O sintoma está sempre fun<strong>da</strong><strong>do</strong><br />

na e<strong>xi</strong>stência <strong>do</strong> significante como tal” (LACAN, 1988). Consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> que ao adquirir um<br />

valor simbólico ele passa a ter uma possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> se modificar, o sujeito fala muitas vezes<br />

<strong>de</strong> um mesmo assunto, até que chega o momento em que sacrifica uma parte <strong>do</strong> gozo,<br />

utilizan<strong>do</strong>-se <strong>do</strong> significante para colocar uma barreira à esse gozo, sempre <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>do</strong><br />

excesso.<br />

O sintoma, enquanto porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> um enigma, que contém a ver<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> sujeito, está<br />

submeti<strong>do</strong> às leis <strong>da</strong> linguagem, justamente por ser metafórico e com isso, possibilita uma<br />

per<strong>da</strong> <strong>de</strong> gozo e conseqüentemente, uma diminuição <strong>do</strong> sofrimento. Importante ressaltar, no<br />

entanto, que há no sintoma uma característica <strong>de</strong> comunicação <strong>de</strong> algo, porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> uma<br />

mensagem. Tal tentativa po<strong>de</strong> chamar a atenção <strong>do</strong> sujeito ou mesmo, incomodá-lo a ponto<br />

<strong>de</strong>le procurar uma análise. A partir <strong>de</strong>sse evento, o sintoma se constitui pois o sujeito ao<br />

pensá-lo, refere-se ao campo <strong>da</strong> linguagem, lugar <strong>de</strong> constituição <strong>do</strong> mesmo e via <strong>de</strong> acesso<br />

ao tratamento psicanalítico pois o inconsciente estrutura-se como uma linguagem.<br />

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