13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

que se chama “sujeito”, porque se verifica que só a partir <strong>de</strong>ste ponto <strong>de</strong> vista se enxerga bem<br />

aquilo <strong>de</strong> que se trata na psicanálise” (LACAN, 2006, p.53).<br />

Assim, os universitários precisarão percorrer o longo caminho <strong>da</strong> análise, pois assim, e<br />

somente assim, ca<strong>da</strong> um po<strong>de</strong>rá saber o que é isso que se <strong>de</strong>fine como sujeito. Portanto,<br />

aquele que transmite <strong>de</strong>ve saber que nessa “introdução” o que fazemos é oferecer um<br />

arcabouço teórico que precisa se transformar em uma prá<strong>xi</strong>s, pois o conceito <strong>de</strong> sujeito se<br />

apreen<strong>de</strong> pela análise e não apenas pela teoria. Como diz Lacan no “Congresso Dito <strong>de</strong><br />

Psicanalistas <strong>de</strong> Língua Romântica”, em 1951, <strong>de</strong>vemos “<strong>do</strong>mesticar as orelhas para o termo<br />

sujeito” (LACAN, 1996, p.87), porém, isso não basta.<br />

São muitos os impasses sobre a transmissão. Entretanto, Lacan não titubeia diante<br />

eles, simplesmente diz: “não creio que haja muitos <strong>de</strong>ntre vocês que tenham acompanha<strong>do</strong> o<br />

que eu ensino (...) suponho pelo menos que as pessoas fingem ler esses Escritos, os quais,<br />

toma<strong>do</strong>s pela outra ponta, po<strong>de</strong>m se permitir se consi<strong>de</strong>ra<strong>do</strong>s ilegíveis” (2006 p.70-72). Nesse<br />

segun<strong>do</strong> trecho ele está se dirigin<strong>do</strong> aos críticos <strong>de</strong> sua obra, porém, se refere também a<br />

dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ler o que escreve já que ele não está interessa<strong>do</strong> em ditar as regras <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>termina<strong>do</strong> fazer, e sim em <strong>de</strong>ixar claro que para o fazer em psicanálise é imprescindível um<br />

savoir-faire, que só se adquire subjetivamente. É pela análise que produz um sujeito. Ou seja,<br />

é necessário um esforço a mais para “compreen<strong>de</strong>r” o que ele escreve.<br />

Os impasses <strong>da</strong> transmissão estão na própria ‘natureza’ <strong>da</strong> linguagem. Ele diz: “Não<br />

me ilu<strong>do</strong>, um auditório, por mais qualifica<strong>do</strong> que seja, sonha enquanto estou aqui em vias <strong>de</strong><br />

esgrimir comigo mesmo. Ca<strong>da</strong> um pensa nas suas coisas, na namoradinha que vão encontrar<br />

239

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!