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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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objetivos po<strong>de</strong> ser comprova<strong>do</strong> na elevação <strong>do</strong> consumi<strong>do</strong>r à categoria <strong>de</strong> adicto <strong>do</strong>s artefatos<br />

tecnológicos, estan<strong>do</strong> o inconsciente reduzi<strong>do</strong> a uma mera curiosi<strong>da</strong><strong>de</strong> histórica<br />

(GOLDENBERG, 2002).<br />

Corroboran<strong>do</strong> com o exposto, a socie<strong>da</strong><strong>de</strong> contemporânea vivencia uma ver<strong>da</strong><strong>de</strong>ira<br />

paixão pelo gozo, refleti<strong>da</strong> no imperativo <strong>de</strong> consumo, observa<strong>do</strong> na vivaz elaboração <strong>de</strong><br />

signos estereotipa<strong>do</strong>s que objetivam <strong>do</strong>mesticar o sujeito, submeten<strong>do</strong> suas escolhas ao<br />

discurso capitalista. Para tal, as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s cria<strong>da</strong>s pelo merca<strong>do</strong> estão inserin<strong>do</strong> os objetos <strong>de</strong><br />

consumo na re<strong>de</strong> <strong>de</strong> associações significantes, fato que os torna <strong>de</strong>sejáveis. Como resulta<strong>do</strong>,<br />

os laços sociais estão sen<strong>do</strong> substituí<strong>do</strong>s por relações <strong>de</strong> <strong>de</strong>pendência <strong>do</strong>s sujeitos quanto aos<br />

objetos <strong>de</strong> consumo. (FERREIRA, 2001)<br />

Incluin<strong>do</strong> na discussão a presente formatação <strong>do</strong>s sintomas contemporâneos, po<strong>de</strong>mos<br />

observar que vigora uma autêntica insatisfação <strong>do</strong>s sujeitos com seus, estan<strong>do</strong> estes a<br />

falharem na regulação e distribuição <strong>do</strong> gozo. Embora alguns sujeitos sejam a<strong>de</strong>ptos <strong>de</strong> um<br />

discurso referente a uma libertação sintomática, por vezes, no entanto, ocultam a satisfação<br />

que obtêm, consi<strong>de</strong>ran<strong>do</strong> o sintoma atravessa<strong>do</strong> por justificativas encobri<strong>do</strong>ras <strong>do</strong> mal-estar<br />

que o origina (DUNKER, 2002). Nessa conjuntura é <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> valia ressaltar o elemento<br />

máscara que envolve o sintoma, traduzi<strong>do</strong> sob a forma ambígua que se apresenta o <strong>de</strong>sejo,<br />

fato que <strong>de</strong>nuncia a diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> insatisfações que perpassam este último (LACAN,<br />

1957/1958)<br />

Em vias <strong>de</strong> concluir, nos remetemos, como outrora, à servidão voluntária e<br />

inconsciente que contempla a sobrevivência <strong>do</strong> sujeito mo<strong>de</strong>rno, o qual se encontra<br />

aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>, órfão <strong>do</strong> Outro que o forma, questão que resulta em uma busca bastante plural<br />

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