13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

discurso que admite apenas uma interpretação, ao que Lacan vai contrapor no seminário 17 (p.108)<br />

em relação ao discurso analítico. Para a psicanálise o sujeito não é unívoco, pois não há como<br />

apagar a divisão subjetiva e a indicação <strong>do</strong> gozo nas relações <strong>da</strong> linguagem com o corpo.<br />

O discurso <strong>do</strong> mestre é fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r para o sujeito. O a<strong>do</strong>lescente encontra esse saber, mas<br />

tenta subverter seu po<strong>de</strong>r, às vezes <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> histérico. Ante aos protestos <strong>de</strong> um sistema ditatorial,<br />

Lacan, ao lançar aos jovens em Vincennes, em 1969, a forma <strong>do</strong> sujeito se relacionar no mun<strong>do</strong>,<br />

coloca-os como sujeitos <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> ter um mestre, situan<strong>do</strong>-os no discurso <strong>da</strong> histeria, condição<br />

básica para a entra<strong>da</strong> em análise.<br />

O discurso analítico é o laço social <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pela prática <strong>de</strong> análise. Merece ser eleva<strong>do</strong><br />

à altura <strong>do</strong>s laços mais fun<strong>da</strong>mentais, <strong>de</strong>ntre os quais permanece, pois é o único laço social que<br />

trata <strong>do</strong> sujeito <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo. (Lacan, 1973). Ao entrar em análise, o sujeito supõe que o analista<br />

<strong>de</strong>tém o saber sobre o seu sintoma e o inclui no sintoma. O discurso <strong>do</strong> analista é o único que<br />

coloca no lugar <strong>do</strong> Outro um sujeito que tem como agente a causa <strong>do</strong> <strong>de</strong>sejo. Quan<strong>do</strong> o saber é<br />

solicita<strong>do</strong> pelo analista a funcionar no lugar <strong>da</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>, histericiza o discurso. O discurso histérico<br />

que conduzirá o sujeito à ver<strong>da</strong><strong>de</strong> como saber, ao enigma <strong>do</strong> gozo, é essencial para <strong>de</strong>terminar a<br />

posição <strong>do</strong> sujeito. O analista, ao ser incluí<strong>do</strong> no sintoma <strong>do</strong> analisan<strong>do</strong>, ocupa o lugar <strong>de</strong> objeto<br />

mais-<strong>de</strong>-gozar (a) provocan<strong>do</strong> o sujeito barra<strong>do</strong> ($) a produzir seus próprios significantes (S1) que<br />

o alienam como sujeito.<br />

Na a<strong>do</strong>lescência o sujeito se abre para evidências <strong>de</strong> um sistema <strong>do</strong> qual ninguém se<br />

apropria, um discurso civilizatório que pertence a uma or<strong>de</strong>m social, <strong>de</strong>nuncian<strong>do</strong> o gozo<br />

como privilégio <strong>do</strong> senhor. Esta ver<strong>da</strong><strong>de</strong> faz cair por terra os pais que os filhos supunham<br />

215

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!