13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

toro à proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> borromeana que advém <strong>do</strong> furo real, para o qual a superfície já não<br />

conta mais: por isso, sustento que o sinthoma foi posto por Lacan como um 4º nó apenas<br />

para mostrar que sua função implica a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> borromeana.<br />

No campo <strong>do</strong> falatório, <strong>da</strong> tagarelice, o sintoma <strong>de</strong>sse obsessivo não teve para<strong>da</strong>,<br />

continuou se <strong>de</strong>slocan<strong>do</strong> nas falhas <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>, na insuficiência radical <strong>do</strong> significante.<br />

Para que houvesse algo que julguei apro<strong>xi</strong>mar-­‐se <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação com o sintoma, foi<br />

preciso que seu gozo encontrasse uma fixação que não fosse <strong>da</strong> or<strong>de</strong>m <strong>da</strong> repetição que<br />

negava o real <strong>do</strong> furo na medi<strong>da</strong> em que tentava fazer a relação sexual ex-­‐sistir por um<br />

ser pai-­‐filho (pilho) que se repetia toricamente [S1(S1(S1(S1S2)))] na esperança <strong>de</strong><br />

gerar superfície e se transformar no signo <strong>do</strong> amor ao Pai. Para que houvesse uma<br />

i<strong>de</strong>ntificação com o sintoma foi preciso que seu gozo fosse além <strong>da</strong> petrificação que<br />

tentou fixar o corpo <strong>do</strong> Outro como signo <strong>do</strong> amor no olhar sagra<strong>do</strong> <strong>do</strong> Cristo visto no<br />

espelho <strong>do</strong> quarto [$a]. Para que fosse possível uma i<strong>de</strong>ntificação com o sintoma foi<br />

preciso que seu gozo encontrasse uma fixação que funcionasse como ponto <strong>de</strong> basta, o<br />

que pressupõe a dimensão <strong>da</strong> referência que toca o real <strong>da</strong> ine<strong>xi</strong>stência <strong>da</strong> relação sexual<br />

(uma Be<strong>de</strong>utung) e que, <strong>de</strong>ste mo<strong>do</strong>, por <strong>de</strong>ixar cair o senti<strong>do</strong> (S2, que<strong>da</strong> <strong>do</strong> SsS), acaba<br />

logicamente valen<strong>do</strong> por si mesma (S1=S1): faço menção aqui ao que se po<strong>de</strong> extrair <strong>da</strong><br />

tautológica formulação <strong>de</strong> que “tem ali um olhar que não é o olhar <strong>do</strong> meu pai, mas é um<br />

olhar... é só um olhar”. Além disso, se a finali<strong>da</strong><strong>de</strong> última <strong>da</strong> pulsão é retornar à fonte,<br />

mais <strong>do</strong> que o gozo <strong>do</strong> objeto, ela visa a i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> ser, não sem ecoar no la<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

outro. É <strong>da</strong>í que enten<strong>do</strong> haver i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> no fazer-se ver final, sob o qual não inci<strong>de</strong> a<br />

206

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!