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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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passo que o organismo é pulsional, coisa bruta e real. Não há <strong>encontro</strong> com o significante: o<br />

organismo é o não <strong>encontro</strong>.<br />

Como <strong>de</strong>stino <strong>da</strong> pulsão, o sintoma é testemunho <strong>da</strong> pulsão captura<strong>da</strong> pela linguagem,<br />

fazen<strong>do</strong>-a e<strong>xi</strong>lar-se. Ser afeta<strong>do</strong> pelo significante dá ao corpo consistência, a mesma que<br />

Freud atribuiu ao <strong>encontro</strong> entre representação-coisa e representação-palavra.<br />

No texto “O Inconsciente”(1915), Freud refere-se ao afeto e à representação como<br />

representantes pulsionais. Pela ação <strong>do</strong> recalque, o afeto é <strong>de</strong>sloca<strong>do</strong> <strong>de</strong> sua representação<br />

original, a qual Freud <strong>de</strong>signou como representação coisa, para outra representação. A<br />

apresentação consciente abrange a apresentação <strong>da</strong> coisa mais a apresentação <strong>da</strong> palavra que<br />

pertence a ela, ao passo que a apresentação inconsciente é a apresentação <strong>da</strong> coisa apenas. A<br />

apresentação <strong>da</strong> coisa mais a apresentação <strong>da</strong> palavra dizem respeito à captura <strong>da</strong> pulsão,<br />

impon<strong>do</strong> a esta a or<strong>de</strong>m <strong>da</strong> linguagem. A essa transformação, Freud <strong>de</strong>nomina <strong>de</strong><br />

representante-representação.<br />

Em termos significantes, a representação palavra seriam os significantes, e a<br />

representação coisa o corpo pulsional. Nesse <strong>encontro</strong>, segun<strong>do</strong> Freud, uma parte fica no<br />

inconsciente e outra na consciência. Portanto, algo se per<strong>de</strong>, isto é, a possibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gozar<br />

livremente; o gozo é e<strong>xi</strong>la<strong>do</strong> e “educa<strong>do</strong>”. Em termos lingüísticos, significa a dialética <strong>do</strong> par<br />

S1- S2, no que ele representa o sujeito para um outro significante, o qual o outro<br />

significante tem por efeito a afânise <strong>do</strong> sujeito (Lacan, 1964, p.207)<br />

Contu<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> esse <strong>encontro</strong> entre o afeto e um substituto <strong>do</strong> recalca<strong>do</strong> não se<br />

estabelece, um quantum <strong>de</strong> afeto fica solto, e o excesso é senti<strong>do</strong> como angústia. Isso<br />

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