13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

significante” 44 . Como já dizemos acreditar no sintoma é acreditar que ele diga alguma coisa.<br />

É nisso que o sintoma interroga a não-relação sexual. Acreditar no sintoma seria como lhe<br />

acrescentar reticências, acreditar que ao S1 po<strong>de</strong> juntar um S2 que faria sintoma retornar <strong>do</strong><br />

real para o senti<strong>do</strong>. Aí está à própria crença no inconsciente. Em contraparti<strong>da</strong>, a i<strong>de</strong>ntificação<br />

com o sintoma presume que o sujeito tenha <strong>de</strong>ixa<strong>do</strong> <strong>de</strong> esperar que a tradução pelas<br />

reticências, <strong>de</strong>ixa-se, pois <strong>de</strong> acreditar, “a letra <strong>do</strong> sintoma resolve o vazio <strong>do</strong> sujeito que<br />

acabou com a questão <strong>do</strong> ser e com a elucubração <strong>de</strong> saber relaciona<strong>da</strong> a ela” 45 .<br />

Por fim, Lacan ao afirmar que “o real, tal como nos falamos <strong>de</strong>le, é completamente<br />

<strong>de</strong>snu<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>”... “porque não é escrito com palavras. E sim com pequenas letras” 46<br />

aponta para o que seria a infinitu<strong>de</strong> <strong>da</strong> análise. Na qual “o sujeito ao acreditar no sintoma,<br />

acredita que o “um” <strong>da</strong> letra po<strong>de</strong> retornar ao “<strong>do</strong>is “ <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia” 47 , e assim alimentar o gozo<br />

<strong>do</strong> senti<strong>do</strong> atrela<strong>do</strong> ao real <strong>do</strong> sintoma, política cujo manejo o analista é convoca<strong>do</strong> a operar.<br />

44<br />

I<strong>de</strong>m, p. 198.<br />

45<br />

Soler, C., O que Lacan dizia <strong>da</strong>s mulheres. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Zahar, p. 198.<br />

46<br />

Lacan, J., “Conférénces et entretiens <strong>da</strong>ns <strong>de</strong>s universitaires nord-­‐américaines”.In: Scilicet nº 6/7. Paris: Seuil,<br />

1976, p. 29.<br />

47<br />

Soler, C., O que Lacan dizia <strong>da</strong>s mulheres. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Zahar, p. 197.<br />

194

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!