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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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É necessário um percurso para que uma análise se dê, e ele está articula<strong>do</strong> àquilo que<br />

faz função <strong>de</strong> real no saber, ou seja, o impossível, a não-relação sexual. Uma análise começa<br />

com um sujeito supon<strong>do</strong> um saber ao analista. Ao analista cabe colocar a <strong>de</strong>stituição subjetiva<br />

em pauta <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o início <strong>da</strong> análise para, assim po<strong>de</strong>r manejar, com a suposição <strong>de</strong> saber a ele<br />

atribuí<strong>da</strong>. O algoritmo <strong>da</strong> transferência mostra o caráter <strong>de</strong> cifra <strong>de</strong> gozo, fora-senti<strong>do</strong> <strong>do</strong><br />

sintoma que convoca <strong>de</strong>cifração. Através <strong>do</strong> S significante <strong>da</strong> transferência o sujeito apresenta<br />

o sintoma como um “incompreensível corpo estranho a ele próprio e porta<strong>do</strong>r <strong>de</strong> um senti<strong>do</strong><br />

obscuro que o representa” 31 . É aí que Lacan vai insistir que “Há Um e na<strong>da</strong> mais”. O Um que<br />

insiste em se escrever pelo viés <strong>da</strong> fala, sob transferência, <strong>de</strong>monstra indiretamente o que não<br />

se escreve 32 , a impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> escrever a relação sexual.<br />

A impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> está posta entre o S1 e S2 no discurso <strong>do</strong> mestre, S1 → S2, entre eles<br />

não há relação <strong>da</strong><strong>da</strong> a coalescência entre S1 e S2. O sintoma como o que <strong>de</strong> mais particular em<br />

ca<strong>da</strong> um, interroga a não-relação sexual e cria um intervalo entre S1 e S2, on<strong>de</strong> é possível<br />

situar o sintoma ( ∑ ) que faz e<strong>xi</strong>stir a relação sexual, faz e<strong>xi</strong>stir o discurso. A questão então é<br />

como um significante po<strong>de</strong> ser chama<strong>do</strong> a fazer sinal, a constituir signo 33 , sintoma para um<br />

sujeito.<br />

Lacan afirma que “o saber <strong>do</strong> um, por pouco que posamos dizer disto, vem <strong>do</strong><br />

significante Um” 34 <strong>de</strong> alíngua. E ain<strong>da</strong> que é <strong>da</strong> alíngua que é possível extrair o que é <strong>do</strong><br />

31 Soler, c. “Stan<strong>da</strong>rd e não stan<strong>da</strong>rd” in: Artigos Clínicos. Salva<strong>do</strong>r: Fator, 1991, p. 28.<br />

32 Soler, C., “De que mo<strong>do</strong> o real coman<strong>da</strong> a ver<strong>da</strong><strong>de</strong>” in Stylus, nº 19. Rio <strong>de</strong> Janeiro: AFCL/EPCL, 2009, p. 17.<br />

33 J.Lacan, O Seminário – Livro 20. Mais, ain<strong>da</strong>. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Zahar, p. 195.<br />

34 I<strong>de</strong>m.<br />

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