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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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<strong>da</strong> alteri<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> pelo simbólico. Um lugar <strong>de</strong> repetição, <strong>de</strong> equívocos, <strong>de</strong> gozo. Um<br />

lugar na cena on<strong>de</strong> o <strong>de</strong>samparo o faz surgir como objeto <strong>do</strong> Outro gozo. O<br />

en<strong>de</strong>reçamento <strong>do</strong> sujeito ao Outro será <strong>do</strong>ravante <strong>de</strong>termina<strong>do</strong> pelo significante,<br />

produzi<strong>do</strong> pelo corte, que representará o objeto perdi<strong>do</strong>.<br />

É a partir <strong>de</strong>sse en<strong>de</strong>reçamento, <strong>de</strong>ssa <strong>de</strong>man<strong>da</strong> surgi<strong>da</strong> a partir <strong>de</strong> uma falta, que<br />

a psicanálise opera, faz cortes, aponta para o significante <strong>de</strong>snu<strong>da</strong>n<strong>do</strong> , <strong>de</strong>stituin<strong>do</strong> o<br />

discurso <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>. A repetição <strong>do</strong> que não po<strong>de</strong> ser simboliza<strong>do</strong> <strong>do</strong> impossível <strong>de</strong> dizer<br />

coloca o sujeito <strong>de</strong> cara com o real, com o gozo <strong>do</strong> inconsciente. O que fazer com esse<br />

gozo, forma <strong>de</strong> sinthome <strong>do</strong> sujeito? Diante <strong>da</strong> impossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> inscrever a relação<br />

sexual, como o sujeito po<strong>de</strong>ria nomear-­‐se, distinguir-­‐se? Lacan fala <strong>do</strong> sinthome em seu<br />

seminário <strong>de</strong> 1975 5 , o quarto nó, como uma resposta <strong>do</strong> Real frente à incompletu<strong>de</strong> <strong>da</strong><br />

relação com o outro sexo, permitin<strong>do</strong> ao sujeito a criação <strong>de</strong> um laço social através <strong>da</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação a seu sinthome.<br />

Para o sujeito a relação sexual nunca e<strong>xi</strong>stiu porque o Um não tem parceiro; o<br />

Um é o lugar <strong>do</strong> zero: serve para fazer surgir o um a um. O Um é o que tentamos dizer. É<br />

o impossível não entra na falta, ou ausência, ou vazio; é sem objeto. A partir <strong>de</strong> um lugar<br />

na ca<strong>de</strong>ia significante o sujeito po<strong>de</strong> ‘se fazer ser’ como afirma Colette Soler 6 . Sair <strong>da</strong><br />

posição narcísica <strong>do</strong> ‘melhor não ser’ e se ocupar <strong>do</strong> próprio <strong>de</strong>sejo reescreven<strong>do</strong> a sua<br />

história a partir <strong>do</strong> nome próprio.<br />

Para que isso seja possível é necessário <strong>de</strong>stituir o Outro <strong>do</strong> lugar que outrora lhe<br />

colocamos. Em um processo <strong>de</strong> análise isso significaria dizer: ‘agora vou arrumar os<br />

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