13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

significante fálico, o que se escreve, e o significante <strong>do</strong> Outro gozo, o que não se escreve.<br />

Concluin<strong>do</strong> Lacan 18 , que o traumático é o a (sexo).<br />

Se o sintoma é o que torna possível a relação sexual, o sintoma é uma suplência ao<br />

trauma <strong>do</strong> sexo, na medi<strong>da</strong> em que ele faz semblante ao significante <strong>do</strong> Outro gozo. Quanto<br />

ao traumático <strong>de</strong> alíngua, é também o sintoma que faz suplência ao trauma <strong>do</strong> <strong>de</strong>samparo <strong>do</strong><br />

humano ante a contingência <strong>do</strong> <strong>encontro</strong> com o significante sem senti<strong>do</strong>. O sintoma<br />

respon<strong>de</strong> ao equívoco <strong>do</strong> significante <strong>de</strong> alíngua, fixan<strong>do</strong> no corpo uma i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> gozo.<br />

Sen<strong>do</strong> a fantasia o que substitui o trauma, como a fantasia po<strong>de</strong> substituir a falta <strong>do</strong><br />

significante <strong>do</strong> Outro gozo, (trauma <strong>do</strong> sexo) e também o efeito produzi<strong>do</strong> pelo equívoco <strong>do</strong><br />

significante <strong>de</strong> alíngua, (trauma <strong>de</strong> alíngua)? O sintoma faz suplência ao trauma <strong>do</strong> sexo e ao<br />

trauma <strong>de</strong> alíngua, e a fantasia, com seu caráter <strong>de</strong> frase, colabora com o sintoma,<br />

substituin<strong>do</strong> o real <strong>do</strong> trauma por uma ficção. Mas, se no final <strong>de</strong> uma análise nos <strong>de</strong>paramos<br />

com o irredutível <strong>do</strong> sintoma, o que acontece com a fantasia? Uma vez que o sujeito se <strong>de</strong>para<br />

com sua essência <strong>de</strong> gozo, ao i<strong>de</strong>ntificar-se ao sintoma, a fantasia per<strong>de</strong> sua função, e o que<br />

surge em seu lugar é um significante novo, a ficção <strong>da</strong> fantasia é substituí<strong>da</strong> por uma criação,<br />

uma invenção <strong>do</strong> sujeito. Freud se refere à fantasia inconsciente como um ponto <strong>de</strong> fixação <strong>de</strong><br />

gozo, e, se para Lacan os significantes <strong>de</strong> alíngua produzem fixação <strong>de</strong> gozo, propomos<br />

pensar que, num “só <strong>de</strong>pois”, a fantasia fun<strong>da</strong>mental seria uma forma <strong>de</strong> sustentar o sintoma,<br />

o sintoma fun<strong>da</strong>mental, e respon<strong>de</strong>r ao trauma <strong>de</strong> alíngua tanto quanto ela o faz no trauma <strong>do</strong><br />

18 Lacan, J. (1978). Seminário, livro 25: o momento <strong>de</strong> concluir. Inédito.<br />

158

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!