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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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que a fantasia é a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> sujeito, a maneira como ele a organiza; e o <strong>de</strong>sejo ancora<strong>do</strong> na<br />

fantasia, mantém com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong> uma pretensa harmonia.<br />

O sintoma, por sua vez, adquiriu diversas <strong>de</strong>finições <strong>de</strong>ntro <strong>da</strong> teoria psicanalítica. Em<br />

Freud, ele foi o retorno <strong>do</strong> recalca<strong>do</strong>, o substituto <strong>de</strong> uma satisfação pulsional. Em Lacan, <strong>da</strong><br />

metáfora à letra, ele obteve <strong>de</strong>finições como: “a maneira que ca<strong>da</strong> um goza <strong>de</strong> seu<br />

inconsciente 5 ”, ou “o que faz e<strong>xi</strong>stir a relação sexual” 6 , e, finalmente, o sintoma como produto<br />

<strong>do</strong>s significantes <strong>de</strong> alíngua 7 . No presente artigo abor<strong>da</strong>remos a fantasia e sua relação com o<br />

sintoma nessas duas últimas acepções.<br />

O SINTOMA FAZ EXISTIR A RELAÇÃO SEXUAL<br />

“A relação sexual não e<strong>xi</strong>ste”, porque a linguagem não dispõe <strong>de</strong> um significante que<br />

represente o gozo <strong>do</strong> Outro sexo, o que levou Lacan a concluir, “A Mulher não e<strong>xi</strong>ste”. A<br />

falta <strong>de</strong>sse significante foi o que Lacan 8 <strong>de</strong>signou como a falha nos nós borromeanos,<br />

responsável por tornar os sexos equivalentes. O sintoma faz suplência à falta <strong>de</strong>sse<br />

significante <strong>do</strong> Outro gozo, S(Ⱥ), ou seja, ao significante <strong>do</strong> Outro sexo, provocan<strong>do</strong> a não<br />

equivalência entre os sexos e fazen<strong>do</strong> e<strong>xi</strong>stir a relação sexual. Para explicar como o sintoma<br />

realiza essa suplência, cito Gerbase em Sintoma e fantasia 9 , on<strong>de</strong> ele propõe uma releitura <strong>do</strong><br />

texto freudiano <strong>de</strong> 1908, “A Histeria e sua relação com a bissexuali<strong>da</strong><strong>de</strong>”, mostran<strong>do</strong> como a<br />

fantasia está implica<strong>da</strong> no sintoma, e como ela contribui na sua função <strong>de</strong> amarração. Nesse<br />

artigo Freud afirma que "o sintoma histérico é a expressão simultânea <strong>de</strong> uma fantasia sexual<br />

5 LACAN, J. Seminário, livro 22: RSI, 1975 – Inédito.<br />

6 LACAN, J. O Seminário, livro 23: o sinthoma, [1975/76]. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Jorge Zahar, 2007, p. 98.<br />

7 SOLER, C. Corpo falante Ca<strong>de</strong>rno <strong>de</strong> Stylus, EPFCL, 2010, p.23.<br />

8 Id, ibid, 2007, p. 97.<br />

8 Gerbase, J. Sintoma e fantasia. Inédito<br />

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