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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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A partir <strong>do</strong> inicio <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> <strong>de</strong> 1970 Lacan se afasta <strong>do</strong> pensamento estruturalista,<br />

on<strong>de</strong> o simbólico <strong>de</strong>tinha primazia nas estruturas clinicas, para trabalhar com a perspectiva<br />

<strong>de</strong> uma equivalência entre os três registros, e,a estrutura <strong>do</strong> sujeito passa a ser <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>,<br />

pela forma <strong>de</strong> enlaçamento <strong>do</strong> simbólico, <strong>do</strong> imaginário e <strong>do</strong> real: RSI, SIR, IRS.<br />

Ao introduzir a teoria <strong>do</strong>s nós na segun<strong>da</strong> parte <strong>do</strong> seu ensino, o “discurso” ce<strong>de</strong> lugar<br />

à escrita. Enquanto no primeiro se privilegiava a produção <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, na escrita o que<br />

prevalece é o sem-senti<strong>do</strong>. Isso traz mu<strong>da</strong>nças cruciais no manejo <strong>da</strong> transferência, pois<br />

Lacan alerta que “o efeito <strong>de</strong> senti<strong>do</strong> a se e<strong>xi</strong>gir <strong>do</strong> discurso analítico não é imaginário, não é<br />

também simbólico; é preciso que seja real”. A assertiva anterior <strong>de</strong> que o simbólico faz furo<br />

no real, sofre uma torsão e agora, é o real que faz furo no simbólico. Há um gozo no<br />

significante irredutível à significação. Na clinica, não se trata mais apenas <strong>de</strong> escuta, mas<br />

<strong>do</strong> que se “lê no que se escuta”. Por certo o sintoma está emaranha<strong>do</strong> em lalangue e é <strong>da</strong><strong>do</strong> na<br />

clinica pela repetição.<br />

A teoria <strong>do</strong>s nós constitui a ultima elaboração <strong>de</strong> Lacan sobre o sintoma, chegan<strong>do</strong> à<br />

escrita <strong>do</strong> inconsciente por meio <strong>da</strong> ca<strong>de</strong>ia borromeana. Nela o sinthoma surge como o<br />

quarto elemento, que ao enlaçar os três registros - agora equivalentes entre si – produz uma<br />

ca<strong>de</strong>ia bo, e como nos lembra Lacan, “ se há equivalência, não há relação”. À falta <strong>de</strong> relação<br />

sexual, o sujeito respon<strong>de</strong> com o sinthoma: Cito: “ Sinthoma é a resposta que o sujeito<br />

encontra frente ao gozo <strong>da</strong> falta <strong>de</strong> relação sexual”.<br />

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