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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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A propósito <strong>da</strong> articulação entre lalangue e a construção <strong>do</strong> sinthome, pressupõe-se<br />

que e<strong>xi</strong>ste um meio. Esse meio é o “sintoma” <strong>do</strong> inicio <strong>de</strong> uma análise, que põe em cena o<br />

sujeito “conta-<strong>do</strong>r”, que com seu sintoma , dirige-se ao analista na forma <strong>de</strong> <strong>de</strong>man<strong>da</strong>.<br />

Sujeito, por que é ele quem fala, mas o quê ele diz é lalangue que fala nele, pois elucubrar<br />

sobre lalangue é o que se faz numa análise.<br />

A propósito <strong>do</strong> sintoma e as transformações conceituais sofri<strong>da</strong>s na teoria, lembremos<br />

que algo <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o inicio permanece. Em Sintoma, Inibição e Angustia” Freud diz que “<br />

sintoma é gozo”.<br />

Para Lacan, no inicio <strong>de</strong> seu ensino, o sintoma era metáfora, mensagem dirigi<strong>da</strong> ao<br />

Outro, enigma, que uma vez <strong>de</strong>sven<strong>da</strong><strong>do</strong>, tinha efeito <strong>de</strong> ver<strong>da</strong><strong>de</strong>. Em “Função e campo <strong>da</strong><br />

fala e <strong>da</strong> linguagem”, embora ele diga, literalmente, que, “está perfeitamente claro que o<br />

sintoma, por ser pleno <strong>de</strong> senti<strong>do</strong>, se resolve por inteiro numa análise linguajeira”, já faz<br />

notar a coe<strong>xi</strong>stência, no sintoma, <strong>do</strong> simbólico e <strong>do</strong> real. Cito Lacan:“ o sintoma é símbolo<br />

inscrito na areia <strong>da</strong> carne e no véu <strong>de</strong> Maia.” O sintoma enquanto símbolo “inscrito”pertence<br />

ao campo <strong>do</strong> simbólico, mas “escrito” sob o véu <strong>de</strong> Maia, não estaria também no campo <strong>do</strong><br />

real? A titulo <strong>de</strong> esclarecimento, a expressão “Véu <strong>de</strong> Maia,” é usa<strong>da</strong> pelos orientais para<br />

dizer que “ver algo sob o véu <strong>de</strong> Maia faz também e<strong>xi</strong>stir o que não e<strong>xi</strong>ste, tamponan<strong>do</strong><br />

assim, a incompletu<strong>de</strong> tão angustiante para o sujeito. Sem ele, sem o véu <strong>de</strong> Maia, constata-se<br />

rapi<strong>da</strong>mente o “na<strong>da</strong>”. Em RSI Lacan confirma isso ao afirmar que já estava na idéia <strong>do</strong><br />

“Discurso <strong>de</strong> Roma” que o inconsciente ex-siste, que ele condiciona o Real.<br />

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