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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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eferin<strong>do</strong>-­‐se a uma espécie <strong>de</strong> bloqueio, “<strong>de</strong> congelamento <strong>do</strong> significante no corpo, um curto<br />

circuito que será responsável pelas manifestações corporais”. 11<br />

Isso significa que o sistema significante per<strong>de</strong> sua consistência, já que um significante não<br />

se remete mais a outro significante. Assim, conforme Nasio 12 “há um objeto, e <strong>de</strong>pois uma<br />

chama<strong>da</strong> significante que não teve resposta significante, mas teve uma resposta <strong>de</strong> objeto. A<br />

psoríase é uma resposta objeto para uma chama<strong>da</strong> significante, um significante remete a uma<br />

psoríase.” Um significante é inventa<strong>do</strong> que não é <strong>do</strong> Outro, é <strong>do</strong> Um, diferente <strong>do</strong>s outros e tem<br />

valor <strong>de</strong> real.<br />

No entanto, o que faz a psicanálise operar diante <strong>de</strong> um acontecimento <strong>de</strong> corpo, cujos<br />

significantes estão encarna<strong>do</strong>s, ou ain<strong>da</strong> qual é a direção <strong>do</strong> tratamento diante <strong>da</strong> toma<strong>da</strong> <strong>de</strong> corpo<br />

pelo fenômeno? Retomo Lacan 13 : “É por esse viés, pela revelação <strong>do</strong> gozo específico que há na sua<br />

fixação que sempre é preciso visar abor<strong>da</strong>r o psicossomático.” De que gozo específico se trata no<br />

psicossomático? Trata-se <strong>de</strong> um gozo fora <strong>do</strong> senti<strong>do</strong>, um gozo que ex-siste ao senti<strong>do</strong>, um gozo<br />

corta<strong>do</strong> <strong>da</strong> relação com o Outro, auto-erótico, um gozo <strong>do</strong> corpo próprio. Um gozo que nos remete a<br />

uma foraclusão <strong>da</strong> significação fálica, portanto, <strong>do</strong> gozo fálico. No caso em questão vimos,<br />

claramente, a prevalência <strong>do</strong> imaginário sobre o real. Não havia equivalência entre as consistências.<br />

A estratégia foi fazer o sujeito trabalhar na elaboração <strong>do</strong> luto, isto é na simbolização <strong>do</strong> que há <strong>de</strong><br />

mais fun<strong>da</strong>mental: o <strong>de</strong>samparo, o que incindiu no para além <strong>do</strong> horror. Para isso foi necessário, <strong>de</strong><br />

11 Este parágrafo também faz parte <strong>do</strong> artigo A Fantasia Encarna<strong>da</strong>: um estu<strong>do</strong> sobre o fenômeno<br />

psicossomático. Heloísa Helena Aragão e Ramirez & Christian Ingo Lenz Dunker.<br />

12 NASIO. J.-­‐D. “Psicossomática” – as formações <strong>do</strong> objeto a. RJ, JZE, 1983.<br />

13 In Conferência em Genebra sobre o sintoma.<br />

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