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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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início, tal abor<strong>da</strong>gem situa o problema <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> explícito no campo <strong>da</strong> pesquisa <strong>do</strong> senti<strong>do</strong> na<br />

linguagem e não uma vaga analogia ao campo visual [...]” Dessa forma, “O imaginário é<br />

<strong>de</strong>cifrável somente se traduzi<strong>do</strong> em símbolos.”<br />

Entretanto, quan<strong>do</strong> Lacan avança ao longo <strong>de</strong> seu ensino chega a nos alertar que “A<br />

perversão não é <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> porque o simbólico, o imaginário e o real estão rompi<strong>do</strong>s, mas, sim,<br />

porque eles já são distintos, <strong>de</strong> mo<strong>do</strong> que é preciso supor um quarto que, nessa ocasião, é o<br />

sinthoma. (Sem.23, p.21)<br />

Então interrogamos: Será que se trata na perversão <strong>de</strong> uma i<strong>de</strong>ntificação ao sinthoma?<br />

E o fetiche viria enlaçar os três registros: real, simbólico e imaginário?<br />

Deixemos essas questões em aberto... E pensemos no discurso.<br />

O discurso <strong>de</strong> um sujeito perverso tem mais a função <strong>de</strong> mostração <strong>do</strong> que <strong>de</strong><br />

representação, <strong>do</strong> dito. Como ocorre no “ato obsceno” ele mostra além <strong>da</strong> cena, revela o<br />

prima<strong>do</strong>, ou melhor, o que e<strong>xi</strong>ste aquém <strong>da</strong> palavra – a imagem “[...] como se houvesse um<br />

encurtamento <strong>do</strong> espaço entre a fantasia e o ato. “Na clínica o perverso mostra falan<strong>do</strong>, -<br />

ten<strong>do</strong> o analista como participante <strong>da</strong> cena perversa. As fantasias são encena<strong>da</strong>s. “[...] a<br />

montagem <strong>do</strong> discurso perverso revela um discurso no qual a palavra se torna um instrumento<br />

<strong>de</strong> mostração. O perverso se serve tanto <strong>do</strong> corpo como <strong>da</strong>s palavras. O que ele quer é<br />

mostrar. (QUEIROZ, p.74)<br />

Ora, se o perverso toca algo <strong>da</strong> reali<strong>da</strong><strong>de</strong> com o fetiche e, além disso, há algo <strong>de</strong><br />

fantasia no fetiche é com esse objeto que vamos operar na direção <strong>do</strong> tratamento.<br />

A psicanalista Márcia Mello, que tem uma gran<strong>de</strong> experiência com a clínica <strong>da</strong><br />

perversão, afirma que “quan<strong>do</strong> rompe o vínculo com a reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, a perversão substitui a<br />

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