13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Soler em seu curso sobre “A querela <strong>do</strong>s diagnósticos” nos lembra que Lacan mostrou<br />

a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>do</strong> diagnóstico para sabermos se o sujeito que nos procura po<strong>de</strong> se beneficiar <strong>do</strong><br />

tratamento analítico, pois o saber clínico orienta a ação. Assim, o diagnóstico implica um<br />

julgamento ético, que está longe <strong>de</strong> ser um julgamento <strong>de</strong> saber (SOLER, p.18)<br />

Sen<strong>do</strong> assim, o que nos interessa aqui investigar não é apenas o sujeito perverso que<br />

<strong>de</strong>man<strong>da</strong> análise para saber sobre o dispositivo, já que sua formação o e<strong>xi</strong>ge, mas também<br />

aqueles sujeitos que são trazi<strong>do</strong>s porque correm sérios riscos <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e colocam em risco a<br />

vi<strong>da</strong> <strong>de</strong> outros. Tanto em um caso como no outro as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s ocorrem quan<strong>do</strong> sobrevêm<br />

sintomas e perturbação no gozo.<br />

No seminário 16 “De um Outro ao outro” Lacan nos convoca a uma toma<strong>da</strong> <strong>de</strong><br />

posição ética dizen<strong>do</strong>: “Tratemos, em nossa elaboração <strong>de</strong> ser rigorosos! O sofrimento tem<br />

sua linguagem [...] O sofrimento é um fato, isto é, encerra um dizer.” (LACAN, p.63)<br />

Dessa forma, nós analistas estamos convoca<strong>do</strong>s a tomar uma posição ética em relação<br />

ao nosso próprio <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> analista. Pois sabemos, que a análise <strong>de</strong> um sujeito perverso se<br />

passa quase que o tempo to<strong>do</strong> no acting–out que se dirige ao Outro. Entretanto, enten<strong>de</strong>mos<br />

que é por essa via que o analista po<strong>de</strong> operar na direção <strong>do</strong> tratamento, ou seja, interpretar o<br />

acting–out, que é feito para a mostração.<br />

Lembremos uma afirmação <strong>de</strong> Lacan que está no seminário 10 “[...] se somos<br />

analistas, logo, ele, o acting-out, se dirige ao analista. Se ele ocupou este lugar, pior para ele.<br />

Ele tem <strong>de</strong> qualquer forma a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> que pertence a esse lugar que ele aceitou<br />

ocupar.” (LACAN, p.136)<br />

110

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!