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anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

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Retomemos com vagar a passagem li<strong>da</strong>, os comentários <strong>de</strong> Marx sobre as<br />

teses <strong>de</strong> Feuerbach:<br />

1) “A diminuição <strong>do</strong> interesse no dinheiro, o que Proudhon consi<strong>de</strong>ra como a<br />

anulação <strong>do</strong> capital e como uma tendência para socializar o capital é, por essa<br />

razão, <strong>de</strong> fato somente um sintoma <strong>da</strong> vitória total <strong>do</strong> capital <strong>de</strong> giro sobre o<br />

<strong>de</strong>sperdício <strong>da</strong> riqueza, isto é, <strong>da</strong> transformação <strong>de</strong> to<strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong><br />

em capital industrial”. Inicialmente, o sintoma é sinal <strong>de</strong> que o capital <strong>de</strong> giro<br />

venceu o <strong>de</strong>sperdício <strong>da</strong> riqueza e, portanto, não corrobora a observação <strong>de</strong><br />

Proudhon, <strong>de</strong> que a diminuição <strong>do</strong> interesse no dinheiro seria sinal <strong>de</strong> que o<br />

socialismo estaria chegan<strong>do</strong>... Ao contrário, diz Marx: em <strong>de</strong>trimento <strong>da</strong><br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> que <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> ser privilegia<strong>da</strong>, surge o capital industrial,<br />

visan<strong>do</strong>, na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, uma sempre maior circulação <strong>da</strong> riqueza, em que o<br />

próprio capital é produtor <strong>de</strong> mais capital.<br />

2) “É a vitória total <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> sobre to<strong>da</strong>s as quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s que ain<strong>da</strong><br />

são aparentemente humanas, e a total sujeição <strong>do</strong> <strong>do</strong>no <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong><br />

à essência <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> – o trabalho”. O capital que produz mais<br />

capital submete o <strong>do</strong>no <strong>da</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong> ao trabalho pois, para produzir<br />

é preciso trabalhar. Colocar o capital a trabalho. Ao mesmo tempo, Marx já<br />

<strong>de</strong>nuncia aqui o fim <strong>do</strong> humanismo, pois o homem é agora submeti<strong>do</strong> ao capital<br />

que o faz trabalhar para este mesmo capital. Se até então ain<strong>da</strong> havia uma i<strong>de</strong>ia<br />

<strong>de</strong> fazê-­‐lo para o homem, agora fica claro – já que essa i<strong>de</strong>ia era somente uma<br />

noção que vinha <strong>da</strong>s aparências porque, em essência, a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> priva<strong>da</strong><br />

privilegia<strong>da</strong> até então, era somente sustenta<strong>da</strong> pelo trabalho, seu capital – que,<br />

na reali<strong>da</strong><strong>de</strong>, é pelo capital que o homem trabalha. E isso in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> esse<br />

homem ser o proprietário ou o operário, como se vê na frase seguinte:<br />

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