13.04.2013 Views

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

anais do xi encontro da epfcl|afcl - brasil - Escola de Psicanálise dos ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Reflexões sobre a direção <strong>do</strong> tratamento na clínica <strong>da</strong> perversão<br />

Maria Lúcia Araújo 1<br />

A idéia a<strong>xi</strong>al <strong>de</strong>ste trabalho é trazer reflexões sobre alguns aspectos em relação à<br />

direção <strong>do</strong> tratamento em sujeitos <strong>de</strong> estrutura perversa, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a questão diagnóstica, manejo<br />

<strong>da</strong> transferência e final <strong>de</strong> análise.<br />

Consi<strong>de</strong>ramos que o perverso que procura o analista está na posição em que sente a<br />

angústia <strong>de</strong> castração. Quan<strong>do</strong> chega é porque a <strong>de</strong>fesa não funciona mais e a angústia<br />

transbor<strong>da</strong>. O sujeito vem nos dizer algo que no momento funciona mal e que antes<br />

funcionava bem. Agora funciona mal, até <strong>de</strong> forma perigosa. Está preocupa<strong>do</strong>, e se queixa <strong>de</strong><br />

não po<strong>de</strong>r controlar os impulsos, sabe o que lhe acontece, mas não consegue reagir, portanto<br />

quer aju<strong>da</strong>. Será que nós analistas estamos à altura <strong>de</strong> tal tarefa? Será que sabemos manejar a<br />

transferência na direção <strong>do</strong> tratamento? E como pensar o final <strong>de</strong> análise para a perversão?<br />

São questões que nos inquietam já faz alguns anos. Assim, pensamos que a<br />

preocupação <strong>do</strong> analista em orientar sua clínica a partir <strong>do</strong> diagnóstico estrutural é uma<br />

posição ética, e que po<strong>de</strong> a posteriori ser interpreta<strong>da</strong> como um ato. Além disso, torna-se<br />

fun<strong>da</strong>mental ressaltar que ao prescindir <strong>da</strong> hipótese diagnóstica não temos a mínima condição<br />

<strong>de</strong> dirigir o tratamento, pois tanto o dito como o dizer <strong>do</strong> analisante acabará fican<strong>do</strong> a <strong>de</strong>riva,<br />

a espera <strong>de</strong> um ato que nunca acontece.<br />

1 MARIA LÚCIA ARAÚJO – Psicanalista Membro <strong>da</strong> <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> <strong>Psicanálise</strong> <strong>do</strong>s Fóruns <strong>do</strong> Campo Lacaniano Brasil,<br />

Membro <strong>do</strong> Fórum <strong>do</strong> Campo Lacaniano - São Paulo. Trabalho apresenta<strong>do</strong> no XI Encontro Nacional <strong>da</strong> EPFCL/IF-<br />

Brasil (2010). araujomalu@uol.com.br<br />

109

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!