PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
view) da CM, visto que o desenvolvimento da CM possui um foco muito técnico<br />
(DURAY, 2006) desconsiderando, muitas vezes, as práticas gerenciais e<br />
aprendizado. O desenvolvimento da CM se deu focalizado em seu lado técnico<br />
(DURAY, 2006), em grande parte influenciado pelos trabalhos de Davis (1987) e,<br />
principalmente, Pine II (1993a). Huang et al. (2008) enfatizam que, com poucas<br />
exceções, a literatura existente de CM é extremamente conceitual e utiliza<br />
intensamente a técnica de estudo de caso (PINE II et al., 1993; KUBIAK, 1993;<br />
KOTHA, 1996; PINE II et al., 1995; SPIRA, 1993; FEITZINGER e LEE, 1997). Duray<br />
(2006) destaca que os estudos conceituais e baseados em estudo de caso geram<br />
resultados importantes, porém a falta de estudos empíricos de grande escala limita a<br />
generalização de ideias.<br />
Conforme destacado, depois das publicações de Davis (1987) e Pine II<br />
(1993a), durante a década de 1990 as pesquisas objetivaram definir o nível<br />
adequado de customização em massa para produtos e serviços, calcados na visão<br />
de cadeia de valor. Esse assunto foi consolidado em 2001 pela publicação do artigo<br />
Mass customization: literature review and research direction (SILVEIRA et al., 2001),<br />
em que os autores revisaram a literatura até aquela época, definindo os principais<br />
níveis de CM existentes e criando uma classificação geral em oito níveis de CM.<br />
Ademais, os autores fizeram considerações sobre os estudos futuros: “Future<br />
research on MC should focus on the formulation of methodologies that enable rapid<br />
reconfiguration of existing organizational structures and processes into a mass-<br />
customized production system. In this sense, further developments in MC research<br />
tend to point towards more applied issues” (SILVEIRA et al., 2001, p. 8). Fogliatto et<br />
al. (2012) revisitaram o artigo publicado em 2001 (SILVEIRA et al., 2001) e fizeram<br />
uma nova revisão de literatura sobre CM. Fogliatto et al. (2012) salientam que as<br />
pesquisas em CM evoluíram significativamente na última década (2001-2010), com<br />
maiores desenvolvimentos em configurações baseadas na internet (web-based),<br />
tecnologias de manufatura rápida e implementação de métodos mais estruturados<br />
de interação com clientes (customer-interaction methods).<br />
MacCarthy et al. (2003) analisaram os trabalhos de Lampel e Mintzberg<br />
(1996), Ross (1996), Alford et al. (2000), Duray et al. (2000), Silveira et al. (2001) e<br />
Gilmore e Pine II (1997) e concluíram que não existe convergência entre as<br />
classificações que utilizam a visão da cadeia de valor. A partir disso, os autores<br />
30