PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR
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32). O modelo Sloanian (modelo de Sloan) implementou tanto a estratégia de<br />
volume (fordista) quanto a estratégia de diversificação superficial (on the surface) de<br />
seus modelos e equipamentos, enquanto praticava a “comonalização”<br />
(commonalization) das partes invisíveis e plataformas dos veículos (BOYER e<br />
FREYSSENET, 2001).<br />
Com o aumento da diversidade de veículos ofertados pode surgir um trade-off<br />
(SKINNER, 1974) relacionado ao custo, visto que com o aumento da variedade e da<br />
personalização (customização) implicam em aumento de custos na fabricação<br />
(custos de economia de escala), sem a garantia de satisfação dos clientes (ALFORD<br />
et al., 2000). Adicionalmente a este fato, Squire et al. (2006) encontraram a<br />
existência de trade-offs entre o nível de customização oferecido, custos operacionais<br />
e tempo de entrega em indústrias do Reino Unido. Apesar disso, alguns autores<br />
(GOLDHAR e JELINEK, 1983) salientam que é possível obter benefícios a partir da<br />
economia de escopo, ou seja, utilizar componentes idênticos em diferentes produtos.<br />
Essa estratégia, conforme já destacado, foi utilizada por Sloan, na GM, ao<br />
“comonalizar” as partes invisíveis e plataformas e alterar a aparência externa e<br />
acessórios dos veículos.<br />
O modelo Sloanian possui uma característica peculiar de modularizar<br />
(comonalizar) os componentes invisíveis (partes mecânicas, chassis, etc.) dos<br />
veículos. Essa característica está extremamente relacionada com a Customização<br />
em Massa. Pine II (1994), considerado o autor que disseminou o termo<br />
Customização em Massa e iniciou a definição ampla do conceito sob o âmbito da<br />
estratégia de manufatura (DURAY, 2002), destaca a existência de cinco métodos<br />
básicos para alcançar a CM e enfatiza a modularização como o último nível de<br />
evolução de uma empresa que deseja mudar da PM para a CM. Duray (2002)<br />
destaca a importância da modularização ao conceituar em sua pesquisa que as<br />
empresas que não possuem envolvimento do cliente ou não utilizam algum tipo de<br />
modularidade não podem ser consideradas customizadoras em massa.<br />
A CM, considerada por Pine II (1994) como um novo paradigma, foi alvo de<br />
grandes discussões sobre a sua validade. Stan Davis, ao fazer o prefácio do livro de<br />
Pine II (1994, p. XIX), destaca que a CM é um “oxymoron, que em si é o ato de<br />
juntar noções ou ideias aparentemente contraditórias”. Selladurai (2004) enfatiza<br />
que a CM não é um oxymoron, mas uma realidade. Além disso, esse autor utilizou<br />
uma nova abordagem para a CM, empregando a perspectiva de gestão de<br />
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