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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ - PUCPR

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4.2 REVISÃO DE LITERATURA<br />

120<br />

Pode-se considerar que a CM teve seu início, segundo Kotler (1989), a partir<br />

da decadência dos mercados de massa e a crescente valorização da segmentação.<br />

Outros fatores que também contribuíram para isso são, por exemplo, a constante<br />

instabilidade da demanda, a fragmentação dos mercados, a redução do ciclo de vida<br />

dos produtos, o rápido desenvolvimento tecnológico, a adoção de modelos de<br />

gestão integrada e o surgimento de novos métodos de fabricação (HART, 1995;<br />

LAU, 1995). Em consequência, alguns autores (PINE II, 1993a; SILVEIRA et al.,<br />

2001; VIGNA e MIYAKE, 2009) consideram que a CM é uma evolução natural dos<br />

paradigmas de produção, partindo da Produção Artesanal, evoluindo para a<br />

Produção em Massa, passando pela Produção Enxuta e culminando na<br />

Customização em Massa.<br />

Diante desse cenário, em 1987, Stanley M. Davis cunhou o termo<br />

Customização em Massa em seu livro Future Perfect, que posteriormente foi<br />

disseminado no meio empresarial por Pine II (1993a). Em essência, a CM é “um<br />

mundo paradoxo, com implicações muito práticas [... em que] cada um deverá ser<br />

visto simultaneamente como parte (sob medida) e como todo (massa)” (DAVIS,<br />

1990, p. 146). Ademais, Davis salienta que para “entender e ser capaz de utilizar o<br />

poder de customização em massa é imprescindível que você aprecie o lógico por<br />

trás do conceito. Esse lógico não está limitado aos negócios, nem tem sua origem<br />

aqui. A noção religiosa da trindade, a noção governamental de equilíbrio de<br />

potências e a noção psicológica de ambivalência são variações dessa mesma<br />

lógica: levar em conta a coexistência de oposições, compreender a contradição<br />

como indicação de uma maior autenticidade. A chave é compreender e transcender<br />

o paradoxo, em vez de estar limitado por ele”. (Davis, ao escrever o prefácio do livro<br />

de PINE II, 1994, p. XIX). Também existem definições específicas (com abordagens<br />

mais práticas) para a CM (SILVEIRA et al., 2001), elaborada por diversos autores<br />

(KAY, 1993; HART, 1995; KOTHA, 1995; ROSS, 1996; JONEJA e LEE, 1998), que a<br />

consideram um sistema que usa tecnologia da informação, processos flexíveis e<br />

estruturas organizacionais para disponibilizar uma ampla faixa de produtos e<br />

serviços. Essa abordagem mais prática será a adotada nesse trabalho, pois se<br />

considera que o desenvolvimento da competência em CM é obtido através da

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