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MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

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conhecer a pessoa para saber que não tem doenças. Nesse contexto, a percepção<br />

de sua vulnerabilidade não existe.<br />

Outros dois aspectos aparecem na pesquisa para o não-uso de prevenção,<br />

sendo eles a impulsividade e a onipotência de achar que, com ele, nada vai<br />

acontecer. Visando trabalhar a prevenção com adolescentes, devemos sempre<br />

lembrar as características e os comportamentos peculiares desse grupo, pois, sem<br />

isso, a informação lhes carece de sentido.<br />

Também é verdade que o preservativo, por vezes, é usado à prevenção de<br />

DSTs/HIV, mas isso expõe o quanto a construção da doença está distante do mundo<br />

dos adolescentes, pois ela se faz necessária para eles quando se relacionam com<br />

alguém dos ditos grupos de risco. Essas pessoas não fazem parte do seu meio,<br />

fazem apenas parte da doença, ou melhor, representam a doença.<br />

Aos adolescentes, ao contrário do exposto, a gravidez, porque faz parte de<br />

sua realidade, aparece como o principal motivo para usá-lo. A gravidez se apresenta<br />

como um risco real e não necessita da imaginação; eles têm exemplos reais no seu<br />

meio.<br />

Diante de tal fato, percebemos que, mesmo com campanhas informativas,<br />

distribuição de preservativos, o seu uso não ocorre por uma atitude consciente de<br />

prevenção de doenças, e, sim, por medo de gravidez.<br />

Logo, toda expectativa da prevenção perde sua esperança quando usam<br />

anticoncepcionais, garantindo a prevenção de gravidez e tornando-os vulneráveis a<br />

doenças, pois logo o preservativo é abandonado.<br />

No entanto, apesar do medo da gravidez, o número de gestantes<br />

adolescentes permanece em patamares elevados, mostrando que nem mesmo a<br />

prevenção de gestação é realizada de forma satisfatória.<br />

É lícito, pois, voltarmos a interrogar: quem engravidou não poderia ter<br />

contraído uma doença sexualmente transmissível ou o HIV?<br />

Ao retomar as políticas públicas, no caso de saúde, cujo objetivo é o<br />

delineamento de ações que favoreçam a adoção de comportamentos menos<br />

arriscados, e, com isso a redução da epidemia, observamos, no presente trabalho, a<br />

existência de uma dissociação entre tais políticas e as ações efetivamente<br />

desenvolvidas.<br />

São preconizadas por tais políticas linhas estratégicas à prevenção que<br />

promovam a mudança de comportamento pela percepção do risco, informação<br />

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