MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

CONCLUSÃO
Ao percorrermos a trajetória de avaliação dos impactos que as políticas de
prevenção de DSTs/HIV acarretaram aos adolescentes, deparamo-nos com
aspectos importantes os quais devem ser abordados em busca da prevenção.
Após a Constituição de 88, foi consagrado o direito à participação popular e
política-administrativa. A sociedade passou a compor os conselhos deliberativos das
políticas sociais, em espaços paritários com o poder público. As experiências
democráticas passaram a conviver com o ajuste estrutural da economia, com as
limitações dos gastos públicos e com a necessidade de capacitação dos
conselheiros e dos gestores para a prática democrática e participativa.
Observa-se que o pacto federativo prevê a co-responsabilidade da União,
dos Estados e Municípios, mas, de fato, o município passou a ser o principal
responsável pela oferecimento dos serviços sociais, tais como saúde, educação e
assistência social. Assim, a gestão das políticas sociais no nível local torna-se mais
complexa e deve garantir a participação da sociedade civil, nas discussões,
elaboração e execução das políticas sociais, com o intuito de garantir direitos.
Ao tratarmos com os adolescentes escolares da cidade de Pelotas sobre o
acesso ao trabalho de prevenção realizado pela Coordenadoria Municipal de
DST/AIDS, vemos que eles não o percebem de uma forma presente e contínua.
Lembram que, em algum momento, tiveram palestras nas escolas, sendo esse
trabalho, para alguns, de fácil lembrança; para outros, com certo esforço, deixando
transparecer algo de pouca importância.
Entre os trabalhos de prevenção referidos pelos adolescentes, alguns foram
realizados pela própria escola, e não diretamente pela Coordenadoria, não sendo
abandonados, com isso, os objetivos preconizados pelas políticas públicas quando
inseriu os temas transversais, no caso a sexualidade, para serem trabalhados nas
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