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MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

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órgão foram capazes de sensibilizar os adolescentes quanto ao comportamento<br />

preventivo?<br />

Para aprofundarmos a questão, os adolescentes foram abordados de<br />

distintas formas, pois entendíamos que, interrogando apenas sobre o conhecimento<br />

deles relativo aos trabalhos de prevenção da Secretaria de Saúde, esse<br />

conhecimento poderia não ser reconhecido, porém, questionando sobre campanhas<br />

de distribuição de preservativos, palestras informativas, orientação sobre a prática<br />

de sexo seguro, poderíamos ser mais bem compreendidos.<br />

Claro, a fim de trabalhar a prevenção, os profissionais da saúde precisam ter<br />

em mente conhecimentos que ultrapassem dados sobre a distribuição da epidemia,<br />

os comportamentos de riscos – quem usa ou não o preservativo e por que o usa ou<br />

deixa de fazê-lo. Necessitam saber quem está fazendo o quê, como e por quê. No<br />

entanto, isso não é tudo, convém-lhes saber acerca do impacto de suas<br />

intervenções (HEARST, 2000).<br />

Buscando contribuir à prevenção de DSTs/AIDS, objetivo da pesquisa,<br />

percebemos, nos depoimentos, a realidade dessas intervenções. Com efeito, os<br />

adolescentes, de uma maneira geral, não reconhecem as abordagens a que tiveram<br />

acesso como um trabalho de prevenção da Secretaria. As respostas eram, portanto,<br />

dadas com certa indiferença.<br />

Paulo (14 a.), quando questionado sobre trabalhos de prevenção da<br />

Secretaria de Saúde, respondeu com certa dúvida:<br />

“Tipo... tem uma ONG lá perto de casa que trabalha bem em cima disso. Da<br />

Secretaria de Saúde, acho que é” (Paulo, 14 a.).<br />

A pesquisadora indagou acerca da participação em campanhas de<br />

distribuição de preservativo.<br />

“Sim, sim até aqui na escola, esse ano já veio duas vezes” (Paulo, 14 a.).<br />

“E sobre palestras informativas?”, explorou mais a pesquisadora.<br />

“É, tipo eles vêm aqui, tipo... como posso explicar pra senhora...eles<br />

entregam preservativo e tão sempre comentando sobre como se transmite a doença,<br />

o que fazer pra cuidar, essas coisas ...” (Paulo, 14 a.).<br />

“Essas informações foram importantes para ti?”, interveio a pesquisadora.<br />

“Sim, tipo se vai te relação sexual sem camisinha pode morrê, pega AIDS,<br />

tipo essas coisas sabe? Ninguém qué [...]” (Paulo, 14 a.)<br />

Já Rafael (14 a.) contribuiu sucintamente dizendo:<br />

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