MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...
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informativas acerca de DSTs/AIDS e/ou sexo seguro, sendo assim, tiveram acesso a<br />
informações formais.<br />
Percebemos, nas falas dos adolescentes, quando questionados sobre as<br />
formas de contaminação relativas a DSTs/ AIDS, que, por vezes, as informações<br />
conhecidas são citadas como “receita”, conforme a transcrita abaixo.<br />
“Através de seringa e sexo” (Paulo, 14 a.).<br />
“Através do ato sexual, transfusão de sangue, seringa aquelas de se<br />
drogá.... isso” (Samuel, 15 a.).<br />
Freqüentemente, evidenciam uma total falta de conhecimento. No entanto,<br />
como já exposto, todos os adolescentes entrevistados declaram ter participado de<br />
palestras informativas. Isso nos permite afirmar que a informação existiu, mas sem<br />
avaliarmos a qualidade ou o contexto em que a informação foi desenvolvida.<br />
No entanto, com tais falas, notamos uma vez mais, que o conhecimento não<br />
foi construído com o adolescente, no seu contexto de vida, o que gera uma<br />
compreensão repleta de dúvidas, entendimentos equivocados e repetições<br />
decoradas quase literalmente. Vejamos a seguir.<br />
“Entre relações sexuais, tem doenças que podem ser transmitidas pelo beijo<br />
também” (Ricardo, 18 a.).<br />
“Sei poco... através do sexo, relações. Tem coisa que eu tenho dúvida.<br />
Através do bejo? Tem tanta coisa, o garfo, a faca [...]” (Rodrigo, 15 a.).<br />
“É uma doença que é contagiosa, pode vim através do sexo, bejo e até de<br />
um machucado” (Renata, 16 a.).<br />
“Já, sexo seguro eu sei que tem que usa camisinha. Tem que depois que a<br />
gente faz tem que lava bem... ah, tem um monte de jeito de cuida pra não pega<br />
doença” (Renata, 16 a.).<br />
“Ah contato sexual, ...anal também , eu não sei..., contágio de seringas...ah<br />
não sei, também falam que aquele boato que beijo só se tiver ferida né? Ah, dizem<br />
da cutícula... tirar cutícula...mas isso aí... dizem que o vírus morre super rápido“<br />
(Betina, 17 a.).<br />
Entre os adolescentes entrevistados, chama a atenção a fala de Cecília por<br />
já ter participado de trabalhos de prevenção e do curso de multiplicadores da<br />
Coordenadoria Municipal de DST/AIDS. Com base nisso, poderíamos inferir um<br />
maior conhecimento referente ao assunto, porém, quando questionada sobre as<br />
formas de contaminação, tornaram-se evidentes as mesmas deficiências:<br />
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