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Para tanto, a metodologia do presente estudo foi realizada por meio de entrevistas, com a finalidade de compreender os fatos, interpretando-os segundo o contexto a que pertencem os entrevistados e o objeto da investigação. Assim, se o objetivo é compreender as estruturas dos grupos observados, procurou-se respeitar a liberdade dos componentes do grupo enquanto atores sociais, bem como as suas interpretações da realidade, do corpo, da relação saúde/doença e das políticas implantadas. Dessa forma, consideraram-se as diferentes alternativas, uma vez que foram construídas pela experiência dos grupos em um determinado contexto (MINAYO, 2004) Portanto, partimos de pressupostos de que o adolescente, em geral, pouco conhece a respeito das DSTs, das políticas de prevenção ou, diretamente, da sua própria prevenção. A pesquisa qualitativa permite que essas questões sejam esclarecidas de forma fidedigna, e, fundamentada na compreensão e avaliação das respostas obtidas, seja possível refletir e, portanto, colaborar na elaboração e concretização das políticas de saúde. 5.2 SUJEITOS DO ESTUDO Em uma abordagem qualitativa, os sujeitos devem ser escolhidos considerando-se o objetivo da pesquisa, de forma intencional, devendo ser estudados em profundidade (CAMPOS VELHO, 2003). O critério utilizado para o término das entrevistas, isto é, a coleta de dados, foi a saturação, ocorrida quando os depoimentos passaram a ser repetitivos, semelhantes aos anteriores. Esse momento marcou o limite do número de entrevistas a serem efetuadas (MEIHY, 2005). Haviam sido estimadas no máximo 30 entrevistas, mas se efetivaram apenas 19. saber: O estudo foi realizado com 19 adolescentes e obedeceu a alguns critérios, a • idade entre 12 e 18 anos, segundo o conceito do Estatuto da Criança e do Adolescente (2000), não importando a série em que estavam matriculados na escola; • concordância de todos em participar da pesquisa; 40
• sorteio de nomes realizado pela Direção da escola, entre os adolescentes que se enquadravam na idade proposta pelo estudo, evitando, dessa maneira, uma seleção direcionada. Embora este trabalho não tenha feito, na análise dos resultados, a diferenciação de classes sociais, iremos caracterizar o perfil destes adolescentes. Com relação: • Idade: um participante com 12 anos; dois com13 anos; quatro com14 anos; três com 15 anos; sete com 16 anos; um com 17 anos; um com 18 anos. • Sexo: oito adolescentes do sexo masculino e onze do sexo feminino. • Escola: treze estudantes de escola pública e seis de escola particular. • Renda familiar: um participante tinha renda inferior a um salário 5.3 LOCAL DO ESTUDO mínimo; oito com renda de um a dois salários; três com renda de dois a três salários; um com renda de quatro salários; e seis com renda superior a cinco salários. O estudo foi realizado em duas escolas na cidade de Pelotas/RS. Optamos por realizar a pesquisa em uma escola pública e outra particular, com a intenção de não restringir a uma classe social, evitando que o resultado encontrado fosse relacionado somente a uma dessas. 5.4 INÍCIO DA TRAJETÓRIA Na primeira semana do mês de outubro, após a aprovação pelo Comitê de Ética da Universidade Católica de Pelotas, procuramos as diretoras das escolas informando-as acerca do número de adolescentes a serem contatados. Já havia sido acordado que só participariam do estudo aqueles os quais aceitassem o convite. Não foram, portanto, obrigados a isso, e lhes foi facultada a desistência de prestar depoimentos a qualquer momento da pesquisa. 41
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