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MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

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4 VULNERABILIDADE<br />

Segundo o dicionário Ferreira (2002), vulnerável significa “o ponto pelo<br />

qual alguém ou algo pode ser atacado”.<br />

O Ministério da Saúde do Brasil (2006) adota, como já citado, a definição de<br />

vulnerabilidade, como a pouca ou nenhuma capacidade de o indivíduo ou grupo<br />

social decidir sobre sua situação de risco.<br />

No entanto, tal definição isoladamente não expõe o motivo dessa condição<br />

do indivíduo ou grupo social, não explica como tal conceito pode ser construído e,<br />

dessa forma, tornar-se um aliado na prevenção de doenças.<br />

Seffner (1998-c) chama a atenção sobre a vulnerabilidade estar diretamente<br />

relacionada à forma como a sociedade construiu e constrói a doença, sendo esse<br />

conceito fundamental na abordagem de qualquer enfermidade.<br />

O autor utiliza uma citação de Mann para melhor esclarecer esse conceito:<br />

Ao enfrentar a epidemia do HIV/AIDS, as pessoas muitas vezes<br />

reagem distanciando-se do problema. Muitos acreditam que, hoje, e mesmo<br />

amanhã, o risco de tornar-se soropositivo ou de ter familiar e/ou amigo<br />

infectado pode ser essencialmente zero. Será? Para confrontar-se com uma<br />

epidemia dinâmica, volátil, são necessárias uma apreciação mais detalhada<br />

da vulnerabilidade e uma abordagem mais útil para avaliar a vulnerabilidade<br />

atual e futura ao HIV. A AIDS no Mundo desenvolveu uma estrutura para<br />

avaliar criticamente a vulnerabilidade à infecção pelo HIV e AIDS,<br />

essencialmente para entender a história da pandemia do HIV e para prever<br />

seu curso futuro (1993, p. 275 apud SEFFNER,1998-c, p.2).<br />

Assim, a maneira conforme o adolescente entender uma determinada<br />

doença e se posicionar diante dela, no caso DST/HIV, pode influenciar diretamente<br />

sua compreensão do risco a que está exposto mediante determinado<br />

comportamento. De forma oposta, a desinformação faz com que perceba a doença<br />

distante de si e, conseqüentemente, considere seu comportamento seguro.<br />

Canavarro, Pereira e Morgado (2003) salientam que muitas adolescentes envolvidas<br />

em práticas sexuais sem proteção acreditam que estabelecem uma relação<br />

monogâmica e de confiança com seu parceiro e, por isso, estão protegidas do HIV.<br />

De acordo com o exposto, a vulnerabilidade é um conceito a ser construído,<br />

pois depende de diversos fatores, tais como o entendimento de doença, o contexto<br />

social onde o adolescente está inserido, a percepção de risco, crenças, valores,<br />

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