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MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

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uma identidade no sentido de uma coerência única de comportamento que<br />

permite aos outros uma expectativa de como a pessoa se comportará e<br />

reagirá. Em certo sentido, a pessoa terá respondido a pergunta ”quem sou<br />

eu?” e, por conseguinte, os outros saberão quem o indivíduo é. A<br />

consecução de uma identidade de ego usualmente requer a consecução<br />

concomitante da capacidade de deslocar-se para a interdependência com<br />

uma pessoa do sexo oposto; uma intimidade que propriamente abrange<br />

mais do que a capacidade de ter relações sexuais, ou até de gozar do<br />

prazer orgásmico no ato. Diz respeito a uma capacidade de ousar para<br />

formar um relacionamento significante sem medo da perda do eu (1983,<br />

p.110).<br />

É nesse jogo de descoberta de relacionamentos que os adolescentes,<br />

acreditando que os problemas de doenças estão distantes deles, e, ao mesmo<br />

tempo, “testando” as modificações do seu corpo, tornam-se vulneráveis tanto ao<br />

desenvolvimento de doenças quanto ao de uma gestação.<br />

Esse aspecto do comportamento do adolescente é descrito por Tiba (2005)<br />

como “onipotência juvenil”, a mania de “Deus” dos moços. É, sem dúvida, a fase<br />

mais complicada do relacionamento entre pais e filhos. O adolescente acredita,<br />

imbuído de sua ilusão onipotente, que jamais vai engravidar e julga-se protegido de<br />

acidentes e doenças, entre tantos outros perigos existentes. Na sua visão, entende-<br />

se invulnerável. Sobre isso cabe ainda salientar:<br />

Nesta fase, muitos querem ter autonomia para escolher seus<br />

programas, vida sexual, experimentar drogas, beber muito, correr com seus<br />

carros, abusar de esportes radicais, viajar sem destino na certeza absoluta<br />

de que nada de ruim irá acontecer justamente com eles, etc. (TIBA, 2005,<br />

p.53).<br />

Assim, o adolescente, com a necessidade de firmar sua identidade, procura<br />

renunciar comportamentos e atitudes infantis, manifestando reações nas quais<br />

crêem ser de adultos, o que transparece por meio da sexualidade, do uso de drogas,<br />

entre outros aspectos, tornando-se, portanto, vulnerável.<br />

Partido desse ponto, após discorrer sobre algumas peculiaridades com<br />

relação à adolescência, faz-se necessário, além de conceituá-la, compreender a<br />

vulnerabilidade que lhe é atribuída.<br />

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