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MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

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do grupo enfocado, para, então, seus integrantes poderem construir os próprios<br />

caminhos. Isso só é possível com a formação de cidadãos conscientes de seus<br />

direitos e capazes de exercer sua cidadania em prol do bem comum.<br />

Cabe salientar que as políticas delineadas pelo Ministério não objetivam<br />

contemplar somente os indivíduos tidos como “vulneráveis”, mas também os não-<br />

portadores. Ademais, elas devem atingir os contaminados pelo vírus e possibilitar a<br />

prevenção de novas contaminações por parte do próprio indivíduo ou de outro, bem<br />

como promover o acesso a uma qualidade de vida digna, com pleno suporte e<br />

assistência necessários.<br />

Paiva (2002), em outro trabalho, tece uma rápida análise sobre o Programa<br />

Brasileiro de Prevenção a DSTs/HIV. Segundo a autora, em suas iniciativas, sempre<br />

esteve presente não só o desafio de articular a prevenção do HIV nos grupos mais<br />

vulneráveis, mas também a assistência aos portadores com a devida proteção de<br />

seus direitos. Nessa caminhada, a ação de grupos não-governamentais fez-se<br />

presente e tornou-se fundamental à garantia dos direitos dos cidadãos. Graças a<br />

esses ativistas, reconheceu-se publicamente que as pessoas as quais adoeciam em<br />

decorrência da AIDS não deveriam “perder” seus direitos, recusando-se à “morte<br />

civil”. A partir de então, os programas de combate à epidemia, em todas as esferas,<br />

têm a meta de promover políticas não-discriminatórias, ressaltando que a AIDS<br />

atinge a todos, abandonando, pois, o estigma de grupo de risco ou comportamento<br />

de risco.<br />

Desse modo,<br />

A sexualidade a ser abordada é a de todos, como se todos<br />

fôssemos igualados pelas mesmas práticas, sem considerar que práticas<br />

sexuais sem seus sentidos particulares em cada cena sexual, em cada<br />

contexto sócio-cultural, não existem (PAIVA, 2000 apud PAIVA 2002, p.28).<br />

Esse trabalho tem a intenção de redimensionar a visão que existe, pois,<br />

em geral, as políticas públicas de prevenção são ligadas e direcionadas aos HIV<br />

negativos, como se somente estes tivessem de se proteger, repensar<br />

comportamentos, entre outras atitudes. Via de regra, tais políticas não consideram o<br />

HIV positivo e toda a necessidade de ele proteger a si e aos outros, de construir a<br />

sua vida com os direitos de cidadão respeitados. Não é necessário muito esforço<br />

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