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MAIRA GUEDES PILTCHER RECUERO INVESTIGANDO ...

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sobre os segmentos vulneráveis da população, bem como acolher as pessoas<br />

infectadas com o vírus HIV. No presente trabalho, a população vulnerável enfatizada<br />

são os adolescentes, considerados pelo Ministério da Saúde como um grupo de alta<br />

vulnerabilidade.<br />

2.3 PREVENÇÃO A DSTS/HIV COM ADOLESCENTES: TRABALHOS<br />

DESENVOLVIDOS<br />

Paiva, Peres e Blessa (2002), do Instituto de Psicologia da USP/SP,<br />

propiciam-nos uma reflexão sobre propostas de prevenção com jovens e seus<br />

educadores, em um trabalho desenvolvido pelas pesquisadoras na cidade de São<br />

Paulo.<br />

Esse trabalho começou em 1990 e surgiu da necessidade de se implantarem<br />

ações interativas sobre sexo, reprodução, desinformação, emoção, violência e<br />

outros, visando atingir os caminhos à cidadania plena. Elas apresentaram um<br />

referencial histórico acerca da concepção social da epidemia – AIDS – nas duas<br />

últimas décadas, buscando construir novas trajetórias à prevenção.<br />

Inicialmente, a AIDS era concebida, de um modo geral, com muita<br />

discriminação, ligada a grupos de risco. No entanto, a equipe de estudo da USP<br />

(2002) propôs refletir sobre a prevenção com base no contexto sociocultural, e na<br />

construção coletiva, simbólica e psicossocial, abandonando a antiga postura<br />

discriminatória, a qual era propagada como uma tentativa tranqüilizadora aos que<br />

não queriam considerar o problema na sua extensão, pois, não se incluindo nos<br />

“grupos de risco”, como seria o caso de homossexuais, prostitutas, dependentes<br />

químicos, o problema estaria “distante”, assim como o risco de contrair o HIV<br />

(PAIVA, 2002).<br />

A partir da segunda década do desencadeamento da epidemia, as ações<br />

dos grupos ativistas dos Direitos Humanos, em diferentes momentos, mostraram-se<br />

fundamentais ao enfraquecimento dessa visão moralista sobre a epidemia. Dessa<br />

forma, foi conquistado um espaço onde se defendia que a diminuição da epidemia<br />

era dependente da disseminação de informações corretas e da possibilidade de os<br />

indivíduos nelas se reconhecerem, usando-as à sua proteção. Entretanto, essa<br />

possibilidade parece não estar se efetivando, independentemente das culturas, do<br />

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