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Documentação de Instrumentação - HD UTIL

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<strong>Documentação</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Instrumentação</strong><br />

Aplicação <strong>de</strong> Símbolos e I<strong>de</strong>ntificação<br />

2 a edição<br />

Marco Antônio Ribeiro<br />

VXT<br />

A<br />

VXE<br />

A<br />

VI<br />

4<br />

VYT<br />

B<br />

VYE<br />

B<br />

VI<br />

5<br />

VZT<br />

A<br />

VZE<br />

A


<strong>Documentação</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Instrumentação</strong><br />

Aplicação <strong>de</strong> Símbolos e I<strong>de</strong>ntificação<br />

2 a edição<br />

Marco Antônio Ribeiro<br />

Quem pensa claramente e domina a fundo aquilo <strong>de</strong> que fala, exprime-se<br />

claramente e <strong>de</strong> modo compreensível. Quem se exprime <strong>de</strong> modo obscuro e<br />

pretensioso mostra logo que não enten<strong>de</strong> muito bem o assunto em questão<br />

ou então, que tem razão para evitar falar claramente (Rosa Luxemburg)<br />

© 1998, 2003, Tek Treinamento & Consultoria Ltda.<br />

Salvador, BA


Dedicado a Andréa Conceição, quem muito me ensina<br />

<strong>Instrumentação</strong>, <strong>de</strong> modo simples e direto


Prefácio<br />

A <strong>Instrumentação</strong> é um assunto que interessa e é tratada por pessoas com<br />

interesses e formações técnicas muito diferentes. O especialista <strong>de</strong> instrumentação<br />

é chamado indistintamente <strong>de</strong> Engenheiro <strong>de</strong> Sistema <strong>de</strong> Controle, Engenheiro <strong>de</strong><br />

<strong>Instrumentação</strong> e Controle, Engenheiro <strong>de</strong> Instrumento e mais recentemente,<br />

Engenheiro <strong>de</strong> Automação.<br />

Não apenas o engenheiro e técnico <strong>de</strong> instrumentação estão interessados neste<br />

assunto, mas também projetistas, operadores, pessoal <strong>de</strong> compra, almoxarife e<br />

especialista em informática. Quando todas estas pessoas querem ou precisam se<br />

comunicar entre si para discutir instrumentação e controle é necessário haver um<br />

meio <strong>de</strong> comunicação que seja entendido por todos. No exercício <strong>de</strong> suas várias e<br />

variadas funções eles utilizam símbolos e códigos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação como meio <strong>de</strong><br />

comunicação. Para haver um entendimento completo, sem ambigüida<strong>de</strong>, lacunas e<br />

discordâncias, todos <strong>de</strong>vem usar as mesmas ferramentas gráficas, que embora<br />

simplificadas consigam conceituar as idéias iniciais <strong>de</strong> engenharia. Estas<br />

ferramentas são essenciais ao processo criativo, ao <strong>de</strong>senvolvimento lógico dos<br />

conceitos <strong>de</strong> medição, controle e automação e para a comunicação <strong>de</strong>stes conceitos<br />

entre todos os envolvidos.<br />

O objetivo <strong>de</strong>ste trabalho é o <strong>de</strong> apresentar o simbolismo e a i<strong>de</strong>ntificação da<br />

instrumentação e dos equipamentos associados e especialistas e leigos do assunto.<br />

Espera-se que seja usado para ajudar qualquer pessoa interessada a encontrar as<br />

ferramentas necessárias para a execução <strong>de</strong> seu trabalho relacionado com a<br />

instrumentação.<br />

Este livro é o resultado <strong>de</strong> um curso ministrado pelo autor na Petrobrás, Fafen-<br />

BA.<br />

Sugestões e críticas <strong>de</strong>strutivas são benvidas, no en<strong>de</strong>reço: Rua Carmem<br />

Miranda 52, A 903, CEP 41820-230, Fone (071) 359-3195 e Fax (071) 359-3058 e<br />

no e-mail: marcotek@uol.com.br<br />

Marco Antônio Ribeiro<br />

Salvador, Verão 2003<br />

4


Autor<br />

Marco Antônio Ribeiro se formou no ITA, em 1969, em<br />

Engenharia <strong>de</strong> Eletrônica blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá.<br />

Durante quase 14 anos foi Gerente Regional da Foxboro, em<br />

Salvador, BA, período da implantação do polo petroquímico <strong>de</strong><br />

Camaçari blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá.<br />

Fez vários cursos no exterior e possui <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> artigos<br />

publicados nas áreas <strong>de</strong> <strong>Instrumentação</strong>, Controle <strong>de</strong> Processo,<br />

Automação, Segurança, Vazão e Metrologia e Incerteza na Medição<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá.<br />

Des<strong>de</strong> 1987, é diretor da Tek Treinamento & Consultoria Ltda.<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá, blablablá,<br />

blablablá, firma que presta serviços nas áreas <strong>de</strong> <strong>Instrumentação</strong> e<br />

Controle <strong>de</strong> Processo.<br />

5


<strong>Documentação</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Instrumentação</strong><br />

1. Ferramentas <strong>de</strong> Comunicação<br />

2. Elementos do Simbolismo<br />

3. Elementos da I<strong>de</strong>ntificação<br />

4. Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo<br />

5. Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

6. Simbologia <strong>de</strong> Controle Multivariável<br />

7. Simbolismo Lógico<br />

8. Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

9. Diagramas <strong>de</strong> Fiação<br />

10. Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

11. Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

12. Folhas <strong>de</strong> Especificação <strong>de</strong> Instrumentos<br />

6


Introdução<br />

Ferramentas <strong>de</strong> Comunicação<br />

Este capítulo mostra as bases prática e<br />

filosófica para o simbolismo e para os<br />

métodos <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. Nenhum<br />

exemplo gráfico é dado – <strong>de</strong>liberadamente.<br />

O entendimento completo, por<br />

necessida<strong>de</strong>, prece<strong>de</strong> a aplicação racional.<br />

Símbolos e I<strong>de</strong>ntificação<br />

Na engenharia <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> processo,<br />

símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores são usados<br />

como representações gráficas <strong>de</strong><br />

conceitos, idéias acerca <strong>de</strong> coisas<br />

(equipamentos) ou funções (ações<br />

executadas pelos equipamentos). Os<br />

símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores são usados com<br />

dois objetivos:<br />

1. conceituar o processo<br />

2. comunicar a informação<br />

Além <strong>de</strong> serem ferramentas <strong>de</strong><br />

comunicação direta, os símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificadores ajudam na conceituação e<br />

registro da informação acerca dos<br />

sistemas <strong>de</strong> instrumentos.<br />

Audiência<br />

Estas ferramentas <strong>de</strong> comunicação são<br />

<strong>de</strong> interesse <strong>de</strong> uma gran<strong>de</strong> varieda<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

pessoas tecnicamente orientadas, tais<br />

como<br />

1. Engenheiros <strong>de</strong> processo<br />

2. Engenheiros e projetistas <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> controle<br />

3. Engenheiros mecânicos, eletricistas<br />

e <strong>de</strong> tubulação<br />

4. Pessoal <strong>de</strong> inspeção <strong>de</strong><br />

equipamento<br />

5. Compradores<br />

6. Ven<strong>de</strong>dores<br />

7. Fabricantes <strong>de</strong> equipamentos<br />

1<br />

8. Pessoal do almoxarifado<br />

9. Instaladores<br />

10. Engenheiros e técnicos <strong>de</strong><br />

montagem<br />

11. Pessoal <strong>de</strong> manutenção<br />

12. Engenheiros <strong>de</strong> segurança<br />

13. Programadores <strong>de</strong> computador<br />

14. Pessoal <strong>de</strong> calibração e teste<br />

O usuário final para quem se quer<br />

colocar as representações gráficas <strong>de</strong><br />

conceitos <strong>de</strong>ve ser claramente <strong>de</strong>finido,<br />

para que a comunicação tenha sucesso.<br />

Conceitos, não imagens, são o assunto do<br />

processo <strong>de</strong> comunicação. Conceitos, não<br />

imagens, são a base para as normas bem<br />

sucedidas (bem aceitas). A simplicida<strong>de</strong><br />

ajuda.<br />

É necessário saber o que se quer<br />

comunicar e para quem. A escolha do<br />

documento, o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe, o<br />

simbolismo e a i<strong>de</strong>ntificação padrão a ser<br />

usada <strong>de</strong>vem ser claramente <strong>de</strong>finidos.<br />

Simbolismo, i<strong>de</strong>ntificação e<br />

documentação<br />

Símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores po<strong>de</strong>m<br />

representar tanto um equipamento como<br />

as funções <strong>de</strong> um equipamento. O grau <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>talhes usado para representar o<br />

equipamento e suas funções <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> do<br />

objetivo do comunicador e das<br />

necessida<strong>de</strong>s da audiência pretendida.<br />

Como os símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores são<br />

ferramentas gráficas, sempre serão<br />

encontrados em uma superfície que é<br />

capaz <strong>de</strong> suportar uma imagem gráfica.<br />

Esta superfície por ser papel, ma<strong>de</strong>ira,<br />

plástico. Atualmente, é cada vez mais<br />

freqüente a mídia eletrônica, por exemplo,<br />

em monitores <strong>de</strong> ví<strong>de</strong>o. Em um sentido<br />

amplo, todos estes meios po<strong>de</strong>m ser<br />

7


consi<strong>de</strong>rados como documentos, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que todos são usados para expressar<br />

informação.<br />

Continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceito<br />

Em projeto e em engenharia é comum<br />

proce<strong>de</strong>r do geral para o especifico: um<br />

conceito geral, esquemas, diagramas mais<br />

<strong>de</strong>talhados, especificações narrativas,<br />

folhas <strong>de</strong> dados individuais. Deve haver<br />

uma continuida<strong>de</strong> <strong>de</strong> conceito através <strong>de</strong><br />

todos os vários estágios do processo <strong>de</strong><br />

projeto.<br />

Esta continuida<strong>de</strong> é evi<strong>de</strong>nte em graus<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe: o mesmo conceito, o mesmo<br />

equipamento, a mesma função, mas em<br />

níveis diferentes <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes e enfoques.<br />

Estes diferentes níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe são<br />

geralmente representados por diferentes<br />

documentos: Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Processo, Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia, diagramas <strong>de</strong> tubulação e<br />

instrumentos, diagramas <strong>de</strong> malhas, folhas<br />

<strong>de</strong> especificação <strong>de</strong> instrumento, <strong>de</strong>talhes<br />

<strong>de</strong> instalação. Quando se vai <strong>de</strong><br />

documento para outro não se <strong>de</strong>ve alterar<br />

o símbolo do mesmo conceito<br />

radicalmente, pois isso provoca mal<br />

entendidos e atrapalha a comunicação.<br />

Por exemplo, alterar um símbolo circular<br />

para um símbolo quadrado para o mesmo<br />

equipamento ou função em dois<br />

documentos com enfoques diferentes é<br />

uma transição abrupta que <strong>de</strong>ve ser<br />

evitada.<br />

A escolha da documentação<br />

acompanha e po<strong>de</strong> variar muito, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

esquemas conceituais simples até<br />

diagramas <strong>de</strong> sistemas com <strong>de</strong>talhes<br />

minuciosos (número <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> uma<br />

borneira, por exemplo). Quando se move<br />

<strong>de</strong> um tipo <strong>de</strong> documento para outro, nesta<br />

escada <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes, implica em pequena<br />

modificação <strong>de</strong> símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores<br />

usados e não uma mudança radical <strong>de</strong>les.<br />

Linguagem comum<br />

As fontes dos símbolos e dos métodos<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação aplicados são usualmente<br />

alguma forma <strong>de</strong> normas: da companhia,<br />

institucional, nacional ou internacional.<br />

Des<strong>de</strong> que o principal uso <strong>de</strong> símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificadores é para a comunicação com<br />

outros, são necessárias normas comuns.<br />

Ferramentas <strong>de</strong> Comunicação<br />

As normas ISA, em geral, são as mais<br />

usadas, conhecidas e por isso são a<br />

principal fonte <strong>de</strong> métodos <strong>de</strong> simbolismo e<br />

i<strong>de</strong>ntificação.<br />

As principais normas sobre símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificação são as seguintes:<br />

1. ANSI/ISA S5.1 (1984, R1992),<br />

Instrumentation Symbols and<br />

I<strong>de</strong>ntification.<br />

2. ANSI/ISA S5.2 (1976, R1992),<br />

Bynary Logic Diagrams for Process<br />

Operations<br />

3. ANSI/ISA S5.3 (1983), Graphic<br />

Symbols for Distributed Control-<br />

Shared display Instrumentation,<br />

Logic, and Computer Systems<br />

4. ANSI/ISA S5.4 (1991), Instrument<br />

Loop Diagrams<br />

5. ANSI/ISA S5.5 (1986), Graphic<br />

Symbols for Process Displays<br />

Instrumentos e Equipamentos<br />

Este trabalho é dirigido para a aplicação<br />

<strong>de</strong> símbolos e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong><br />

instrumentos. Porém, o instrumentista não<br />

po<strong>de</strong> <strong>de</strong>sempenhar sua função isolada do<br />

processo e do equipamento associado com<br />

a instrumentação <strong>de</strong> medição e controle e<br />

este fato justifica e explica a inclusão <strong>de</strong><br />

símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores <strong>de</strong> outros<br />

equipamentos. Assim, por questão <strong>de</strong><br />

completu<strong>de</strong>, serão incluídos símbolos <strong>de</strong><br />

equipamentos <strong>de</strong> processo (reatores,<br />

trocadores <strong>de</strong> calor), tubulações,<br />

equipamentos elétricos (motores,<br />

geradores) e mecânicos (compressores,<br />

bombas).<br />

Símbolos, I<strong>de</strong>ntificadores e Palavras<br />

Além dos símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores,<br />

<strong>de</strong>vem ser usadas poucas e escolhidas<br />

palavras. Os símbolos e seus<br />

i<strong>de</strong>ntificadores associados fornecem a<br />

categoria geral a qual o equipamento<br />

pertence e as palavras fornecem o<br />

qualificador que especifica o equipamento.<br />

Ou seja, a combinação <strong>de</strong> um símbolo, um<br />

i<strong>de</strong>ntificador e uma ou duas palavras<br />

criteriosamente escolhidas po<strong>de</strong> comunicar<br />

um conceito <strong>de</strong> modo mais claro e explícito<br />

do que apenas símbolos, i<strong>de</strong>ntificadores ou<br />

palavras isoladas.<br />

8


Blocos constituintes<br />

A instrumentação do processo não<br />

existe sem um processo para medir ou<br />

controlar. Muitos instrumentistas se<br />

preocupam tanto com os instrumentos que<br />

esquecem o fato básico que o importante é<br />

a operação do processo. A aplicação da<br />

instrumentação na medição e controle do<br />

processo é o importante, sendo secundário<br />

o trabalho interno dos instrumentos. A<br />

escolha dos símbolos e i<strong>de</strong>ntificadores se<br />

torna mais fácil com esta consi<strong>de</strong>ração.<br />

A aplicação <strong>de</strong> instrumentação em<br />

medição e controle <strong>de</strong> processo <strong>de</strong>ve ser o<br />

ponto focal da representação simbólica <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> medição e controle. A<br />

tecnologia envolvida é secundária.<br />

Simbolização é um processo <strong>de</strong><br />

abstração em que as características<br />

salientes <strong>de</strong> um equipamento ou <strong>de</strong> uma<br />

função são retratadas por alguma<br />

construção geométrica simples. Este<br />

processo <strong>de</strong> abstração tem sido difícil para<br />

o entendimento <strong>de</strong> muitas pessoas, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que as funções, até recentemente, tem<br />

sido usualmente associadas com<br />

equipamentos específicos. O controle por<br />

computador e o controle compartilhado<br />

forçam uma aceitação mais fácil do uso <strong>de</strong><br />

símbolos para funções que não são<br />

facilmente i<strong>de</strong>ntificadas com uma única<br />

peça <strong>de</strong> equipamento. Há porém,<br />

geralmente uma necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> pensar<br />

em termos <strong>de</strong> equipamento e <strong>de</strong>screver<br />

este equipamento mais especificamente.<br />

Na escolha dos símbolos para<br />

representar idéias, é sensato lembrar que<br />

a pessoa que recebe a comunicação <strong>de</strong>ve<br />

Elementos do Simbolismo<br />

2<br />

enten<strong>de</strong>r os símbolos e não <strong>de</strong>ve ficar<br />

confusa ou irritada com eles, pois neste<br />

caso a transferência <strong>de</strong> comunicação é<br />

impedida. As normas internacionais da ISA<br />

são uma boa fonte <strong>de</strong> simbolismo <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que elas satisfizeram o teste do consenso,<br />

ou seja, elas têm sido usadas com gran<strong>de</strong><br />

concordância por um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

usuários com enfoques diferentes. Os<br />

símbolos e i<strong>de</strong>ntificação usados nas<br />

normas <strong>de</strong>vem passar pelo teste do<br />

consenso. Se o usuário não gosta <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>terminado símbolo, antes <strong>de</strong> inventar um<br />

novo, <strong>de</strong>ve se parar para perguntar se este<br />

símbolo antipático é aceito geralmente<br />

como uma ferramenta <strong>de</strong> comunicação. Se<br />

for, ele <strong>de</strong>ve mudar sua atitu<strong>de</strong> em relação<br />

ao símbolo e usá-lo; com o tempo ele se<br />

acostumará e passará a aceitar o símbolo.<br />

Fig. 2.1. Governador da máquina <strong>de</strong> vapor<br />

Fig. 2.2. Válvula <strong>de</strong> alívio <strong>de</strong> pressão<br />

9


Fig. 2.3. Instrumento montado no painel <strong>de</strong> leitura<br />

FT<br />

Fig. 2.4. Transmissor eletrônico <strong>de</strong> vazão<br />

Fig. 2.5. Linha <strong>de</strong> sinal eletrônico, 4 a 20 mA cc<br />

Fig. 2.6. Válvula <strong>de</strong> controle, tipo borboleta<br />

FIC<br />

1<br />

Fig. 2.7. Controlador indicador <strong>de</strong> vazão, eletrônico,<br />

<strong>de</strong>dicado, montado no painel <strong>de</strong> leitura<br />

FIC<br />

1<br />

Fig. 2.8. Controlador indicador <strong>de</strong> vazão, eletrônico,<br />

compartilhado, montado no painel <strong>de</strong> leitura<br />

Fig. 2.9. Válvula <strong>de</strong> controle com atuador<br />

pneumático<br />

Elementos do Simbolismo<br />

f(x)<br />

Fig. 2.10. Elemento final SAMA (em <strong>de</strong>suso)<br />

Figuras geométricas<br />

Desenhos com linhas com formatos<br />

geométricos simples representam funções,<br />

equipamentos e sistemas. Certas figuras<br />

geométricas representam certos conceitos<br />

em <strong>de</strong>terminados tipos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos.<br />

Círculos<br />

Círculos po<strong>de</strong>m ser usados para<br />

representar um instrumento (ou função) ou<br />

como uma ban<strong>de</strong>irola. Como símbolo <strong>de</strong><br />

instrumento, ele representa o conceito <strong>de</strong><br />

um equipamento ou função. Como<br />

ban<strong>de</strong>irola, ele fornece informação acerca<br />

<strong>de</strong> outro símbolo que representa um<br />

equipamento ou função. Assim, usa-se um<br />

circulo como ban<strong>de</strong>irola ao lado <strong>de</strong> uma<br />

válvula <strong>de</strong> controle.<br />

PI<br />

1<br />

Fig. 2.11. Circulo como instrumento ou função<br />

Fig. 2.12. Circulo como ban<strong>de</strong>irola<br />

FV 2<br />

10


Fig. 2.13. Ban<strong>de</strong>irola e instrumento<br />

Fig. 2.14. Instrumento geral<br />

PI<br />

1<br />

Fig. 2.15. Instrumento em painel <strong>de</strong> leitura<br />

FY 3<br />

Fig. 2.16. Instrumento em painel cego ou atrás do<br />

painel <strong>de</strong> leitura<br />

FI<br />

3<br />

FT<br />

3<br />

PI<br />

1<br />

FE<br />

3<br />

Fig. 2.17. Instrumento em painel <strong>de</strong> leitura, auxiliar<br />

Elementos do Simbolismo<br />

Fig. 2.18. Instrumento atrás <strong>de</strong> painel <strong>de</strong> leitura<br />

auxiliar<br />

TIC<br />

1<br />

TIC<br />

2<br />

TY<br />

1<br />

FY<br />

4<br />

P1 P2 P3<br />

WIC<br />

1<br />

SIC<br />

1<br />

C1 C2 C3<br />

WIC<br />

2<br />

SIC<br />

2<br />

R1 R1 R2<br />

TY<br />

2<br />

WY<br />

2<br />

Fig. 2.19. Designadores <strong>de</strong> locais <strong>de</strong> montagem:<br />

P – Painel<br />

C – Console<br />

R – Rack (armário cego)<br />

Pequenos quadrados<br />

Pequenos quadrados são usados para<br />

simbolizar funções (ou instrumentos) ou<br />

como <strong>de</strong>signadores <strong>de</strong> função (uma forma<br />

<strong>de</strong> ban<strong>de</strong>irola). Linhas são usadas para<br />

representar fluxo <strong>de</strong> sinal. Alguns graus <strong>de</strong><br />

flexibilida<strong>de</strong> no nível <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes po<strong>de</strong>m<br />

ser escolhidos para mostrar conceitos e<br />

por isso é uma boa idéia usar uma legenda<br />

para <strong>de</strong>finir as intenções do projetista.<br />

11


S<br />

Fig. 2.20. Instrumento em painel <strong>de</strong> leitura<br />

Fig. 2.21. Atuador <strong>de</strong> pistão, ação simples<br />

Fig. 2.22. Atuador <strong>de</strong> pistão, ação dupla<br />

E<br />

Fig. 2.23. Atuador eletropneumático<br />

X<br />

P<br />

Fig. 2.24. Atuador não classificado<br />

Elementos do Simbolismo<br />

Fig. 2.25. Válvula com posicionador<br />

FY<br />

5<br />

Fig. 2.26. Somador (sigma) original<br />

FY<br />

5<br />

Fig. 2.27. Somador (sigma) <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> uma caixa<br />

Σ<br />

Σ<br />

Fig. 2.28. Somador (sigma) como símbolo <strong>de</strong> função<br />

FIC<br />

2<br />

Σ<br />

Fig. 2.29. Símbolo da função controle compartilhado<br />

12


Fig. 2.30. Medidor <strong>de</strong> vazão intrusivo<br />

LCV<br />

2<br />

Fig. 2.31. Purgador (válvula controladora <strong>de</strong> nível)<br />

Gran<strong>de</strong>s quadrados<br />

Com o advento do controle e display<br />

compartilhado, apareceu também a<br />

necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> se diferenciar o<br />

instrumento discreto convencional<br />

(<strong>de</strong>dicado) das funções <strong>de</strong> controle e<br />

display compartilhadas que fazem o<br />

mesmo trabalho mas que não facilmente<br />

percebidas como pertencentes a um<br />

mesmo invólucro. A solução foi <strong>de</strong>senhar<br />

um quadrado externo ao circulo que<br />

representava o instrumento (Fig. 2.32).<br />

O circulo simbolizando o instrumento<br />

permanece. Muitos quiseram aboli-lo, mas<br />

outros acham mais confortável manter o<br />

círculo <strong>de</strong>ntro do quadrado.<br />

PIC<br />

2<br />

Fig. 2.32. Símbolo controle e display compartilhados<br />

Fig. 2.33. Bloco <strong>de</strong> função<br />

FIC<br />

2<br />

T<br />

FE<br />

9<br />

Fig. 2.34. Designador <strong>de</strong> função<br />

Elementos do Simbolismo<br />

FIC<br />

2<br />

A combinação <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s quadrados<br />

(simbolizando funções compartilhadas)<br />

com pequenos quadrados (representando<br />

funções <strong>de</strong> condicionamento <strong>de</strong> sinais) é<br />

possível e realizada <strong>de</strong> diferentes modos.<br />

Po<strong>de</strong>-se colocar os dois blocos colados<br />

(Fig. 2.33) ou tangenciando em apenas um<br />

ponto (Fig. 2.34).<br />

Triângulos e suas combinações<br />

Combinações <strong>de</strong> triângulos são usadas<br />

nos símbolos <strong>de</strong> corpos <strong>de</strong> válvulas. O<br />

símbolo geral para qualquer tipo <strong>de</strong> corpo<br />

<strong>de</strong> válvula é a gravata borboleta formada<br />

por dois triângulos isósceles, com as duas<br />

pontas se tocando.<br />

Os símbolos <strong>de</strong> válvula angular (Fig.<br />

2.36), válvula <strong>de</strong> três vias (Fig. 2.37) e <strong>de</strong><br />

quatro vias (Fig. 2.38) utilizam triângulos.<br />

O triângulo também aparece na<br />

representação do disco <strong>de</strong> ruptura (Fig.<br />

2.39). O triângulo <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um quadrado<br />

representa medidor <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> área<br />

variável (Fig. 2.40).<br />

Fig. 2.35. Símbolo <strong>de</strong> válvula com atuador<br />

pneumático<br />

Fig. 2.36. Símbolo <strong>de</strong> válvula angular<br />

13


Fig. 2.37. Símbolo <strong>de</strong> válvula <strong>de</strong> três vias<br />

Fig. 2.38. Símbolo <strong>de</strong> válvula <strong>de</strong> quatro vias<br />

Fig. 2.39. Disco <strong>de</strong> ruptura<br />

FI<br />

2<br />

Fig. 2.40. Medidor <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> área variável<br />

Elementos do Simbolismo<br />

Losangos<br />

Losangos são usados para representar<br />

conexões em painéis (Fig. 2.41), purgas <strong>de</strong><br />

instrumentos (Fig. 2.42), funções <strong>de</strong> reset<br />

(Fig. 2.43), símbolos genéricos <strong>de</strong> intertravamento<br />

(Fig. 2.44), portas lógicas simples<br />

em outros <strong>de</strong>senhos lógicos mais<br />

complexos (Fig. 2.45 e 2.46).<br />

Fig. 2.41. Conexão <strong>de</strong> borneira <strong>de</strong> painel<br />

Fig. 2.42. Purga<br />

Fig. 2.43. Função reset (rearme)<br />

Fig. 2.44. Intertravamento genérico<br />

Fig. 2.45. Fig. Porta AND em diagrama <strong>de</strong> fluxo<br />

Fig. 2.46. Fig. Porta OR em diagrama <strong>de</strong> fluxo<br />

I<br />

C<br />

12<br />

R<br />

P<br />

AND<br />

OR<br />

14


Retângulos<br />

Retângulos com outras linhas internas<br />

representam retificadores<br />

(tranquilizadores) <strong>de</strong> vazão (linhas<br />

horizontais retas, Fig. 2.47), selos químicos<br />

em diafragma (linhas onduladas, Fig. 2.48)<br />

ou alguma função genérica (linhas<br />

substituídas por palavras, Fig. 2.49).<br />

Fig. 2.47. Retificador ou tranquilizador <strong>de</strong> vazão<br />

Fig. 2.48. Selo diafragma (químico)<br />

SP manual<br />

Fig. 2.49. Função genérica<br />

Semicírculo ou curvas<br />

O uso mais comum do semicírculo é<br />

para representar o atuador pneumático<br />

com diafragma (similar a um guarda chuva,<br />

Fig. 2.50). Dois semicírculos justapostos<br />

representam um atuador com dupla ação<br />

(Fig. 2.51).<br />

Fig. 2.50. Semicírculo como atuador pneumático<br />

Elementos do Simbolismo<br />

Fig. 2.51. Atuador diafragma com dupla ação<br />

Linhas<br />

Linhas são usadas para representar<br />

sinais. É importante perceber a diferença<br />

entre sinais (informação) e fios. Os fios se<br />

tornam importantes somente quando é<br />

necessário saber como ligá-los. Até este<br />

ponto, o sinal é usualmente mais<br />

importante.<br />

Se há muitas linhas <strong>de</strong> instrumentação<br />

e poucas linhas <strong>de</strong> processo, uma linha<br />

simples serve para representar o fluxo <strong>de</strong><br />

informação <strong>de</strong> sinal <strong>de</strong> um dispositivo ou<br />

função para outro ou outra. Em diagramas<br />

complexos, às vezes é necessário<br />

distinguir os diferentes tipos <strong>de</strong> sinais<br />

envolvidos (pneumático, eletrônico,<br />

comunicação digital).<br />

Os principais símbolos <strong>de</strong> linhas <strong>de</strong><br />

sinal são:<br />

1. sinal genérico (Fig. 2.52)<br />

2. sinal pneumático, 20 a 100 kPa<br />

(Fig. 2.53)<br />

3. sinal eletrônico, 4 a 20 mA cc<br />

(Fig. 2.54 e Fig. 2.55)<br />

4. tubo capilar (Fig. 2.56)<br />

5. sinal hidráulico (Fig. 2.57)<br />

6. sinal eletromagnético guiado<br />

(Fig. 2.58)<br />

7. sinal eletromagnético não guiado<br />

(Fig. 2.59)<br />

8. sinal interno, <strong>de</strong> configuração por<br />

programação (Fig. 2.60)<br />

9. link mecânico (Fig. 2.61).<br />

Geralmente não é feita distinção entre<br />

sinal analógico e binário (liga-<strong>de</strong>sliga).<br />

Porém, há casos on<strong>de</strong> se quer diferenciar<br />

o sinal analógico do digital. Como ainda<br />

não há uma padronização dos sinais<br />

digitais, recomenda-se usar legenda<br />

explicativa.<br />

15


PT<br />

1<br />

Fig. 2.52. Linha <strong>de</strong> sinal não diferenciado<br />

PT<br />

1<br />

Fig. 2.53. Linha <strong>de</strong> sinal pneumático: 20 a 100 kPa<br />

PT<br />

1<br />

Fig. 2.54. Linha <strong>de</strong> sinal eletrônico (menos usada)<br />

PT<br />

1<br />

PIC<br />

1<br />

PIC<br />

1<br />

PIC<br />

1<br />

PIC<br />

1<br />

Fig. 2.55. Linha <strong>de</strong> sinal eletrônico (mais usada)<br />

Fig. 2.56. Sinal transmitido por capilar<br />

Fig. 2.56. Sinal sônico ou eletromagnético guiado<br />

Fig. 2.56. Sinal sônico ou eletromagnético não<br />

guiado<br />

FY<br />

11<br />

Elementos do Simbolismo<br />

Fig. 2.60. Sinal interno do sistema, ligação por<br />

configuração (software)<br />

Fig. 2.61. Elo (link) mecânico<br />

HS<br />

1<br />

FIC<br />

11<br />

Fig. 2.61. Sinal <strong>de</strong> natureza binária subentendido<br />

HS<br />

1<br />

Fig. 2.62. Sinal <strong>de</strong> natureza binária especificado<br />

16


Nomes dos blocos constituintes<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

Os engenheiros e projetistas <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> controle logo percebem a<br />

importância <strong>de</strong> se ter um sistema <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação que i<strong>de</strong>ntifique <strong>de</strong> modo<br />

simples e único cada um dos milhares <strong>de</strong><br />

instrumentos e funções envolvidos.<br />

Também o pessoal <strong>de</strong> operação e<br />

manutenção enten<strong>de</strong> a importância <strong>de</strong> ser<br />

capaz <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificar e rastrear cada<br />

elemento que contribui com a operação<br />

normal da planta.<br />

Embora neste capítulo vai ser discutida<br />

a i<strong>de</strong>ntificação separada do simbolismo,<br />

<strong>de</strong>ve se ter em mente a ligação intima<br />

entre a i<strong>de</strong>ntificação e os símbolos.<br />

Símbolos e os número <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />

(tag) vão <strong>de</strong> mão em mão nos <strong>de</strong>senhos,<br />

mas em folhas <strong>de</strong> dados (data sheet) e<br />

outros i<strong>de</strong>ntificadores <strong>de</strong> documentos<br />

po<strong>de</strong>m vir sozinhos. A parte funcional do<br />

i<strong>de</strong>ntificador (FIC, por exemplo) ajuda a<br />

qualificar o símbolo geral como<br />

pertencendo à categoria <strong>de</strong> Controlador<br />

Indicador <strong>de</strong> Vazão e a parte numérica<br />

(101, por exemplo) i<strong>de</strong>ntifica o<br />

equipamento ou a função <strong>de</strong> controle e<br />

indicação <strong>de</strong> vazão. Por isso, símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificadores são realmente inseparáveis<br />

nos diagramas. Para índices <strong>de</strong><br />

instrumentos e folhas <strong>de</strong> dados, o tag <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação já possui significado separado<br />

do símbolo.<br />

I<strong>de</strong>ntificação básica: número <strong>de</strong> tag<br />

3<br />

O tag <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação é o código<br />

alfanumérico que i<strong>de</strong>ntifica biunivocamente<br />

um instrumento ou função. O número <strong>de</strong><br />

tag é o número em etiqueta metálica,<br />

plástica ou <strong>de</strong> papel que é amarrada,<br />

aparafusada ou colada no corpo do<br />

instrumento.<br />

Como em gran<strong>de</strong>s complexos<br />

industriais, <strong>de</strong>zenas <strong>de</strong> milhares <strong>de</strong><br />

equipamentos ou funções po<strong>de</strong>m requerer<br />

i<strong>de</strong>ntificação, é importante usar um sistema<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação que seja simples e<br />

universal para instalação, checkout,<br />

manutenção e outros objetivos. A norma<br />

ANSI/ISA S5.1 fornece tal sistema.<br />

Número <strong>de</strong> tag típico<br />

TIC Número do tag ou<br />

103 i<strong>de</strong>ntificação do instrumento<br />

TIC - I<strong>de</strong>ntificação funcional<br />

T 103 - I<strong>de</strong>ntificação da malha<br />

103 - Número da malha<br />

T - Primeira letra (variável)<br />

IC - Outras letras (funções)<br />

10-PAH-5A Número <strong>de</strong> tag<br />

10 Prefixo opcional<br />

PAH I<strong>de</strong>ntificação funcional<br />

10-P 5A I<strong>de</strong>ntificação da malha<br />

P Variável inicializada<br />

PAH Funções<br />

-5 Número da malha<br />

A Sufixo opcional<br />

Nota: hífen é opcional como separador<br />

Fig. 3.1. Números <strong>de</strong> tags<br />

17


I<strong>de</strong>ntificação funcional<br />

A porção alfabética do tag <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação fornece a i<strong>de</strong>ntificação<br />

funcional, enquanto a parte numérica, mais<br />

algum sufixo, torna único o tag <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação.<br />

A parte alfabética vem antes da parte<br />

numérica. No início do projeto, po<strong>de</strong> se ter<br />

apenas a parte alfabética e no fim do<br />

projeto se enumeram as malhas do<br />

sistema.<br />

O código inteiro, por exemplo FIC 101, é<br />

chamado <strong>de</strong> número <strong>de</strong> tag ou<br />

i<strong>de</strong>ntificação do instrumento. A<br />

i<strong>de</strong>ntificação funcional é uma <strong>de</strong>scrição<br />

resumida do que o instrumento ou função<br />

faz.<br />

A primeira letra é a i<strong>de</strong>ntificação da<br />

malha e a variável inicializada. A malha<br />

FIC 101 é uma malha <strong>de</strong> vazão. Todos os<br />

outros componentes <strong>de</strong>sta malha também<br />

terão tag começado com a letra F, por<br />

exemplo FE 101, FY 101, FT 101, FCV<br />

101.<br />

Quando há apenas duas letras no tag<br />

(mínimo possível), a segunda letra<br />

correspon<strong>de</strong> à função do instrumento. Por<br />

exemplo,<br />

FE – elemento sensor <strong>de</strong> vazão<br />

FT – transmissor <strong>de</strong> vazão<br />

FY – condicionador do sinal <strong>de</strong> vazão<br />

Quando há mais <strong>de</strong> duas letras a coisa<br />

complica, pois a terceira letra po<strong>de</strong> ser<br />

modificadora da variável ou modificadora<br />

da função da malha ou a malha possui<br />

mais <strong>de</strong> uma função. Assim, nos tags:<br />

PDT o D (diferencial) é modificador da<br />

variável pressão<br />

FIC I e C são letras correspon<strong>de</strong>ntes a<br />

Indicação e Controle.<br />

TDAH D (diferencial) é modificador <strong>de</strong> T<br />

(temperatura) e H (alto) é<br />

modificador <strong>de</strong> A (alarme<br />

Assim, apenas o bom senso aliado à<br />

experiência po<strong>de</strong> esclarecer o significado<br />

das letras que exce<strong>de</strong>m às duas mínimas.<br />

A mesma letra po<strong>de</strong> ser significados<br />

diferentes, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong> sua posição<br />

relativa. Assim,<br />

TA - alarme <strong>de</strong> temperatura<br />

AT - transmissor <strong>de</strong> análise<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

Fig. 3.2. I<strong>de</strong>ntificação funcional<br />

A letra S como segunda letra po<strong>de</strong> ter<br />

dois significados diferentes, ou seja,<br />

PS - chave <strong>de</strong> pressão (pressostato).<br />

Neste caso S é a função chave (switch).<br />

PSV - válvula <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> pressão.<br />

Agora, S é modificadora da variável<br />

pressão, significando segurança (safety).<br />

Fig. 3.3. I<strong>de</strong>ntificação específica<br />

Quando em uma mesma malha há dois<br />

tags iguais, por exemplo, dois<br />

condicionadores <strong>de</strong> sinal em uma malha <strong>de</strong><br />

vazão (FY), é necessário usar sufixos para<br />

diferenciar os dois tags. (Fig. 3.4)<br />

FY<br />

2 A<br />

PT<br />

PT<br />

FIC<br />

2<br />

Fig. 3.3. Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> sufixos<br />

FY<br />

2 B<br />

I/P<br />

18


A Tab. 3.1 mostra que todas as 26<br />

letras do alfabeto são usadas como<br />

primeira (variáveis) e segunda (função)<br />

letras) e algumas como modificadores da<br />

primeira ou da segunda.<br />

Muitas letras são razoavelmente<br />

específicas, tais como T (temperatura), P<br />

(pressão), A (análise). Aliás, a língua<br />

básica é o inglês e por isso L é nível<br />

(Level) e F é vazão (flow ou fluxo).<br />

Algumas letras tiveram o significado<br />

modificado (revisão <strong>de</strong> 1984 da norma<br />

ANSI/ISA S5.1), como V que originalmente<br />

era viscosida<strong>de</strong> e atualmente é Vibração.<br />

Outras po<strong>de</strong>m significar diferentes<br />

variáveis, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do tipo da indústria,<br />

como C para Condutivida<strong>de</strong> (química) ou<br />

Consistência (papel e celulose).<br />

Alguns significados requerem<br />

explicações adicionais. Por exemplo a letra<br />

X é usada para representar uma variável<br />

que não é listada, que ocorre raramente e<br />

na lista <strong>de</strong> legenda <strong>de</strong>ve ser esclarecido<br />

seu significado e Y é usada para evento,<br />

estado ou presença. Como segunda letra,<br />

Y é usada para uma função a ser <strong>de</strong>finida.<br />

A <strong>de</strong> análise é muito genérica e inclui<br />

análise química (composição, pH, O2, N2,<br />

viscosida<strong>de</strong>) e mecânica. É comum se<br />

colocar o tipo <strong>de</strong> análise ao lado do<br />

símbolo, como índice. (Fig. 3.5)<br />

AIC<br />

pH<br />

Fig. 3.3. Necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> índice<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

Tab. 3.3. Outras possíveis combinações<br />

Tag Significado<br />

FO Orifício <strong>de</strong> restrição<br />

FRK,<br />

HIK<br />

Estações <strong>de</strong> controle<br />

FX Acessórios<br />

TJR Registrador com varredura<br />

LLH Lâmpada piloto<br />

FFR Relação<br />

KQI Indicador <strong>de</strong> tempo operação<br />

QQI Contador Indicador<br />

WKIC Controlador <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> perda <strong>de</strong><br />

peso<br />

HMS Chave momentânea manual<br />

Numeração da malha<br />

Geralmente são usados dois sistemas<br />

<strong>de</strong> numeração <strong>de</strong>ntro da norma ANSI/ISA<br />

S5.1: paralelo e serial. Ambos são<br />

similares fundamentalmente. A principal<br />

diferença é que no sistema <strong>de</strong> numeração<br />

paralelo uma nova seqüência numérica é<br />

começada com cada variável nova medida<br />

ou inicializada e no sistema serial há<br />

somente uma seqüência <strong>de</strong> numeração.<br />

Muitas pessoas querem codificar os tag<br />

<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. A experiência mostra que<br />

o melhor sistema é o mais simples.<br />

Quando se quer codificar, <strong>de</strong>ve-se usar<br />

blocos <strong>de</strong> números e não se <strong>de</strong>ve inventar<br />

um novo sistema <strong>de</strong> numeração.<br />

19


X<br />

Y<br />

Z<br />

VXT<br />

A<br />

VXE<br />

A<br />

VI<br />

4<br />

VYT<br />

B<br />

VYE<br />

B<br />

Fig. 3.6. Análise mecânica em três planos, X, Y e Z.<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

VI<br />

5<br />

VZT<br />

A<br />

VZE<br />

A<br />

20


Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

Tabela 3.1. Letras <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

Primeira letra Letras subsequentes<br />

Variável Modificador Função display Função saída Modificador<br />

A Análise (5,19) Alarme<br />

B Queimador (Burner) Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1)<br />

C Escolha (1) Controle (13)<br />

D Escolha (1) Diferencial<br />

E Tensão (f.e.m.) Elemento sensor<br />

F Vazão (Flow) Fração/Relação<br />

(4)<br />

G Escolha (1) Visor (9) ou<br />

indicador local<br />

H Manual (Hand) Alto (High) (7,<br />

15, 16)<br />

I Corrente Indicação (10)<br />

J Potência Varredura<br />

(scan) (7)<br />

K Tempo Tempo <strong>de</strong><br />

mudança (4,21)<br />

Estação controle<br />

(22)<br />

L Nível (Level) Lâmpada (11) Baixo (Low)<br />

(7, 15, 16)<br />

M Escolha (1) Momentâneo Médio (7,15)<br />

N Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1) Escolha (1)<br />

O Escolha (1) Orifício ou<br />

Restrição<br />

P Pressão, Vácuo Ponto (teste)<br />

Q Quantida<strong>de</strong> Integral, Total<br />

(4)<br />

R Radiação Registro (17)<br />

S Velocida<strong>de</strong> Segurança (8) Chave (13)<br />

T Temperatura Transmissão (18)<br />

U Multivariável (6) Multifunção (12) Multifunção (12) Multifunção<br />

(12)<br />

V Vibração Válvula, damper<br />

(13)<br />

W Peso, Força Poço (Well)<br />

X A <strong>de</strong>finir(2) Eixo X Não<br />

Não classificado (2) Não<br />

classificado (2)<br />

classificado (2)<br />

Y Evento, Estado Eixo Y Relé, computação<br />

(13, 14, 18)<br />

Z Posição ou Dimensão Eixo Z Elemento final<br />

21


Notas para a Tabela das Letras <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

1. Uma letra <strong>de</strong> escolha do usuário tem o objetivo <strong>de</strong> cobrir significado não listado que é necessário em uma <strong>de</strong>terminada aplicação. Se usada, a letra<br />

po<strong>de</strong> ter um significado como <strong>de</strong> primeira letra ou <strong>de</strong> letras subsequentes. O significado precisa ser <strong>de</strong>finido uma única vez em uma legenda. Por exemplo,<br />

a letra N po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>finida como módulo <strong>de</strong> elasticida<strong>de</strong> como uma primeira letra ou como osciloscópio como letra subsequente.<br />

2. A letra X não classificada tem o objetivo <strong>de</strong> cobrir significado não listado que será usado somente uma vez ou usado em um significado limitado. Se<br />

usada, a letra po<strong>de</strong> ter qualquer número <strong>de</strong> significados como primeira letra ou como letra subsequente. O significado da letra X <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>finido do lado<br />

<strong>de</strong> fora do círculo do diagrama. Por exemplo, XR po<strong>de</strong> ser registrador <strong>de</strong> consistência e XX po<strong>de</strong> ser um osciloscópio <strong>de</strong> consistência.<br />

3. A forma gramatical do significado das letras subsequentes po<strong>de</strong> ser modificado livremente. Por exemplo, I po<strong>de</strong> significar indicador, ou indicação; T<br />

po<strong>de</strong> significar transmissão ou transmissor.<br />

4. Qualquer primeira letra combinada com as letras modificadoras D (diferencial), F (relação), M (momentâneo), K (tempo <strong>de</strong> alteração) e Q<br />

(integração ou totalização) representa uma variável nova e separada e a combinação é tratada como uma entida<strong>de</strong> <strong>de</strong> primeira letra. Assim, os<br />

instrumentos TDI e TI indicam duas variáveis diferentes: diferença <strong>de</strong> temperatura e temperatura. As letras modificadoras são usadas quando aplicável.<br />

5. A letra A (análise) cobre todas as análises não <strong>de</strong>scritas como uma escolha do usuário. O tipo <strong>de</strong> análise <strong>de</strong>ve ser especificado fora do circulo <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação. Por exemplo, análise <strong>de</strong> pH, análise <strong>de</strong> O2 . Análise é variável <strong>de</strong> processo e não função <strong>de</strong> instrumento, como muitos pensam principalmente<br />

por causa do uso ina<strong>de</strong>quado do termo analisador.<br />

6. O uso <strong>de</strong> U como primeira letra para multivariável em lugar <strong>de</strong> uma combinação <strong>de</strong> outras primeiras letras é opcional. É recomendável usar as<br />

primeiras letras especificas em lugar da letra U, que <strong>de</strong>ve ser usada apenas quando o número <strong>de</strong> letras for muito gran<strong>de</strong>. Por exemplo, é preferível usar<br />

PR/TR para indicar um registrador <strong>de</strong> pressão e temperatura em vez <strong>de</strong> UR. Porém, quando se tem um registrador multiponto, com 24 pontos e muitas<br />

variáveis diferentes, <strong>de</strong>ve-se usar UR.<br />

7. O uso dos termos modificadores alto (H), baixo (L), médio (M) e varredura (J) é opcional.<br />

8. O termo segurança se aplica a elementos primários e finais <strong>de</strong> proteção <strong>de</strong> emergência. Assim, uma válvula auto atuada que evita a operação <strong>de</strong><br />

um sistema <strong>de</strong> fluido atingir valores elevados, aliviando o fluido do sistema tem um tag PCV (válvula controladora <strong>de</strong> pressão). Porém, o tag <strong>de</strong>sta válvula<br />

<strong>de</strong>ve ser PSV (válvula <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> pressão) se ela protege o sistema contra condições <strong>de</strong> emergência, ou seja, condições que são perigosas para o<br />

pessoal ou o equipamento e que são raras <strong>de</strong> aparecer. A <strong>de</strong>signação PSV se aplica a todas as válvulas <strong>de</strong> proteção contra condições <strong>de</strong> alta pressão <strong>de</strong><br />

emergência, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> sua construção, modo <strong>de</strong> operação, local <strong>de</strong> montagem, categoria <strong>de</strong> segurança, válvula <strong>de</strong> alívio ou <strong>de</strong> segurança. Um<br />

disco <strong>de</strong> ruptura tem o tag PSE (elemento <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> pressão).<br />

9. A função passiva G se aplica a instrumentos ou equipamentos que fornecem uma indicação não calibrada, como visor <strong>de</strong> vidro ou monitor <strong>de</strong><br />

televisão. Costuma-se aplicar TG para termômetro e PG para manômetro, o que não é previsto por esta norma.<br />

10. A indicação normalmente se aplica a displays analógicos ou digitais <strong>de</strong> uma medição instantânea. No caso <strong>de</strong> uma estação manual, a indicação<br />

po<strong>de</strong> ser usada para o dial ou indicador do ajuste.<br />

11. Uma lâmpada piloto que é parte <strong>de</strong> uma malha <strong>de</strong> instrumento <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>signada por uma primeira letra seguida pela letra subsequente L. Por<br />

exemplo, uma lâmpada piloto que indica o tempo expirado <strong>de</strong>ve ter o tag KQL (lâmpada <strong>de</strong> totalização <strong>de</strong> tempo). A lâmpada para indicar o funcionamento<br />

<strong>de</strong> um motor tem o tag EL (lâmpada <strong>de</strong> voltagem), pois a voltagem é a variável medida conveniente para indicar a operação do motor ou YL (lâmpada <strong>de</strong><br />

evento) assumindo que o estado <strong>de</strong> operação está sendo monitorado. Não se <strong>de</strong>ve usar a letra genérica X, como XL<br />

12. O uso da letra U para multifunção, vem vez da combinação <strong>de</strong> outras letras funcionais é opcional. Este <strong>de</strong>signador não específico <strong>de</strong>ve ser usado<br />

raramente.<br />

13. Um dispositivo que liga, <strong>de</strong>sliga ou transfere um ou mais circuitos po<strong>de</strong> ser uma chave, um relé, um controlador liga-<strong>de</strong>sliga ou uma válvula <strong>de</strong><br />

controle, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo da aplicação. Se o equipamento manipula uma vazão <strong>de</strong> fluido do processo e não é uma válvula manual <strong>de</strong> bloqueio liga-<strong>de</strong>sliga, ela<br />

é projetada como válvula <strong>de</strong> controle. É incorreto usar o tag CV para qualquer coisa que não seja uma válvula <strong>de</strong> controle auto atuada. Para todas as<br />

aplicações que não tenham vazão <strong>de</strong> fluido <strong>de</strong> processo, o equipamento é projetado como:<br />

a) Chave, se for atuada manualmente.<br />

b) Chave ou controlador liga-<strong>de</strong>sliga, se for automático e for o primeiro dispositivo na malha. O termo chave é geralmente usado se o dispositivo é<br />

aplicado para alarme, lâmpada piloto, seleção, intertravamento ou segurança. O termo controlador é usado se o dispositivo é aplicado para o controle <strong>de</strong><br />

operação normal.<br />

c) Relé, se for automático e não for o primeiro dispositivo na malha, mas atuado por uma chave ou por um controlador liga-<strong>de</strong>sliga.<br />

14. As funções associadas com o uso <strong>de</strong> letras subsequentes Y <strong>de</strong>vem ser <strong>de</strong>finidas do lado <strong>de</strong> fora do circulo <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. Por exemplo, FY po<strong>de</strong><br />

ser o extrator <strong>de</strong> raiz quadrada na malha <strong>de</strong> vazão; TY po<strong>de</strong> ser o conversor corrente para pneumático em uma malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> temperatura. Quando<br />

a função é evi<strong>de</strong>nte como para uma válvula solenói<strong>de</strong> ou um conversor corrente para pneumático ou pneumático para corrente a <strong>de</strong>finição po<strong>de</strong> não ser<br />

obrigatória.<br />

15. Os termos modificadores alto, baixo, médio ou intermediário correspon<strong>de</strong>m aos valores da variável medida e não aos valores do sinal. Por<br />

exemplo, um alarme <strong>de</strong> nível alto proveniente <strong>de</strong> um transmissor <strong>de</strong> nível com ação inversa <strong>de</strong>ve ser LAH, mesmo que fisicamente o alarme seja atuado<br />

quando o sinal atinge um valor mínimo crítico.<br />

16. Os termos alto e baixo quando aplicados a posições <strong>de</strong> válvulas e outras dispositivos <strong>de</strong> abrir e fechar são assim <strong>de</strong>finidos:<br />

a) alto significa que a válvula está totalmente aberta<br />

b) baixo significa que a válvula está totalmente fechada<br />

17. O termo registrador se aplica a qualquer forma <strong>de</strong> armazenar permanentemente a informação que permita a sua recuperação por qualquer modo.<br />

18. Elemento sensor, transdutor, transmissor e conversor são dispositivos com funções diferentes, conforme ISA S37.1.<br />

19. A primeira letra V, vibração ou análise mecânica, <strong>de</strong>stina-se a executar as tarefas em monitoração <strong>de</strong> máquinas que a letra A executa em uma<br />

análise mais geral. Exceto para vibração, é esperado que a variável <strong>de</strong> interesse seja <strong>de</strong>finida fora das letras <strong>de</strong> tag.<br />

20. A primeira letra Y se <strong>de</strong>stina ao uso quando as respostas <strong>de</strong> controle ou monitoração são acionadas por evento e não acionadas pelo tempo. A<br />

letra Y, nesta posição, po<strong>de</strong> também significar presença ou estado.<br />

21. A letra modificadora K, em combinação com uma primeira letra como L, T ou W, significa uma variação <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> tempo da quantida<strong>de</strong> medida<br />

ou <strong>de</strong> inicialização. A variável WKIC, por exemplo, po<strong>de</strong> representar um controlador <strong>de</strong> taxa <strong>de</strong> perda <strong>de</strong> peso.<br />

22. A letra K como modificador é uma opção do usuário para <strong>de</strong>signar uma estação <strong>de</strong> controle, enquanto a letra C seguinte é usada para <strong>de</strong>screver<br />

controlador automático ou manual.<br />

22


Tab. 32. Combinações típicas <strong>de</strong> Letras<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

1 a letra Variável Registro Indicação Cego Válvula autoatuada<br />

A Análise ARC AIC AC<br />

B Queimador/ BRC BIC BC<br />

Combustão<br />

C Escolha do usuário<br />

D Escolha do usuário<br />

E Tensão ERC EIC EC<br />

F Vazão FRC FIC FC FCV, FICV<br />

FF Relação <strong>de</strong> vazões FFRC FFIC FFC<br />

FQ Totalização vazão FQRC FQIC<br />

G Escolha do usuário<br />

H Manual (Hand) HIC HC<br />

I Corrente IRC IIC<br />

J Potência JRC JIC<br />

K Tempo KRC KIC KC KCV<br />

L Nível LRC LIC LC LCV<br />

M Escolha do usuário<br />

N Escolha do usuário<br />

O Escolha do usuário<br />

P Pressão, vácuo PRC PIC PC PCV<br />

PD Pressão diferencial PDRC PDIC PDC PDCV<br />

Q Quantida<strong>de</strong> QRC QIC<br />

R Radiação RRC RIC RC<br />

S Velocida<strong>de</strong>/Freqüência SRC SIC SC SCV<br />

T Temperatura TRC TIC TC TCV<br />

TD Diferença temperatura TDRC TDIC TDC TDCV<br />

U Multivariável<br />

V Vibração/Análise<br />

mecânica<br />

W Peso/Força WRC WIC WC WCV<br />

WD Diferença <strong>de</strong> peso WDRC WDIC WDC WDCV<br />

X Não classificada<br />

Y Evento, estado,<br />

YC<br />

presença<br />

Z Posição, dimensão ZRC ZIC ZC ZCV<br />

ZD Desvio ZDRC ZDIC ZDC ZDCV<br />

23


Tab. 3.2 (B) Combinações <strong>de</strong> letras típicas<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

1 a letra Equipamento display Chaves e Alarmes Transmissão<br />

Registro Indicação Alto Baixo Comb. Reg. Ind. Cego<br />

A AR AI ASH ASL ASHL ART AIT AT<br />

B<br />

C<br />

D<br />

BR BI BSH BSL BSHL BRT BIT BT<br />

E ER EI ESH ESL ESHL ERT EIT ET<br />

F FR FI FSH FSL FSHL FRT FIT FT<br />

FF FFR FFI FFSH FFSL FFSHL FFIT FFT<br />

FQ<br />

G<br />

H<br />

FQR FQI FQIT FQT<br />

I IR II IRT IIT IT<br />

J JR JI JRT JIT JT<br />

K KR KI KSH KSL KSHL KRT KIT KT<br />

L<br />

M<br />

N<br />

O<br />

LR LI LSH LSL LSHL LRT LIT LT<br />

P PR PI PSH PSL PSHL PRT PIT PT<br />

PD PDR PDI PDSH PDSL PDRT PDIT PDT<br />

Q QR QI QSH QSL QSHL QRT QIT QT<br />

R RR RI RSH RSL RSHL RRT RIT RT<br />

S SR SI SSH SSL SSHL SRT SIT ST<br />

T TR TI TSH TSL TSHL TRT TIT TT<br />

TD TDR TDI TDSH TDSL TDRT TDTI TDT<br />

U UR UI<br />

V VR VI VSH VSL VSHL VRT<br />

W WR WI WSH WSL WSHL WRT WIT WT<br />

WD<br />

X<br />

WDR WDI WDSH WDSL WDSHL WDRT WDIT WDT<br />

Y YSH YSL<br />

Z ZR ZI ZSH ZSL ZSHL ZRT ZIT ZT<br />

ZD ZDR ZDI ZDSH ZDSL ZDRT ZDIT ZDT<br />

24


Tab. 3.2 (C) Combinações <strong>de</strong> letras típicas<br />

Elementos <strong>de</strong> I<strong>de</strong>ntificação<br />

1 a letra Solenói<strong>de</strong> Elemento Ponto Poço Visor Segurança Elemento<br />

Computação primário <strong>de</strong> Teste<br />

final<br />

A AY AE A AW AV<br />

B<br />

C<br />

D<br />

BY BE BW BG BZ<br />

E EY EE ESL EZ<br />

F FY FE FP FSL FG FV<br />

FF FFSL FV<br />

FQ<br />

G<br />

H<br />

FQY FE FQV<br />

I IY IE IZ<br />

J JY JE JV<br />

K KY KE KSL KV<br />

L<br />

M<br />

N<br />

O<br />

LY LE LSL LG LV<br />

P PY PE PP PSL PSV, PSE PV<br />

PD PDY PDE PDP PDSL PDV<br />

Q QY QE QSL QZ<br />

R RY RE RSL RZ<br />

S SY SE SSL SV<br />

T TY TE TP TSL TSE TV<br />

TD TDY TE TP TDSL TDV<br />

U UY UV<br />

V VY VE VSL VZ<br />

W WY WE WSL WZ<br />

WD WDY WE WDSL WDZ<br />

X XZ<br />

Y YY YE YSL YZ<br />

Z ZY ZE ZSL ZV<br />

ZD ZDR DEZ ZDSL ZDV<br />

25


Conhecendo o processo<br />

Os dois principais tipos <strong>de</strong> diagramas<br />

<strong>de</strong> fluxo são o <strong>de</strong> Processo e o <strong>de</strong><br />

Engenharia. O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Processo é mais padronizado nas<br />

diferentes industrias do que o Diagrama<br />

<strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia.<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo é o<br />

trampolim para o projeto multidisciplinar<br />

<strong>de</strong>talhado. Ele mostra<br />

1. as operações unitárias básicas,<br />

2. os equipamentos principais,<br />

3. as tubulações mais importantes e<br />

4. o fluxo principal do processo.<br />

5. Dados do processo<br />

O balanço <strong>de</strong> material associado, as<br />

operações e as condições <strong>de</strong> projeto<br />

combinadas com o <strong>de</strong>senho em si dão a<br />

primeira vista compreensiva do processo.<br />

Objetivo do Diagrama<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo é<br />

usado para ajudar a garantir a<br />

viabilida<strong>de</strong>, continuida<strong>de</strong> e integrida<strong>de</strong> do<br />

processo. Ele serve para ajudar a<br />

<strong>de</strong>senvolver os <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong> perfis <strong>de</strong><br />

classes <strong>de</strong> pressão e temperatura, para<br />

estabelecer seleção <strong>de</strong> materiais,<br />

flanges, vasos.<br />

O objetivo <strong>de</strong> se colocar a<br />

instrumentação no Diagrama <strong>de</strong> Fluxo do<br />

Processo é para documentar as<br />

principais variáveis controladas e<br />

manipuladas que impactam o projeto do<br />

processo. Nem todos os instrumentos<br />

são, nem <strong>de</strong>vem ser, mostrados em um<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo do Processo.<br />

Fluxogramas <strong>de</strong> Processo<br />

4<br />

Os símbolos dos equipamentos e os<br />

símbolos da instrumentação <strong>de</strong>vem<br />

ambos ser simples no Diagrama <strong>de</strong> Fluxo<br />

<strong>de</strong> Processo. Os símbolos <strong>de</strong><br />

equipamentos e da instrumentação são<br />

apenas símbolos mnemônicos e ajudam<br />

visualizar e estabilizar os raciocínios.<br />

Quando o projeto é mal feito, pobre, o<br />

simbolismo <strong>de</strong>sor<strong>de</strong>nado usualmente<br />

agri<strong>de</strong> a sensibilida<strong>de</strong> estética e impe<strong>de</strong><br />

o pensamento claro acerca do sistema.<br />

Conteúdo do Diagrama<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo é<br />

geralmente o primeiro <strong>de</strong>senho <strong>de</strong><br />

engenharia a ser <strong>de</strong>senvolvido em um<br />

projeto. Ele geralmente contém uma<br />

única operação unitária. A Fig. 4.1 é um<br />

bom exemplo. Nele estão mostrados:<br />

1. todos os gran<strong>de</strong>s equipamentos<br />

que participam do processo<br />

2. todas as tubulações principais<br />

3. os fluxos <strong>de</strong> matérias primas e<br />

produtos acabados<br />

4. os fluxos <strong>de</strong> todas as utilida<strong>de</strong>s<br />

(vapor, águas, ar comprimido)<br />

Não estão indicados no Diagrama <strong>de</strong><br />

Fluxo <strong>de</strong> Processo:<br />

1. diâmetros das tubulações<br />

2. dados específicos dos<br />

equipamentos<br />

3. componentes <strong>de</strong>talhados das<br />

malhas, como sensores,<br />

transmissores, condicionadores e<br />

acessórios.<br />

É importante ler atentamente as notas<br />

e as legendas associadas e consi<strong>de</strong>rá-las<br />

posteriormente.<br />

26


Fig. 4.1. Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Processo<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

27


Símbolos da instrumentação<br />

A quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> instrumentação<br />

mostrada no Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Processo varia <strong>de</strong> acordo com as<br />

necessida<strong>de</strong>s e filosofia da indústria. Em<br />

princípio, a instrumentação <strong>de</strong>ve ser<br />

mostrada apenas on<strong>de</strong> ela altera a<br />

operação ou as condições <strong>de</strong> projeto.<br />

Os símbolos <strong>de</strong> instrumentação em um<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong>vem ser<br />

abreviados ao extremo. É muito prematuro<br />

neste estágio do processo entrar em<br />

<strong>de</strong>talhes. Assim, é permissível omitir<br />

elementos sensores, transmissores,<br />

alarmes, condicionadores <strong>de</strong> sinais (como<br />

extrator <strong>de</strong> raiz quadrada) e alguns outros<br />

equipamentos auxiliares. O único objetivo<br />

<strong>de</strong> mostrar qualquer instrumento no<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo é sinalizar<br />

a importância <strong>de</strong> uma variável para<br />

medição ou controle – não é o <strong>de</strong> explicar<br />

como isto é feito. Este <strong>de</strong>talhamento, útil e<br />

necessário, será feito posteriormente, em<br />

algum outro documento específico.<br />

Alguns projetistas preferem colocar<br />

apenas as variáveis controladas no<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo, omitindo<br />

as variáveis apenas indicadas ou<br />

registradas. Eles justificam esta opção,<br />

afirmando que apenas o controle impacta o<br />

processo e a indicação e registro são<br />

funções passivas e por isso não tem<br />

nenhuma conseqüência para o objetivo do<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo. Eles<br />

<strong>de</strong>ixam o simbolismo completo <strong>de</strong><br />

instrumento, com sensor, transmissor,<br />

indicador, registrador, alarme e controlador<br />

e atuador final para o Diagrama <strong>de</strong> Fluxo<br />

<strong>de</strong> Engenharia ou P&I.<br />

Símbolos <strong>de</strong> Equipamentos<br />

Os símbolos <strong>de</strong> equipamentos do<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo <strong>de</strong>vem ser<br />

mais simples do que os símbolos do<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia por dois<br />

motivos:<br />

1. eles interessam apenas ao processo<br />

e não interessam aos <strong>de</strong>talhes<br />

auxiliares como lógica <strong>de</strong> controle<br />

ou acionadores <strong>de</strong> bomba<br />

2. eles contêm muito menos dados<br />

específicos que os <strong>de</strong>talhados<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia.<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

Por isso, os acionadores são omitidos<br />

dos <strong>de</strong>senhos, o mesmo símbolo é usado<br />

indistintamente para bomba rotativa,<br />

centrífuga ou reciprocante. Os arranjos <strong>de</strong><br />

tubulações são muito simplificados. Estas<br />

simplificações são necessárias porque a<br />

informação ainda não é disponível ou é<br />

<strong>de</strong>snecessária para o objetivo do<br />

documento.<br />

Todos os <strong>de</strong>senhos são enxutos. Uma<br />

linha é <strong>de</strong>senha somente se for necessária<br />

para ajudar a informação que esteja <strong>de</strong>ntro<br />

do escopo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho específico.<br />

Os principais tipos <strong>de</strong> equipamentos por<br />

função são:<br />

1. Misturadores e bate<strong>de</strong>iras<br />

2. Reatores<br />

3. Separadores <strong>de</strong> material<br />

4. Redutores <strong>de</strong> tamanho<br />

5. Armazenadores<br />

6. Equipamentos <strong>de</strong> transferência<br />

a. Gases e vapor d'água<br />

b. Líquidos<br />

c. Sólidos<br />

d. Energia (Calor)<br />

28


Tab. 4.2 Separação <strong>de</strong> material<br />

Letra Separação <strong>de</strong> material<br />

A Absorção<br />

B Adsorçao<br />

C Centrifugação, calcinação<br />

D Bola solida<br />

E Vertical<br />

F Classificação, cristalização<br />

G Batelada agitada<br />

H Vácuo<br />

I Pachuca<br />

J Ciclone, distilação<br />

K Torre empacotada<br />

L Coluna com ban<strong>de</strong>ja<br />

M Adsorsão<br />

N Batelada<br />

O Esteira<br />

P Tambor<br />

Q Rotação<br />

R Ban<strong>de</strong>ja rotativa<br />

S Spray, evaporação<br />

T Circulação forçada<br />

U Efeito múltiplo<br />

V Convecção natural<br />

W Líquido/líquido<br />

X Filtração<br />

Y Saco<br />

Z Plate e frame<br />

AA Vácuo rotativo<br />

BB Precipitação<br />

CC Vibração<br />

DD Hidro<br />

EE<br />

Scrubbing<br />

FF Decantação<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

29


Fig. 4.2. Misturadores e bate<strong>de</strong>iras<br />

Misturadores<br />

(A) Agitador (B) Misturador em tambor<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(D) Misturador em linha (E) Misturador borracha (F) Misturador <strong>de</strong> rolo<br />

(G) Misturador estático (H) Misturador em T<br />

(C) Misturador helicoidal<br />

Nos símbolos dos equipamentos mecânicos, o que importa é sua função e não o projeto,<br />

construção ou <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> montagem.<br />

Po<strong>de</strong>-se argumentar que o símbolo <strong>de</strong> motor não é necessário no agitador (A) ou no<br />

misturador em linha (D). Também se po<strong>de</strong> argumentar que <strong>de</strong>veria haver símbolo <strong>de</strong> motor<br />

no misturador <strong>de</strong> tambor (B) , helicoidal (C), <strong>de</strong> borracha (E) ou <strong>de</strong> rolo (F). O fator <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>cisão é uma questão <strong>de</strong> conforto e não <strong>de</strong> objetivida<strong>de</strong>.<br />

Pequenos <strong>de</strong>talhes po<strong>de</strong>m fazer uma gran<strong>de</strong> diferença. Um tambor inclinado em um<br />

esquema <strong>de</strong> misturador inclui a idéia <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> material.<br />

30


Fig. 4.3. Reação<br />

Reatores<br />

(A) Reator ou vaso<br />

(C) Reator com jaqueta<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Reator com agitador<br />

Os três reatores mostrados na Fig. 4.3 são realmente vasos, <strong>de</strong> modo que reatores,<br />

vasos e cal<strong>de</strong>ira po<strong>de</strong>m ser agrupados, embora sejam funcionalmente diferentes.<br />

É importante mostrar claramente os sentidos das linhas <strong>de</strong> vazão (entrada e saída).<br />

Geralmente, a vazão é melhor estabelecida da esquerda para a direita e <strong>de</strong> cima para baixo.<br />

Porém, gases e vapores usualmente <strong>de</strong>ixam um reator do topo e entram por baixo.<br />

No caso <strong>de</strong> vaso com jaqueta <strong>de</strong> aquecimento, o vapor normalmente entra na jaqueta por<br />

cima e o con<strong>de</strong>nsado <strong>de</strong>ixa a jaqueta por baixo. A situação po<strong>de</strong> ser contrária quando se<br />

usa líquido para fazer a transferência <strong>de</strong> calor.<br />

31


Fig. 4.4. Separação <strong>de</strong> material<br />

Separação <strong>de</strong> materiais<br />

(A) Coluna <strong>de</strong> Absorção (B) Coluna <strong>de</strong> Adsorsão<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(C) Calcinador rotativo (D) Centrifugador<br />

Consi<strong>de</strong>rando o número <strong>de</strong> exemplos disponíveis, a separação <strong>de</strong> material é feita mais<br />

freqüentemente do que qualquer outro processo nas indústrias. (Fig. 4.4 até Fig. 4.12).<br />

Como há muitas categorias, a Tab. 4.2 mostrada para listar as figuras. Algumas <strong>de</strong>stas<br />

categorias se superpõem. Serão mostrados os maiores e mais complexos equipamentos<br />

usados nas indústrias <strong>de</strong> processo. Embora os equipamentos sejam complexos, os<br />

símbolos usados no Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo utilizam poucas linhas para dar<br />

informação e idéias sobre eles.<br />

Aqui po<strong>de</strong> se enfatizar a integrida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um <strong>de</strong>senho. Um <strong>de</strong>senho não consiste apenas<br />

<strong>de</strong> figuras. Títulos, nomes, notas e dados são necessários para completar o <strong>de</strong>senho total.<br />

Por exemplo, nem todas as colunas são idênticas. Eles po<strong>de</strong>m até ter a mesma aparência,<br />

porém elas po<strong>de</strong>m ter funções radicalmente diferentes e estas diferenças <strong>de</strong>vem ser<br />

explicadas explicitamente nos <strong>de</strong>senhos, através <strong>de</strong> notas e legendas.<br />

32


(A) Centrífuga vertical<br />

Fig. 4.5. Separação <strong>de</strong> material<br />

(B) Classificador<br />

(D) Cristalizador a vácuo<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(C) Cristalizador <strong>de</strong><br />

batelada agitado<br />

(E) Cristalizador Pachuca<br />

33


Fig. 4.6. Separação <strong>de</strong> material<br />

(A) Ciclone<br />

(B) Coluna <strong>de</strong> distilação<br />

empacotada<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Coluna <strong>de</strong> distilação com<br />

ban<strong>de</strong>jas<br />

34


(A) Secador por adsorsão<br />

(C) Secador <strong>de</strong> esteira<br />

Fig. 4.7. Separação <strong>de</strong> material<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Secador <strong>de</strong> batelada<br />

(D) Secador <strong>de</strong> tambor<br />

35


(A) Secador rotativo<br />

Fig. 4.8. Separação <strong>de</strong> material<br />

(C) Secador <strong>de</strong> spray<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Secador <strong>de</strong> ban<strong>de</strong>ja<br />

rotativa<br />

36


(A) Evaporador com circulação<br />

forçada<br />

Fig. 4.9. Separação <strong>de</strong> material<br />

(C) Evaporador <strong>de</strong> múltiplos efeitos<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Evaporador por convecção<br />

natural<br />

37


(A) Extrator centrífugo líquido/líquido<br />

(Podbielniak)<br />

(C) Filtro saco<br />

Fig. 4.10. Separação <strong>de</strong> material<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Coluna empacotada<br />

(D) Filtro <strong>de</strong> prensa plate e frame<br />

38


(A) Filtro rotativo<br />

(C) Tela vibratória<br />

Fig. 4.11. Separação <strong>de</strong> material<br />

Fig. 4.12. Separação <strong>de</strong> material<br />

(B) Precipitador<br />

(D) Hidrotela<br />

(A) Eliminador (scrubber) (B) Selecionador<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

39


Fig. 4.13. Redução <strong>de</strong> tamanho<br />

Redução <strong>de</strong> material<br />

(A) Triturador <strong>de</strong> rolo<br />

(C) Triturador giratório<br />

(D) Triturador<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(B) Triturador <strong>de</strong> <strong>de</strong>nte<br />

(D) Moinho <strong>de</strong> esfera e barra<br />

Os <strong>de</strong>senhos da Fig. 4.23 mostra que algum elemento do equipamento <strong>de</strong>ve servir como<br />

uma essência mnemônica da figura. Nas Fig. 4.13 (A), (b) e (c), é o elemento atuante: rolo,<br />

<strong>de</strong>ntes, cone. Nas Fig. 4.13 (D) e (E), é a forma externa. Aqui as relações entre<br />

comprimento e diâmetro são características <strong>de</strong> moinhos e trituradores.<br />

40


(A) Tanque <strong>de</strong> teto<br />

(C) Vaso <strong>de</strong> teto<br />

Fig. 4.14. Armazenagem <strong>de</strong> material<br />

Armazenamento <strong>de</strong> material<br />

(B) Tanque aberto<br />

(D) Vaso horizontal<br />

(E) Hopper (F) Esfera<br />

(G) Pilha <strong>de</strong> material (H) Acumulador <strong>de</strong> gás<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

Alguns projetistas preferem mostrar todos os tanques sem a linha <strong>de</strong> emenda<br />

(Fig. 4.14A). É uma questão <strong>de</strong> conforto. Quando o tanque é <strong>de</strong> teto flutuante, esta<br />

característica <strong>de</strong>ve ser mostrada no símbolo (Fig. 4.14C). Uma pilha <strong>de</strong> armazenagem po<strong>de</strong><br />

mostrar que nem todos os containers possuem formas regulares (Fig. 4.14G).<br />

41


Fig. 4.16. Trocadores <strong>de</strong> calor<br />

Trocador <strong>de</strong> calor<br />

(A) Aquecedor (B) Resfriador<br />

(D) Refervedor (reboiler)<br />

(C) Trocador processo/processo<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

(E) Ventilador fino (fin fan)<br />

A Fig. 4.16 mostra vários tipos <strong>de</strong> trocadores <strong>de</strong> calor. Há uma gran<strong>de</strong> diferença entre<br />

eles. (A, B, C e D).<br />

O aquecedor (A) e resfriador (B) são convenientemente diferenciados pelo <strong>de</strong>senho da<br />

linha <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>, subindo para um aquecedor e <strong>de</strong>scendo para um resfriador. Estes dois<br />

trocadores são diferenciados dos trocadores <strong>de</strong> calor processo-processo (C) pela não<br />

continuida<strong>de</strong> das linhas <strong>de</strong> utilida<strong>de</strong>, que são mostradas simplesmente como setas.<br />

Todas as quatro linhas dos trocadores <strong>de</strong> calor processo/processo (Fig. 4.16C) são<br />

ligados a outro equipamento. A escolha entre os dois símbolos em (C) é simplesmente uma<br />

conveniência <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho para simplificar as interligações.<br />

O símbolo para o refervedor (reboiler) do vaso (Fig. 4.16D) sugere que as duas formas e<br />

funciona como o resfriador com ventilador fino (fin fan). O ventilador não está <strong>de</strong>ntro do<br />

equipamento do processo, porém ele é colocado <strong>de</strong>ntro do símbolo para economizar<br />

espaço.<br />

42


(A) Compressor centrífugo (B) Turbina<br />

(C) Compressor centrífugo (D) Compressor rotativo<br />

(E) Soprador, ventilador (F) Ejetor<br />

Fig. 4.15. Transferência <strong>de</strong> gases<br />

Transferência <strong>de</strong> gases<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

Comparando o compressor centrífugo (Fig. 4.15A) com a turbina (Fig. 4.15B), tem-se os<br />

mesmos elementos, porém o formato da figura esta invertido. Aliás, sentidos <strong>de</strong> formatos e<br />

<strong>de</strong> setas <strong>de</strong> direção po<strong>de</strong>m ser arranjados para <strong>de</strong>signar diferentes funções. Na Fig. 4.15 A<br />

tem se compressão; na Fig. 4.15B, expansão. Nos dois casos, a forma segue a função.<br />

Um símbolo <strong>de</strong> soprador ou ventilador (Fig. 4.15E) é similar ao <strong>de</strong> uma bomba. O<br />

contexto serve para diferenciar as duas funções.<br />

43


Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

Bomba centrífuga genérica Bomba rotativa com engrenagens<br />

Fig. 4.11. Transferência <strong>de</strong> líquidos<br />

Transferência <strong>de</strong> líquidos<br />

Bomba reciprocante<br />

A Fig. 4.17 mostra três símbolos básicos <strong>de</strong> bombas. As linhas <strong>de</strong> sucção e <strong>de</strong>scarga<br />

<strong>de</strong>vem ser claramente marcadas pelas setas direcionais. Elas <strong>de</strong>vem ser orientadas por<br />

conveniência do arranjo geral do <strong>de</strong>senho.<br />

Po<strong>de</strong> ser argumentado que apenas o símbolo geral é necessário para um Diagrama <strong>de</strong><br />

Fluxo <strong>de</strong> Processo. Porém, quando os símbolos são usados para representar esquemas <strong>de</strong><br />

controle há um gran<strong>de</strong> benefício <strong>de</strong>senhar as diferenças, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que os métodos <strong>de</strong> controle<br />

também <strong>de</strong>vem ser diferentes para cada caso.<br />

O acionador não é mostrado em um Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo, mas <strong>de</strong>ve ser<br />

mostrado em um diagrama <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> controle, se for pertinente enten<strong>de</strong>r os fluxos <strong>de</strong><br />

sinais.<br />

44


(A) Esteira transportadora (B) Parafuso transportador<br />

(C) Elevador<br />

Fig. 4.18. Transferência <strong>de</strong> sólidos<br />

Transferência <strong>de</strong> sólidos<br />

Fluxograma <strong>de</strong> Processo<br />

Um Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo freqüentemente omite o equipamento <strong>de</strong> transporte<br />

<strong>de</strong> material, substituindo-o por uma linha com um número <strong>de</strong> fluxo. Porém, em outras<br />

aplicações, os símbolos do equipamento são incluídos, pois uma das razões para se<br />

mostrar os símbolos dos equipamentos no Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo é que eles<br />

também po<strong>de</strong>m ser usados em esquemas <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> processo.<br />

Estes <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong>vem ser simples (Fig. 4.18). Não é necessário mostrar os acionadores.<br />

Um transportador pneumático não é mostrado porque ele é simplesmente uma tubulação,<br />

que po<strong>de</strong> ser simbolizada por uma simples linha. É o equipamento final que fornece a<br />

informação do contexto.<br />

45


Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

Introdução<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia é<br />

uma <strong>de</strong>scrição gráfica <strong>de</strong>talhada do fluxo<br />

<strong>de</strong> processo mostrando todas as<br />

tubulações, equipamentos e a maioria da<br />

instrumentação associada com um dado<br />

processo. Ele é geralmente gerado pelo<br />

engenheiro <strong>de</strong> processo e algumas vezes<br />

completado pelo engenheiro <strong>de</strong> tubulação.<br />

É um documento multidisciplinar.<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

serve como base para projeto <strong>de</strong> processo,<br />

tubulação e estruturas e reflete o projeto<br />

dos sistemas <strong>de</strong> controle. Ele está sempre<br />

sujeito a muitas revisões e aprovações.<br />

O Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

serve mais ou menos como uma lista <strong>de</strong><br />

compra que representa tubulação,<br />

equipamento e instrumentação para um<br />

dado processo. Embora ele seja tratado<br />

como documento <strong>de</strong> projeto, <strong>de</strong> fato, ele é<br />

a conclusão do esforço <strong>de</strong> projeto do ponto<br />

<strong>de</strong> vista do engenheiro do processo.<br />

Também o Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia varia, <strong>de</strong> acordo com a firma<br />

<strong>de</strong> engenharia e a instrumentação é<br />

representada <strong>de</strong> vários modos diferentes.<br />

Folha <strong>de</strong> legenda<br />

Como há variação <strong>de</strong> estilos e símbolos,<br />

é mandatório o uso <strong>de</strong> legendas. Nas<br />

folhas <strong>de</strong> legenda são mostrados os<br />

significados <strong>de</strong> letras <strong>de</strong> funções, variáveis<br />

e modificadores. Também são <strong>de</strong>finidas as<br />

abreviações <strong>de</strong> locais, equipamentos,<br />

5<br />

processos, utilida<strong>de</strong>s e termos típicos <strong>de</strong><br />

medição e controle.<br />

A legenda po<strong>de</strong> ser apresentada em<br />

uma folha separada ou po<strong>de</strong> ser uma parte<br />

do diagrama.<br />

Uma legenda permite ao leitor saber o<br />

que não está tão evi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> um ponto <strong>de</strong><br />

vista comum, por exemplo se o símbolo <strong>de</strong><br />

uma válvula é a <strong>de</strong> bloqueio, globo ou<br />

agulha. A legenda <strong>de</strong>fine o uso dos<br />

símbolos. A legenda é necessária porque<br />

mesmo com a padronização <strong>de</strong> símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificação, ainda há pequenas<br />

diferenças entre eles. Uma norma não<br />

engessa a imaginação e criação do<br />

usuário, <strong>de</strong> modo que sempre haverá<br />

<strong>de</strong>talhes que apenas o criador sabe e por<br />

uma gentileza técnica, estas criações<br />

<strong>de</strong>vem ser esclarecidas para os usuários.<br />

Deve se ter uma legenda para as<br />

abreviaturas, que não são normalizadas<br />

mas são largamente usadas em códigos<br />

<strong>de</strong> equipamentos, <strong>de</strong> processos e <strong>de</strong><br />

utilida<strong>de</strong>s. Também em um projeto, há um<br />

código para <strong>de</strong>signar áreas da planta e<br />

estes conjuntos alfanuméricos precisam<br />

ser esclarecidos.<br />

A folha <strong>de</strong> legenda po<strong>de</strong> também incluir<br />

símbolos <strong>de</strong> válvulas <strong>de</strong> controle e<br />

manuais e <strong>de</strong> outros equipamentos<br />

auxiliares e miscelânea, como dispositivos<br />

<strong>de</strong> segurança, acessórios, componentes<br />

<strong>de</strong> tubulações e <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> instalação.<br />

46


A Análise<br />

B Queimador/Combustão<br />

C Escolha do usuário<br />

D Escolha do usuário<br />

E Tensão<br />

F Vazão<br />

FF Relação <strong>de</strong> vazões<br />

FQ Totalização vazão<br />

G Escolha do usuário<br />

H Manual (Hand)<br />

I Corrente<br />

J Potência<br />

K Tempo<br />

L Nível<br />

M Escolha do usuário<br />

N Escolha do usuário<br />

O Escolha do usuário<br />

P Pressão, vácuo<br />

PD Pressão diferencial<br />

Q Quantida<strong>de</strong><br />

R Radiação<br />

S Velocida<strong>de</strong>/Freqüência<br />

T Temperatura<br />

TD Diferença temperatura<br />

U Multivariável<br />

V Vibração/Análise mecânica<br />

W Peso/Força<br />

WD Diferença <strong>de</strong> peso<br />

X Não classificada<br />

Y Evento, estado, presença<br />

Z Posição, dimensão<br />

ZD Desvio<br />

Fig. 6.1. Folha <strong>de</strong> legenda <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação do instrumento<br />

*A<br />

*AL<br />

*CV<br />

*G<br />

*IC<br />

*O<br />

*Q<br />

*S<br />

*T<br />

*W<br />

*AH<br />

*C<br />

*E<br />

*I<br />

*J<br />

*P<br />

*R<br />

*SV<br />

*V<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

Alarme <strong>de</strong> *<br />

Alarme <strong>de</strong> alta <strong>de</strong>*<br />

Alarme <strong>de</strong> baixa <strong>de</strong> *<br />

Controle <strong>de</strong>* (cego)<br />

Válvula <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> *<br />

Elemento sensor <strong>de</strong>*<br />

Visor <strong>de</strong> * ou indicador local <strong>de</strong> *<br />

Indicador <strong>de</strong>*<br />

Controlador indicador <strong>de</strong> *<br />

Multiplexação ou varredura<br />

Orifício ou restrição <strong>de</strong> *<br />

Ponto <strong>de</strong> teste <strong>de</strong> *<br />

Totalização ou integral <strong>de</strong> *<br />

Registrador <strong>de</strong> *<br />

Chave <strong>de</strong> *<br />

Válvula <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> *<br />

Transmissor <strong>de</strong> *<br />

Válvula <strong>de</strong> *<br />

Poço <strong>de</strong> *<br />

* significa selecionar a primeira letra da tabela ao lado<br />

47


Tab. 4.1. Abreviaturas<br />

ATM Atmosfera<br />

AG Acima da terra<br />

BD Blowdown<br />

BL Limites <strong>de</strong> bateria<br />

C Dreno químico<br />

CA Permissão <strong>de</strong> corrosão<br />

CO Operado em ca<strong>de</strong>ia<br />

CW Água <strong>de</strong> resfriamento<br />

CWR Retorno <strong>de</strong> água <strong>de</strong> resfriamento<br />

CWS Suprimento <strong>de</strong> água <strong>de</strong> resfriamento<br />

(F) Fornecido pelo ven<strong>de</strong>dor<br />

FC Falha fechada<br />

FI Falha em posição intermediária<br />

FL Falha bloqueada<br />

FO Falha aberta<br />

FP Abertura total<br />

GO Operado por engrenagens<br />

HIL Nível <strong>de</strong> interface alto<br />

HLL Nível <strong>de</strong> líquido alto<br />

HOA Manual – Desligado – Automático<br />

HP Alta pressão<br />

IAS Suprimento <strong>de</strong> ar <strong>de</strong> instrumento<br />

Ic Isolação (frio)<br />

Ih Isolação (quente)<br />

Is Isolação (segurança)<br />

LC Fechado trançado<br />

LIL Nível interface baixa<br />

LLL Nível <strong>de</strong> líquido baixo<br />

LO Aberto trançado<br />

LP Baixa pressão<br />

NC Normalmente fechado<br />

NIL Nível interface normal<br />

NLL Nível <strong>de</strong> líquido normal<br />

NO Normalmente aberto<br />

O Dreno <strong>de</strong> água com óleo<br />

PO Bombeamento para fora<br />

RO Orifício <strong>de</strong> restrição<br />

SC Conexão <strong>de</strong> amostragem<br />

SD Shutdown (<strong>de</strong>sligamento)<br />

SÓ Saída <strong>de</strong> vapor<br />

SP Set point (ponto <strong>de</strong> ajuste)<br />

SG Gravida<strong>de</strong> específica ou <strong>de</strong>nsida<strong>de</strong> relativa<br />

SSV Válvula <strong>de</strong> segurança <strong>de</strong> shutdown<br />

T/T Tangente a tangente<br />

VB Quebrador <strong>de</strong> vórtices<br />

UG Enterrado<br />

US Estação <strong>de</strong> Utilida<strong>de</strong><br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

48


Tab. 4. 11. Válvulas <strong>de</strong> controle<br />

S<br />

FO ou FC<br />

R<br />

Válvula <strong>de</strong> controle<br />

com atuador<br />

pneumático<br />

Válvula atuada por<br />

cilindro (ação dupla)<br />

Válvula auto<br />

regulada ou<br />

reguladora<br />

Reguladora com<br />

tomada <strong>de</strong> pressão<br />

externa<br />

Reguladora <strong>de</strong> vazão<br />

autocontida<br />

Válvula solenói<strong>de</strong><br />

com três vias com<br />

reset<br />

Atuada por<br />

diafragma com<br />

pressão balanceada<br />

Válvula com atuador<br />

a diafragma e<br />

posicionador<br />

Ação da válvula<br />

FC – Falha fechada<br />

FO – Falha aberta<br />

Válvula <strong>de</strong> controle<br />

com atuador manual<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

Tab. 4.11. Válvulas manuais<br />

(*)<br />

(*)<br />

(*)<br />

(*)<br />

(*)<br />

(*)<br />

(*)<br />

IhV<br />

NV<br />

TSO<br />

Válvula gaveta<br />

(*) Po<strong>de</strong> ser acoplado<br />

atuador ao corpo<br />

Válvula globo<br />

Válvula retenção<br />

Válvula plug<br />

Válvula controle<br />

manual<br />

Válvula esfera<br />

Válvula borboleta<br />

ou damper<br />

Válvula <strong>de</strong><br />

retenção e<br />

bloqueio<br />

Válvula <strong>de</strong><br />

blowdown<br />

Válvula diafragma<br />

Válvula ângulo<br />

Válvula três vias<br />

Válvula quatro vias<br />

Corpo <strong>de</strong> válvula<br />

isolado<br />

Válvula agulha<br />

Outras válvulas<br />

com abreviatura<br />

sob o corpo:<br />

49


T<br />

T<br />

o<br />

C<br />

LSV<br />

PSV<br />

PSV<br />

PSE<br />

PSE<br />

LSV<br />

Válvula <strong>de</strong><br />

segurança <strong>de</strong><br />

pressão, ajuste em<br />

100 kPa<br />

Válvula <strong>de</strong><br />

segurança <strong>de</strong> vácuo,<br />

ajuste em 50 mm<br />

H2O vácuo<br />

Disco <strong>de</strong> ruptura<br />

(pressão)<br />

Disco <strong>de</strong> ruptura<br />

(vácuo)<br />

C = selo químico<br />

P = amortecedor <strong>de</strong><br />

pulsação<br />

S = sifão<br />

Plug<br />

Mangueira<br />

Filtro, tipo Y<br />

Purgador <strong>de</strong> vapor<br />

Dreno contínuo<br />

Código item #1234<br />

Funil <strong>de</strong> dreno<br />

(Ver abreviaturas)<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

LT<br />

FE<br />

FQI<br />

FI<br />

LT<br />

FE<br />

FE<br />

FE<br />

FE<br />

Instrumento <strong>de</strong> nível<br />

tipo <strong>de</strong>slocador,<br />

montado externamente<br />

ao tanque<br />

Filtro tipo T<br />

Placa <strong>de</strong> orifício com<br />

flange<br />

Totalizador indicador<br />

<strong>de</strong> vazão a DP<br />

Indicador <strong>de</strong> vazão<br />

tipo área variável<br />

Tubo venturi ou bocal<br />

medidor <strong>de</strong> vazão<br />

Turbina medidora <strong>de</strong><br />

vazão ou elemento<br />

propelente<br />

Placa <strong>de</strong> orifício em<br />

porta placa<br />

Tubo pitot ou<br />

Annubar®<br />

Espetáculo cego<br />

instalado com anel<br />

em linha (passagem<br />

livre)<br />

Espetáculo cego<br />

instalado com disco<br />

em linha (bloqueado)<br />

Transmissor <strong>de</strong> nível<br />

a pressão diferencial<br />

50


Checklist do Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia<br />

Vasos<br />

A Fig. 6.2 mostra um vaso típico.<br />

Usualmente no topo do diagrama <strong>de</strong> fluxo,<br />

aparece o bloco do tipo do vaso com um<br />

número e titulo, dimensões e o tipo <strong>de</strong><br />

isolação, quando houver. Alguns<br />

projetistas incluem a pressão e<br />

temperatura.<br />

Se o vaso contiver ban<strong>de</strong>jas (tray), elas<br />

são mostradas com linhas tracejadas. A<br />

numeração das ban<strong>de</strong>jas <strong>de</strong>ve ser<br />

explicada na folha <strong>de</strong> legenda.<br />

A altura e o tipo <strong>de</strong> enchimento<br />

(packing) são mostrados. Os internos<br />

importantes (câmara <strong>de</strong> catalisador,<br />

ban<strong>de</strong>jas, <strong>de</strong>sembaçador) são mostrados.<br />

É importante comparar o <strong>de</strong>senho<br />

mecânico do vaso com o Diagrama <strong>de</strong><br />

Fluxo <strong>de</strong> Engenharia para verificar<br />

consistência. A altura da linha tangente <strong>de</strong><br />

um vaso vertical é mostrada acima da<br />

fundação. A altura do fundo <strong>de</strong> um vaso<br />

horizontal é mostrada acima da gra<strong>de</strong>.<br />

A altura do nível <strong>de</strong> líquido normal<br />

acima da linha tangente ou acima do fundo<br />

<strong>de</strong> um vaso horizontal é mostrada. As<br />

faixas dos controladores não são<br />

mostradas aqui, pois ainda é cedo, mas<br />

elas aparecerão em algum outro lugar.<br />

Deve ser informado se os vasos tiverem<br />

alguma inclinação em relação à horizontal.<br />

As válvulas <strong>de</strong> alívio são geralmente<br />

mostradas no topo do vaso (indústria<br />

química) ou nas linhas <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> vapor<br />

(refinarias).<br />

Trocador <strong>de</strong> calor<br />

Fig. 6.3 mostra um trocador <strong>de</strong> calor<br />

típico. O número do equipamento e o titulo<br />

são sublinhados no cabeçalho do<br />

documento.<br />

Se houver isolação, ela é mostrada.<br />

A <strong>de</strong>signação das classes <strong>de</strong> pressão e<br />

temperatura é opcional.<br />

O tipo correto do trocador é <strong>de</strong>scrito,<br />

mostrando o número <strong>de</strong> seções e o arranjo<br />

das vazões. Todas as linhas <strong>de</strong> vent<br />

<strong>de</strong>vem ser mostradas.<br />

Bombas<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

A Fig. 6.4 mostra um arranjo típico <strong>de</strong><br />

bombas em um Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia. O bloco do titulo <strong>de</strong>ve conter o<br />

número do item, titulo, isolação, água <strong>de</strong><br />

resfriamento, óleo ou selagem. A<br />

capacida<strong>de</strong> do projeto e a pressão<br />

diferencial também po<strong>de</strong>m ser informadas.<br />

O tipo <strong>de</strong> bomba e seu acionador<br />

<strong>de</strong>vem ser mostrados. A mínima vazão <strong>de</strong><br />

recirculação é mostrada, on<strong>de</strong> necessário.<br />

Os amortecedores <strong>de</strong> pulsação são<br />

mostrados em bombas reciprocantes e<br />

vents com válvulas são mostrados<br />

usualmente em todas as bombas.<br />

Deve se prestar atenção ao controle da<br />

bomba, incluindo os sistemas automáticos<br />

<strong>de</strong> partidas e vents.<br />

O tamanho das válvulas <strong>de</strong> sucção e <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>scarga e os flanges da bomba <strong>de</strong>vem<br />

ser indicados.<br />

Compressores e sopradores<br />

A Fig. 6.5 mostra esquemas com<br />

compressores e sopradores típicos. O tipo<br />

do compressor (centrifugo ou reciprocante)<br />

e o número <strong>de</strong> estágios <strong>de</strong>vem ser<br />

mostrados.<br />

No topo do <strong>de</strong>senho, como usual, acima<br />

<strong>de</strong> cada compressor aparece o número do<br />

item e titulo, sublinhado, seguido pela<br />

capacida<strong>de</strong>, pressão diferencial.<br />

A folha <strong>de</strong> especificação do compressor<br />

<strong>de</strong>ve ser verificada, observando itens como<br />

tamanhos <strong>de</strong> bocais.<br />

51


Fig. 6.2. Vaso típico<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

52


Fig. 6.3. Trocador <strong>de</strong> calor típico<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

53


Fig. 6.4. Bombas<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

54


Conteúdo do Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia<br />

Deve haver um consenso quanto a<br />

informação <strong>de</strong> instrumentação incluída no<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia. Nem<br />

toda a instrumentação precisa ser<br />

mostrada.<br />

Deve haver espaços e locais reservados<br />

nas tubulações e equipamentos, <strong>de</strong> modo<br />

que os elementos sensores e elementos<br />

finais possam ser mostrados. O mesmo se<br />

aplicada a válvulas, pontos <strong>de</strong><br />

amostragem, válvulas <strong>de</strong> segurança,<br />

visores <strong>de</strong> nível, indicadores locais <strong>de</strong><br />

pressão e temperatura, elementos <strong>de</strong><br />

vazão. Se a instrumentação está<br />

diretamente ligada ao processo, ela <strong>de</strong>ve<br />

ser mostrada.<br />

Informações mais <strong>de</strong>talhadas, tais como<br />

tamanhos <strong>de</strong> válvulas, valores <strong>de</strong> ponto <strong>de</strong><br />

ajuste, posições <strong>de</strong> falha, faixas calibradas<br />

não precisam ser mostradas, pois elas<br />

aparecerão em outros documentos, como<br />

folhas <strong>de</strong> dados <strong>de</strong> instrumentos. Não se<br />

<strong>de</strong>ve colocar a mesma informação em<br />

vários documentos diferentes pois haverá<br />

problema quando houver alteração nesta<br />

informação comum. Mostrar <strong>de</strong>talhes po<strong>de</strong><br />

parecer uma boa idéia, mas po<strong>de</strong> ser<br />

extremamente difícil alterar estes <strong>de</strong>talhes,<br />

mais tar<strong>de</strong>, quando eles forem alterados.<br />

As informações distantes do processo<br />

são controversas. Alguns argumentam que<br />

apenas as malhas básicas <strong>de</strong>vem ser<br />

mostradas – nada mais.<br />

O objetivo do Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia é mostrar o processo em<br />

<strong>de</strong>talhe e dar alguma idéia <strong>de</strong> seu controle.<br />

Nem todos os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> instrumento são<br />

mostrados – pois eles são muito<br />

numerosos. O consenso é mostrar toda<br />

instrumentação ligada diretamente ao<br />

processo e <strong>de</strong> interesse para o operador.<br />

O que interessa ao operador são as<br />

funções <strong>de</strong> display (registrador, indicador,<br />

alarme, controle) e as <strong>de</strong> atuação (chaves<br />

<strong>de</strong> liga-<strong>de</strong>sliga, botoeiras, seletoras).<br />

Informação <strong>de</strong>talhada e <strong>de</strong><br />

condicionamento <strong>de</strong> sinal, como<br />

transmissão, extração <strong>de</strong> raiz quadrada,<br />

multiplexação, não <strong>de</strong>ve ser mostrada.<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

Basicamente, três categorias <strong>de</strong><br />

instrumentos <strong>de</strong>vem aparecer no Diagrama<br />

<strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia:<br />

1. controles analógicos<br />

2. controles discretos<br />

3. interface com operador.<br />

Estes equipamentos e funções são tudo<br />

aquilo que o operador vê ou toca.<br />

O controle discreto, envolvendo a lógica<br />

<strong>de</strong> ligar e <strong>de</strong>sligar, é mais complicado e<br />

menos óbvio que o controle contínuo.<br />

Sendo mais complicado, são também mais<br />

difíceis <strong>de</strong> serem apresentados, <strong>de</strong> modo<br />

que a tendência é esquecê-los. O melhor<br />

enfoque para a lógica discreta é mostrar<br />

todas as entradas e saídas <strong>de</strong> uma caixa<br />

preta (i<strong>de</strong>ntificada como bloco lógico) e<br />

<strong>de</strong>pois se referir ao <strong>de</strong>senho on<strong>de</strong> a lógica<br />

será <strong>de</strong>senvolvida. Este enfoque tem a<br />

vantagem <strong>de</strong> já permitir o levantamento <strong>de</strong><br />

entradas e saídas, que será<br />

posteriormente requerido para o projeto do<br />

sistema <strong>de</strong> controle digital.<br />

55


Simbolismo do Controle Contínuo<br />

Introdução<br />

Entre o Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo<br />

e o Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia<br />

ficam muitos sistemas <strong>de</strong> controle juntos,<br />

que po<strong>de</strong>m ou não ser representados em<br />

um documento formal <strong>de</strong> projeto. O<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Processo<br />

representa o processo básico e o<br />

Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong> Engenharia,<br />

também chamado <strong>de</strong> Diagrama <strong>de</strong><br />

Tubulações e Instrumentos (P&I, em<br />

inglês, Piping and Instruments, lê-se<br />

pienai), representa o projeto <strong>de</strong>talhado do<br />

equipamento <strong>de</strong> processo e suas<br />

interligações. A representação do sistema<br />

<strong>de</strong> controle em um P&I varia em <strong>de</strong>talhes<br />

entre as companhias e até entre projetos.<br />

Serão tratados aqui e agora os<br />

conceitos e símbolos dos controles<br />

estruturados, que po<strong>de</strong>m servir como<br />

blocos constituintes <strong>de</strong> um projeto<br />

completo <strong>de</strong> instrumentação.<br />

O controle po<strong>de</strong> ser implementado<br />

através das seguintes estratégias:<br />

1. Controle Contínuo Linear<br />

1.1. Realimentação negativa<br />

1.2. Preditivo antecipatório<br />

1.3. Desacoplamento<br />

1.4. Cascata<br />

1.5. Relação<br />

2. Controle com saídas múltiplas<br />

2.1. Balanço <strong>de</strong> cargas<br />

2.2. Faixa dividida<br />

3. Malhas redundantes<br />

3.1. Reserva (backup) redundante<br />

3.2. Tomada <strong>de</strong> malha integral<br />

3.3. Controle <strong>de</strong> posição da válvula<br />

4. Controle Discreto ou Chaveado<br />

4.1. Sistemas seletores<br />

6<br />

4.2. Estrutura variável<br />

Além <strong>de</strong> se analisar os diagramas sob o<br />

ponto <strong>de</strong> vista <strong>de</strong> símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificadores, tem-se a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

fixar conceitos <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> processo.<br />

Controle com realimentação<br />

negativa<br />

O objetivo do controle com<br />

realimentação negativa é controlar uma<br />

variável medida em um ponto <strong>de</strong> ajuste. O<br />

ponto <strong>de</strong> ajuste nem sempre é aparente,<br />

nem é facilmente ajustável.<br />

O estado operacional é automático<br />

ou manual. Os parâmetros operacionais<br />

são o ponto <strong>de</strong> ajuste (em automático) e a<br />

saída (em manual).<br />

Os valores monitorados são o ponto <strong>de</strong><br />

ajuste, a medição e a saída. (Monitorar não<br />

significa necessariamente indicar.)<br />

entradas<br />

PROCESSO<br />

manipulada<br />

distúrbios<br />

Controlador<br />

feedback<br />

Ponto <strong>de</strong> ajuste<br />

saídas<br />

controlada<br />

Medição<br />

Fig. 6.1. Esquema do controle a realimentação negativa<br />

56


A realimentação negativa é mais<br />

um conceito do que um método ou um<br />

meio. No sistema com realimentação<br />

negativa sempre há medição (na saída),<br />

ajuste do ponto <strong>de</strong> referência, comparação<br />

e atuação (na entrada). A saída po<strong>de</strong><br />

alterar a variável controlada, que po<strong>de</strong><br />

alterar a variável medida. O estado da<br />

variável medida é realimentado para o<br />

controlador para a <strong>de</strong>vida comparação e<br />

atuação.<br />

Em resumo, esta é a essência do<br />

controle à realimentação negativa. É<br />

irrelevante se há seis elementos na Fig.<br />

6.2 e apenas um na válvula auto regulada<br />

<strong>de</strong> pressão (Fig. 6.3). Na válvula autooperada,<br />

os mecanismos estão embutidos<br />

na própria válvula, não há display e os<br />

ajustes são feitos <strong>de</strong> modo precário na<br />

válvula ou nem são disponíveis. Na malha<br />

<strong>de</strong> controle convencional, os instrumentos<br />

po<strong>de</strong>m ter até circuitos eletrônicos<br />

microprocessados. É irrelevante também<br />

se as variáveis medida e manipulada são<br />

as mesmas na malha <strong>de</strong> vazão ou<br />

diferentes na malha <strong>de</strong> pressão. O<br />

conceito <strong>de</strong> controle é a realimentação<br />

negativa, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do meio ou método<br />

<strong>de</strong> sua obtenção.<br />

FY-A<br />

FT<br />

FE<br />

FIC<br />

i/p<br />

FY-B<br />

Fig. 6.2. Malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vazão<br />

Fig. 6.3. Reguladora <strong>de</strong> pressão<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

Na malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vazão da Fig.<br />

6.2, a vazão é sentida pela placa (FE), o<br />

sinal é transmitido (FT), extraída a raiz<br />

quadrada (FY-A) e finalmente chega ao<br />

controlador (FIC). Este sinal <strong>de</strong> medição é<br />

comparado com o ponto <strong>de</strong> ajuste (não<br />

mostrado na figura) e o controlador gera<br />

um sinal (função matemática da diferença<br />

entre medição e ponto) que vai para a<br />

válvula <strong>de</strong> controle (FCV), passando antes<br />

por um transdutor corrente para<br />

pneumático (FY-B), que compatibiliza a<br />

operação do controlador eletrônico com a<br />

válvula com atuador pneumático. A<br />

atuação do controlador tem o objetivo <strong>de</strong><br />

tornar a medição igual (ou próxima) do<br />

ponto <strong>de</strong> ajuste.<br />

Na válvula auto regulada acontece a<br />

mesma coisa, porém, envolvendo menor<br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> equipamentos. O valor da<br />

pressão a ser controlado é levado para um<br />

mecanismo <strong>de</strong> comparação que está no<br />

atuador do válvula. No mecanismo há um<br />

ajuste (fixo ou regulável) do valor da<br />

pressão a ser controlado.<br />

Automaticamente a válvula vai para a<br />

posição correspon<strong>de</strong>nte à pressão<br />

ajustada.<br />

Nos dois sistemas sempre há:<br />

1. medição da variável controlada<br />

2. ajuste do valor <strong>de</strong>sejado<br />

3. comparação entre medição e ajuste<br />

4. atuação para tornar medição igual<br />

ao ponto <strong>de</strong> ajuste<br />

Enquanto a medição estiver igual ao<br />

ponto <strong>de</strong> ajuste (situação i<strong>de</strong>al), a saída do<br />

controlador está constante (cuidado! Não é<br />

igual a zero!). Só haverá atuação (variação<br />

na saída) quando ocorrer diferença entre<br />

medição e ponto <strong>de</strong> ajuste.<br />

A maioria absoluta dos sistemas <strong>de</strong><br />

controle se baseia no conceito <strong>de</strong><br />

realimentação negativa. Embora seja lento<br />

e susceptível à oscilação, ele é o mais fácil<br />

<strong>de</strong> ser realizado.<br />

A minoria dos sistemas utiliza outras<br />

estratégias <strong>de</strong> controle ou combinação <strong>de</strong><br />

várias malhas a realimentação negativa. O<br />

advento da instrumentação<br />

microprocessada (chamada estupidamente<br />

<strong>de</strong> inteligente) permite a implementação<br />

econômica e eficiente <strong>de</strong> outras técnicas<br />

<strong>de</strong> controle.<br />

57


Controle preditivo antecipatório<br />

O objetivo do controle preditivo<br />

antecipatório (feedforward) é evi<strong>de</strong>nciar os<br />

efeitos dos distúrbios da carga do<br />

processo.<br />

A Fig. 6.4 é um esquema simplificado<br />

do conceito <strong>de</strong> controle preditivo<br />

antecipatório. Os componentes da carga<br />

são fluxos <strong>de</strong> materiais e <strong>de</strong> energia cujas<br />

alterações ten<strong>de</strong>m alterar a variável<br />

controlada. Para reagir a estas tendências,<br />

as variações <strong>de</strong> carga são medidas,<br />

alimentadas para o controlador<br />

feedforward que calcula estas influências,<br />

consi<strong>de</strong>ra o ponto <strong>de</strong> ajuste e atua na<br />

variável manipulada que afeta o processo,<br />

<strong>de</strong> modo a minimizar o <strong>de</strong>svio do ponto <strong>de</strong><br />

ajuste.<br />

Medições<br />

distúrbios<br />

PROCESSO<br />

manipulada<br />

Controlador<br />

feedforward<br />

Fig. 6.4. Conceito <strong>de</strong> feedforward<br />

saídas<br />

controlada<br />

A Fig. 6.5 mostra um exemplo <strong>de</strong> um<br />

esquema preditivo antecipatório para<br />

controlar a temperatura da <strong>de</strong>scarga, T2,<br />

no lado do processo <strong>de</strong> um trocador <strong>de</strong><br />

calor aquecido por vapor. A porção<br />

preditiva antecipatória da malha é ro<strong>de</strong>ada<br />

por linhas tracejadas, para clareza. Esta<br />

porção calcula a vazão necessária <strong>de</strong><br />

vapor, Ws, dada uma vazão <strong>de</strong> processo<br />

medida, Wp, temperatura <strong>de</strong> processo para<br />

o trocador, T1 e a temperatura <strong>de</strong>sejada do<br />

processo, T2, fornecida pelo controle<br />

manual HC. A malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vazão<br />

é uma malha preditiva antecipatória<br />

padrão. Ela é uma malha cascateada cuja<br />

função é melhorar a eficiência do sistema.<br />

Fig. 6.5 Controle preditivo antecipatório<br />

Ponto <strong>de</strong> ajuste<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

A Fig. 6.6 mostra um sistema <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> água <strong>de</strong><br />

cal<strong>de</strong>ira a três elementos padrão. O<br />

exemplo é dado para enfatizar a<br />

importância <strong>de</strong> ter conceitos claros. A<br />

porção <strong>de</strong> feedforward é <strong>de</strong>stacada.<br />

Mesmo que esta porção esteja no lado da<br />

<strong>de</strong>scarga da cal<strong>de</strong>ira, é ainda feedforward,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que este conceito trata dos<br />

distúrbios do processo on<strong>de</strong> eles ocorrem.<br />

O objetivo <strong>de</strong>sta malha feedforward é<br />

calcular a vazão <strong>de</strong> alimentação <strong>de</strong> água<br />

necessária para satisfazer a <strong>de</strong>manda, a<br />

carga (também um distúrbio). O objetivo da<br />

malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> nível é ajustar o<br />

cálculo, <strong>de</strong> modo que o nível permaneça<br />

próximo do ótimo para a eficiência e da<br />

segurança da cal<strong>de</strong>ira. A malha <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> nível é uma falha <strong>de</strong> feedback<br />

cascateando a malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vazão<br />

da água <strong>de</strong> alimentação. O objetivo da<br />

malha <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> água <strong>de</strong><br />

alimentação é melhorar a eficiência da<br />

resposta para o ponto <strong>de</strong> ajuste calculado<br />

e estabelecido. Ela é também feedback.<br />

O estado operacional normal é<br />

automático. Porém, para entradas anormal,<br />

po<strong>de</strong> se entrar com uma entrada fixa<br />

manualmente, sob certas circunstancias.<br />

Os parâmetros operacionais são o ponto<br />

<strong>de</strong> ajuste e, algumas vezes, entradas<br />

manuais (sistema em falha).<br />

58


Os valores monitorados são as entradas<br />

medidas e a saída calculada.<br />

Controle com <strong>de</strong>sacoplamento<br />

O objetivo do <strong>de</strong>sacoplamento é reduzir<br />

a interação em situações com várias<br />

malhas ou variáveis.<br />

A Fig. 6.6 mostra as interações e suas<br />

compensações. Os sinais <strong>de</strong>sacoplados<br />

são as entradas negativas dos somadores.<br />

Se o analisador <strong>de</strong> nafta <strong>de</strong>manda mais<br />

vazão através da entrada <strong>de</strong> topo, a<br />

relação vapor-líquido será aumentada,<br />

aumentando os componentes mais<br />

pesados no lado <strong>de</strong> cima para atingir o<br />

ponto <strong>de</strong> ajuste. Componentes mais<br />

pesados também acharão seu caminho no<br />

lado do querosene, a não ser que esta<br />

vazão seja reduzida para permitir mais<br />

tiragem.<br />

Fig. 6.6. Esquema <strong>de</strong> <strong>de</strong>sacoplamento<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

Controle Cascata<br />

O controle cascata permite um<br />

controlador primário regular um<br />

secundário, melhorando a velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

resposta e reduzindo os distúrbios<br />

causados pela malha secundaria.<br />

A Fig. 6.7 é um diagrama <strong>de</strong> blocos do<br />

conceito <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> cascata,<br />

mostrando as medições (primaria e<br />

secundaria), o ponto <strong>de</strong> ajuste do primário<br />

estabelecido manualmente e o ponto <strong>de</strong><br />

ajuste do secundário estabelecido pela<br />

saída do controlador primário.<br />

A característica principal do controle<br />

cascata é a saída do controlador primário<br />

ser o ponto <strong>de</strong> ajuste do secundário. Diz-se<br />

que o controlador primário cascateia o<br />

secundário.<br />

A Fig. 6.8 é um exemplo <strong>de</strong> um controle<br />

convencional <strong>de</strong> temperatura, envolvendo<br />

uma única malha. Na Fig. 6.9 tem-se<br />

controle <strong>de</strong> cascata. (É interessante notar<br />

como um esquema simples po<strong>de</strong> escon<strong>de</strong>r<br />

fenômenos complexos. Por exemplo,<br />

eventualmente a reação da figura po<strong>de</strong> ser<br />

exotérmica e nada é percebido).<br />

Controlador<br />

secundário<br />

Controlador<br />

primário<br />

ponto <strong>de</strong><br />

ajuste<br />

ponto <strong>de</strong><br />

ajuste<br />

Elemento final<br />

<strong>de</strong> controle<br />

PROCESSO<br />

Medição da variável<br />

secundária<br />

Medição da variável<br />

primária<br />

Fig. 6.7. Diagrama <strong>de</strong> blocos do controle cascata<br />

59


SP TC<br />

Vapor<br />

Fig. 6.8. Controle convencional <strong>de</strong> temperatura<br />

SP TC1<br />

SP<br />

Vapor<br />

Produto<br />

TC2 TT2<br />

Produto<br />

TE2<br />

TT<br />

TT1<br />

Fig. 6.9. Controle <strong>de</strong> cascata temperatura –<br />

temperatura<br />

No controle cascata a temperatura do<br />

(mais lenta) vaso cascateia a temperatura<br />

da jaqueta (mais rápida). Quando houve<br />

distúrbio no vapor <strong>de</strong> modo que a<br />

temperatura da jaqueta caia, o controlador<br />

secundário corrige esta varia mais<br />

rapidamente que o controlador primário.<br />

TE<br />

Con<strong>de</strong>nsado<br />

TE1<br />

Con<strong>de</strong>nsado<br />

Jaqueta<br />

Saída<br />

Saída<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

Controle <strong>de</strong> Relação <strong>de</strong> Vazões<br />

O objetivo do controle <strong>de</strong> relação<br />

(geralmente <strong>de</strong> vazões) é regular misturas<br />

ou quantida<strong>de</strong>s estequiométricas em<br />

proporções fixas e <strong>de</strong>finidas.<br />

K<br />

y<br />

Fig. 6.10. Diagrama <strong>de</strong> blocos do controle <strong>de</strong> relação<br />

Fig. 6.11. Controle <strong>de</strong> relação com divisor<br />

B<br />

A<br />

r = ky<br />

vazão não controlada<br />

B<br />

A<br />

FT2<br />

FT1<br />

FT2<br />

:<br />

FT1<br />

Σ<br />

e<br />

c = x<br />

vazão controlada<br />

vazão controlada<br />

vazão não controlada<br />

SP<br />

FFC<br />

Fig. 6.12. Controle <strong>de</strong> relação com divisor<br />

x<br />

Controlador<br />

Processo<br />

FFC<br />

SP<br />

m<br />

60


Blending é uma forma comum <strong>de</strong><br />

controle <strong>de</strong> relação envolvendo a mistura<br />

<strong>de</strong> vários produtos, todos em proporções<br />

<strong>de</strong>finidas. A Fig. 6.9 mostra o diagrama <strong>de</strong><br />

blocos do conceito <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> relação.<br />

A álgebra é feita fora do controlador para<br />

evitar problemas <strong>de</strong> ganho e, como<br />

conseqüência, <strong>de</strong> estabilida<strong>de</strong>.<br />

As Fig. 6.10 e 6.11 são diagramas mais<br />

comuns e já orientados para controle. É<br />

interessante notar que o mesmo controle<br />

po<strong>de</strong> ser feito por equipamentos diferentes.<br />

Por exemplo, po<strong>de</strong>-se fazer a relação<br />

através <strong>de</strong> um multiplicador ou <strong>de</strong> um<br />

divisor (que é o inverso). Porém isso é fácil<br />

<strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r, a partir do conceito <strong>de</strong><br />

relação das variáveis.<br />

O objetivo do controle <strong>de</strong> relação é ter<br />

uma relação controlada fixa entre as<br />

quantida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> duas substâncias, como<br />

A<br />

= r<br />

B<br />

Σ<br />

FC<br />

Fig. 6.13. Balanço <strong>de</strong> carga<br />

FT1<br />

FT1<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

Assim, é possível se ter A = r B ou<br />

1<br />

então B = A<br />

r<br />

No controle <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> duas vazões,<br />

uma vazão necessariamente <strong>de</strong>ve variar<br />

livremente e a outra é manipulada. Quando<br />

se tem o controle <strong>de</strong> relação <strong>de</strong> várias (n)<br />

vazões, uma <strong>de</strong>las <strong>de</strong>ve ser livre e as (n-1)<br />

são manipuladas. Enfim, sempre <strong>de</strong>ve<br />

haver um grau <strong>de</strong> liberda<strong>de</strong>, no mínimo.<br />

Os estados operacionais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da<br />

aplicação. Quando se têm várias malhas, é<br />

possível tirar algumas do modo relação e<br />

operá-las in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente. É possível<br />

também se manter a relação, mesmo com<br />

a malha em manual. Os parâmetros<br />

operacionais <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>m da aplicação.<br />

Os valores monitorados são o ponto <strong>de</strong><br />

ajuste (relação) e os valores medidos das<br />

duas vazões.<br />

FC<br />

FT1<br />

FC<br />

FC<br />

61


Balanço <strong>de</strong> Cargas<br />

O objetivo do controle com balanço <strong>de</strong><br />

carga é permitir a regulação da saída<br />

comum (somada) <strong>de</strong> várias malhas. A Fig.<br />

6.13 é típica.<br />

Os estados operacionais são qualquer<br />

combinação dos estados normais <strong>de</strong><br />

operação das malhas individuais. Qualquer<br />

malha po<strong>de</strong> estar em manual e a malha<br />

externa ainda tenta manter a vazão total<br />

em seu ponto <strong>de</strong> ajuste. Os parâmetros<br />

operacionais são os <strong>de</strong> todos os<br />

controladores, incluindo o controlador mais<br />

externo que balanceia a carga. (Isto não<br />

quer dizer que todas as combinações são<br />

úteis.)<br />

Controle <strong>de</strong> Faixa Dividida<br />

O objetivo <strong>de</strong> esten<strong>de</strong>r a faixa é alterar<br />

a faixa normal <strong>de</strong> um elemento da que ele<br />

normalmente dispõe, aumentando ou<br />

diminuindo-a. Este controle é chamado <strong>de</strong><br />

split range.<br />

Um exemplo <strong>de</strong> malha expandida é<br />

mostrado no diagrama da Fig. 6.15. Temse<br />

duas válvulas em paralelo. Somente<br />

<strong>de</strong>pois da primeira válvula ficar totalmente<br />

aberta, a segunda começa a modular. A<br />

primeira válvula permanece totalmente<br />

aberta enquanto a segunda modula. Este<br />

controle é aplicado em aplicações com<br />

dois combustíveis, on<strong>de</strong> o segundo<br />

combustível (mais caro) só começa a ser<br />

usado <strong>de</strong>pois que a válvula que manipula o<br />

combustível mais barato fica totalmente<br />

aberta.<br />

Outro exemplo <strong>de</strong> controle com faixa<br />

dividida é em controle <strong>de</strong> temperatura, com<br />

dois meios <strong>de</strong> controle: um para aquecer<br />

(vapor) e outro para resfriar (água fria).<br />

Também neste caso a saída do controlador<br />

vai para as duas válvulas. A <strong>de</strong> vapor (ar<br />

para fechar) opera <strong>de</strong> 60 a 100 kPa e a <strong>de</strong><br />

água (ar para abrir) opera <strong>de</strong> 20 a 60 kPa.<br />

Em 60 kPa ambas estão fechadas.<br />

No controle <strong>de</strong> faixa dividida é<br />

obrigatório o uso <strong>de</strong> posicionadores nas<br />

válvulas (o que não está mostrado no<br />

diagrama).<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

Fig. 6.14. Esquema do controle <strong>de</strong> faixa dividida<br />

Temperatura<br />

% span<br />

100<br />

0<br />

Tanque<br />

<strong>de</strong><br />

reação<br />

Saída do<br />

controlador<br />

% span<br />

100<br />

0<br />

TC<br />

20 - 60 kPa<br />

TV-A<br />

Posição da<br />

válvula <strong>de</strong><br />

água<br />

aberta<br />

fechada<br />

fechada<br />

Fig. 6.15. Operação da válvula <strong>de</strong> controle<br />

Controle <strong>de</strong> malhas redundantes<br />

60-100 kPa<br />

TV-B<br />

Vapor aquecedor<br />

Água refrigerante<br />

Posição da<br />

válvula <strong>de</strong><br />

vapor<br />

fechada<br />

fechada<br />

aberta<br />

O objetivo do controle com malhas<br />

redundantes é fornecer controle mesmo<br />

quando há falha <strong>de</strong> uma malha ou fazer<br />

controladores operarem em tempos<br />

diferentes, através da inclusão <strong>de</strong> ações <strong>de</strong><br />

controle ou ajustes <strong>de</strong> ganho ou em pontos<br />

<strong>de</strong> diferentes, através <strong>de</strong> diferentes pontos<br />

<strong>de</strong> ajuste.<br />

A ação integral torna o controlador mais<br />

lento, <strong>de</strong> modo que um controlador PI é<br />

mais lento que um controlador P. A ação<br />

<strong>de</strong>rivativa torna o controlador mais rápido,<br />

<strong>de</strong> modo que um controlador PID é mais<br />

rápido que um controlador PI.<br />

Controlador com ganho gran<strong>de</strong> (banda<br />

proporcional estreita) é mais rápido que um<br />

com ganho pequeno.<br />

62


Fig. 6.16. Backup simples, malhas redundantes<br />

XIC<br />

B<br />

Fig. 6.17. Malhas redundantes, com ajustes <strong>de</strong><br />

ganhos diferentes (controlador com maior ganho<br />

atua primeiro)<br />

rA<br />

rB<br />

Fig. 6.17. Malhas redundantes, com ações <strong>de</strong><br />

controle diferentes (controlador P atua antes do<br />

controlador PI)<br />

rA<br />

XIC<br />

A<br />

Σ K ∫<br />

rB<br />

Σ K<br />

Set @ 104 kPa<br />

Set @ 102 kPa<br />

Set @ 100 kPa<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

Controles chaveados<br />

Os conceitos <strong>de</strong> controle chaveados são<br />

divididos em<br />

1. eletivo<br />

2. seletor (alta ou baixa)<br />

3. estrutura variável<br />

O controle eletivo (Fig. 6.20) envolve um<br />

chaveamento na entrada do controlador,<br />

que recebe o sinal <strong>de</strong> dois transmissores<br />

<strong>de</strong> análise. Quando um <strong>de</strong>les falha, o outro<br />

assume a função <strong>de</strong> enviar o sinal <strong>de</strong><br />

medição.<br />

O controle seletor (Fig. 6.21) envolve<br />

dois (ou mais) controladores com o<br />

chaveamento na saída, pois há um único<br />

elemento final <strong>de</strong> controle. Em operação<br />

normal o controlador <strong>de</strong> vazão (FIC) opera;<br />

quando o nível se aproxima <strong>de</strong> um valor<br />

crítico (muito baixo), automaticamente o<br />

controlador LIC assume o controle. Nesta<br />

configuração, é necessária a proteção<br />

contra saturação do modo integral dos<br />

controladores, pois o controlador que está<br />

fora <strong>de</strong> controle, mas ligado, po<strong>de</strong> saturar<br />

se tiver a ação integral.<br />

O controle <strong>de</strong> estrutura variável (Fig.<br />

6.22) permite o controlador TIC controlar o<br />

processo com uma válvula TVA, até que a<br />

pressão atinja valor perigoso. Agora o<br />

controlador <strong>de</strong> pressão assume o controle<br />

da válvula principal e o controlador <strong>de</strong><br />

temperatura atua na válvula secundaria,<br />

TVB. Também é necessária a<br />

realimentação externa ao modo integral ao<br />

PIC, para evitar a saturação da saída (não<br />

é necessária a realimentação ao TIC pois<br />

ele sempre está operando).<br />

Todos os esquemas <strong>de</strong> controle seletor<br />

chaveado inclui obrigatoriamente um<br />

seletor <strong>de</strong> sinais.<br />

Reator<br />

AT<br />

A<br />

Fig. 6.18. Controle chaveado<br />

AIC<br />

><br />

AT<br />

B<br />

63


Tanqu<br />

LC<br />

FC<br />

Fig. 6.19. Controle auto seletor, com nível e<br />

vazão.<br />

<<br />

Simbolismo do Controle Multivariável<br />

PIC<br />

TIC<br />

TV<br />

B<br />

><br />

realimentação externa<br />

ao modo integral<br />

Fig. 6.20. Controle chaveado, com estrutura variável.<br />

∆<br />

TV<br />

A<br />

64


Simbolismo do Controle Lógico<br />

Conceitos <strong>de</strong> Lógica<br />

Em sistemas <strong>de</strong> controle, a palavra<br />

lógica é geralmente usada tem termos <strong>de</strong><br />

relé lógico ou lógica <strong>de</strong> controlador<br />

programável, o que não é muito lógico. O<br />

termo lógico está geralmente associado<br />

com o conceito <strong>de</strong> binário, que significa<br />

possuir um <strong>de</strong> apenas dois estados<br />

possíveis, tais como liga-<strong>de</strong>sliga, acesoapagado,<br />

alto-baixo, verda<strong>de</strong>iro-falso,<br />

presente-ausente, maior-menor, igualdiferente<br />

ou 1-0. A palavra lógica se refere<br />

a um sistema que obe<strong>de</strong>ce a um conjunto<br />

fixo <strong>de</strong> regras e sempre apresenta o<br />

mesmo conjunto <strong>de</strong> saídas para o mesmo<br />

conjunto <strong>de</strong> entradas, embora estas<br />

respostas possam ser modificadas por<br />

alguma condição interna, como o estado<br />

<strong>de</strong> uma saída <strong>de</strong> um temporizador ou<br />

contador. A lógica sempre trabalha com as<br />

combinações <strong>de</strong> E (AND), OU (OR), NÃO<br />

(NOT) e nunca com TALVEZ.<br />

Lógica <strong>de</strong> relé, lógica binária e<br />

programas<br />

No início, a lógica <strong>de</strong> relé foi usada para<br />

o simples intertravamento <strong>de</strong> circuitos <strong>de</strong><br />

controle elétrico. Se a corrente <strong>de</strong> um<br />

motor exce<strong>de</strong>r um <strong>de</strong>terminado valor préestabelecido,<br />

ele <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sligado. Se o<br />

aquecedor elétrico ultrapassar <strong>de</strong>terminada<br />

temperatura, ele <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>sligado. Se<br />

uma correia <strong>de</strong> esteira estiver rodando com<br />

uma extremida<strong>de</strong> fora, ela <strong>de</strong>ve ser<br />

parada. Para um dado conjunto <strong>de</strong><br />

entradas, uma <strong>de</strong>cisão <strong>de</strong>ve ser feira e<br />

uma ação tomada.<br />

Lógica Combinatória ou Seqüencial<br />

7<br />

Geralmente, tenta-se distinguir binário,<br />

acionado por evento e lógica instantânea<br />

<strong>de</strong> lógica seqüencial. Isto está mais<br />

relacionado com as dificulda<strong>de</strong>s<br />

associadas em representar a lógica<br />

seqüencial do que com as diferenças reais.<br />

Não há nenhum problema prático em<br />

consi<strong>de</strong>rar equivalentes todos os conceitos<br />

acima.<br />

A lógica seqüencial foi manipulada<br />

menos satisfatoriamente no passado do<br />

que a lógica combinatória. A lógica<br />

seqüência é geralmente representada <strong>de</strong><br />

um modo que requer muito mais<br />

conhecimento técnico por parte do leitor<br />

não técnico que <strong>de</strong>ve analisar o<br />

documento. Foi <strong>de</strong>senvolvida uma<br />

metodologia mais simples que mudou<br />

estes conceitos. O IEC publicou a norma<br />

848 (Preparação das Cartas Funcionais<br />

para Sistemas <strong>de</strong> Controle, 1988).<br />

Os diagramas lógicos binários são<br />

usados para tentar tornar o trabalho mais<br />

fácil, para fazê-lo menos <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do<br />

conhecimento do equipamento específico e<br />

para fazê-lo mais funcional na orientação.<br />

Lógica CLP<br />

O controlador lógico programável (CLP)<br />

atualmente substitui os sistemas<br />

complexos <strong>de</strong> relés. Suas vantagens são:<br />

1. Ocupação <strong>de</strong> menor espaço<br />

2. Custo menor para sistemas gran<strong>de</strong>s<br />

3. Facilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> modificação da lógica<br />

O CLP é freqüentemente programado<br />

emulando diagramas lad<strong>de</strong>r <strong>de</strong> relés, pois<br />

estes diagramas são facilmente entendidos<br />

por muitas pessoas não instrumentistas. O<br />

problema que permanece é que o<br />

65


diagrama lad<strong>de</strong>r é orientado para<br />

equipamento e requer um conhecimento<br />

<strong>de</strong> circuito elétrico. A diagramação lógica<br />

binária é uma tentativa <strong>de</strong> reduzir a lógica<br />

complexa que existe entre as entradas e<br />

saídas <strong>de</strong> um sistema para a<br />

representação mais simples possível.<br />

Uma gran<strong>de</strong> vantagem do diagrama<br />

lógico binário sobre o diagrama lad<strong>de</strong>r é a<br />

facilida<strong>de</strong> com que a lógica binária po<strong>de</strong><br />

ser combinada com uma representação do<br />

processo sendo controlado, que dá um<br />

entendimento mais claro da ligação entre o<br />

controle do processo e sua lógica. Mesmo<br />

que o CLP seja programado através dos<br />

símbolos do diagrama lad<strong>de</strong>r, é ainda mais<br />

fácil trabalhar e enten<strong>de</strong>r o esquema<br />

básico representado por lógica binária.<br />

Conceituação e Execução<br />

Há uma sutil mas importante diferença<br />

entre as duas fases que <strong>de</strong>vem ser<br />

consi<strong>de</strong>radas para se ter um esquema <strong>de</strong><br />

controle trabalhável envolvendo lógica<br />

binária. A primeira fase é comum a todo o<br />

equipamento e a segunda <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> muito<br />

mais do equipamento específico usado. A<br />

primeira fase respon<strong>de</strong> a pergunta: O que<br />

precisa ser feita para <strong>de</strong>terminado<br />

processo? A segunda fase respon<strong>de</strong> a<br />

questão: Sabido o que <strong>de</strong>ve ser feito, como<br />

fazê-lo?<br />

Quebrando o projeto nestas duas fases,<br />

O que fazer? e Como fazer?, as coisas<br />

andam mais facilmente. O problema po<strong>de</strong><br />

ser claramente <strong>de</strong>finido sem a restrição da<br />

necessida<strong>de</strong> do conhecimento <strong>de</strong>talhado<br />

do equipamento disponível. O projeto po<strong>de</strong><br />

ser discutido entre pessoas que po<strong>de</strong>m<br />

conhecer o problema mas que po<strong>de</strong>m ter<br />

diferentes graus <strong>de</strong> conhecimento do<br />

equipamento (e programa) disponível para<br />

sua solução. Quando o projeto é dividido<br />

em suas partes componentes <strong>de</strong>ste modo<br />

mais ou menos abstrato, o problema e sua<br />

solução po<strong>de</strong> ser conceitualizada, o<br />

equipamento po<strong>de</strong> ser escolhido e a<br />

solução po<strong>de</strong> ser executada mais<br />

eficientemente.<br />

A primeira fase é a conceitualização.<br />

Como o objetivo é conceber esquemas <strong>de</strong><br />

controle que envolvam um processo, lógica<br />

para controlar este processo e a interface<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

<strong>de</strong> operação que permita ao operador<br />

intervir a qualquer momento no processo, é<br />

razoável incluir estes elementos em um<br />

<strong>de</strong>senho ou esquema conceitual.<br />

A segunda fase, execução, envolve<br />

<strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> execução ou instruções para<br />

um CLP. Este fase requer o conhecimento<br />

apenas das entradas imediatas e não das<br />

condições que as geram. Nesta fase, é<br />

razoável eliminar muitos <strong>de</strong>talhes<br />

irrelevantes associados com o processo ou<br />

com a interface do operador.<br />

Tipos <strong>de</strong> documentos<br />

Quando se vai do conceito para a<br />

execução, po<strong>de</strong>-se perceber que, no<br />

mínimo, dois tipos <strong>de</strong> documentos são<br />

necessários. O documento <strong>de</strong> execução é<br />

geralmente o único que é visto<br />

formalmente. O documento <strong>de</strong> conceito<br />

existe, como um esquema <strong>de</strong> engenharia<br />

ou como uma tentativa <strong>de</strong> combiná-lo com<br />

o diagrama <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> engenharia. Para<br />

lógica complexa, o documento conceitual é<br />

completamente insatisfatório. Muita<br />

confusão seria evitada se o documento<br />

conceitual fosse um <strong>de</strong>senho formal.<br />

Na realida<strong>de</strong>, mais do que estes dois<br />

tipos <strong>de</strong> documentos estão envolvidos,<br />

quando <strong>de</strong> vai do conceito para a<br />

execução. Usualmente, o processo <strong>de</strong><br />

conceitualização começa com o diagrama<br />

<strong>de</strong> fluxo do processo. Neste tempo, uma<br />

<strong>de</strong>scrição geral, resumida, narrativa<br />

esquematiza o processo, o que é para ser<br />

feito e as necessida<strong>de</strong>s da interface do<br />

operador. Quando o diagrama <strong>de</strong> fluxo do<br />

processo é <strong>de</strong>senvolvido, no mínimo, as<br />

entradas e saídas são <strong>de</strong>finidas. Assim<br />

que as entradas e saídas do processo<br />

estão <strong>de</strong>finidas, o documento lógico<br />

conceitual po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong>senvolvido. Depois<br />

<strong>de</strong> aprovado o documento conceitual,<br />

po<strong>de</strong>-se começar a fazer os documentos<br />

<strong>de</strong> execução.<br />

Po<strong>de</strong>-se ir diretamente do documento<br />

lógico conceitual para um diagrama lad<strong>de</strong>r,<br />

como o documento final <strong>de</strong> execução para<br />

relé ou CLP. Porém, em sistemas gran<strong>de</strong>s<br />

e complexos, é recomendável ter um<br />

documento intermediário que seja<br />

entendido por aqueles que não<br />

necessariamente enten<strong>de</strong>m os <strong>de</strong>talhes do<br />

66


diagrama lad<strong>de</strong>r. Este documento po<strong>de</strong><br />

também ser usado para verificação<br />

(ckeckout), pois ele mostra toda a lógica<br />

interna e simboliza todas as entradas e<br />

saídas sem os <strong>de</strong>talhes irrelevantes do<br />

processo ou da interface do operador.<br />

O documento final <strong>de</strong> execução<br />

geralmente é o diagrama lad<strong>de</strong>r, utilizado<br />

em sistema com relé ou com CLP. No caso<br />

<strong>de</strong> CLP, ele po<strong>de</strong> ser gerado por um<br />

programa associado (p. ex., PGM,<br />

Reliance)<br />

Documentos lógicos conceituais<br />

O documento lógico conceitual tenta<br />

respon<strong>de</strong>r a questão: Como se consegue ir<br />

até lá daqui? Um diagrama <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />

engenharia (P&I) não é uma ferramenta<br />

a<strong>de</strong>quada para fins <strong>de</strong> lógica. Também, o<br />

diagrama lad<strong>de</strong>r é muito especializado<br />

para fins <strong>de</strong> conceitualização. Assim, a<br />

maior utilida<strong>de</strong> do diagrama conceitual é<br />

como uma ferramenta que permite ao<br />

projetista lógico raciocinar através do<br />

processo presente sem muita<br />

consi<strong>de</strong>ração acerca das especificações<br />

finais do equipamento a ser usado para<br />

executar a lógica.<br />

Há três divisões básicas no documento<br />

lógico conceitual:<br />

1. <strong>de</strong>senho do processo sendo<br />

controlado sem entrar em <strong>de</strong>talhes<br />

que são irrelevantes para o controle<br />

<strong>de</strong>ste processo<br />

2. <strong>de</strong>senho da lógica<br />

3. <strong>de</strong>senho da interface do operador,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que nada é totalmente<br />

automatizado e tudo requer a<br />

intervenção eventual do operador.<br />

Os símbolos lógicos básicos são<br />

ferramentas extremamente úteis. Os<br />

símbolos po<strong>de</strong>m ser usados para<br />

<strong>de</strong>senvolver e representar a lógica muito<br />

complexa <strong>de</strong> um modo entendível.<br />

Portas Lógicas<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Embora as chaves e os reles sejam<br />

dispositivos digitais, o termo lógica digital é<br />

reservado para circuitos que usam<br />

componentes a estado solido, conhecidos<br />

como portas. As portas lógicas básicas<br />

são:<br />

1. OR (também OR EXCLUSIVO)<br />

2. AND<br />

3. NOR<br />

4. NAND<br />

5. INVERSOR<br />

Porta OR<br />

A porta OR possui duas ou mais<br />

entradas e uma única saída. As entradas<br />

são <strong>de</strong>signadas por A, B, ... N e a saída<br />

por L. As entradas po<strong>de</strong>m assumir só 0 ou<br />

1.<br />

A expressão para o OR é: A + B = L<br />

A saída <strong>de</strong> uma porta OR assume o<br />

estado 1 se uma ou mais entradas assume<br />

o estado 1. A saída do OR é 1 se alguma<br />

das entrada for 1.<br />

Símbolos<br />

Os símbolos MIL, NEMA e ANSI são:<br />

MIL NEMA<br />

Fig. 7.1.Símbolos da porta OR<br />

Tabela verda<strong>de</strong><br />

Tabela verda<strong>de</strong> 0R para duas entradas<br />

A B L<br />

0 0 0<br />

0 1 1<br />

1 0 1<br />

1 1 1<br />

OR<br />

ANSI<br />

67


Circuitos equivalentes<br />

Exemplo do uso OR em controle <strong>de</strong><br />

processo é ligar uma lâmpada através <strong>de</strong><br />

qualquer uma <strong>de</strong> duas chaves ou ambas.<br />

A<br />

V<br />

B<br />

Fig. 7.2. Circuitos para OR<br />

Porta OR Exclusivo<br />

O OR exclusivo é uma porta com duas<br />

entradas, cuja saída é 1 se e somente se<br />

os sinais <strong>de</strong> entrada forem diferentes.<br />

Quando as entradas forem iguais, a saída<br />

é zero.<br />

A Equação do OR exclusivo é A ⊕ B = L<br />

ou A B + AB<br />

= L<br />

Símbolos<br />

MIL<br />

Fig. 7.3. Símbolos da porta OR exclusivo<br />

Tabela Verda<strong>de</strong> OR EXCLUSIVO<br />

+<br />

NEMA<br />

A B L<br />

0 0 0<br />

0 1 1<br />

1 0 1<br />

1 1 0<br />

Circuito equivalente<br />

Um circuito equivalente com duas<br />

chaves para uma porta OR EXCLUSIVO é<br />

mostrado abaixo. Quando qualquer uma<br />

das duas chaves estiver ligada e a outra<br />

<strong>de</strong>sligada, a lâmpada está ligada. Quando<br />

as duas chaves estiverem<br />

simultaneamente ligadas, a lâmpada fica<br />

apagada.<br />

A<br />

B<br />

A<br />

B<br />

OE<br />

ANSI<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Fig. 7.4. Circuitos para OR exclusivo<br />

Porta NOT<br />

A porta NOT ou inversora produz uma<br />

saída oposta da entrada. Esta porta é<br />

usada para inverter ou complementar uma<br />

função lógica. O inversor, diferente das<br />

outras portas lógicas que possuem duas<br />

ou mais entradas e uma saída, só possui<br />

uma entrada e uma saída. A saída é o<br />

inverso ou oposto da entrada.<br />

A equação do NOT ou inversor é A = L<br />

Símbolos<br />

MIL<br />

NEMA ANSI<br />

Fig. 7.5. Símbolos da porta NOT<br />

Tabela Verda<strong>de</strong> do NOT<br />

A L<br />

0 1<br />

1 0<br />

Circuito equivalente<br />

O circuito equivalente para um<br />

INVERSOR com reles é mostrado abaixo.<br />

L<br />

A B<br />

A B<br />

A<br />

Fig. 7.6. Circuito NOT ou inversor<br />

A<br />

B<br />

R<br />

R<br />

68


Porta AND<br />

A porta AND tem duas ou mais<br />

entradas e uma única saída e opera <strong>de</strong><br />

acordo com a seguinte <strong>de</strong>finição: a saída<br />

<strong>de</strong> uma porta AND assume o status 1 se e<br />

somente se todas as entradas assumem 1.<br />

A equação do AND é<br />

A . B = L<br />

ou<br />

A x B = L<br />

ou<br />

AB = L<br />

Símbolos<br />

Fig. 7.7. Símbolos da porta AND<br />

Tabela Verda<strong>de</strong><br />

A B C<br />

0 0 0<br />

0 1 0<br />

1 0 0<br />

1 1 1<br />

Circuito equivalente<br />

O circuito equivalente da porta AND<br />

com chaves é mostrado abaixo.<br />

V<br />

MIL NEMA<br />

A<br />

B<br />

L<br />

Fig. 7.8. Circuito equivalente a AND<br />

A<br />

ANSI<br />

A<br />

B<br />

A B L<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Porta NAND<br />

NAND é a porta oposta à AND.<br />

Quando todas as entradas NAND são 1, a<br />

saída é zero. Em todas as outras<br />

configurações, a saída do NAND é zero<br />

A equação do NAND é<br />

ou<br />

AB = L<br />

A + B = L<br />

Símbolo:<br />

MIL NEMA<br />

ANSI<br />

Fig. 7.9. Símbolos da porta NAND<br />

Tabela Verda<strong>de</strong><br />

A B AND NAND<br />

0 0 0 1<br />

0 1 0 1<br />

1 0 0 1<br />

1 1 1 0<br />

Circuito equivalente<br />

O circuito equivalente da porta NAND<br />

com chaves é mostrado abaixo.<br />

A<br />

B<br />

Fig. 7.10. Circuito equivalente a NAND<br />

A<br />

B<br />

L<br />

A<br />

69


Porta NOR<br />

NOR é a porta oposta a OR. Quando<br />

todas as entradas são 0, a saída é 1.<br />

A equação do NOR é<br />

A + B =<br />

ou<br />

A × B =<br />

Símbolo:<br />

L<br />

L<br />

MIL NEMA<br />

Fig. 7.11. Símbolos da porta NOR<br />

Tabela Verda<strong>de</strong><br />

A B OR NOR<br />

0 0 0 1<br />

0 1 1 0<br />

1 0 1 0<br />

1 1 1 0<br />

Circuito equivalente<br />

O circuito equivalente da porta NOR<br />

com relé é mostrado abaixo.<br />

Fig. 7.12. Circuito equivalente a NOR<br />

A<br />

B<br />

A B L<br />

OR<br />

ANSI<br />

Exemplos lógicos<br />

Circuito retentivo<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Um dos circuitos lógicos mais comuns é<br />

o circuito retentivo (hold) para motores<br />

elétricos (Fig. 7.13). A figura mostra a<br />

divisão do diagrama em três áreas: painel<br />

(display), lógica e campo (outras áreas<br />

também po<strong>de</strong>riam ser adicionadas, como<br />

área do painel cego). O botão PARTIDA<br />

(HMS 500) envia um sinal para a porta OR,<br />

que passa qualquer sinal recebido. O sinal<br />

vai para uma porta AND, que produz uma<br />

saída somente quando todas as entradas<br />

estão presentes. Como a botoeira<br />

PARADA (HMS 501) não está sendo<br />

apertada, a porta NOT inverte o sinal zero<br />

para um sinal positivo, satisfazendo a porta<br />

AND e uma saída é produzida. A saída <strong>de</strong><br />

AND vai para o motor e volta para a<br />

entrada da porta OR para manter a lógica,<br />

mesmo quando o botão PARTIDA <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong><br />

ser pressionado. Quando o botão PARADA<br />

é apertado, a porta NOT inverte o sinal<br />

positivo, <strong>de</strong> modo que a porta AND não<br />

seja mais atendida e o circuito retentivo é<br />

<strong>de</strong>sligado.<br />

Note-se que são usadas muitas<br />

palavras para <strong>de</strong>screver um sistema<br />

simples que po<strong>de</strong> ser facilmente<br />

representado por poucos símbolos<br />

conhecidos. Note, também, que todos os<br />

símbolos lógicos estão representados na<br />

figura. Está mostrada a lógica do processo,<br />

não a proteção do equipamento. Assim, o<br />

relé <strong>de</strong> sobrecarga, relé termal e outros<br />

dispositivos <strong>de</strong> intertravamento não estão<br />

mostrados, embora pu<strong>de</strong>ssem ser também<br />

representados. Deve-se notar ainda que<br />

parece que o motor recebe sua potência<br />

da lógica. Isto obviamente não ocorre, mas<br />

a representação é simples e não diminui o<br />

entendimento do circuito.<br />

70


PAINEL<br />

LÓGICA<br />

CAMP<br />

HM<br />

S<br />

OR<br />

Fig. 7.13. Circuito retentivo<br />

A<br />

HMS<br />

501<br />

NOT<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Funções <strong>de</strong> campo<br />

O exemplo da Fig. 7.14 é mais<br />

complexo. É mostrado como o circuito<br />

retentivo básico po<strong>de</strong> ser expandido<br />

quando entradas <strong>de</strong> campo e saídas<br />

paralelas <strong>de</strong>vem ser consi<strong>de</strong>radas.<br />

Descrição do processo<br />

O processo envolve a evacuação do<br />

equipamento por uma bomba, que po<strong>de</strong><br />

estar sob uma pressão maior do que a<br />

especificação da caixa da bomba. A<br />

bomba <strong>de</strong> vácuo tem dois níveis <strong>de</strong><br />

proteção:<br />

1. proteção principal fornecida pela<br />

PSV<br />

2. proteção secundária dada pela<br />

PSL, que evita a operação<br />

<strong>de</strong>snecessária da PSV.<br />

O circuito retentivo da válvula <strong>de</strong> bloqueio<br />

tem uma entrada permissiva da PSL, após<br />

um atraso <strong>de</strong> tempo, para evitar ação<br />

<strong>de</strong>vida a sinais espúrios. O circuito<br />

retentivo da bomba <strong>de</strong> vácuo tem uma<br />

saída paralela para a válvula solenói<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

água <strong>de</strong> selo.<br />

A lógica da figura é positiva. A PSL coloca<br />

um sinal positivo (lógica 1) quando a<br />

pressão da linha estiver abaixo <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>terminada pressão (1 psig). As botoeiras<br />

PARADA tem saídas positivas somente<br />

quando pressionadas. Seu estado normal<br />

é uma lógica 0. Não importa se os contatos<br />

são normalmente abertos (NA) ou<br />

normalmente fechados (NF), pois isso<br />

po<strong>de</strong>ria distrair o projetista cujo problema é<br />

conceituar a lógica <strong>de</strong> controle do<br />

processo. Como a válvula <strong>de</strong> bloqueio<br />

falha fechada (ar-para-abrir), um sinal<br />

positivo a abre. Um sinal positivo inicializa<br />

o motor da bomba <strong>de</strong> vácuo e abre a<br />

válvula solenói<strong>de</strong> <strong>de</strong> falha fechada.<br />

O exemplo também mostra como as<br />

lâmpadas piloto po<strong>de</strong>m ser representadas<br />

como uma interface do operador. As<br />

botoeiras também pertencem à interface<br />

<strong>de</strong> operação.<br />

71


PLL<br />

108<br />

T<br />

PSL<br />

108<br />


Reator Químico <strong>de</strong> Batelada<br />

Processo<br />

1. Um reator tanque agitado e<br />

jaquetado <strong>de</strong>ve ter X m 3 <strong>de</strong> ingrediente<br />

A adicionado. Depois ele <strong>de</strong>ve ser<br />

cheio até um volume <strong>de</strong>finido por LSH<br />

2 com o ingrediente B.<br />

2. Assim que o volume medido é<br />

estabelecido, o agitador é inicializado e<br />

começa a seqüência <strong>de</strong> aquecimento.<br />

3. A seqüência <strong>de</strong> aquecimento <strong>de</strong>ve<br />

seguir o perfil <strong>de</strong> temperatura da Fig.<br />

7.9.<br />

4. A seqüência envolve duas rampas<br />

ascen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong> temperatura com<br />

diferentes inclinações, dois períodos<br />

constantes e uma rampa <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte.<br />

5. No fim da rampa <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte, o<br />

agitador é <strong>de</strong>sligado e o tanque é<br />

drenado.<br />

Interface do operador<br />

A interface do operador é<br />

principalmente constituída <strong>de</strong> botoeiras,<br />

chaves seletoras, lâmpadas piloto e<br />

buzinas. O operador po<strong>de</strong> controlar<br />

manualmente cada etapa com algumas<br />

restrições e po<strong>de</strong> também inicializar uma<br />

seqüência completamente automática.<br />

Lógica<br />

Descrição<br />

1 Verificar se tanque está vazio<br />

Verificar se saída do reator-tanque está<br />

fechada<br />

Verificar que a válvula <strong>de</strong> B está fechada<br />

Encher reator-tanque com X m3 <strong>de</strong> A<br />

2 Verificar se a saída do reator-tanque está<br />

fechada<br />

Verificar se a válvula <strong>de</strong> A está fechada<br />

Adicionar B até o nível <strong>de</strong> LSH 2<br />

3 Ligar agitador<br />

Ir para o procedimento <strong>de</strong> rampa <strong>de</strong><br />

temperatura<br />

4 Seguir o perfil <strong>de</strong> temperatura estabelecido<br />

5 Depois <strong>de</strong> terminar o ciclo <strong>de</strong> temperatura,<br />

<strong>de</strong>sligar o agitador<br />

Esvaziar o reator-tanque, garantindo que<br />

válvulas <strong>de</strong> enchimento estejam fechadas<br />

Circular água fria através da jaqueta durante<br />

a fase <strong>de</strong> esvaziamento<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Descrição lógica<br />

Assim que a <strong>de</strong>scrição narrativa tenha<br />

sido escrita, a próxima etapa é fazer<br />

diretamente o esquema lógico. O que se<br />

segue não é necessário para o projeto. É<br />

uma <strong>de</strong>scrição dirigida para quem não está<br />

acostumado com diagramas lógicos.<br />

A <strong>de</strong>scrição está na Fig. 7.16.<br />

Enchimento<br />

Um circuito <strong>de</strong> contato retentivo padrão<br />

é usado quando uma chave<br />

PARADA/RESET dá permissão a todas as<br />

portas AND (HMS 2A, HMS 2B).<br />

Para permitir o sistema funcionar como<br />

um todo, a chave RESET <strong>de</strong>ve ser<br />

apertada.<br />

Apertando a botoeira PARADA,<br />

<strong>de</strong>sligam-se todas as portas AND e faz o<br />

sistema ir para sua condição <strong>de</strong> falha<br />

segura.<br />

Uma restrição <strong>de</strong>ve ser adicionada à<br />

seqüência <strong>de</strong> enchimento: nível muito alto<br />

<strong>de</strong>ve parar o enchimento. Isto é<br />

conseguido através <strong>de</strong> um sinal do LSHH<br />

3, que aciona outro circuito retentivo que<br />

<strong>de</strong>ve ser resetado por HMS 6, <strong>de</strong>pois que<br />

a condição <strong>de</strong> nível alto tenha sido<br />

corrigida. Uma saída <strong>de</strong>ste circuito<br />

retentivo fecha ou evita a abertura das<br />

válvulas <strong>de</strong> enchimento, quando elas<br />

estiverem no modo automático ou manual.<br />

A saída po<strong>de</strong> também acionar uma buzina<br />

e acen<strong>de</strong>r uma lâmpada piloto. A buzina<br />

po<strong>de</strong> ser silenciada pelo botão<br />

CONHECIMENTO<br />

(ACKNOWLEDGEMENT), HMS 7, através<br />

<strong>de</strong> seu circuito retentivo mas a lâmpada<br />

permanece acesa, até que a botoeira<br />

RESET, HMS 6, tenha sido apertada.<br />

As válvulas <strong>de</strong> enchimento YV 1A e YV<br />

1B po<strong>de</strong>m ser abertas manualmente,<br />

colocando-se a chave seletora HS 3,<br />

MANUAL-DESLIGADA-AUTOMÁTICA na<br />

posição MANUAL. A única restrição é que<br />

LSHH 3 não po<strong>de</strong> estar atuada. Estas<br />

chaves seletoras estão normalmente na<br />

posição AUTO, bem como a chave<br />

seletora do agitador, HS8.<br />

No modo automático, o operador<br />

precisa apenas apertar a botoeira<br />

PARTIDA, HMS 5. As condições a serem<br />

seguidas para este comando estão<br />

estabelecidas pelas entradas da porta AND<br />

abaixo <strong>de</strong> HMS 5:<br />

73


1. YV 1C <strong>de</strong>ve estar fechada (ZSL 3<br />

atuada)<br />

2. YV 1B <strong>de</strong>ve estar fechada (ZSL 2<br />

atuada)<br />

3. a botoeira <strong>de</strong> reset manual da chave<br />

do contador <strong>de</strong> vazão, QS1, <strong>de</strong>ve<br />

ser pressionada<br />

4. o reator <strong>de</strong>ve estar vazio (LSL 1<br />

atuada)<br />

Se todas estas condições estiverem<br />

satisfeitas, há um sinal <strong>de</strong> saída e duas<br />

das condições são imediatamente<br />

bypassadas:<br />

1. a atuação da botoeira PARTIDA<br />

2. a exigência que o reator esteja vazio<br />

A saída da porta AND vai para outra<br />

porta AND <strong>de</strong>baixo da posição AUTO da<br />

chave HS 3. Como o seletor está em<br />

AUTO, a válvula YV 1A irá abrir (sem nível<br />

muito alto).<br />

FQ1 começa a medir a quantida<strong>de</strong><br />

requerida do material <strong>de</strong> alimentação para<br />

o reator. Quando FQS 1 tripa, uma<br />

permissão é removida da porta AND do<br />

circuito <strong>de</strong> partida. A porta é <strong>de</strong>sabilitada,<br />

que <strong>de</strong>sabilita a primeira porta no circuito<br />

YV 1A e faz a válvula fechar.<br />

O próximo passo na seqüência<br />

automática é a abertura da válvula YV 1B.<br />

As exigências para sua abertura po<strong>de</strong>m<br />

ser vistas das entradas para a porta AND<br />

alimentando a porta <strong>de</strong>baixo da posição<br />

AUTO <strong>de</strong> HS 4. Esta porta requer<br />

1. LSH 2 atuada<br />

2. ZSL 1 confirme fechamento <strong>de</strong><br />

YV 1A<br />

3. ZSL 3 prove o fechamento <strong>de</strong><br />

YV 1C<br />

4. FQS 1 esteja em zero (sinal em<br />

zero e invertido)<br />

Se todas estas condições são satisfeitas<br />

no tempo zero, é necessário adicionar uma<br />

condição que confirme a execução da<br />

etapa anterior. Esta ultima permissão vem<br />

<strong>de</strong> uma porta que é atuada quando<br />

1. YV 1A é comandada para abrir,<br />

2. o medidor <strong>de</strong> vazão FQ1 está<br />

operando,<br />

3. o nível não está alto<br />

Um circuito retentivo retém as duas<br />

primeiras condições e fornece a lógica<br />

correta para a porta anterior. A lógica<br />

causa o fechamento <strong>de</strong> YV 1A ser o gatilho<br />

que abre YV 1B.<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

LHS 2 fornece o sinal que fecha YV 1B<br />

e reseta a lógica mencionada acima,<br />

terminando o ciclo <strong>de</strong> enchimento.<br />

Agitador<br />

O próximo passo na seqüência é ligar o<br />

agitador. No modo automático, isto ocorre<br />

quando o sinal <strong>de</strong> LSH 2 habilita a porta<br />

AND abaixo da posição AUTO da seletora<br />

HS 8. Como nenhum sinal OFF está sendo<br />

recebido do gerador <strong>de</strong> rampa, todas as<br />

permissões estão presentes e a porta está<br />

habilitada. A saída passa através da porta<br />

OR e faz duas coisas:<br />

1. inicializa um temporizador <strong>de</strong> 10<br />

s<br />

2. parte o motor, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que ele<br />

não esteja no estado <strong>de</strong><br />

sobrecarregado<br />

Se o motor não partir <strong>de</strong>ntro do período<br />

<strong>de</strong> 10 segundos, a saída do temporizador<br />

habilita outra porta AND e anuncia a<br />

condição <strong>de</strong> falha através da buzina e da<br />

lâmpada piloto.<br />

O agitador será <strong>de</strong>sligado quando o<br />

sinal OFF do gerador <strong>de</strong> rampa ficar ativo.<br />

A seqüência <strong>de</strong>ste procedimento po<strong>de</strong><br />

ser seguida na Fig. 7.9.<br />

HS 9 inicializa esta fase quando na<br />

posição MANUAL e fornece uma<br />

permissão para a primeira porta AND<br />

quando em AUTO. Uma segunda entrada<br />

vem do sinal RUN do agitador. A outra<br />

entrada da porta AND vem <strong>de</strong> LSH 2 e é<br />

bypassada por um circuito retentivo para<br />

evitar paradas falsas quando o agitador<br />

parte e a superfície do líquido se torna<br />

agitada.<br />

Como não é permitido o aquecimento<br />

sem agitação do reator, o sinal RUN do<br />

agitador também fornece uma permissão<br />

para a porta AND da posição MANUAL.<br />

As saídas das duas portas AND passam<br />

para a porta OR e vão para os solenói<strong>de</strong>s,<br />

que mantém as válvulas <strong>de</strong> aquecimento e<br />

resfriamento em suas posições <strong>de</strong> falha,<br />

sendo energizadas. As válvulas do sistema<br />

<strong>de</strong> faixa dividida (split range) <strong>de</strong><br />

aquecimento e resfriamento seguem agora<br />

a saída <strong>de</strong> TIC 2 (que possui proteção<br />

contra saturação do modo integral). Ao<br />

mesmo tempo, o gerador <strong>de</strong> rampa X1C 1<br />

recebe um sinal que o obriga a seguir sua<br />

rampa <strong>de</strong> temperatura.<br />

74


O único conhecimento necessário do<br />

gerador <strong>de</strong> rampa é que<br />

1. tal dispositivo existe,<br />

2. ele possui entradas binárias para<br />

governar as inclinações e sentidos<br />

da rampa e do patamar<br />

3. ele possui saída analógica<br />

4. geralmente é montado no painel<br />

5. po<strong>de</strong> ser realizado por instrumento,<br />

software ou firmware <strong>de</strong> sistemas<br />

O sinal binário marcado RAMP 1 faz a<br />

saída do gerador <strong>de</strong> rampa aumentar em<br />

uma taxa <strong>de</strong>finida pela primeira parte do<br />

perfil <strong>de</strong> temperatura da Fig. 7.9. Quando<br />

se atinge o primeiro ponto do patamar, a<br />

chave XS 1A inicializa o primeiro período<br />

<strong>de</strong> patamar através do temporizador T1.<br />

Isto é feito através <strong>de</strong> um AND que se<br />

habilita somente quando o temporizador for<br />

inicializado mas ainda não terminou o<br />

tempo ajustado. Quando o temporizador<br />

acaba o tempo, o HOLD é removido pela<br />

porta NOT e é dado o comando para a<br />

RAMP 2.<br />

O comando RAMP 2 causa uma<br />

seqüência similar <strong>de</strong> eventos, embora a<br />

inclinação da rampa seja diferente. O<br />

segundo patamar é atingido quando XS 1B<br />

aciona o comando HOLD e governa sua<br />

duração através <strong>de</strong> T2. Quando o<br />

temporizador T2 expira, o comando RAMP<br />

3 faz a porção negativa do perfil <strong>de</strong><br />

temperatura ser seguido, baixando até<br />

atingir o valor ajustado por XS 1C.<br />

O objetivo do temporizador T3 é o <strong>de</strong><br />

inibir o sinal OFF <strong>de</strong> XS 1C, que ocorre no<br />

começo <strong>de</strong> cada ciclo. Ele <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>sligar o<br />

agitador somente durante a rampa<br />

<strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte. Quando o agitador é<br />

<strong>de</strong>sligado, os sinais <strong>de</strong> permissão para as<br />

portas PARTIDA PROCEDIMENTO são<br />

removidos, as solenói<strong>de</strong>s são<br />

<strong>de</strong>senergizadas <strong>de</strong> modo que o fluido <strong>de</strong><br />

resfriamento circula na jaqueta e o<br />

comando HOLD é enviado para o gerador<br />

<strong>de</strong> rampa através do sinal RAMP 1<br />

invertido.<br />

As combinações AND-NOT-OR<br />

presentes em cada comando RAMP<br />

garantem que apenas um sinal está<br />

presente, em <strong>de</strong>terminado momento. Elas<br />

também inibem estes sinais durante os<br />

períodos <strong>de</strong> HOLD.<br />

Esvaziamento<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

A próxima fase é o esvaziamento do<br />

reator. Po<strong>de</strong>-se ver da lógica abaixo <strong>de</strong> HS<br />

10 que o reator po<strong>de</strong> ser esvaziado<br />

completamente quando HS 10 estiver na<br />

posição MANUAL. Quando em AUTO, o<br />

esvaziamento <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong>:<br />

1. válvulas <strong>de</strong> entrada fechadas<br />

2. sinal OFF enviado para o agitador<br />

no final da fase PROCEDIMENTO<br />

3. LSL 1 não atuado<br />

O sinal OFF do agitador da lógica do<br />

gerador <strong>de</strong> rampa inicializa a fase <strong>de</strong><br />

esvaziamento e o sinal <strong>de</strong> LSL 1 (quando o<br />

nível baixo do reator é atingido) o termina.<br />

Todas as condições lógicas são agora<br />

resetadas pelos comandos do operador<br />

para recomeçar nova batelada.<br />

Temperatura<br />

RAMP 1<br />

HOLD<br />

RAMP 2<br />

HOLD<br />

Fig. 7.15. Perfil do ciclo <strong>de</strong> temperatura<br />

RAMP 3<br />

Tempo<br />

75


Fig. 7.16. Seqüência <strong>de</strong> enchimento do vaso<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

76


Fig. 7.17. Seqüência do procedimento<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

77


Desenhos e Palavras<br />

O provérbio chinês diz que uma figura<br />

vale mais que mil palavras. Isto se aplica<br />

literalmente na simbologia lógica <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> controle e intertravamento.<br />

Usam-se alguns milhares <strong>de</strong> palavras para<br />

<strong>de</strong>screver um processo relativamente<br />

simples. Depois que certas convenções<br />

simbólicas tenham sido acordadas, a<br />

mesma quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação po<strong>de</strong> ser<br />

representada <strong>de</strong> um modo não ambíguo<br />

pelo uso <strong>de</strong> algumas poucas figuras<br />

geométricas simples. Esta simplicida<strong>de</strong> e<br />

concisão constituem a beleza e a força do<br />

simbolismo lógico binário.<br />

Embora nos próximos exemplos o valor<br />

do simbolismo lógico como uma<br />

ferramenta do processo <strong>de</strong><br />

conceitualização seja reforçado, sua<br />

utilida<strong>de</strong> não termina aí. Uma vez as<br />

convenções tenham sido estabelecidas e<br />

aceitas, a lógica é muito objetiva e exata.<br />

Diferente das <strong>de</strong>scrições com palavras, os<br />

esquemas lógicos não são abertos à<br />

interpretação; o que se vê é o que se tem.<br />

Os esquemas po<strong>de</strong>m ser feitos por mais<br />

<strong>de</strong> uma pessoa, po<strong>de</strong>m ser checados,<br />

discutidos, revisados, aprovados,<br />

melhorados e usados para fins <strong>de</strong><br />

checkout e pesquisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos<br />

(troubleshooting). Eles também são uma<br />

excelente ferramenta <strong>de</strong> instrução.<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Cartas <strong>de</strong> função para controle<br />

Introdução<br />

O Comitê Técnico IEC #3, Subcomitê<br />

3B: <strong>Documentação</strong>, publicou um método<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>screver a função e o comportamento<br />

dos sistemas <strong>de</strong> controle que contenham o<br />

projeto conceitual e a <strong>de</strong>scrição da<br />

seqüência lógica (IEC Pub. 848-1988). O<br />

método po<strong>de</strong> também ser combinado<br />

diretamente com a lógica combinatória<br />

usual para formar uma po<strong>de</strong>rosa<br />

ferramenta <strong>de</strong> projeto.<br />

Cartas funcionais são constituídas <strong>de</strong><br />

passos, elos dirigidos e transições (Fig.<br />

7.18). O passo <strong>de</strong>screve um estado<br />

permanente (às vezes, momentânea) <strong>de</strong><br />

um processo seqüencial. O elo dirigido<br />

mostra a direção do fluxo da lógica. A<br />

transição é usada para mostrar a mudança<br />

condicional entre estados permanentes.<br />

Ações, estados e comandos da lógica<br />

são associados com passos. Condições ou<br />

comandos para a lógica são associados<br />

com transições (Fig. 7.19). Comandos ou<br />

ações são qualificados pelas letras símbolo<br />

S (stored – armazenado), D (<strong>de</strong>layed –<br />

atrasado), L (limited – limitado em tempo) e<br />

P (pulsed – pulsado, menor que limitado).<br />

As letras po<strong>de</strong>m ser combinadas (Fig.<br />

7.20). Comandos ou ações po<strong>de</strong>m ser<br />

condicionais (letra C, Fig. 7.21).<br />

Condições transitórias po<strong>de</strong>m ser<br />

representadas por afirmações textuais,<br />

expressões booleanas ou símbolos<br />

gráficos (Fig. 7.22).<br />

Uma po<strong>de</strong>rosa capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong>stas<br />

cartas <strong>de</strong> função é que elas po<strong>de</strong>m<br />

representar caminhos lógicos paralelos,<br />

seleção <strong>de</strong> seqüência exclusiva (Fig. 7.23)<br />

ou seleção <strong>de</strong> seqüência inclusive<br />

(Fig.7.24). Na Fig. 7.23 a exclusivida<strong>de</strong> é<br />

mostrada pela lógica booleana nas<br />

transições. Na Fig. 7.24 a simultaneida<strong>de</strong> é<br />

mostrada pelas linhas duplas,<br />

especialmente as mais baixas. Neste caso,<br />

a transição c não é habilitada até que os<br />

passos 09 e 10 sejam ativados ao mesmo<br />

tempo. Assim, e somente assim, a<br />

transição po<strong>de</strong> ser terminada.<br />

78


Elo dirigido<br />

Transição<br />

Fig. 7.7. Passos, elos dirigidos e transições<br />

HMS<br />

101<br />

HMS<br />

102<br />

Fig. 7.19. Comandos para e da lógica<br />

01<br />

02<br />

03<br />

01<br />

02<br />

03<br />

a<br />

b<br />

Passo inicial<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Passos subsequente<br />

Esperar<br />

Partir bomba<br />

Parar bomba<br />

79


c<br />

d<br />

e<br />

f<br />

g<br />

h<br />

18<br />

19<br />

Condição c<br />

Condição d<br />

20 D<br />

21 L<br />

22 DS<br />

23 SD<br />

Comando A<br />

Comando C<br />

D = 5 s<br />

Comando D<br />

L = 8 s<br />

Comando E<br />

D = 5 s<br />

Comando F<br />

D = 5 s<br />

Fig. 7.20. Combinações <strong>de</strong> comandos ou ações<br />

S<br />

Partida da<br />

ação B<br />

Status continua somente para a<br />

duração do passo 18<br />

Começa e contínua B<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Comando C, dados 5 s no passo<br />

20, removido ao final do passo 20<br />

Comando D, dado somente para<br />

primeiros 8 s do passo 21<br />

Comando E é atrasado 5 s e<br />

armazenado. Se ocorrer transição<br />

antes 5 s, comando não será<br />

ativado<br />

Comando F é primeiro armazenado<br />

e <strong>de</strong>pois atrasado. Se a transição h<br />

ocorrer, o comando ainda será<br />

executado<br />

80


Fig. 7.21. Comandos condicionais<br />

d<br />

d<br />

24 SC<br />

24 SC<br />

Ação B<br />

se d<br />

Ação B<br />

se d<br />

24 SC Ação<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Ação equivalente<br />

ocorre somente<br />

quando d estiver<br />

presente<br />

Ação começa com<br />

d mas <strong>de</strong>pois<br />

permanece<br />

81


HMS<br />

101<br />

Partida<br />

HMS<br />

102<br />

Parada<br />

Partida<br />

• Condições<br />

• Outras<br />

Fig. 7.22. Condições transitórias<br />

01<br />

02 S Ligar motor<br />

01<br />

02<br />

03<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Condições transitórias po<strong>de</strong>m ser<br />

representadas por <strong>de</strong>clarações<br />

textuais, expressões booleanas ou<br />

símbolos gráficos<br />

SC<br />

P > 250 kPa<br />

Ligar bomba óleo<br />

lubrificante<br />

SC Partir motor<br />

82


02<br />

Fig. 7.23. Caminhos paralelos: seleção <strong>de</strong> seqüência exclusiva<br />

01<br />

abc abc<br />

03<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

04<br />

a<br />

bc<br />

83


08<br />

09<br />

Fig. 7.24. Caminhos paralelos: seleção <strong>de</strong> seqüência inclusiva<br />

07<br />

11<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

10<br />

A linha dupla indica simultaneida<strong>de</strong>.<br />

Os dois sinais <strong>de</strong>vem estar<br />

presentes antes <strong>de</strong> acontecer a<br />

transição c. Somente então po<strong>de</strong> ser<br />

terminada.<br />

84


Documentos <strong>de</strong> execução<br />

O objetivo <strong>de</strong> um diagrama lógico<br />

conceitual é para resolver o problema <strong>de</strong><br />

como controlar um processo; o objetivo <strong>de</strong><br />

um diagrama lógico <strong>de</strong> execução é para<br />

realizar a solução. A lógica conceitual já foi<br />

discutida, a lógica <strong>de</strong> execução será vista<br />

agora.<br />

Um documento lógico <strong>de</strong> execução é<br />

qualquer documento tomado como<br />

ferramenta para ter as instruções<br />

realizadas, por outros projetistas ou<br />

engenheiros ou programadores. Exemplo<br />

<strong>de</strong> documento <strong>de</strong> execução é a norma<br />

ANSI/ISA S5.2, Diagramas Lógicos para<br />

Operações <strong>de</strong> Processo, pois ele trata<br />

apenas <strong>de</strong> entradas, saídas e lógica. Ele é<br />

removido do processo, pois nenhum<br />

processo é esquematizado.<br />

A normas ANSI/IEEE STD 91 (1984):<br />

Graphic Symbols for Logic Diagrams é<br />

outro exemplo <strong>de</strong> documento <strong>de</strong> execução.<br />

Como este trabalho é orientado para<br />

aplicação <strong>de</strong> processo, ele assume que o<br />

grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhe presente em ANSI/ISA<br />

S5.2 é mais do que a<strong>de</strong>quado para<br />

projetistas e engenheiros <strong>de</strong> aplicação. O<br />

pessoal orientado para aplicação precisa<br />

enten<strong>de</strong>r o processo e as funções <strong>de</strong><br />

caixas pretas aplicadas ao problema do<br />

controle <strong>de</strong> processo, eles não precisam<br />

abrir as caixas pretas.<br />

ANSI/ISA S5.2: Diagrama lógico<br />

binário para operações <strong>de</strong> processo<br />

Esta norma tem o objetivo <strong>de</strong> fornecer<br />

um método <strong>de</strong> diagramação lógica <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> intertravamento binário e<br />

sequenciamento para a partida, operação,<br />

alarme e <strong>de</strong>sligamento <strong>de</strong> equipamento e<br />

processos na indústria química,<br />

petroquímica, refino <strong>de</strong> metal e outras<br />

indústrias. A norma preten<strong>de</strong> facilitar o<br />

entendimento das operações binárias e<br />

melhorar as comunicações entre técnicos,<br />

gerentes, projetistas, operadores e pessoal<br />

<strong>de</strong> manutenção ligados ao sistema.<br />

Entre a documentação conceitual e a <strong>de</strong><br />

execução, o pessoal <strong>de</strong> gerenciamento e<br />

operação acha maior utilida<strong>de</strong> na<br />

conceitual do que na <strong>de</strong> execução, pois a<br />

ligação com o processo é mais explícita.<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

As diferenças básicas entre os<br />

diagramas <strong>de</strong> conceituação e <strong>de</strong> execução<br />

são:<br />

1. O diagrama conceitual tem uma<br />

orientação vertical, pois o processo<br />

é usualmente visto operando<br />

horizontalmente e as linhas <strong>de</strong> sinal<br />

são melhor mostradas<br />

perpendiculares ao processo. O<br />

diagrama <strong>de</strong> execução geralmente<br />

tem orientação horizontal, quase<br />

como um diagrama lad<strong>de</strong>r (escada)<br />

e possivelmente porque a lógica é<br />

seguida seqüencialmente sem muita<br />

ligação com o processo.<br />

2. O <strong>de</strong>senho conceitual é melhor<br />

<strong>de</strong>senhado em tamanho gran<strong>de</strong>,<br />

enquanto o <strong>de</strong>senho lógico <strong>de</strong><br />

execução é feito em folhas <strong>de</strong><br />

tamanho A4 ou carga. O formato<br />

gran<strong>de</strong> ajuda a visualizacao <strong>de</strong> todo<br />

o panorama, o formato pequeno é<br />

melhor <strong>de</strong> ser manuseado e na<br />

lógica não há interesse em se ver o<br />

processo global.<br />

3. As portas lógicas são mais fáceis <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhar. Como a lógica é<br />

<strong>de</strong>senhada usualmente na forma <strong>de</strong><br />

esquemas à mão livre, é importante<br />

que haja um mínimo <strong>de</strong> linhas,<br />

símbolos e letras usadas.<br />

Diagrama lógico<br />

Antes <strong>de</strong> se <strong>de</strong>senvolver um diagrama<br />

lógico, <strong>de</strong>ve se ter um diagrama <strong>de</strong> fluxo. A<br />

Fig. 7.4. é um diagrama <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong><br />

processo. Deve se ter também uma breve<br />

<strong>de</strong>scrição narrativa, ponto por ponto, do<br />

objetivo do projetista. Então segue se o<br />

diagrama lógico. A Fig. 7.15 é um<br />

diagrama lógico associado com o diagrama<br />

<strong>de</strong> fluxo da Fig. 7.14.<br />

O diagrama mostra muitos símbolos<br />

binários lógicos para operação do<br />

processo. Os símbolos <strong>de</strong> função <strong>de</strong><br />

entrada e saída são os balões e<br />

ban<strong>de</strong>iroladas dos instrumentos da norma<br />

ANSI/ISA S 5.1. As <strong>de</strong>clarações <strong>de</strong><br />

entradas e saída são interpostas entre os<br />

balões ou ban<strong>de</strong>irolas e as setas <strong>de</strong><br />

continuação e a lógica levam <strong>de</strong> um<br />

<strong>de</strong>senho lógico para outro. A lógica flui da<br />

esquerda para a direita. As setas usados<br />

85


somente on<strong>de</strong> necessário para melhor<br />

entendimento do fluxo <strong>de</strong> sinal.<br />

Fig. 7.25 Exemplo <strong>de</strong> diagrama <strong>de</strong> fluxo<br />

Aqui estão os principais pontos<br />

referentes à apresentação lógica como<br />

mostrado na Fig. 7.26.<br />

1. Os <strong>de</strong>senhos são mais fáceis <strong>de</strong> seguir<br />

se todas as entradas são mostradas na<br />

esquerda e todas as saídas na direita.<br />

As funções lógicas são mostradas no<br />

meio.<br />

2. Embora as chaves <strong>de</strong> posição ZSH e<br />

ZSL sejam atuadas pelas válvulas HV1<br />

e HV2, as chaves estão na entrada<br />

para a lógica e as válvulas estão na<br />

saída. Elas po<strong>de</strong>m ser ligadas<br />

fisicamente, mas na lógica as chaves<br />

são <strong>de</strong>senhadas na esquerda como<br />

entradas e as válvulas são <strong>de</strong>senhadas<br />

na direita, como saídas.<br />

3. As chaves NOT <strong>de</strong>vem ser um pouco<br />

menores em relação aos balões <strong>de</strong><br />

instrumentos ou <strong>de</strong> equipamentos. Não<br />

há necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> parar a linha lógica<br />

em qualquer lado das portas. Na<br />

prática, a linha é <strong>de</strong>senhada e o círculo<br />

é <strong>de</strong>senhado em cima.<br />

4. As botoeiras PARTIDA e PARADA<br />

possuem o mesmo tag número, porém<br />

elas tem funções totalmente diferentes<br />

e <strong>de</strong>vem ser diferenciadas. Se é<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

<strong>de</strong>sejável manter o mesmo número<br />

básico porque elas po<strong>de</strong>m estar na<br />

mesma caixa, po<strong>de</strong> se usar um número<br />

ou letra como sufixo. Mesmo isto não é<br />

absolutamente necessário, porém,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> que a chave po<strong>de</strong> ser<br />

i<strong>de</strong>ntificada com números diferentes<br />

separados por /.<br />

5. Às vezes, é tentador manter o conceito<br />

<strong>de</strong> malhas (HS1, HV1, ZSH1). Isto é<br />

geralmente inútil, pois, na prática, é<br />

raramente possível ser mantido. Além<br />

disso é errado pois ANSI/ISA S5.1<br />

requer um novo número <strong>de</strong> malha para<br />

cada nova variável medida ou<br />

inicializada. Somente se a malha da<br />

variável H e a malha da variável Z<br />

forem as duas primeiras malha para<br />

usar estas letras e se ter<br />

correspondência.<br />

6. A maioria dos sistema <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong><br />

mo<strong>de</strong>rada não tem uma relação<br />

biunívoca entre funções <strong>de</strong> entrada e<br />

saída. Quando eles tem, eles seriam<br />

sistemas manuais. É melhor encarar a<br />

complexida<strong>de</strong> na saída e dar ao<br />

sistema lógica a <strong>de</strong>signação YIC (ou<br />

YC). O sistema é, antes <strong>de</strong> tudo, um<br />

controlador <strong>de</strong> evento. Os elementos<br />

<strong>de</strong> saída similares <strong>de</strong>vem ter sufixos<br />

numéricos ou alfabéticos.<br />

7. Embora a lógica seja muito abstrata, as<br />

ligações <strong>de</strong>la <strong>de</strong>vem ser concretas. A<br />

Fig. 7.14 mostra somente uma única<br />

saída física para uma válvula solenói<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> três vias. A ligação para a lógica<br />

<strong>de</strong>ve refletir isto. Não há função <strong>de</strong><br />

saída para válvula fechada. Para fechar<br />

a válvula, o sinal abrir válvula é<br />

removido. São necessárias duas<br />

saídas somente quando houver duas<br />

solenói<strong>de</strong>s.<br />

Como o diagrama lógico é documento<br />

<strong>de</strong> execução, é preferível usar a<br />

i<strong>de</strong>ntificação dos equipamentos ligados<br />

(i.e., válvulas solenói<strong>de</strong>s, não as válvulas<br />

<strong>de</strong> linha) e observar os modos <strong>de</strong> falha dos<br />

equipamentos ligados.<br />

86


Fig. 7.26. Diagrama lógico típico<br />

Recomenda-se observar os modos <strong>de</strong><br />

falha segura. Não é aconselhável se ter<br />

válvula <strong>de</strong> enchimento com falha aberta,<br />

porque é improvável. Também não se <strong>de</strong>ve<br />

usar nível lógico alto para <strong>de</strong>senergizar<br />

solenói<strong>de</strong>s pois isto é confuso.<br />

Elementos lógicos<br />

A Fig. 7.16 dá símbolos e funções <strong>de</strong><br />

funções lógicas básicas. Aqui estão mais<br />

algumas recomendações úteis para um<br />

bom projeto.<br />

Geral<br />

Não usar palavras quando símbolos e<br />

i<strong>de</strong>ntificadores estiverem disponíveis.<br />

Quando usar palavras, fazê-lo do modo<br />

mais conciso possível. Mesmo quando o<br />

número <strong>de</strong> tag não for disponível, a parte<br />

do i<strong>de</strong>ntificador <strong>de</strong>ve ser usada para evitar<br />

uma <strong>de</strong>scrição narrativa.<br />

Função entrada<br />

Se as linhas lógicas forem diretamente<br />

a uma saída chamada <strong>de</strong> Partida da<br />

Esteira, então as palavras <strong>de</strong>vem ser<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

omitidas, especialmente se HS é<br />

substituída por HMS (chave manual<br />

momentânea ou botoeira). Se não, então<br />

as palavras Partida da Esteira (uma sobre<br />

a outra) economizam espaço horizontal e,<br />

junto com HMS, contem toda a informação<br />

necessária sem redundância.<br />

Função saída<br />

Quando houver uma escolha entre<br />

palavras e símbolos, escolher símbolos ou<br />

uma combinação <strong>de</strong> símbolos com um<br />

breve estado da saída. Há um impacto<br />

muito maior no reconhecimento <strong>de</strong><br />

paradigmas quando se escolhe esta<br />

alternativa<br />

A primeira letra (H) <strong>de</strong>ve ser usada<br />

somente se há uma ligação direta com<br />

uma chave manual. Se não, é<br />

recomendável tratar a lógica como um<br />

sistema e usar Y para evento ou K para<br />

tempo, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo se a lógica é orientada<br />

para evento ou para tempo. Nestes casos,<br />

todas as saídas <strong>de</strong>vem ter o mesmo<br />

número <strong>de</strong> malha e sufixos diferentes.<br />

Função AND<br />

As palavras nas entradas e saída<br />

simplesmente ajudam a ligar o símbolo à<br />

<strong>de</strong>finição. Lógica é a arte <strong>de</strong> fazer<br />

i<strong>de</strong>ntificações não contraditórias, não<br />

importa se com tanques, válvulas ou<br />

bombas.<br />

As duas entradas projetam mais<br />

informação <strong>de</strong> modo mais específico se<br />

forem usados balões com os<br />

i<strong>de</strong>ntificadores funcionais LSH e ZSH.<br />

Quando for necessário i<strong>de</strong>ntificar<br />

equipamentos (tanques, válvulas ou<br />

bombas), <strong>de</strong>ve se usar os i<strong>de</strong>ntificadores<br />

T-1, HV-2 e P-3, se existirem. Se não,<br />

<strong>de</strong>ve-se usar palavras especificas, tais<br />

como tanque <strong>de</strong> mistura, bomba <strong>de</strong> sucção<br />

<strong>de</strong> óleo, válvula da <strong>de</strong>scarga do<br />

compressor.<br />

A saída é também não específica.<br />

Quando se sabe que um relé específico é<br />

atuado para partir a bomba, então um<br />

balão com o tag número do relé <strong>de</strong>ve ser<br />

usado, p. ex., YY6.<br />

Função OR<br />

Muitas pessoas se sentem<br />

<strong>de</strong>sconfortáveis se uma saída positiva tem<br />

<strong>de</strong> ocorrer para <strong>de</strong>sligar uma máquina. Na<br />

ausência <strong>de</strong> um comando positivo, o<br />

87


conceito <strong>de</strong> falha segura requer que a<br />

máquina pare. A saída é invertida usando<br />

uma porta NOT e as palavras Permissão<br />

Operação Compressor em vez <strong>de</strong> Parar<br />

Compressor.<br />

Função OR Qualificado<br />

O OR qualificado não é muito<br />

necessário, mas é requerido quando se<br />

necessita <strong>de</strong> lógica complicada. A mesmas<br />

sugestões feitas acima com relação à<br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong> entrada<br />

e saída são aplicadas. Também <strong>de</strong>ve ser<br />

sentido o mesmo modo <strong>de</strong> falha segura.<br />

Se uma reação exotérmica ocorre,<br />

per<strong>de</strong>ndo-se o controle (sistema run away),<br />

é melhor mostrar uma lógica positiva para<br />

manter a reação ocorrendo. A falha da<br />

lógica <strong>de</strong>ve parar a reação.<br />

Função Memória<br />

A combinação do simbolismo e<br />

i<strong>de</strong>ntificação da norma ANSI ISA S5.1 com<br />

os i<strong>de</strong>ntificadores específicos <strong>de</strong><br />

equipamento permite um resultado<br />

conciso. A aplicação <strong>de</strong> uma situação real<br />

<strong>de</strong> processo exemplifica o princípio que<br />

não se <strong>de</strong>ve se tornar muito abstrato para<br />

se per<strong>de</strong>r o senso da realida<strong>de</strong>.<br />

Consi<strong>de</strong>rações acerca <strong>de</strong> modos <strong>de</strong> falha<br />

do vent do tanque e da permissão <strong>de</strong><br />

partida da bomba requerem que o vent<br />

falhe e a permissão também falhe.<br />

Originalmente, a norma fala das opções<br />

relacionadas com perda, manutenção e<br />

in<strong>de</strong>pendência da perda da alimentação<br />

principal. Atualmente estes conceitos são<br />

facilmente implementados com as novas<br />

tecnologias eletrônicas que permitem<br />

memória permanente na ausência da<br />

alimentação.<br />

Quando se analisa a segura <strong>de</strong> um<br />

sistema e os modos <strong>de</strong> falha, <strong>de</strong>ve se<br />

tomar todo o panorama e não se restringir<br />

apenas à lógica. A potência po<strong>de</strong> falhar em<br />

qualquer ponto – entrada, saída, motor,<br />

pneumática, elétrica – e cada uma <strong>de</strong>las<br />

<strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada.<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Elementos temporizados<br />

A norma ANSI ISA S5.2 apresenta os<br />

elementos <strong>de</strong> tempo, que são basicamente<br />

três:<br />

1. Inicialização atrasada da saída (DI)<br />

2. Terminação atrasada da saída (DT)<br />

3. Saída pulsada (PO)<br />

88


Simbolismo do Controle Lógico<br />

Função Símbolo Exemplo<br />

(1) Entrada<br />

A posição partida <strong>de</strong> uma chave<br />

Estado da<br />

entrada<br />

manual HS-1 é atuada para fornecer<br />

uma entrada para ligar uma esteira.<br />

(2) Saída<br />

(3) AND<br />

(4) OR<br />

Fig. 7.27. Símbolos lógicos ISA<br />

Número do instrumento ou do equipamento <strong>de</strong><br />

inicialização, se conhecido<br />

Estado da<br />

saída<br />

Número do Instrumento ou do equipamento<br />

operado, se conhecido<br />

A saída lógica D existe se e<br />

somente todas as entradas lógicas<br />

A, B e C existirem<br />

A<br />

B<br />

C<br />

Saída lógica D existe se e<br />

somente se uma ou mais das<br />

entradas lógicas A, B e C existir<br />

A<br />

B<br />

C<br />

A<br />

OR<br />

D<br />

D<br />

HS<br />

1<br />

Partir esteira<br />

Uma saída <strong>de</strong> seqüência lógica<br />

comanda a válvula HV-2 para abrir<br />

HV<br />

2<br />

Abrir<br />

Válvula<br />

Operar bomba se<br />

1. nível do tanque estiver alto e<br />

2. válvula <strong>de</strong> <strong>de</strong>scarga aberta<br />

LSH<br />

5<br />

ZSH<br />

4<br />

Nível<br />

alto T-3<br />

HV-3<br />

aberta<br />

Não permitir operação do<br />

compressor se<br />

1. pressão água resfriamento for baixa<br />

2. temperatura do mancal for alta<br />

PSL<br />

14<br />

TSH<br />

17<br />

Pressão<br />

baixa<br />

água<br />

Temper.<br />

alta<br />

A<br />

OR<br />

Partir<br />

bomb<br />

a P-5<br />

Permissão do<br />

Compressor<br />

C-7 operar<br />

89


Função Símbolo Exemplo<br />

(5)<br />

OR<br />

Qualificado<br />

A<br />

B<br />

C<br />

* Detalhes internos representam quantida<strong>de</strong>s<br />

numéricas (ver abaixo)<br />

Saída lógica D existe se e<br />

somente se um número<br />

especificado <strong>de</strong> entradas lógicas<br />

A, B e C existirem.<br />

Os seguintes símbolos<br />

matemáticos po<strong>de</strong>m ser usados,<br />

quando apropriado:<br />

a. = igual a<br />

b. ≠ não igual a<br />

c. < menor que<br />

d. > maior que<br />

e < não menor que<br />

f > não maior que<br />

g ≤ menor ou igual a (como f)<br />

h ≥ maior ou igual a (como e)<br />

Fig. 7.28. Símbolos lógicos ISA (continuação)<br />

*<br />

D<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Exemplo 1<br />

Operar misturador se dois e somente<br />

duas caixas estiverem em serviço<br />

Caixa 1 em serviço<br />

Caixa 2 em serviço<br />

Caixa 3 em serviço<br />

Caixa 4 em serviço<br />

Exemplo 2<br />

Parar reator se pelo menos dois<br />

dispositivos <strong>de</strong> segurança solicitarem a<br />

parada<br />

Dispositivo 1 atuado<br />

Dispositivo 2 atuado<br />

Dispositivo 3 atuado<br />

Dispositivo 4 atuado<br />

Dispositivo 5 atuado<br />

Parar<br />

Reação<br />

Exemplo 3<br />

Fazer alimentação se, no mínimo um<br />

e não mais que 2 moedores estiver em<br />

serviço.<br />

Moinho 1 em serviço<br />

Moinho 2 em serviço<br />

Moinho 3 em serviço<br />

≥1<br />

>2<br />

=2<br />


Função Símbolo Exemplo<br />

(6)<br />

NOT<br />

B A B<br />

Saída lógica B existe se e<br />

somente se a entrada A não existir.<br />

Fig. 7.29. Símbolos lógicos ISA (continuação)<br />

Nota Tabela verda<strong>de</strong> para mostrar equivalência<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Fechar válvula HV-7 quando nível do<br />

tanque T-3 não estiver alto e a bomba<br />

P-4 não estiver operando<br />

Alternativa <strong>de</strong> lógica<br />

Entradas Saída<br />

Caso 1 Caso 2<br />

1 1 0 0<br />

1 0 0 0<br />

0 1 0 0<br />

1 0 1 1<br />

Uma lógica 1 implica a existência <strong>de</strong> uma entrada ou saída e uma lógica 0 é a ausência<br />

<strong>de</strong> um sinal.<br />

Função NOT<br />

A função NOT mostra a equivalência entre uma porta AND com portas NOT em suas<br />

entradas e uma porta OR com um único NOT em sua saída.<br />

HV<br />

7<br />

LSH<br />

12<br />

YSH<br />

1<br />

LSH<br />

12<br />

YSH<br />

1<br />

Nível T-3<br />

alto<br />

P-3<br />

operando<br />

Nível T-3<br />

alto<br />

P-3<br />

operando<br />

HV<br />

7<br />

OR<br />

A<br />

HV<br />

7<br />

HV<br />

7<br />

HV<br />

7<br />

Fechar<br />

válvula<br />

Fechar<br />

válvula<br />

91


Função Símbolo Exemplo<br />

(7)<br />

Memória<br />

(Flip flop)<br />

A<br />

B<br />

S<br />

R<br />

C<br />

D*<br />

C<br />

*A saída D não precisa ser mostrada,<br />

quando não usada<br />

Opção <strong>de</strong> superposição <strong>de</strong><br />

entrada<br />

Se as entradas A e B existirem<br />

simultaneamente e se é <strong>de</strong>sejado<br />

ter A superpondo B, então S <strong>de</strong>ve<br />

ser envolvida em um circulo S<br />

.Se B é para superpor A, então R<br />

<strong>de</strong>ve ser envolvido por um circulo.<br />

R<br />

A<br />

B<br />

S<br />

R<br />

C<br />

D<br />

C<br />

Note que a entrada B se sobrepõe<br />

à entrada A<br />

Fig. 7.30. Símbolos lógicos ISA <strong>de</strong> memória<br />

Tabela verda<strong>de</strong> mostrando a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> overri<strong>de</strong>:<br />

Entradas Saídas<br />

A B C D<br />

1 1 * *<br />

1 0 1 0<br />

0 1 0 1<br />

0 0 ** **<br />

1 1 0 1<br />

1 0 1 0<br />

0 1 0 1<br />

0 0 ** **<br />

* In<strong>de</strong>finido<br />

** Determinado pelo último sinal <strong>de</strong> entrada<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

S representa set da memória<br />

R representa reset da memória<br />

A saída lógica C existe tão logo<br />

exista a entrada A. C contínua a existir,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do estado subseqüente<br />

<strong>de</strong> A, até ser resetada pela entrada<br />

lógica B. C permanece terminado,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do estado subseqüente<br />

<strong>de</strong> B, até que a lógica seja resetada por<br />

A.<br />

A saída lógica D, se usada, existe<br />

quando C não existe e D não existe<br />

quando C existe.<br />

Exemplo<br />

Se pressão do tanque T-16 fica alta,<br />

abrir o tanque PV-38 para a atmosfera<br />

(vent) e continuar ventando<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte da pressão, até que a<br />

válvula seja fechada por HS-3, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

que a pressão não seja alta. Quando o<br />

vent for <strong>de</strong>sligado, a bomba P-7 <strong>de</strong>ve<br />

ser ligada.<br />

HS<br />

3<br />

PSH<br />

38<br />

Reset<br />

sistema<br />

Pressão<br />

alta T-16<br />

S Partir P-7<br />

R PV<br />

38<br />

Abrir<br />

válvula<br />

92


Símbolo Definição Exemplo<br />

B A * B<br />

B A DI<br />

B<br />

t<br />

Inicialização atrasada da saída<br />

(Delay Iniciation)<br />

B A D<br />

B<br />

T<br />

Terminação atrasada da saída<br />

(Delay Termination )<br />

B A PO<br />

B<br />

t<br />

Saída <strong>de</strong> pulso<br />

Fig. 7.31. Símbolos lógicos ISA temporizados<br />

A saída lógica B existe<br />

com uma relação <strong>de</strong><br />

tempo para a entrada<br />

lógica A. Esta relação <strong>de</strong><br />

tempo po<strong>de</strong> assumir<br />

várias lógicas.<br />

A existência contínua<br />

da entrada lógica A<br />

durante o tempo t faz a<br />

saída B existir quando t<br />

expira. B termina quando<br />

A termina<br />

Temperatura<br />

alta reator<br />

A existência contínua<br />

da entrada lógica A faz a<br />

saída B existir<br />

imediatamente. B termina<br />

quando A terminar e não<br />

tem ainda existido durante<br />

um tempo t.<br />

A existência da entrada<br />

lógica A, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

seu estado subsequente,<br />

faz a saída B existir<br />

imediatamente. B existe<br />

durante um tempo t e<br />

<strong>de</strong>pois termina.<br />

Purga falha<br />

Pressão baixa<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

Se a temperatura do<br />

reator exce<strong>de</strong>r um<br />

<strong>de</strong>terminado valor,<br />

continuamente durante 10<br />

segundos, bloquear a vazão<br />

do catalisador. Recomeçar<br />

a vazão, quando a<br />

temperatura não exce<strong>de</strong>r<br />

este valor.<br />

DI<br />

10 s<br />

Se a pressão do sistema<br />

cai abaixo <strong>de</strong> um limite <strong>de</strong><br />

baixa, operar o compressor<br />

ainda. Parar o compressor<br />

quando a pressão ficar<br />

abaixo do limite<br />

continuamente por 1<br />

minuto.<br />

DT<br />

60 s<br />

Operar<br />

compressor<br />

Se a purga do vaso falha<br />

por um período <strong>de</strong> tempo,<br />

operar a bomba <strong>de</strong> vácuo<br />

por 3 minutos e <strong>de</strong>pois<br />

parar a bomba.<br />

PO<br />

3 min<br />

Boquear vazão<br />

do catalisador<br />

Operar bomba<br />

vácuo<br />

93


Conclusão<br />

<br />

Simbolismo do Controle Lógico<br />

O engenheiro <strong>de</strong> sistema <strong>de</strong> controle necessita tratar da lógica<br />

binária. Binário significa possuir apenas um <strong>de</strong> dois estados<br />

possíveis: ligado ou <strong>de</strong>sligado, 1 ou 0. Um sistema lógico sempre<br />

apresenta o mesmo conjunto <strong>de</strong> saídas para o mesmo conjunto <strong>de</strong><br />

entradas, embora as respostas <strong>de</strong> saída possam ser modificadas por<br />

algum programa interno.<br />

Geralmente a lógica binária é realizada através <strong>de</strong> relés<br />

eletromecânicos ou eletrônicos e atualmente através <strong>de</strong> Controlador<br />

Lógico Programável, sistema que substitui os relés com vantagens.<br />

O mesmo diagrama lad<strong>de</strong>r po<strong>de</strong> ser usado para programar os dois<br />

tipos <strong>de</strong> lógica.<br />

O diagrama lógico binário simplifica e generaliza o simbolismo<br />

lógico, além <strong>de</strong> reduzir o tamanho da <strong>de</strong>pendência do equipamento.<br />

As duas principais fases <strong>de</strong> realizar um sistema <strong>de</strong> controle<br />

operável são:<br />

1. conceituação<br />

2. execução.<br />

A fase <strong>de</strong> conceituação é in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do equipamento e a fase<br />

<strong>de</strong> execução po<strong>de</strong> <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>r do equipamento escolhido para realizar<br />

o esquema <strong>de</strong> controle.<br />

Também, os dois principais tipos <strong>de</strong> documentação são<br />

associados com as duas fases. O documento conceitual tenta<br />

representar um esquema <strong>de</strong> controle abstrato. Seu objetivo é o <strong>de</strong><br />

ajudar o projetista e a todos que precisam ver o quadro panorâmico,<br />

a conceber o esquema necessário para controlar o processo. O<br />

documento <strong>de</strong> execução tem o objetivo <strong>de</strong> instruir os especialistas<br />

como <strong>de</strong>senvolver especificamente um esquema lógico que já foi<br />

<strong>de</strong>finido abstratamente.<br />

O documento conceitual mostra as partes essenciais do processo<br />

e a interface do operador. O documento <strong>de</strong> execução mostra<br />

simplesmente as entradas e as saídas. O diagrama lad<strong>de</strong>r é um dos<br />

documentos <strong>de</strong> execução.<br />

Uma boa prática inclui aspectos lógicos e estéticos.<br />

Na diagramação lógica fica mais evi<strong>de</strong>nte o provérbio chinês que<br />

estabelece que uma figura vale mais que mil palavras.<br />

Apostilas\<strong>Documentação</strong> <strong>Documentação</strong>2.doc 08 JUN 98<br />

94


Introdução<br />

Alguns técnicos (geralmente da área<br />

<strong>de</strong> projeto) questionam os méritos dos<br />

diagramas <strong>de</strong> malha, negando sua<br />

utilida<strong>de</strong>, argumentando que a<br />

informação contida neles po<strong>de</strong>ria ser<br />

encontrada em outros documentos, como<br />

nos diagramas <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> engenharia e<br />

nos diagramas <strong>de</strong> fiação.<br />

A gran<strong>de</strong> importância dos Diagramas<br />

<strong>de</strong> Malha é para o pessoal <strong>de</strong><br />

manutenção, que necessita <strong>de</strong> uma<br />

<strong>de</strong>scrição pictural, rápida, conveniente e<br />

exata do que especificamente uma malha<br />

contém. Na realida<strong>de</strong>, o pessoal <strong>de</strong><br />

manutenção geralmente quer mais<br />

<strong>de</strong>talhes no diagrama <strong>de</strong> malha do que o<br />

projetista pensa ser necessário.<br />

O objetivo do Diagrama <strong>de</strong> Malha é<br />

mostrar todos os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> uma malha<br />

<strong>de</strong> instrumento que o técnico <strong>de</strong><br />

instrumento <strong>de</strong> campo requer para<br />

verificar e fazer pesquisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>feito<br />

(troubleshooting) na malha. O diagrama<br />

<strong>de</strong> malha é tão consi<strong>de</strong>rado um<br />

documento <strong>de</strong> manutenção que muitas<br />

companhias insistem em colocar os<br />

dados <strong>de</strong> calibração nele. Esta prática vai<br />

contra a regra <strong>de</strong> não colocar uma<br />

pedaço <strong>de</strong> informação em mais <strong>de</strong> um<br />

lugar. Os dados <strong>de</strong> calibração <strong>de</strong>vem ser<br />

colocados na folha <strong>de</strong> dados do<br />

instrumento.<br />

Embora sejam parecidos, o diagrama<br />

<strong>de</strong> malha não é o diagrama <strong>de</strong> fiação. O<br />

diagrama <strong>de</strong> malha mostra ao<br />

instrumentista todas as interligações <strong>de</strong><br />

uma malha <strong>de</strong> um modo claro e simples.<br />

8<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

O diagrama <strong>de</strong> fiação é útil para o<br />

instrumentista que precisa saber em que<br />

terminal ligar <strong>de</strong>terminado cabo elétrico.<br />

O diagrama <strong>de</strong> malha não é usado<br />

para instalação, mas po<strong>de</strong> ser usado<br />

para verificar a instalação. Ele po<strong>de</strong> ser a<br />

base para <strong>de</strong>senvolver os <strong>de</strong>senhos e<br />

listas <strong>de</strong> cabeamento.<br />

O diagrama <strong>de</strong> malha é uma forma <strong>de</strong><br />

diagrama <strong>de</strong> blocos que mostra os locais<br />

gerais dos instrumentos: painel, console,<br />

sala <strong>de</strong> controle, painel cego e campo.<br />

Os instrumentos são i<strong>de</strong>ntificados por tag<br />

número e os fios e tubos <strong>de</strong> interligação<br />

são i<strong>de</strong>ntificados especificamente como<br />

terminais e pontos <strong>de</strong> terminação.<br />

O diagrama <strong>de</strong> malha só po<strong>de</strong> ser<br />

completado após a escolha dos<br />

instrumentos, usualmente <strong>de</strong>pois do<br />

recebimento dos dados do ven<strong>de</strong>dor. Por<br />

isso ele não é um documento conceitual<br />

<strong>de</strong> projeto, mas um registro do que foi<br />

realmente projetado.<br />

O diagrama <strong>de</strong> malha mostra somente<br />

os instrumentos principais na malha e<br />

não mostra o processo.<br />

Uma folha <strong>de</strong> legenda <strong>de</strong>ve<br />

acompanhar o diagrama <strong>de</strong> malha. Não é<br />

necessário inventar nenhum símbolo<br />

novo <strong>de</strong> instrumentação ou <strong>de</strong> elétrica.<br />

Geralmente, os diagramas <strong>de</strong> malha<br />

são repetitivos e parecidos entre si, o que<br />

é muito bom quando se usa computador<br />

para fazer os <strong>de</strong>senhos.<br />

95


Conteúdo do Diagrama <strong>de</strong> Malha<br />

O titulo <strong>de</strong>ve ser <strong>de</strong>scritivo, porém<br />

simples. Notas suplementares po<strong>de</strong>m ser<br />

adicionadas para <strong>de</strong>screver somente o<br />

que não evi<strong>de</strong>nte dos símbolos.<br />

Superposições, intertravamentos, pontos<br />

<strong>de</strong> ajuste automáticos (cascateados),<br />

<strong>de</strong>sligamento e circuitos <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligamento<br />

(shutdown) po<strong>de</strong>m requerer breves<br />

notas.<br />

Devem ser fornecidos os números dos<br />

terminais, i<strong>de</strong>ntificação da fiação e tubos<br />

por número e cor, se necessário. As<br />

caixas <strong>de</strong> passagem e terminais <strong>de</strong>vem<br />

ser i<strong>de</strong>ntificadas.<br />

On<strong>de</strong> houver mudança na<br />

continuida<strong>de</strong> do circuito (qualquer tipo <strong>de</strong><br />

terminação), <strong>de</strong>ve haver um símbolo <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação que aju<strong>de</strong> na verificação e<br />

pesquisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos. Os locais são<br />

normalmente mostrados dividindo-se o<br />

<strong>de</strong>senho em seções, p. ex., sala <strong>de</strong><br />

controle, painel cego e campo.<br />

As fontes <strong>de</strong> alimentação elétrica e<br />

pneumática <strong>de</strong>vem ser i<strong>de</strong>ntificadas<br />

especificamente. O nível <strong>de</strong> potência e<br />

número <strong>de</strong> circuitos são informações<br />

úteis.<br />

Não conteúdo do diagrama <strong>de</strong><br />

malha<br />

Porém não <strong>de</strong>ve aparecer no<br />

diagrama <strong>de</strong> malha:<br />

1. Outras referências <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho a não<br />

ser as <strong>de</strong> continuação <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho<br />

(esta informação <strong>de</strong>ve estar no Índice<br />

<strong>de</strong> Instrumentos)<br />

2. Informação <strong>de</strong> localização (já está no<br />

diagrama <strong>de</strong> localização)<br />

3. Informação do fabricante (está nas<br />

folhas <strong>de</strong> dados)<br />

4. Informação <strong>de</strong> calibração (está nas<br />

folhas <strong>de</strong> dados)<br />

Deve-se sempre evitar a tendência <strong>de</strong><br />

querer colocar as informações acima no<br />

diagrama <strong>de</strong> malha, pois estas<br />

informações <strong>de</strong>vem estar contidas em<br />

outros documentos e é <strong>de</strong>sastroso<br />

quando se faz a revisão <strong>de</strong> uma<br />

informação em um documento e não o<br />

faz em outro.<br />

Folha <strong>de</strong> Legenda<br />

Como sempre, uma folha <strong>de</strong> legenda<br />

<strong>de</strong>ve acompanhar um conjunto <strong>de</strong><br />

diagramas <strong>de</strong> malha. A folhe <strong>de</strong> legenda<br />

serve como uma referência rápida e<br />

<strong>de</strong>fine as exceções da norma ou os<br />

casos especiais.<br />

A Fig. 8.1 é um exemplo <strong>de</strong> uma folha<br />

<strong>de</strong> legenda para diagramas <strong>de</strong> malha. Ela<br />

não é completa e po<strong>de</strong> ser expandida<br />

com as especificações <strong>de</strong> cada conjunto<br />

<strong>de</strong> diagramas <strong>de</strong> malha que ela<br />

representa.<br />

Uma <strong>de</strong>finição importante que <strong>de</strong>ve<br />

estar na folha <strong>de</strong> legenda se refere aos<br />

símbolos <strong>de</strong> linhas. Alguns projetistas<br />

preferem seguir rigorosamente a norma<br />

ISA S5.1, colocando as linhas elétricas<br />

pontilhadas. Outros usam linhas<br />

contínuas, que são mais fáceis <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhar e seguir, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que já está<br />

subentendido que todas as linhas são<br />

elétricas.<br />

96


Símbolo <strong>de</strong> terminal<br />

genérico<br />

XXX<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

I<strong>de</strong>ntificação para<br />

conjunto <strong>de</strong> terminação<br />

ou caixa <strong>de</strong> junção<br />

5 I<strong>de</strong>ntificação da<br />

conexão<br />

Alimentação<br />

ES Alimentação elétrica<br />

AS Alimentação pneumática<br />

HS Alimentação hidráulica<br />

S Conexão <strong>de</strong> suprimento<br />

I Entrada<br />

O Saída<br />

Terminais <strong>de</strong> Instrumentos<br />

Fig. 8.1. Diagrama <strong>de</strong> malha <strong>de</strong> instrumentos, folha <strong>de</strong> legenda<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

FIC<br />

100<br />

• Usar <strong>de</strong>signações ISA<br />

para instrumentos<br />

• Usar <strong>de</strong>signações dos<br />

fabricantes para terminais<br />

1<br />

2<br />

On<strong>de</strong> necessário,<br />

por clareza<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Fontes <strong>de</strong> alimentação<br />

TR<br />

105<br />

TT<br />

120<br />

WT<br />

103<br />

H<br />

N<br />

G<br />

S<br />

S<br />

ES, 115 V, 60 Hz<br />

AS, 120 kPa<br />

HS, 300 kPa<br />

Linhas <strong>de</strong> sinal<br />

Nestes diagramas <strong>de</strong> malha, todas<br />

as linhas são sólidas, exceto as<br />

linhas dos blocos <strong>de</strong> configuração<br />

que seguem a convenção da ANSI-<br />

ISA SP 5.1.<br />

97


Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Fig. 8.2. Diagrama <strong>de</strong> malha <strong>de</strong> instrumento, óleo combustível para Fornalha #1<br />

Lay out <strong>de</strong> um diagrama <strong>de</strong> malha típico. Formato horizontal, tamanho A4 (ou carta). A<br />

placa <strong>de</strong> cal<strong>de</strong>ira é limitada a uma tira estreita em baixo. Os <strong>de</strong>scritores <strong>de</strong> local são<br />

limitados a tira estreita em cima. O diagrama é quebrado em seções: campo, rack, atrás do<br />

painel e painel frontal. As interfaces não são arbitrárias. O diagrama <strong>de</strong> fluxo está mostrado<br />

no canto direito, em baixo. Os elementos primário e finais não são mostrados no diagrama<br />

<strong>de</strong> malha, pois está mostrado no diagrama <strong>de</strong> fluxo.<br />

O diagrama é enxuto e simples. Ele mostra o essencial para pesquisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>feito e nada<br />

mais. Ele para on<strong>de</strong> a informação é obvia (equipamentos <strong>de</strong> campo) ou on<strong>de</strong> se requer mais<br />

informação.<br />

98


Típicos para indicadores <strong>de</strong> temperatura multiponto<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Exemplo do uso <strong>de</strong> típico. A configuração da malha é comum a um gran<strong>de</strong> número <strong>de</strong><br />

malhas. Os tag números, números <strong>de</strong> terminais e <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificadores po<strong>de</strong>m ser dados em<br />

forma <strong>de</strong> tabela. Típicos funcionam bem com malhas repetitivas do tipo mostrado. Porém,<br />

seu uso é geralmente exagerado. A simplicida<strong>de</strong> do entendimento é o que conta para o<br />

usuário final.<br />

99


Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Fig. 8.4. Diagrama <strong>de</strong> malha <strong>de</strong> instrumento, alarme <strong>de</strong> baixa pressão do sistema <strong>de</strong> óleo<br />

lubrificante da turbina<br />

Este diagrama se refere a uma malha <strong>de</strong> alarme. Há uma controvérsia se os diagramas<br />

<strong>de</strong> malhas <strong>de</strong>vem ser feitos para malhas digitais (não analógicas). O usuário final e o técnico<br />

<strong>de</strong> manutenção geralmente preferem e usam malhas <strong>de</strong> controle discreto e alarme.<br />

Note que o Painel Auxiliar foi alterado para Painel <strong>de</strong> Anunciador <strong>de</strong> Campo. Também foi<br />

colocada a função da chave <strong>de</strong> pressão, NA.<br />

100


Fig. 8.5. Diagrama <strong>de</strong> malha <strong>de</strong> instrumento, compressor #2<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

O diagrama foi escolhido da vida real para ilustrar as dificulda<strong>de</strong>s relacionadas com o<br />

código <strong>de</strong> cores. É fácil para o usuário arbitrar que preto é negativo e branco é positivo (ou<br />

vice versa). Porém, na vida real, o fornecedor do painel <strong>de</strong>finiu azul para negativo e<br />

vermelho para positivo.<br />

Outra dificulda<strong>de</strong> está na <strong>de</strong>finição da polarida<strong>de</strong>. O diagrama i<strong>de</strong>ntifica o terminal 12<br />

como positivo e o 13 como negativo. Deve-se lembrar sempre que a alimentação é uma<br />

fonte e que todos os instrumentos são cargas. O primeiro instrumento ligado à fonte <strong>de</strong>ve ter<br />

os terminais ligados a terminais <strong>de</strong> mesma polarida<strong>de</strong> da fonte. Na malha as polarida<strong>de</strong>s<br />

são alternadas.<br />

101


Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Fig. 8.6. Diagrama <strong>de</strong> malha <strong>de</strong> instrumento, típico para malha <strong>de</strong> controle distribuído<br />

O diagrama mostra como tratar o caso em que a fiação real difere do mostrado no<br />

diagrama <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> engenharia, mostrado no bloco <strong>de</strong> configuração. O controlador<br />

montado no armário <strong>de</strong>ve ter um tag número <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação. Se ele estiver envolvido<br />

somente com duas malhas, ele po<strong>de</strong> ter os dois tag números.<br />

É tentador parar o diagrama <strong>de</strong> malha nas entradas para o controlador montado no<br />

armário , <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que isto é o bastante para a pesquisa <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos. Porém, o resto do<br />

<strong>de</strong>senho da malha é necessário por questão <strong>de</strong> completu<strong>de</strong>.<br />

O controlador montado no armário é mostrado como um bloco. De fato a tira terminal<br />

<strong>de</strong>veria ter dois balões <strong>de</strong> instrumentos adjacentes, FC 99 e TC 201, por exemplo e o<br />

barramento <strong>de</strong> dados <strong>de</strong>veria juntá-los.<br />

102


Diagramas Elétricos<br />

Há uma gran<strong>de</strong> interface entre a elétrica<br />

e o sistema <strong>de</strong> controle. Como atualmente<br />

a maioria da instrumentação é <strong>de</strong> natureza<br />

elétrica, a realização do projeto dos<br />

sistemas <strong>de</strong> controle é principalmente<br />

elétrica.<br />

O assunto <strong>de</strong> simbolismo e i<strong>de</strong>ntificação<br />

elétrica po<strong>de</strong> preencher um livro inteiro. É<br />

admirável a simplicida<strong>de</strong> do simbolismo<br />

elétrico e o modo em que este simbolismo<br />

é usado para expressar uma gran<strong>de</strong><br />

quantida<strong>de</strong> <strong>de</strong> informação <strong>de</strong>talhada.<br />

Tab. Lista <strong>de</strong> Desenhos <strong>de</strong> Projeto<br />

1. Índice <strong>de</strong> Desenhos<br />

2. Notas <strong>de</strong> Símbolos e Normas<br />

3. Classificação <strong>de</strong> áreas<br />

4. Diagramas unifilares<br />

5. Conjuntos <strong>de</strong> instalação<br />

6. Desenhos <strong>de</strong> aterramento<br />

7. Desenhos <strong>de</strong> cabos e conduites<br />

subterrâneos<br />

8. Esquemas <strong>de</strong> conduites<br />

9. Esquemas <strong>de</strong> cabos e circuitos<br />

10. Desenhos <strong>de</strong> potência aérea<br />

11. Desenhos da subestação<br />

12. Desenhos <strong>de</strong> Iluminação<br />

13. Desenhos <strong>de</strong> instrumentação<br />

elétrica<br />

14. Desenhos dos prédios <strong>de</strong> controle<br />

15. Desenhos lógicos elétricos<br />

16. Diagrama elementar (lad<strong>de</strong>r)<br />

17. Diagramas <strong>de</strong> ligação<br />

18. Desenhos e pólos e linhas<br />

19. Desenhos <strong>de</strong> miscelânea<br />

20. Desenhos <strong>de</strong> aquecimento (heat<br />

tracing)<br />

Diagramas <strong>de</strong> Fiação<br />

21. Esquemas <strong>de</strong> plaquetas<br />

Das duas gran<strong>de</strong>s divisões do trabalho<br />

elétrico, potência e controle, somente o<br />

controle interessa à instrumentação.<br />

Símbolos <strong>de</strong> <strong>de</strong>senho e notas<br />

9<br />

Como sempre, a folha <strong>de</strong> legenda vem<br />

antes do índice dos <strong>de</strong>senhos. Cada<br />

companhia tem seu formato próprio, mas<br />

os símbolos usados geralmente se<br />

baseiam nas normas ANSI e ISA.<br />

A Fig. 9.1 mostra símbolos, <strong>de</strong>finições e<br />

notas típicas que aparecem na maioria das<br />

folhas <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos elétricos.<br />

A beleza e importância <strong>de</strong> uma folha <strong>de</strong><br />

legenda é que elas dão ao projetista blocos<br />

constituintes com os quais ele cria<br />

diagramas complexos. Ela também <strong>de</strong>fine<br />

símbolos e aplicações em um projeto<br />

específico. Por exemplo, uma nota<br />

relacionada com cor <strong>de</strong> lâmpada piloto<br />

po<strong>de</strong>ria ser:<br />

G para ser usado para Potência<br />

Disponível, Motor Parado ou Disjuntor<br />

Aberto.<br />

R para ser usado para Motor Operando,<br />

Disjuntor Fechado ou Condição <strong>de</strong> Alarme.<br />

Em aplicações <strong>de</strong> controle <strong>de</strong> motores, a<br />

convenção é geralmente inversa. Por isso<br />

a folha <strong>de</strong> legenda é o lugar para eliminar<br />

ambigüida<strong>de</strong>s.<br />

103


Unifilar Detalhado Definição Notas<br />

400/5<br />

100<br />

3 P<br />

100<br />

Fusível<br />

Fusível <strong>de</strong> encaixe<br />

Desligador <strong>de</strong> circuito<br />

Conector separável<br />

Transformador <strong>de</strong><br />

corrente<br />

Transformador <strong>de</strong><br />

potencial<br />

Transformador <strong>de</strong><br />

potência<br />

Fig. 9.1. Símbolos da folha <strong>de</strong> legenda para <strong>de</strong>senho elétrico típico<br />

Chave <strong>de</strong> <strong>de</strong>sligar não<br />

fusível<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Mostrar o valor da<br />

corrente <strong>de</strong> atuação<br />

Mostrar o valor da<br />

corrente <strong>de</strong> atuação<br />

Mostrar o valor <strong>de</strong><br />

ajuste e tamanho<br />

Combinação <strong>de</strong><br />

starters e disjuntores<br />

em painéis <strong>de</strong> controle<br />

<strong>de</strong> motores<br />

• Polarida<strong>de</strong><br />

400/5 é relação <strong>de</strong><br />

espiras<br />

Delta<br />

WYE<br />

Terra<br />

100 = Ampère<br />

3 P = trifásica<br />

104


PARTIDA<br />

PARADA<br />

PARTIDA<br />

PARADA<br />

PARTIDA<br />

PARADA<br />

PARADA<br />

MANTIDA<br />

PARTIDA<br />

MOMENTANEA<br />

Botoeira <strong>de</strong> partida<br />

Botoeira <strong>de</strong> parada<br />

Combinação <strong>de</strong> Botoeiras<br />

<strong>de</strong> partida e parada<br />

Combinação <strong>de</strong> Botoeiras<br />

<strong>de</strong> partida e parada com<br />

lâmpada piloto<br />

Estação <strong>de</strong> botoeira<br />

(Partida Momentânea e<br />

Parada Mantida)<br />

mecanicamente ligada<br />

Lâmpada piloto ou <strong>de</strong><br />

indicação<br />

Fig. 9.1. (continuação): Definições e notas típicas<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Contato momentâneo (não<br />

retentivo)<br />

Contato momentâneo (não<br />

retentivo)<br />

Funções in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes,<br />

(não mecanicamente<br />

ligadas)<br />

Lâmpada indica<br />

normalmente ligada<br />

A lâmpada esta ligada ao<br />

relé no circuito <strong>de</strong> controle<br />

Especificar funções com<br />

palavras<br />

A – ambar<br />

G – ver<strong>de</strong> (green)<br />

W – branca (white)<br />

B – azul (blue)<br />

R – vermelha (red)<br />

Y – amarela (yellow)<br />

105


Símbolo Definição Notas<br />

+<br />

-<br />

TDO<br />

TDC<br />

R1 R1<br />

12 V cc<br />

Contato normalmente aberto<br />

(NA)<br />

Contato normalmente fechado<br />

(NF)<br />

Contato <strong>de</strong> sobrecarga termal<br />

Contato <strong>de</strong> sobrecarga<br />

magnético<br />

Conexão <strong>de</strong> terra<br />

Chave com atraso <strong>de</strong> tempo<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Normalmente aberto se refere<br />

à posição na prateleira<br />

Normalmente fechado se<br />

refere à posição na prateleira<br />

Contatos mostrados como<br />

contatos NF<br />

Conforme National Electric<br />

Co<strong>de</strong> (NEC)<br />

Contato NF com abertura<br />

temporizada<br />

Chave com atraso <strong>de</strong> tempo Contato NO com fechamento<br />

temporizado<br />

Bobina operando, <strong>de</strong> relé ou<br />

starter <strong>de</strong> motor<br />

Bateria<br />

Fig. 9.1. (continuação): Definições e notas típicas<br />

Designação é <strong>de</strong> acordo com<br />

o esquema <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntificação<br />

Mostra tensão e polarida<strong>de</strong><br />

106


Chave <strong>de</strong> vazão, FS<br />

Chave <strong>de</strong> nível, LS<br />

Chave <strong>de</strong> pressão, PS<br />

Chave <strong>de</strong> temperatura , TS<br />

Chave <strong>de</strong> posição ou chave<br />

limite, ZS<br />

Buzina ou sirene<br />

Fig. 9.1. (continuação): Definições e notas típicas<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

NA ou NF se referem à<br />

posição da chave na<br />

prateleira<br />

NA ou NF se referem à<br />

posição da chave na<br />

prateleira<br />

NA ou NF se referem à<br />

posição da chave na<br />

prateleira<br />

NA ou NF se referem à<br />

posição da chave na<br />

prateleira<br />

NA ou NF se referem à<br />

posição da chave na<br />

prateleira<br />

107


1.<br />

Equipamento<br />

Item Descrição Quantida<strong>de</strong><br />

1 Bucha, ¾ “x ½ “ 6<br />

2 Conexão (Nipple), ½ “ 1<br />

3 Corpo do conduite 2<br />

4 União, macho, ½ “ 1<br />

5 Cabo flexível, ½ “, X-Proof 1<br />

6 Plug, ½ “ 1<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Detalhe N o :<br />

Válvula solenói<strong>de</strong> ou equipamento selado <strong>de</strong> fábrica, Classe 1, Grupos B, C e D, Divisão<br />

Fig. 9.3. Desenho <strong>de</strong> montagem <strong>de</strong> instrumentação padrão<br />

Ver <strong>de</strong>senho <strong>de</strong><br />

planta para conduite<br />

108


Fig. 9.4. Aterramento <strong>de</strong> instrumento<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Desenhos <strong>de</strong> aterramento são muito complexos. Há geralmente dois tipos:<br />

1. um similar a um <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> instalação, consiste <strong>de</strong> uma série <strong>de</strong> <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong><br />

equipamentos individuais (Fig. 9.4) e interessa ao instrumentista.<br />

2. <strong>de</strong>senho tipo layout que mostra locais, pontos <strong>de</strong> ligação e roteamento dos cabos.<br />

Geralmente não interessa ao projetista ou técnico <strong>de</strong> instrumentação.<br />

109


Fig. 9.9. Desenho elementar <strong>de</strong> motor<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

Exemplo <strong>de</strong> combinação <strong>de</strong> diagrama elementar e <strong>de</strong> ligação, normalmente usado para<br />

mostrar o controle <strong>de</strong> motor. Este diagrama permite o entendimento da lógica <strong>de</strong> controle e<br />

fixa os locais e números <strong>de</strong> terminal <strong>de</strong> todos os equipamentos importantes.<br />

Na porção esquemática do <strong>de</strong>senho, as linhas solidas representam a fiação interna ao<br />

cubículo. As linhas pontilhadas representam a fiação externa, ou seja, a fiação que o<br />

eletricista <strong>de</strong>ve instalar no campo.<br />

110


Fig. 9.10. Desenho chave <strong>de</strong> ligação<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

O diagrama é um esquema <strong>de</strong> interligação elétrico típico, usado como uma chave para<br />

enten<strong>de</strong>r os equipamentos complexos. Ele mostra que as válvulas <strong>de</strong> controle e os<br />

transmissores montados no campo são ligados a caixas <strong>de</strong> junção separadas. O roteamento<br />

dos cabos é mostrado. Deve haver uma i<strong>de</strong>ntificação suficiente para permitir ao usuário ter<br />

uma visão geral e ver também os <strong>de</strong>talhes.<br />

111


Fig. 9.11. Detalhe <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> caixa terminal<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

O diagrama mostra <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> uma caixa <strong>de</strong> terminais <strong>de</strong> campo. Ela dá<br />

muita informação com poucas palavras. As conexões dos conduites estão na parte <strong>de</strong> baixo<br />

para preservar a integrida<strong>de</strong> do topo da caixa (para não entrar água). A fiação entra no<br />

centro, através <strong>de</strong> conduite e vai para duas barras <strong>de</strong> terminais. A fiação <strong>de</strong> campo está do<br />

lado <strong>de</strong> fora. A Fig. 9.12 mostra a montagem interna da caixa terminal.<br />

112


Fig. 9.12. Desenho <strong>de</strong> montagem <strong>de</strong> caixa terminal<br />

Diagramas <strong>de</strong> Malha<br />

113


Introdução<br />

Diagrama lad<strong>de</strong>r é uma representação<br />

or<strong>de</strong>nada em forma <strong>de</strong> escada <strong>de</strong><br />

componentes e conexões <strong>de</strong> um circuito<br />

elétrico. O diagrama lad<strong>de</strong>r é também<br />

chamado <strong>de</strong> diagrama elementar ou<br />

diagrama <strong>de</strong> linha. O termo lad<strong>de</strong>r<br />

(escada) se aplica porque ele parece com<br />

uma escada, contendo <strong>de</strong>graus. É o<br />

diagrama básico associado com o controle<br />

lógico programado.<br />

Componentes<br />

Os elementos constituintes <strong>de</strong> um<br />

diagrama lad<strong>de</strong>r po<strong>de</strong>m ser divididos em<br />

componentes <strong>de</strong> entrada e <strong>de</strong> saída. São<br />

<strong>de</strong> entrada:<br />

1. Contato normalmente aberto<br />

2. Contato normalmente fechado<br />

Os contatos po<strong>de</strong>m ser retentivos (<strong>de</strong><br />

chaves liga-<strong>de</strong>sliga), não retentivos (<strong>de</strong><br />

botoeiras). Os contatos po<strong>de</strong>m ser<br />

manuais (chaves manuais) ou automáticos<br />

(pressostato, termostato, chaves<br />

automáticas <strong>de</strong> nível e <strong>de</strong> vazão, chave<br />

térmica <strong>de</strong> motor). Os contatos po<strong>de</strong>m ser<br />

instantâneos ou temporizados para abrir ou<br />

fechar.<br />

São componentes <strong>de</strong> saída:<br />

3. Bobina <strong>de</strong> um starter <strong>de</strong> motor<br />

4. bobina <strong>de</strong> um relé<br />

5. bobina <strong>de</strong> uma solenói<strong>de</strong><br />

6. Lâmpada piloto<br />

Existem outros símbolos, porém estes<br />

são os mais importantes e usados e são<br />

suficientes para o entendimento dos<br />

diagramas encontrados nas aplicações<br />

práticas.<br />

Todos os diagramas lad<strong>de</strong>r possuem<br />

algumas práticas comuns, como:<br />

10<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

1. Entradas, chaves e contatos são<br />

colocados no início da linha, no lado<br />

esquerdo.<br />

2. Saídas, bobinas e lâmpadas piloto são<br />

colocadas no fim da linha, no lado<br />

direito.<br />

3. Uma linha <strong>de</strong> entrada po<strong>de</strong> alimentar<br />

mais <strong>de</strong> uma saída. Quando isso<br />

ocorre, as saídas estão ligadas em<br />

paralelo.<br />

4. Chaves, contatos e entradas po<strong>de</strong>m ter<br />

contatos múltiplos em série, paralelo<br />

ou série-paralelo.<br />

5. As linhas são numeradas<br />

consecutivamente, à esquerda e <strong>de</strong><br />

cima para baixo.<br />

6. Dá-se um único número <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação para cada nó <strong>de</strong> ligação.<br />

7. As saídas po<strong>de</strong>m ser i<strong>de</strong>ntificadas por<br />

função, no lado direito, em notas.<br />

8. Po<strong>de</strong>-se incluir um sistema <strong>de</strong><br />

i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> referência cruzada, no<br />

lado direito. Os contatos associados<br />

com a bobina ou saída da linha são<br />

i<strong>de</strong>ntificados pelo número da linha.<br />

9. Os contatos <strong>de</strong> relé são i<strong>de</strong>ntificados<br />

pelo número da bobina do relé mais<br />

um número seqüencial consecutivo.<br />

Por exemplo, os três contatos do relé<br />

CR7 são CR7-1, CR7-2 e CR7-3.<br />

L1 SW1<br />

CR5<br />

L2<br />

Fig. 5.1. Diagrama lad<strong>de</strong>r básico, para uma<br />

chave manual que liga a saída <strong>de</strong> um relé:<br />

saída<br />

114


L1<br />

R<br />

LS1<br />

PL1<br />

Fig. 5.2. Duas chaves em paralelo (manual SW1<br />

e automática <strong>de</strong> nível LS1) controlam a saída do relé<br />

CR5e uma lâmpada piloto PL1 vermelha (R).<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

L1<br />

SW1<br />

Fig. 5.3. Diagrama lad<strong>de</strong>r com duas funções<br />

Exemplo 1<br />

SW1<br />

SW2<br />

SW3<br />

CR7-1<br />

CR5<br />

CR7<br />

CR8<br />

O diagrama lad<strong>de</strong>r da Fig.5.1, está<br />

associado a um sistema com uma chave<br />

que liga-<strong>de</strong>sliga um relé <strong>de</strong> saída, CR5. A<br />

Fig. 5.2 mostra um sistema <strong>de</strong> controle<br />

com linhas paralelas na entrada e na<br />

saída. Qualquer uma das duas chaves liga<strong>de</strong>sliga<br />

a saída e a lâmpada piloto. O<br />

diagrama da figura possui duas linhas<br />

funcionais ativas.<br />

O diagrama lad<strong>de</strong>r da Fig. 5.3 tem a<br />

seguinte seqüência <strong>de</strong> operação:<br />

G<br />

L2<br />

saída<br />

L2<br />

saída 1<br />

saída 2<br />

Seqüência direta<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

1. No início, todas as chaves estão<br />

abertas, as bobinas estão<br />

<strong>de</strong>sligadas<br />

2. Fechando SW1 ou SW2 ou ambas,<br />

CR7 é energizada.<br />

3. Na linha 3, o contato NA CR7-1<br />

fecha, habilitando a linha 3 e CR8<br />

ainda está <strong>de</strong>sligada<br />

4. Fechando a chave manual SW3, CR8<br />

é energizada e a lâmpada piloto<br />

ver<strong>de</strong> (G) é acesa<br />

5. Abrindo as duas chaves SW1 e SW2,<br />

tudo é <strong>de</strong>sligado<br />

6. Em operação, <strong>de</strong>sligando SW3, CR8<br />

é <strong>de</strong>sligado, PL1 é <strong>de</strong>sligada mas<br />

CR7 contínua ligada.<br />

Seqüência alternativa possível<br />

1. Inicialmente, ligando SW3, nada é<br />

energizado (contato CR7-1 está<br />

aberto pois CR7 não está<br />

energizada).<br />

2. Abrindo SW3, quando tudo estiver<br />

ligado, <strong>de</strong>sliga somente CR8 e<br />

PL1.<br />

Exemplo 2<br />

As seguintes modificações po<strong>de</strong>m ser<br />

feitas ao diagrama da Fig.5. 3:<br />

1. SW4 <strong>de</strong>ve estar ligada para CR7 ficar<br />

ligada<br />

2. CR7 <strong>de</strong>ve estar <strong>de</strong>sligada para CR8<br />

estar ligada<br />

3. CR9 é ligada por CR7, CR8 e SW3.<br />

O diagrama estendido é mostrado na<br />

Fig 5. Há uma linha pontilhada entre os<br />

dois contatos SW3, indicando uma única<br />

chave comum com dois contatos (Se SW3<br />

estivesse na esquerda, somente um<br />

contato seria necessário para energizar as<br />

linhas 3, 4 e 5).<br />

Uma linha adicional <strong>de</strong> operação<br />

po<strong>de</strong>ria ser acrescentada ao diagrama<br />

lad<strong>de</strong>r, como a linha 6 mostrada na figura<br />

5. A seqüência adicionada seria a<br />

seguinte:<br />

CR7 ou CR8 ou ambas, mais LS12 e CR9<br />

ligam a saída do relé CR10.<br />

115


Exemplo <strong>de</strong> um diagrama errado<br />

O diagrama da Fig. 5.4 é um diagrama<br />

lad<strong>de</strong>r incorreto, que contem os mesmos<br />

componentes da figura, porém, nunca irá<br />

funcionar. Os erros são os seguintes:<br />

1. Mesmo que houvesse potência entre<br />

as linhas, a voltagem aplicada em cada<br />

elemento <strong>de</strong> saída seria dividida por 3<br />

e nenhuma bobina teria a tensão<br />

correta <strong>de</strong> funcionamento e a lâmpada<br />

piloto ficaria só um pouco acesa. Mas,<br />

logicamente, as saídas nunca seriam<br />

ligadas.<br />

2. Mesmo fechando todas as chaves, o<br />

contato CR7-1 ficaria sempre aberto.<br />

Para fechar o contato CR7-1 a bobina<br />

CR7 <strong>de</strong>ve ser energizada e a bobina só<br />

seria energizada fechando-se CR7-1,<br />

que é impossível.<br />

1<br />

2<br />

L1<br />

SW1<br />

SW2<br />

CR7-1 SW3<br />

CR7<br />

Fig.5. 4. Diagrama lad<strong>de</strong>r incorreto<br />

CR8 G<br />

L2<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

116


Exemplos <strong>de</strong> Diagramas Lad<strong>de</strong>r<br />

Circuito <strong>de</strong> Alarme <strong>de</strong> Alta Pressão<br />

Descrição<br />

O circuito faz soar uma buzina e<br />

acen<strong>de</strong>r uma lâmpada piloto quando a<br />

pressão atingir um valor alto perigoso.<br />

Depois que o alarme soa, o botão<br />

Reconhecimento <strong>de</strong>sliga a buzina e <strong>de</strong>ixa<br />

a lâmpada acesa. Quando a pressão<br />

baixar para um valor seguro, a lâmpada se<br />

apaga<br />

Solução<br />

Quando a pressão atinge valor alto<br />

perigoso, a chave PS atua, fechando o<br />

circuito e<br />

1. soando a buzina<br />

2. acen<strong>de</strong>ndo lâmpada R<br />

Quando operador toma conhecimento<br />

do alarme e aperta a chave ACKN, a<br />

bobina S se energiza, trocando seus<br />

contatos S1 e S2<br />

1. S1 abre, <strong>de</strong>sligando a buzina<br />

2. S2 fecha, mantendo S energizada<br />

A bobina S só é <strong>de</strong>sligada quando a<br />

chave PS abrir, ou seja, quando a pressão<br />

alta cair e ficar em valor seguro.<br />

Controle <strong>de</strong> Bomba e duas lâmpadas<br />

piloto com chave <strong>de</strong> nível<br />

Descrição<br />

A chave <strong>de</strong> nível opera a bomba do<br />

motor. A bomba enche um tanque com<br />

água. Quando o nível do tanque estiver<br />

baixo, a chave liga o motor da bomba e<br />

acen<strong>de</strong> a lâmpada A. Quando o nível<br />

atingir o nível máximo (tanque cheio), a<br />

chave <strong>de</strong>sliga o motor e acen<strong>de</strong> a lâmpada<br />

R e A permanece acesa. Se o motor ficar<br />

sobrecarregado, é <strong>de</strong>sligado, mas a<br />

lâmpada A contínua acesa.<br />

Solução<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

Quando o nível estiver abaixo do<br />

máximo, a chave PS está aberta e<br />

1. lâmpada R está acesa<br />

2. motor está ligado, operando<br />

3. lâmpada A está apagada<br />

Quando o nível atingir o máximo, LSH<br />

tripa<br />

1. 1. apagando R 2. <strong>de</strong>sligando motor<br />

M<br />

2. acen<strong>de</strong>ndo A<br />

Quando motor ficar sobrecarregado, OL<br />

abre<br />

1. <strong>de</strong>sligando motor<br />

2. mantendo A acesa<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

PS<br />

LS<br />

S1<br />

ACK<br />

S-1<br />

S-2<br />

S-3<br />

S2<br />

R<br />

M<br />

S<br />

R<br />

A<br />

S<br />

OL<br />

117<br />

1,4<br />

2,3,4


Controle seqüencial <strong>de</strong> 3 motores<br />

Descrição<br />

Ligar três motores, isoladamente e um<br />

após o outro. A parada <strong>de</strong>sliga todos os<br />

motores. Qualquer sobrecarga <strong>de</strong>sliga<br />

todos os motores<br />

Solução<br />

Apertando a botoeira PARTIDA<br />

1. M1 parte e fecha M1-1 e M1-2<br />

2. M1-1 sela a partida <strong>de</strong> M1, mantendo<br />

M1 ligado <strong>de</strong>pois que a botoeira<br />

PARTIDA for solta<br />

3. M1-2 liga M2, fechando M2-1<br />

4. M2-1 liga M3<br />

Qualquer sobrecarga em M1, M2 ou M3<br />

<strong>de</strong>sliga todos os três motores, pois OL1,<br />

OL2 e OL3 são contatos NF e estão em<br />

série<br />

Controle temporizado <strong>de</strong> motores<br />

Descrição<br />

Ligar três motores, isoladamente e um<br />

após o outro, com intervalos <strong>de</strong> 1 minuto. A<br />

parada <strong>de</strong>sliga todos os motores. Qualquer<br />

sobrecarga <strong>de</strong>sliga todos os motores<br />

Solução<br />

Apertando a botoeira PARTIDA<br />

1. M1 parte e energiza T1<br />

2. M1-1 sela a partida <strong>de</strong> M1, mantendo<br />

M1 ligado <strong>de</strong>pois que botoeira<br />

PARTIDA é solta<br />

3. T1 energizado fecha T1-1 <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

1 min<br />

4. T1-1 parte M2 e energiza T2, que<br />

fecha T2-1 <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> 1 min<br />

5. T2-1 parte M3<br />

Qualquer sobrecarga em M1, M2 ou M3<br />

<strong>de</strong>sliga todos os três motores, pois OL1,<br />

OL2 e OL3 são contatos NF e estão em<br />

série<br />

3<br />

PARADA<br />

1<br />

2<br />

4<br />

3<br />

PARADA<br />

1<br />

2<br />

4<br />

5<br />

M1-2<br />

M2-1<br />

PARTIDA<br />

T1-1<br />

M1-1<br />

PARTIDA<br />

T2-1<br />

M1-1<br />

M2<br />

M3<br />

M2<br />

T2<br />

M3<br />

M1 M1<br />

T1<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

M1<br />

OL1 OL2 OL3<br />

OL1 OL2 OL3<br />

2, 3<br />

4<br />

2<br />

3<br />

5<br />

118


Controle seqüencial temporizado <strong>de</strong><br />

motores<br />

Descrição<br />

Três motores<br />

M1 – motor bomba <strong>de</strong> lubrificação<br />

M1 – motor principal<br />

M1 – motor <strong>de</strong> alimentação<br />

<strong>de</strong>vem ser ligados em seqüência e em<br />

intervalos <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong>terminados.<br />

Solução<br />

Apertando a botoeira PARTIDA<br />

1. M1 parte e M1-1 sela a partida <strong>de</strong> M1.<br />

2. Quando a pressão subir, a chave<br />

PSH tripa, fechando-se e partindo<br />

M2 e energizando T<br />

3. T1 energizado fecha T1-1 <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

10 s, partindo M3<br />

Se M1 aquecer, OL1, abre, <strong>de</strong>sligando<br />

M1 e a pressão cai.<br />

A queda <strong>de</strong> pressão faz PSH abrir,<br />

<strong>de</strong>sligando M2 e <strong>de</strong>senergizando T.<br />

T-1 abre, <strong>de</strong>sligando M3<br />

PARADA<br />

1<br />

2<br />

3<br />

5<br />

PARTIDA<br />

M1-1<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

M1<br />

M2<br />

OL1<br />

2, 3<br />

PSH<br />

4 T1<br />

5<br />

T1-1<br />

M3<br />

OL2<br />

OL3<br />

119


Controle <strong>de</strong> Velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong> motores<br />

Descrição<br />

1. O motor tem três faixas <strong>de</strong> velocida<strong>de</strong>s.<br />

2. O motor acelera automaticamente para<br />

a velocida<strong>de</strong> selecionada.<br />

3. Uma botoeira po<strong>de</strong> parar o motor em<br />

qualquer velocida<strong>de</strong><br />

4. O motor possui proteção <strong>de</strong> sobrecarga<br />

5. Três botoeiras separadas selecionam<br />

1 a , 2 a e 3 a velocida<strong>de</strong>.<br />

6. Há um atraso <strong>de</strong> 3 segundos para<br />

passar <strong>de</strong> uma velocida<strong>de</strong> para outra<br />

Solução<br />

Apertando a botoeira 1 a VELOCIDADE<br />

1. M1 parte e M1-1 sela a partida <strong>de</strong><br />

M1,.mantendo-o na primeira<br />

velocida<strong>de</strong> <strong>de</strong>pois que a chave<br />

PARTIDA é solta.<br />

2. Quando a chave 2 a VELOCIDADE<br />

for apertada,<br />

• T1 fica energizado (Atraso<br />

para Ligar)<br />

• T1 –1 faz motor girar na 1 a<br />

velocida<strong>de</strong><br />

• T1 –2 mantém T1 selado<br />

3. Depois <strong>de</strong> 3 segundos, T1 –3 fecha,<br />

ligando S1. S1 faz motor operar na 2 a<br />

velocida<strong>de</strong><br />

4. Quando a botoeira 3 a VELOCIDADE<br />

for apertada,<br />

• C1 fica energizado<br />

• C1 –1 faz motor girar na 1 a<br />

velocida<strong>de</strong><br />

• C1 –2 faz motor girar na 2 a<br />

velocida<strong>de</strong><br />

• C1 –3 faz motor girar na 3 a<br />

velocida<strong>de</strong><br />

• C1 –4 faz operar T2 (falta S1 –1<br />

fechar)<br />

Depois <strong>de</strong> 3 segundos, T3 fecha e<br />

energiza S1 (motor fica na 2 a velocida<strong>de</strong>).<br />

S1 –1 fecha operando T2. Depois <strong>de</strong> 3<br />

segundos T2 fecha e opera S2 , que coloca<br />

o motor na 3 a velocida<strong>de</strong>.<br />

Quando houver sobrecarga, OL1, abre,<br />

<strong>de</strong>sligando M1.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

10<br />

11<br />

12<br />

PARAD<br />

1 a VELOCIDADE<br />

T2-1<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

M1<br />

M1-1<br />

2 a VELOCIDADE<br />

T1-3<br />

T1-1<br />

C1-1<br />

T1-2<br />

C1-2<br />

S1<br />

S2<br />

T1<br />

3 a VELOCIDADE<br />

S1-1 C1-4<br />

C1-3<br />

C1<br />

T2<br />

OL1<br />

120<br />

2<br />

3, 6,<br />

8<br />

11<br />

4, 7<br />

10,<br />

11<br />

12


Unida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Aquecimento <strong>de</strong> Óleo<br />

Descrição<br />

Um motor M1 opera um bomba <strong>de</strong> alta<br />

pressão, usada para injetar óleo<br />

combustível em um queimador.<br />

Um motor M2 opera um soprador <strong>de</strong><br />

indução que força o ar para o queimador,<br />

quando o óleo estiver sendo queimado.<br />

Uma chave liga-<strong>de</strong>sliga comanda o<br />

circuito<br />

Um termostato TS1 sente a temperatura<br />

do interior do ambiente<br />

Um termostato TS2 sente a temperatura<br />

do trocador <strong>de</strong> calor.<br />

Quando a chave estiver ligada (ON) e a<br />

temperatura interna do ambiente for baixa,<br />

TS1 fecha e parte os motores M1 e M2.<br />

Quando a temperatura do trocador <strong>de</strong> calor<br />

subir <strong>de</strong>mais, TS2 fecha e parte M3. O<br />

soprador circula o ar <strong>de</strong>ntro do ambiente<br />

através do trocador e aumenta a<br />

temperatura <strong>de</strong>ntro do ambiente. Quando a<br />

temperatura do ambiente subir muito, TS1<br />

abre e <strong>de</strong>sliga o motor da bomba e o motor<br />

do soprador <strong>de</strong> indução. O soprador do<br />

trocador contínua operando até que o<br />

trocador <strong>de</strong> calor seja resfriado a uma<br />

temperatura baixa, quando TS3 abre seu<br />

contato.<br />

Solução<br />

1. Ligando a chave para ON e se a<br />

temperatura do ambiente estiver baixa,<br />

TS1 tripa, fechado TS1 e energizando T<br />

e M1 .<br />

2. O temporizador é TOFF (atraso para<br />

<strong>de</strong>sligar), então T1 fecha<br />

imediatamente, partindo M2. T fica<br />

energizada por 1 min e <strong>de</strong>pois abre,<br />

<strong>de</strong>sligando M2<br />

3. FSL1 é uma chave <strong>de</strong> vazão que sente<br />

a vazão <strong>de</strong> ar produzida pelo soprador<br />

<strong>de</strong> indução e impe<strong>de</strong> que o motor da<br />

bomba <strong>de</strong> alta pressão continue<br />

injetando óleo na câmara <strong>de</strong><br />

combustão.<br />

4. M2 ligado faz FSL1 fechar, partindo M1<br />

e permitindo a partido do motor da<br />

bomba <strong>de</strong> alta pressão. Se o motor do<br />

soprador <strong>de</strong> injeção <strong>de</strong> ar pára por<br />

qualquer razão, FSL1 abre M1 .<br />

5. A chave seletora AUTO-MANUAL<br />

permite ao operador <strong>de</strong>cidir a<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

circulação <strong>de</strong> ar <strong>de</strong>ntro do ambiente<br />

quando o sistema <strong>de</strong> aquecimento<br />

estiver fora <strong>de</strong> serviço. Quando a chave<br />

estiver em AUTO, o motor do soprador<br />

é controlado pelo termostato TS2 .<br />

Quando a chave estiver em MANUAL,<br />

ela liga o motor M3 diretamente e<br />

permite ao motor do soprador operar<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte do sistema <strong>de</strong><br />

aquecimento.<br />

121


Enchimento, Mistura e Esvaziamento<br />

<strong>de</strong> Tanque<br />

Descrição<br />

O funcionamento do sistema é o<br />

seguinte:<br />

1. Apertando PARTIDA, os solenói<strong>de</strong>s<br />

A e B abrem, permitindo o tanque se<br />

encher<br />

2. Quando o tanque encher, uma<br />

chave <strong>de</strong> nível tipo bóia <strong>de</strong>sliga A e<br />

B e liga um motor M <strong>de</strong> agitação da<br />

mistura do tanque<br />

3. O motor trabalha em <strong>de</strong>terminado<br />

intervalo <strong>de</strong> tempo ajustável, T.<br />

Depois <strong>de</strong> transcorrido T, o motor<br />

<strong>de</strong>sliga e um solenói<strong>de</strong> C, na saída<br />

do tanque, é ligado esvaziando o<br />

tanque.<br />

4. Quando o tanque ficar vazio, a<br />

chave <strong>de</strong> nível <strong>de</strong>sliga a solenói<strong>de</strong> C<br />

e o ciclo recomeça.<br />

5. Um relé térmico <strong>de</strong>sliga o motor em<br />

caso <strong>de</strong> sobrecarga.<br />

Solução<br />

Apertando a botoeira PARTIDA<br />

1. CR energiza<br />

2. CR-1 sela a partida, mantendo<br />

motor funcionando <strong>de</strong>pois <strong>de</strong><br />

soltada a botoeira<br />

3. CR-2 permite os solenói<strong>de</strong>s A e<br />

B serem ligadas<br />

4. CR-3 permite o motor M ligar e o<br />

temporizador TR energizar<br />

(satisfeitas outras condições)<br />

5. CR-4 permite a solenói<strong>de</strong> C ser<br />

ligada<br />

Com CR-1 fechado (PARTIDA<br />

acionada),<br />

1. LSH-1 fechado (nível do tanque<br />

abaixo do máximo)<br />

2. LSL-1 fechado (nível do tanque<br />

acima do mínimo)<br />

3. TR-1 fechado (agitação ainda<br />

não ligada)<br />

4. os solenói<strong>de</strong>s A e B se<br />

energizam e as válvulas A e B<br />

enchem o tanque<br />

Tanque atinge nível máximo, LSH tripa<br />

1. LSH-1 abre, <strong>de</strong>sligando<br />

solenói<strong>de</strong>s A e B<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

2. LSH-2 fecha, ligando o motor <strong>de</strong><br />

agitação e energizando o<br />

temporizador TR<br />

O motor do agitador mistura os líquidos<br />

A e B durante 1 minuto<br />

Depois <strong>de</strong> 1 minuto<br />

• TR-2 abre, <strong>de</strong>sligando o motor M<br />

• TR-1 abre, impedindo que os<br />

solenói<strong>de</strong>s A e B sejam ligadas<br />

neste momento (interlock)<br />

• TR-3 fecha, ligando a solenói<strong>de</strong><br />

C que esvazia o tanque<br />

Quando o tanque fica vazio, LSL tripa<br />

• LSL-1 fecha, permitindo ligação<br />

dos solenói<strong>de</strong>s A e B<br />

• LSL-2 abre, <strong>de</strong>sligando a<br />

solenói<strong>de</strong> C<br />

O ciclo se repete e os solenói<strong>de</strong>s A e B<br />

são energizados, pois<br />

• CR-2 está fechado<br />

• LSH-1 fechado (nível abaixo do<br />

máximo)<br />

• LSL-2 fechado (nível mínimo já<br />

atingido)<br />

• TR-1 fechado (temporizador<br />

<strong>de</strong>sligado)<br />

Esquema do Processo<br />

S<br />

L<br />

122


Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

1<br />

3<br />

2<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

8<br />

9<br />

PARADA<br />

CR-2<br />

CR-3<br />

CR-4<br />

PARTIDA<br />

CR1-1<br />

LSL-1<br />

LSH-2<br />

LSH-1<br />

TR-3<br />

LSL<br />

LSH<br />

TR-1<br />

TR-2<br />

LSL-3<br />

CR<br />

TR<br />

C<br />

A<br />

B<br />

M<br />

LSLL<br />

LSH<br />

OL1<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

2, 3<br />

5, 7<br />

3 , 5,<br />

7<br />

3<br />

3 , , 5<br />

123


Enchimento <strong>de</strong> Tanque com Duas<br />

Bombas Alternadas<br />

Descrição<br />

A água <strong>de</strong> alimentação é fornecida <strong>de</strong><br />

um tanque central. O tanque é<br />

pressurizado pela água quando o tanque<br />

se enche. Dois poços separados fornecem<br />

água para o tanque, cada poço com uma<br />

bomba in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte. É <strong>de</strong>sejável que a<br />

água seja bombeada <strong>de</strong> cada poço<br />

igualmente, mas as duas bombas não<br />

<strong>de</strong>vem operar ao mesmo tempo. As<br />

bombas <strong>de</strong>vem operar alternadamente,<br />

mas uma chave seletora po<strong>de</strong> forçar a<br />

operação <strong>de</strong> uma bomba quando a outra<br />

estiver com falha. Cada motor da bomba<br />

contém um relé térmico <strong>de</strong> sobrecarga.<br />

Solução<br />

Assumindo a chave em AUTO e o<br />

pressostato fechado (há pressão <strong>de</strong> coluna<br />

d'água no tanque)<br />

1. energizar a bobina do starter do<br />

motor M1<br />

• M1-1 fecha, energizando CR<br />

• M1-2 sela a partida do motor M1<br />

• M1-3 abre, fazendo o<br />

intertravamento com o motor M2 (M2<br />

não funciona enquanto M1 estiver<br />

funcionando)<br />

2. CR energizado, todos seus contatos<br />

mudam:<br />

• CR-1 abre, quebrando o circuito<br />

para bobina M1<br />

• CR-2 fecha, selando o contato<br />

M1-1<br />

• CR-3 fecha para permitir ligação<br />

<strong>de</strong> M2 , que ainda não po<strong>de</strong> ser<br />

ligado pois M1-3 está aberto<br />

3. Quando o pressostato PS abre, a<br />

bobina M1 <strong>de</strong>senergiza, permitindo<br />

todos os contatos M1 retornarem às<br />

posições normais. Neste momento,<br />

o relé CR está energizado.<br />

4. Quando o pressostato PS fecha<br />

novamente, o contato CR-1 evita<br />

que a bobina M1 seja energizada e<br />

CR-3 permite que a bobina M2 seja<br />

energizada. Quando a bobina M2 é<br />

energizada, a bomba 2 parte e<br />

Diagrama Lad<strong>de</strong>r<br />

todos os contatos M2 mudam <strong>de</strong><br />

estado<br />

• M2-1 abre e <strong>de</strong>senergiza CR<br />

• M2-2 fecha e mantém M1<br />

energizada quando CR-3 abrir<br />

• M2-3 abre para evitar que a<br />

bobina M1 seja energizada<br />

quando o contato CR-1 voltar à<br />

sua posição normalmente<br />

fechada.<br />

O circuito continua operando assim, até<br />

que o pressostato PS abra e <strong>de</strong>sligue M 2 .<br />

Quando isso acontecer, todos os contatos<br />

<strong>de</strong> M2 mudam <strong>de</strong> estado.<br />

Uma chave seletora <strong>de</strong> três posições na<br />

saída do pressostato permite ao operador<br />

alternar a operação das duas bombas ou<br />

operar a <strong>de</strong>sejada (1 ou 2).<br />

Embora a lógica já esteja completa, há<br />

um problema potencial: <strong>de</strong>pois que a<br />

bomba 1 completou um ciclo, há a<br />

possibilida<strong>de</strong> do contato CR-3 reabrir antes<br />

que o contato M2-2 feche para selar o<br />

circuito. Se isto acontecer, a bobina M2<br />

será <strong>de</strong>senergizada e a bobina M1 será<br />

energizada (isto <strong>de</strong>pen<strong>de</strong> da operação dos<br />

relés). Para evitar este problema, adicionase<br />

um temporizador TOFF (off <strong>de</strong>lay –<br />

atrasado para <strong>de</strong>sligar). Quando a bobina<br />

TR for energizada, o contato TR-1 fecha<br />

imediatamente, energizando CR. Quando<br />

TR <strong>de</strong>senergiza, o contato TR-1<br />

permanece fechado por um <strong>de</strong>terminado<br />

tempo ajustável antes <strong>de</strong> reabrir,<br />

garantindo que a bobina CR está<br />

<strong>de</strong>senergizada.<br />

1<br />

2<br />

3<br />

4<br />

5<br />

6<br />

7<br />

OF<br />

ON<br />

P<br />

M1-1<br />

#2<br />

CR-2 TR<br />

#1 CR-1<br />

AUTO<br />

M2-3 OL1<br />

M2-1<br />

CR-3 M1-3<br />

M2-2<br />

M1-2<br />

TR<br />

CR<br />

OL2<br />

temporizador<br />

memória<br />

M<br />

Interlock<br />

M2<br />

124<br />

3, 5,5<br />

1, 2,<br />

7<br />

1, 3, 6


Introdução<br />

Os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> instalação dão as<br />

instruções especificas, <strong>de</strong> um modo<br />

conciso, para um técnico, <strong>de</strong> como<br />

instalar um <strong>de</strong>terminado instrumento e<br />

seu equipamento correspon<strong>de</strong>nte. Cada<br />

<strong>de</strong>talhe individual é geralmente<br />

acompanhado <strong>de</strong> uma lista <strong>de</strong> materiais<br />

associados, que i<strong>de</strong>ntifica<br />

especificamente cada item no <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong><br />

instalação. O <strong>de</strong>senho é usualmente<br />

limitado para uma <strong>de</strong>terminada tarefa.<br />

Por exemplo, <strong>de</strong>senhos separados<br />

<strong>de</strong>vem ser feitos para a montagem do<br />

instrumento, ligações com o processo,<br />

conexões elétricas, conexões com a<br />

tubulação.<br />

Estilo e formato<br />

O formato para um <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong><br />

instalação <strong>de</strong> instrumento é usualmente<br />

A4 ou carta, por questão <strong>de</strong> conveniência<br />

<strong>de</strong> uso para o instalador, que só po<strong>de</strong><br />

montar um equipamento por vez. Por<br />

isso, não é recomendável usar <strong>de</strong>senho<br />

com formato gran<strong>de</strong> ou combinar mais <strong>de</strong><br />

um <strong>de</strong>talhe no mesmo documento. Deve<br />

se sempre ter em mente o usuário final.<br />

O estilo po<strong>de</strong> ser ortogonal ou<br />

isométrico. Um estilo isométrico mostra a<br />

localização relativa dos equipamentos e<br />

permite ao instalador alterar livremente<br />

as dimensões.<br />

A numeração dos <strong>de</strong>senhos <strong>de</strong>ve<br />

estar <strong>de</strong> conformida<strong>de</strong> com o índice dos<br />

11<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

instrumentos. Geralmente o instalador<br />

<strong>de</strong>ve:<br />

1. verificar no Diagrama <strong>de</strong> Fluxo <strong>de</strong><br />

Engenharia os <strong>de</strong>talhes do<br />

equipamento que vai ser instalado<br />

2. procurar o instrumento pelo tag<br />

número no Índice <strong>de</strong> Instrumentos<br />

3. achar os <strong>de</strong>talhes aplicáveis<br />

4. instalar os instrumentos <strong>de</strong> acordo<br />

com as instruções dadas no<br />

Detalhe <strong>de</strong> Instalação <strong>de</strong><br />

Instrumento.<br />

O <strong>de</strong>talhe po<strong>de</strong> ser <strong>de</strong> um instrumento<br />

<strong>de</strong>terminado ou po<strong>de</strong> ser dado como<br />

típico. Há também <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> instalação<br />

para categorias e funções <strong>de</strong><br />

instrumentos. Por exemplo, um projetista<br />

geralmente possui centenas <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>senhos, coletados durante anos, todos<br />

catalogados por função ou tipo. Quando<br />

há uma nova instalação, algumas poucas<br />

alterações nos <strong>de</strong>senhos existentes<br />

facilitam e abreviam o trabalho.<br />

Po<strong>de</strong> haver categorias <strong>de</strong> <strong>de</strong>senhos<br />

quanto à variável envolvida (pressão,<br />

vazão, nível, temperatura e análise), tipo<br />

<strong>de</strong> medidor (placa <strong>de</strong> orifício, turbina),<br />

aplicação (medição <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> gases<br />

ou líquidos).<br />

Os <strong>de</strong>talhes <strong>de</strong> instalação são<br />

geralmente usados para transferir<br />

informação entre disciplinas. Por<br />

exemplo, a simples representação da<br />

folha <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong>ve ser transformada em<br />

algo mais específico para a instalação<br />

completa. Antes <strong>de</strong> o instrumentista<br />

instalar o instrumento, o projetista <strong>de</strong><br />

tubulação <strong>de</strong>ve provi<strong>de</strong>nciado os<br />

acessórios para receber o instrumento.<br />

A Fig. 10.1 é um exemplo típico <strong>de</strong><br />

folha <strong>de</strong> legenda.<br />

125


Fig. 10.1. Folha <strong>de</strong> legenda típica<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

126


Fig. 10.2. Desenho isométrico da alimentação pneumática <strong>de</strong> um instrumento<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Este <strong>de</strong>senho é suficientemente específico para cobrir <strong>de</strong>talhes que não po<strong>de</strong>m faltar,<br />

como as distancias acima do tubo para evitar sujeira e qualquer entrada possível <strong>de</strong><br />

con<strong>de</strong>nsado. Ele também permite a escolha do caminho e distâncias entre instrumentos<br />

colocados lado a lado.<br />

127


Fig. 10.3. Desenho isométrico para proteção e suporte <strong>de</strong> tubo <strong>de</strong> tomada <strong>de</strong> impulso.<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

128


Fig. 10.7. Divisão <strong>de</strong> trabalho e responsabilida<strong>de</strong><br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Fig. 10.11. Exemplo <strong>de</strong> um <strong>de</strong>talhe <strong>de</strong> instalação para medição <strong>de</strong> vazão <strong>de</strong> líquido<br />

129


Fig. 10.12<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

130


Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Fig. 10.13. Desenho instrucional, com quatro <strong>de</strong>talhes separados <strong>de</strong> instalação.<br />

131


Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Fig. 10.14 Desenho ortográfico, mostrando porque o <strong>de</strong>senho isométrico é melhor.<br />

132


Fig. 10.15. Detalhes <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> conexões <strong>de</strong> instrumentos <strong>de</strong> pressão<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

133


Fig. 10.16. Detalhes <strong>de</strong> manômetros<br />

Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Embora haja vários <strong>de</strong>senhos em um único diagrama, o engenheiro escolhe o tipo a ser<br />

usado em <strong>de</strong>terminada aplicação Não é o instalador que <strong>de</strong>ci<strong>de</strong> qual <strong>de</strong>talhe usar.<br />

Geralmente, o Índice <strong>de</strong> Instrumento <strong>de</strong>fine o <strong>de</strong>talhe a ser usado em cada aplicação<br />

específica.<br />

134


Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Fig. 10.21. Desenho ortográfico mostrando instrumentos <strong>de</strong> nível (visor e controlador) em um separador<br />

135


Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Fig. 10.22. Alimentação e tomada <strong>de</strong> processo (capilar) <strong>de</strong> transmissor pneumático.<br />

Fig. 10.23. Três exemplos <strong>de</strong> conjuntos filtro-reguladores pneumáticos<br />

136


Detalhes <strong>de</strong> Instalação<br />

Fig. 10.24. Detalhe <strong>de</strong> instalação <strong>de</strong> transmissor <strong>de</strong> pressão diferencial usado em tanque fechado<br />

137


Painéis <strong>de</strong> controle<br />

Os painéis <strong>de</strong> controle po<strong>de</strong>m ser<br />

divididos em duas gran<strong>de</strong>s categorias:<br />

1. local<br />

2. remoto<br />

Local se refere a proximida<strong>de</strong> com o<br />

processo. Remoto se refere distante do<br />

processo. Remoto é sinônimo <strong>de</strong> central,<br />

quando central significa centralizado, ou<br />

seja, quando todos os sinais <strong>de</strong> toda a<br />

planta são levados para um local<br />

centralizado.<br />

Painéis locais <strong>de</strong>vem suportar as<br />

condições hostis do ambiente industrial.<br />

Eles são submetidos às intempéries<br />

naturais (chuva, vento, maresia, neve,<br />

geada) e industriais (respingos, gases<br />

corrosivos). Este fato não influência os<br />

estilos e práticas dos <strong>de</strong>senhos, mas <strong>de</strong>ve<br />

ser coberto por uma especificação escrita<br />

que acompanha os <strong>de</strong>senhos.<br />

Painéis centrais estão localizados em<br />

salas <strong>de</strong> controle, em ambiente <strong>de</strong> ar<br />

condicionado. Eles são construídos<br />

conforme normas <strong>de</strong> uso geral.<br />

Teclados e monitores estão substituindo<br />

os painéis convencionais. Consoles <strong>de</strong><br />

sistemas <strong>de</strong> controle distribuído permitem<br />

menos licença artística para o projetista<br />

que os painéis convencionais. A<br />

engenharia humana é importante para<br />

todos os painéis.<br />

Objetivo do painel <strong>de</strong> controle<br />

Um painel <strong>de</strong> controle aloja<br />

instrumentos. É também um ponto <strong>de</strong><br />

interface entre um operador e o processo.<br />

O painel <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>ve ser projetado<br />

com duas idéias em mente.<br />

12<br />

Painéis <strong>de</strong> Controle<br />

1. O operador só po<strong>de</strong> ter um controle<br />

efetivo sobre um processo se pu<strong>de</strong>r<br />

receber e compreen<strong>de</strong>r a informação<br />

que chega e pu<strong>de</strong>r tomar a ação<br />

corretiva rapidamente. Assim, o painel<br />

<strong>de</strong> controle <strong>de</strong>ve ser projetado com<br />

uma faixa <strong>de</strong> controle do operador<br />

médio em mente.<br />

2. O equipamento <strong>de</strong>ve ser submetido à<br />

calibração e manutenção,<br />

periodicamente. O técnico <strong>de</strong><br />

manutenção <strong>de</strong>ve ter fácil acesso aos<br />

instrumentos e os componentes chave<br />

<strong>de</strong>vem ser adaptáveis à rápida troca ou<br />

ao reparo.<br />

Evolução<br />

É interessante seguir a evolução do<br />

projeto do painel <strong>de</strong> controle. Os primeiros<br />

painéis simplesmente alojavam os<br />

instrumentos: eles guardavam os<br />

instrumentos juntos em um local<br />

conveniente e protegido. Como o espaço<br />

era crítico, os painéis não satisfaziam nem<br />

o operador nem o instrumentista <strong>de</strong><br />

manutenção. Os instrumentos eram<br />

misturados confusamente e <strong>de</strong> difícil<br />

acesso.<br />

Quando foi verificado que o tempo <strong>de</strong><br />

produção era perdido por causa <strong>de</strong> projeto<br />

mal feito, tentou-se <strong>de</strong> tratar a parte frontal<br />

do painel como uma interface <strong>de</strong> operador<br />

e a parte traseira do painel era um ponto<br />

<strong>de</strong> interface com a manutenção. Quando<br />

foi verificado que nem toda instrumentação<br />

requeria a mesma freqüência <strong>de</strong><br />

intervenção do operador, registradores e<br />

contadores foram colocados em painéis<br />

verticais em pontos não acessíveis ao<br />

operador. Os controladores e as chaves<br />

liga-<strong>de</strong>sliga e botoeiras foram colocadas<br />

em consoles, tão próximos ao operador<br />

138


que podiam ser acessadas com um giro <strong>de</strong><br />

ca<strong>de</strong>ira.<br />

Os painéis gráficos foram <strong>de</strong>senvolvidos<br />

para colocar os instrumentos <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong><br />

uma configuração gráfica do processo; por<br />

exemplo, uma botoeira seria colocada<br />

<strong>de</strong>ntro <strong>de</strong> um símbolo para o equipamento<br />

atuado. Os painéis gráficos foram logo<br />

substituídos pelos painéis semi-gráficos,<br />

que agrupavam os instrumentos em um<br />

arranjo espacial lógico abaixo da<br />

representação gráfica do processo. Aqui é<br />

outro caso em que as palavras po<strong>de</strong>m ser<br />

mal entendidas pelo não especialista, pois<br />

muito mais informação po<strong>de</strong> ser<br />

apresentada em um painel semigráfico do<br />

que em um totalmente gráfico.<br />

Antes do aparecimento dos sistemas <strong>de</strong><br />

display compartilhado, gran<strong>de</strong>s plantas<br />

tinham gran<strong>de</strong>s painéis semigráficos, com<br />

algumas centenas <strong>de</strong> metros. Estes<br />

consoles requeriam muitos operadores,<br />

pois era fisicamente impossível uma única<br />

pessoa ver e alcançar tudo em painel tão<br />

gran<strong>de</strong>, <strong>de</strong> modo rápido.<br />

Com a tecnologia <strong>de</strong> display<br />

compartilhado, tornou-se possível chavear<br />

os displays gráficos e fazer as funções<br />

fixas do teclado correspon<strong>de</strong>r ao display<br />

mostrado. Uma pessoa podia então<br />

compreen<strong>de</strong>r e controlar várias funções.<br />

Telas sensíveis ao toque (touch screen) se<br />

tornaram comuns, substituindo teclados.<br />

O display compartilhado acabou com a<br />

discussão acerca da prevalência do painel<br />

gráfico ou semigráfico. Porém criou o<br />

problema da sobrecarga do operador.<br />

Comprimir o tamanho <strong>de</strong> um painel para a<br />

largura <strong>de</strong> uma tela <strong>de</strong> monitor é bom,<br />

quando a planta está funcionando<br />

normalmente, mas o que acontece quando<br />

várias unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> processo entram em<br />

alarme simultaneamente? Obviamente,<br />

<strong>de</strong>ve haver um compromisso econômico<br />

entre redundância (em termos <strong>de</strong> acesso a<br />

mais <strong>de</strong> um console), perigo potencial com<br />

o equipamento, concentração <strong>de</strong> dados e<br />

fadiga do operador.<br />

Apareceram técnicas especiais, como o<br />

anuncio <strong>de</strong> first out <strong>de</strong> alarme, que permite<br />

ao operador ver qual foi o primeiro alarme<br />

que foi acionado, em uma ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />

vários. A supressão do alarme secundário<br />

foi outra técnica usada, quando múltiplos<br />

eventos requerem que o operador<br />

Painéis <strong>de</strong> Controle<br />

concentre a atenção apenas em variáveis<br />

críticas.<br />

Acesso para manutenção é outro lado<br />

da mesma moeda. Painéis locais são ainda<br />

sujeitos à mesma restrição <strong>de</strong> espaço<br />

como sempre, embora os painéis locais<br />

estejam se tornando mais compactos, por<br />

causa da pouca exigência <strong>de</strong> espaço dos<br />

circuitos <strong>de</strong> multiplexação. Ainda, <strong>de</strong>ve-se<br />

fazer esforços para garantir que o<br />

equipamento escolhido e instalado seja<br />

acessível ao pessoal <strong>de</strong> manutenção.<br />

As normas geralmente especificam os<br />

parâmetros gerais <strong>de</strong> segurança, tais como<br />

o mínimo espaço para acesso. Elas dizem<br />

pouco acerca do projeto para permitir a<br />

rápida localização do equipamento correto<br />

e seus terminais.<br />

Salas <strong>de</strong> controle centralizadas<br />

permitem maior separação entre estes<br />

controles necessários para o operador e<br />

aqueles que não são essenciais para o<br />

acesso do operador. Os instrumentos atrás<br />

do painel são freqüentemente removidos<br />

do painel principal e colocados em painéis<br />

cegos, distantes da interface do operador.<br />

Interface Homem-Máquina<br />

Os aspectos da engenharia humana da<br />

interface entre o processo e o operador se<br />

tornam cada vez mais importantes. Em<br />

termos <strong>de</strong> projeto <strong>de</strong> painel, engenharia<br />

humana significa estudar as capacida<strong>de</strong>s<br />

físicas e psicológicas dos operadores<br />

médios e projetar e construir equipamento<br />

que permita a estes operadores funcionar<br />

tão eficientemente quanto possível.<br />

O operador médio po<strong>de</strong> ser homem ou<br />

mulher, alto ou baixo, gordo ou magro ou<br />

até ter alguma <strong>de</strong>ficiência física. Ele ou ela<br />

po<strong>de</strong> ser surdo ou daltônico ou qualquer<br />

combinação das características acima. Isto<br />

não importa. O problema permanece:<br />

como o projetista cria uma interface<br />

eficiente?<br />

Primeiro, se estuda os assuntos, o<br />

operador e a interface. Lipták recomenda<br />

que a fonte <strong>de</strong> dados seja mantida na<br />

mente (estudantes, soldados, físicos). A<br />

ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong>ve ter ajuste <strong>de</strong> altura <strong>de</strong><br />

assento, rodinhas para se mover<br />

facilmente.<br />

139


Introdução<br />

Os objetivos da Folha <strong>de</strong> Especificação<br />

são:<br />

1. Conter informação relacionada com<br />

o processo ou com outros<br />

instrumentos que são necessárias<br />

para completar a engenharia do<br />

sistema<br />

2. Fornecer ao pessoal <strong>de</strong> compra e<br />

outras pessoas interessadas a<br />

informação necessária para<br />

satisfazer suas tarefas <strong>de</strong> modo<br />

completo e eficiente –um canal <strong>de</strong><br />

comunicação.<br />

3. Servir como registro permanente<br />

para uso da planta – para<br />

instalação, produção , operação e<br />

manutenção.<br />

A Folhe <strong>de</strong> Especificação é o<br />

documento que fornece as informações<br />

<strong>de</strong>talhadas e especificas do instrumento,<br />

tais como:<br />

1. Função (sensor, indicação, registro,<br />

transmissão, tipo <strong>de</strong><br />

condicionamento, controle, atuação<br />

final, segurança)<br />

2. Variável inicializada (pressão,<br />

vazão, temperatura, nível, análise,<br />

posição, velocida<strong>de</strong>)<br />

3. Característica (formato, tamanho,<br />

acabamento, cor)<br />

4. Montagem (superfície, painel, tubo,<br />

pe<strong>de</strong>stal)<br />

5. Sinais <strong>de</strong> entrada e saída<br />

(eletrônico, pneumático, lógico,<br />

digital)<br />

6. Características funcionais (número<br />

<strong>de</strong> penas para registrador, ações <strong>de</strong><br />

12<br />

Folhas <strong>de</strong> Especificação<br />

controle do controlador, indicação<br />

opcional do transmissor,<br />

posicionador na válvula)<br />

7. Materiais envolvidos para partes<br />

molhadas, invólucro (ferro fundido,<br />

aço carbono, aço inoxidável, monel)<br />

8. Acessórios (filtro regulador,<br />

indicador local, tinta, gráfico,<br />

amortecedor, válvula <strong>de</strong> bloqueio,<br />

sifão, chave <strong>de</strong> alarme)<br />

9. Condições <strong>de</strong> operação<br />

(temperatura e pressão mínima,<br />

normal e máxima)<br />

10. Local <strong>de</strong> montagem (painel <strong>de</strong><br />

leitura, painel cego, campo)<br />

11. Classificação do local <strong>de</strong> montagem<br />

(área segura ou classificada –<br />

Classe, Grupo e Zona)<br />

12. Classificação elétrica do instrumento<br />

(prova <strong>de</strong> explosão ou <strong>de</strong> chama,<br />

purga ou pressurização, segurança<br />

intrínseca, segurança aumentada,<br />

não incenditivo)<br />

13. Classificação mecânica do invólucro<br />

(NEMA ou IEC IP)<br />

14. Faixa calibrada e unida<strong>de</strong>s SI<br />

15. Tipo e tamanho <strong>de</strong> conexões com<br />

processo (½ “ NPT)<br />

Como a combinação <strong>de</strong> todas estas<br />

informações resulta em uma quantida<strong>de</strong><br />

quase infinita <strong>de</strong> documentos diferentes, é<br />

prática comum <strong>de</strong>senvolver formulários<br />

padrão, separando principalmente as<br />

folhas por função e variável. Através<br />

<strong>de</strong>stes formulários padrão se propõe<br />

1. Ajudar na preparação da<br />

especificação completa listando e<br />

<strong>de</strong>ixando espaço em branco para<br />

preenchimento das principais<br />

opções <strong>de</strong>scritivas.<br />

140


2. Promover uniformida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

terminologia<br />

3. Facilitar cotação, compra e balanço,<br />

recebimento e pedido através da<br />

informação uniforme<br />

4. Ter um registro útil e permanente<br />

para verificar a instalação.<br />

A ISA S20 (1981): Specification Forms<br />

for Process Measurement and Control<br />

Instruments, Primary Elements and Control<br />

Valves apresenta Folhas <strong>de</strong> Especificação<br />

padronizadas para as seguintes categorias<br />

<strong>de</strong> instrumentos:<br />

1. Instrumentos receptor (indicador,<br />

registrador)<br />

2. Anunciadores <strong>de</strong> Alarme<br />

3. Formulários em branco<br />

4. Instrumentos potenciométricos<br />

5. Instrumentos <strong>de</strong> temperatura<br />

a) Enchimento termal<br />

b) Termopares e termopoços<br />

c) Detector <strong>de</strong> Temperatura a<br />

Resistência e termopoços<br />

d) Bimetal<br />

e) Termômetro <strong>de</strong> vidro<br />

6. Instrumentos <strong>de</strong> pressão diferencial<br />

7. Instrumentos <strong>de</strong> vazão:<br />

a) Placas <strong>de</strong> orifício e Flange<br />

b) Rotâmetro <strong>de</strong> área variável<br />

c) Tubo magnético<br />

d) Deslocamento positivo<br />

8. Instrumentos <strong>de</strong> nível<br />

a) Deslocador e bóia<br />

b) Tipo capacitivo<br />

c) Visor<br />

9. Instrumentos <strong>de</strong> pressão<br />

a) Manômetros<br />

b) Chaves<br />

10. Válvulas <strong>de</strong> controle<br />

11. Válvulas Piloto <strong>de</strong> controle <strong>de</strong><br />

pressão e Reguladores<br />

12. Regulador <strong>de</strong> temperatura autoatuada<br />

13. Válvulas <strong>de</strong> alívio <strong>de</strong> pressão<br />

14. Discos <strong>de</strong> ruptura<br />

15. Válvulas solenói<strong>de</strong>s<br />

Estes formulários são simples,<br />

resumidos e po<strong>de</strong>m incluir ou não todos os<br />

dados <strong>de</strong> engenharia ou <strong>de</strong>finições <strong>de</strong><br />

aplicação necessárias.<br />

Algumas folhas consistem <strong>de</strong> uma<br />

principal e outra secundaria (em forma <strong>de</strong><br />

tabela). A folha principal é usada<br />

especificar um único ou vários<br />

instrumentos e a folha auxiliar serve para<br />

Folhas <strong>de</strong> Especificação<br />

listar os tags dos vários instrumentos<br />

especificados na anterior.<br />

O cabeçalho da folha é projetado para<br />

incluir o logotipo e nome da empresa,<br />

nome do projeto, local da planta, data.<br />

Os formulários da Folha <strong>de</strong><br />

Especificação cobrem apenas os<br />

instrumentos mais comuns. A lista não é<br />

completa nem é catálogo <strong>de</strong> instrumentos<br />

e por isso ela po<strong>de</strong> ser continuamente<br />

expandida.<br />

Uma folha <strong>de</strong> instrução é <strong>de</strong>dicada a<br />

cada Folha <strong>de</strong> Especificação, explicando<br />

as aplicações, termos usados e o<br />

procedimento <strong>de</strong> preenchimento. As<br />

instruções são associadas aos números da<br />

linha da Folha.<br />

<br />

Apostilas DOC\<strong>Documentação</strong> <strong>Documentação</strong>.doc 13 JAN 03<br />

141

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