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eBook - Antropologia Missionária - Ronaldo Lidorio - Juvep

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de Deus e uma teologia de redenção.<br />

3. Cerimoniais ou ritualísticas. Algumas sociedades são claramente mais<br />

cerimoniais e outras mais ritualísticas. Ou seja, algumas valorização todo<br />

fenômeno que for validado pela repetição enquanto outras se basearão em<br />

fenômenos únicos, não repetitivos. Culturas cerimoniais devem receber o<br />

evangelho em uma forma cíclica expondo seus principais elementos através<br />

dos ‘blocos’ de assuntos relevantes para a salvação do homem como as<br />

contínuas manifestações do amor de Deus ao longo da história, os diversos<br />

exemplos do relacionamento de Cristo com o homem, a contínua lembrança de<br />

Seu sacrifício. As teologias indicadas, portanto, são: queda e restauração, amor<br />

de Deus e busca pelo homem. Culturas ritualísticas devem receber o<br />

evangelho em uma forma pontual expondo os marcos que fazem o evangelho a<br />

proposta de Deus para o homem como a criação, o dilúvio, o sacrifício único de<br />

Cristo, a promessa de sua volta. As teologias indicadas, neste caso, são:<br />

teontológica, queda, alianças, sacrifício e cruz.<br />

Cerimônia é um ato religioso que se repete para afirmar um valor existente. Na<br />

Igreja Evangélica, por exemplo, a Santa Ceia é uma cerimônia que tem um<br />

tempo de validade, digamos assim, antropologicamente falando, que precisa se<br />

repetir. Rito é uma prática religiosa que tem característica única e não precisa<br />

ser revalidada. Na Igreja Evangélica, por exemplo, podemos exemplificar com<br />

o batismo. Há culturas mais ritualísticas e outras mais cerimoniais, ou seja,<br />

mais baseadas em atos repetitivos e validadores e outros únicos. As<br />

ritualísticas compreenderão mais os valores bíblicos se falarmos na cruz, que<br />

foi em si um ato único e universal. As cerimoniais compreenderão valores mais<br />

repetitivos ao longo da história como as alianças entre Deus e o homem.<br />

Estas características (cerimoniais ou ritualísticas) em si não podem definir a<br />

abordagem evangelística a um povo, mas vem, junto a tantas outras, burilar tal<br />

abordagem.<br />

4. Uma cultura cerimonial, histórica, tradicional, teófana, totêmica e clânica,<br />

possuidora de Ponto Alfa aético, espíritos também aéticos, cosmogonias e<br />

antropogonias validadoras da origem do universo, organizada socialmente a<br />

partir de uma hierarquia humana definida (chefes, xamãs, mágicos,<br />

curandeiros e sonhadores) bem como uma hierarquia espiritual definida<br />

(espíritos espirituais, humanos, de antigos, presentes no mundo do além e do<br />

aquém), dificilmente seria alcançada pelo evangelho a partir da teologia da<br />

criação.<br />

Os códigos receptores constroem o conceito de um universo, desde o início,<br />

aético, portanto sem conceitos socialmente destacados de certo e errado, bem<br />

e mal. Note que é uma cultura histórica e tradicional, portanto certamente<br />

você encontrará em sua mitologia as narrativas que original ou validam este<br />

perfil aético. Por ser cerimonial, certamente poderíamos já supor que tais<br />

175 <strong>eBook</strong> – <strong>Antropologia</strong> <strong>Missionária</strong> – <strong>Ronaldo</strong> A Lidório

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