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eBook - Antropologia Missionária - Ronaldo Lidorio - Juvep

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efeitos serão eternos, utiliza-se aí os mesmos códigos de comunicação de uma<br />

cultura histórica. Paradoxalmente, uma cultura existencial dificilmente<br />

compreenderá os valores da fé cristã a partir de tais marcos, por possuir códigos<br />

distintos demais do transmissor. Nota-se, portanto, que cada sociedade observa a<br />

vida com óculos próprios e destaca os conflitos de acordo com suas lentes. Alguns<br />

entenderão que a problemática da vida está baseada no passado, o erro de nossos<br />

pais. Outros no presente, a imperfeição com a qual convivemos. Ainda outros no<br />

futuro, o karma ou destino que nos aguarda. Quando o transmissor e receptor<br />

utilizam lentes parecidas para observar a vida, a mensagem torna-se viva e<br />

significativa.<br />

5. Culturas teófanas devem ser apresentadas ao evangelho principalmente a partir<br />

de Deus, Sua pessoa e atributos. Neste caso o ponto a ser explorado é o conceito<br />

de sagrado e profano bem como a diferenciação entre o bem e o mal.<br />

Para tal utiliza-se o conceito de Deus e uma teologia de espíritos, anjos e<br />

demônios. As teologias bíblicas centrais a serem apresentadas são: de Deus,<br />

sagrado e profano, queda e mal, céu e inferno, anjos e demônios.<br />

6. Culturas Naturalistas devem ser apresentadas ao evangelho principalmente a<br />

partir da necessidade do homem, seu fracasso em se auto-satisfazer. As teologias<br />

bíblicas a serem apresentadas são: do homem, do pecado e de Cristo. Tal<br />

cultura, naturalista, não teófana, centraliza o homem no universo. Desta forma as<br />

lentes usadas para observar a vida são humanistas e egocêntricas. As soluções<br />

para os conflitos da vida também.<br />

Nestas conclusões simples permitam-me também lhes falar sobre as teologias bíblicas<br />

a serem apresentadas. Refiro-me a temas bíblicos como criação, queda, salvação e<br />

assim por diante. Algumas teologias, para serem plenamente comunicadas, exigem<br />

“Persona Alfa” e “Ponto Alfa” como a teologia da criação. Outras teologias bíblicas<br />

exigem pelo menos a “Persona Alfa” como a teologia da queda. Também a teologia de<br />

anjos.<br />

Ou seja, temos em mãos a mensagem do evangelho e as Escrituras de forma<br />

completa. Para a comunicarmos, porém, lidaremos com as limitações dos padrões<br />

culturais. Uma cultura sem a compreensão histórica do “Ponto alfa” e “Persona alfa”,<br />

por exemplo, sofrerá grandes barreiras ao tentar compreender a criação e a queda.<br />

Quando sugiro que o evangelho deve ser comunicado a partir de tal teologia não<br />

tenciono dar a idéia de que a Bíblia não possa ser plenamente exposta em algumas<br />

culturas mas sim que o ponto de partida para fundamentar a compreensão do<br />

evangelho deve ser a partir de valores compreensíveis lingüística e culturalmente<br />

para tal povo.<br />

O povo Frafra, de Gana, por exemplo, não possui um termo específico para conceituar<br />

Deus (um deus sobre todos) por ter sua religiosidade baseada em um animismo<br />

fetichista clânico. A introdução do evangelho a partir de Cristo, a cruz e a salvação<br />

172 <strong>eBook</strong> – <strong>Antropologia</strong> <strong>Missionária</strong> – <strong>Ronaldo</strong> A Lidório

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