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eBook - Antropologia Missionária - Ronaldo Lidorio - Juvep

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associação. A associação se dá quando, após uma informação ser recebida,<br />

compreendida e interpretada, o receptor percebe um espaço em sua vida ou<br />

sociedade onde a mesma poderia lhe ser útil. A associação, portanto, é a aplicação de<br />

elementos compreendidos e interpretados da informação.<br />

A comunicação, portanto, pode ser definida como um processo em que uma<br />

informação (formal ou informal) seja transmitida, decodificada, interpretada e<br />

associada ao universo de quem a recebe. Isto independe, é claro, de sua aceitação ou<br />

rejeição.<br />

Compreendemos uma mensagem quando conseguimos decodificá-la. E para<br />

decodificá-la utilizamos os nossos próprios códigos. O processo de criptografia<br />

utilizado para salvaguardar mensagens confidenciais é semelhante. Uma mensagem,<br />

em Português, por exemplo, passa por um processo criptográfico que a torna ilegível.<br />

Para criptografá-la, porém, é necessário a utilização de um código pré-definido pois<br />

este deve ser o mesmo utilizado para descodificá-la e assim torná-la idêntica à sua<br />

forma original. Duas fontes distintas (quem envia e quem recebe) precisa, portanto,<br />

partilhar o mesmo código. Às vezes, quando tal mensagem cai em mãos adversárias<br />

que desejam lê-la, o que fazem é utilizar programas que possam descobrir o código<br />

usado, ou um código próximo. Quando descobrem um código próximo e o utilizam<br />

para ler a mensagem, conseguem muitas vezes lê-la mas não com perfeição. Na<br />

guerra fria estes processos custaram caro pois transmitiam mensagens partidas ou<br />

com sentido inexato. O fato é que, quando mais próximo for o código mais perfeita<br />

será a compreensão da mensagem.<br />

Culturalmente falando possuímos códigos universais que fazem com que a<br />

humanidade possa partilhar de valores também universais. Possuímos, porém,<br />

códigos particulares que definem nossa identidade social, grupal ou étnica. Tais<br />

códigos particulares fazem com que compreendamos bem nossa própria mensagem<br />

mas, se a transmitimos com nossos próprios códigos, aquele que a recebe terá incrível<br />

dificuldade para compreendê-la. A não ser se o agente que a recebe possui habilidade<br />

para interpretar os códigos de quem a envia.<br />

Ao transmitirmos uma mensagem, ou a mensagem do evangelho, por exemplo,<br />

precisamos, assim, pensar nos códigos receptores. Tais códigos são, possivelmente, o<br />

capítulo principal na vida de alguém que deseja transmitir uma mensagem que seja<br />

plenamente compreendida. Tais códigos receptores envolvem a língua, a cultura e o<br />

ambiente.<br />

O que propomos aqui, de forma ilustrativa, é decodificar a sociedade que há de<br />

receber nossa mensagem e utilizar tais códigos para traduzir tal mensagem antes de<br />

ser enviada. Chegará de forma clara, compreensível e aplicável. O trabalho, portanto,<br />

é feito na fonte, ou seja, por aquele que pretende transmiti-la.<br />

Desta forma uma comunicação tradicional para grupos tradicionais, existencial para<br />

grupos existenciais, e assim por diante, obterá uma boa possibilidade de que o fato<br />

168 <strong>eBook</strong> – <strong>Antropologia</strong> <strong>Missionária</strong> – <strong>Ronaldo</strong> A Lidório

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