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eBook - Antropologia Missionária - Ronaldo Lidorio - Juvep

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Espíritos dos antigos, antes humanos, agora inumanos. Em alguns casos serão<br />

identificados numa categoria acima dos humanos, como os ancestrais. Possuem<br />

conhecimento que não dispunham enquanto humanos e alguns possuem poderes ou<br />

influência. Entre os Konkombas são deixados alguns banquinhos para uso dos<br />

ancestrais, quando se assenta debaixo das árvores para a conversa do fim do dia.<br />

Espíritos espirituais, nunca humanos. Foram criados (ou surgiram) já espíritos e<br />

nunca interagiram com os homens como humanos. Na Bíblia seria a figura dos anjos,<br />

mesmo com aparência humana. Podem ser bons, maus ou aéticos.<br />

Espíritos espirituais bons, como a figura dos anjos, quase sempre ligados à proteção<br />

ou ajuda. Raros nas etnias animistas, mais simples, menos dicotômicas.<br />

Espíritos espirituais maus, como a figura dos demônios. Há diferença de níveis e<br />

seria importante identificar o coordenador ou soberano desta categoria. A idéia do<br />

mal é necessária para a pregação do Evangelho da mesma forma que o pecado é um<br />

elemento essencial para a pregação do perdão de Deus.<br />

Espíritos espirituais aéticos. Abundantes em grupos mais espiritualistas animistas<br />

não dicotômicos como os indígenas no Brasil. São espíritos não confiáveis.<br />

Espíritos não espirituais, isto é, que habitam outras dimensões. São espíritos<br />

existentes, mitológicos, sobre os quais se houve falar e que sempre são reputados<br />

como não sendo do mundo dos homens, do aquém ou do além.<br />

Há quatro temas principais que constroem o pensamento religioso em um grupo:<br />

magia, ritos, mitos e totemismo. Segue-se, portanto, quatro textos que introduzem e<br />

categorizam estes quatro assuntos. Sugiro que os estude de forma acurada antes de<br />

dar novos passos.<br />

Magia<br />

Trato da magia do ponto de vista antropológico. Desta forma não iremos abordar a<br />

prática mágica sob o crivo da teologia bíblica ou mesmo sob uma plataforma de<br />

julgamento moral. Meu desejo é tão somente observar o ato mágico em uma<br />

abordagem êmica, a partir da cosmovisão daquele que a pratica.<br />

Magia e a negação de um estado evolutivo<br />

A magia, religião e ciência são assuntos tratados muitas vezes de forma conjunta na<br />

120 <strong>eBook</strong> – <strong>Antropologia</strong> <strong>Missionária</strong> – <strong>Ronaldo</strong> A Lidório

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