JORNAL BRASILEIRO DE OFTALMOLOGIA - Sociedade Brasileira ...
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Marcelo<br />
Nº 138/139/140 - ABR-AGO - 2010<br />
XVI Congresso:<br />
Abertura e entrega<br />
do 38º Prêmio Varilux<br />
Página 3<br />
Confraternização,<br />
convidados nacionais<br />
e internacionais<br />
Páginas 4, 5 e 19<br />
Exposição, eleição<br />
nova diretoria,<br />
premiações<br />
Páginas 6 e 7<br />
<strong>JORNAL</strong> <strong>BRASILEIRO</strong><br />
<strong>DE</strong> <strong>OFTALMOLOGIA</strong><br />
NOTICIÁRIO DA SOCIEDA<strong>DE</strong> BRASILEIRA <strong>DE</strong> <strong>OFTALMOLOGIA</strong><br />
RECONHECIDA <strong>DE</strong> UTILIDA<strong>DE</strong> PÚBLICA PELA LEI Nº 936 <strong>DE</strong> 15/09/1959<br />
O
2<br />
No International Corner: Amar Agwal,<br />
um inovador nas cirurgias de catarata<br />
Amar Agawal, oftalmologista indiano<br />
responsável por várias inovações na cirurgia<br />
de catarata, é o convidado de<br />
Fernando Trindade para o International<br />
Corner deste número do JBO.<br />
A biografia de Amar Agawal, professor<br />
de Oftalmologia da Faculdade de Medicina<br />
de Ramachanda, Chennai, parece<br />
repetir a de inúmeros oftalmologistas brasileiros.<br />
Ele dirige, junto com sua famí-<br />
Um mestre, prof. Carlos Souza Dias<br />
é o autor do artigo da Seção Brasil<br />
Na Seção Brasil, Carlos Souza Dias,<br />
professor titular da Faculdade de Ciências<br />
Médicas da Santa Casa de São Paulo e<br />
professor livre docente pela Unifesp, que<br />
participou do XVI Congresso Internacional<br />
da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia,<br />
apresenta “Importância do diagnóstico<br />
diferencial em estrabismo”.<br />
No artigo, prof. Carlos Souza Dias<br />
ressalta a importância da precisão de termos<br />
em ciência e narra um fato ocorrido<br />
com ele, no início de sua carreira, para<br />
ilustrar como a frequente “confusão entre<br />
estrabismo permanente e intermitente<br />
não é uma questão puramente semântica”,<br />
pelo contrário, pode levar a erros<br />
diagnósticos. PÁGINA 13<br />
Prof. Carlos Souza Dias, palestrante do XVI<br />
Congresso Internacional nos Cursos de<br />
Conduta em Estrabismo e Tratamento<br />
Conhecimento, experiência, serviços?<br />
O quê se vende num consultório?<br />
Celso Marra, membro do conselho consultivo<br />
da SBO, membro da SBAO, presidiu a SBO<br />
(1985-1987)<br />
Ex-presidente da SBO, onde atualmente<br />
integra o conselho consultivo, Celso<br />
Marra, que tem “45 anos de estrada com<br />
alguns consultórios e clínicas no currículo”,<br />
é o autor da coluna Opinião desta<br />
edição.<br />
Com sua larga experiência, ele propõe<br />
uma perspectiva diferente sobre a administração<br />
de um consultório ao responder<br />
à pergunta do título: O quê se vende num<br />
consultório médico?<br />
Ao escrever o artigo, Celso Marra espera<br />
estimular o debate sobre um dos aspectos<br />
que mais preocupa a classe<br />
oftalmológica. PÁGINA 11<br />
Jantar para sócios que colaboraram<br />
na reforma do auditório e palestrantes<br />
Em retribuição ao apoio dos sócios<br />
que colaboraram com a reforma do auditório<br />
da SBO e em homenagem aos<br />
palestrantes internacionais e nacionais<br />
do XVI Congresso, a diretoria do biênio<br />
2009-2010 ofereceu um jantar na Casa<br />
de Arte e Cultura Julieta de Serpa.<br />
A escolha do local mereceu elogios<br />
de todos, inclusive das delegações internacionais.<br />
Localizada no Flamengo<br />
a Casa Julieta de Serpa e um palacete<br />
em estilo neoclassico francês.<br />
PÁGINA 10<br />
lia, que inclui vários oftalmologistas, o<br />
Dr. Agarwal’s Eye Hospital & Eye<br />
Research Centre, fundado por seu avô.<br />
Não bastasse ser considerado um centro<br />
de referência oftalmológica mundial,<br />
o Dr. Agarwal’s Eye Hospital & Eye<br />
Research orgulha-se de ser o único hospital<br />
cuja arquitetura tem o formato de<br />
um olho.<br />
PÁGINA 12<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
Simone e Marcelo Diniz (SBO), Mário Motta,<br />
Aderbal de Albuquerque Alves e Juliana Bohn<br />
Alves, na Casa Julieta de Serpa<br />
Nota da Redação: As seções Oft@lmonline, A Visão da Justiça e Conta Gotas voltam<br />
a ser publicadas na próxima edição do JBO<br />
A <strong>Sociedade</strong><br />
<strong>Brasileira</strong> de<br />
Mario Motta* Oftalmologia,<br />
fundada em<br />
1922, tem tradição na realização de congressos<br />
de elevado nível científico em<br />
um ambiente de cordialidade e confraternização<br />
para oftalmologistas de todo<br />
o Brasil e do exterior. Nos anos pares,<br />
convidados internacionais juntam-se a<br />
nós, trazendo contribuições importantes<br />
e estreitando o intercâmbio necessário<br />
para a atualização constante.<br />
Foi com muito orgulho e com os<br />
“braços abertos”, que recebemos em<br />
2010 os 1.427 participantes do XVI<br />
Congresso Internacional, incluindo os<br />
16 representantes das <strong>Sociedade</strong>s Argentina,<br />
Espanhola, Francesa, Italiana,<br />
Paraguaia, Portuguesa e colegas dos<br />
Estados Unidos, aos quais agradecemos<br />
a colaboração e o interesse em participar,<br />
demonstrados desde o momento<br />
em que os convites foram feitos.<br />
A participação, entre os palestrantes,<br />
de 16 representantes de alto<br />
nível das sociedades estrangeiras, de<br />
mais de 300 conferencistas brasileiros<br />
altamente conceituados em suas áreas<br />
de atuação, entre os quais muitos professores<br />
titulares, adjuntos, livre-docentes<br />
e dezenas de doutores e mestres,<br />
e a participação maciça de oftalmologistas<br />
de todas as partes do Brasil, comprova<br />
a excelência dos congressos realizados<br />
pela <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia.<br />
Ao conferir pontuação 10 ao XVI<br />
Congresso, enquanto outros eventos semelhantes<br />
recebem 15 a 20 pontos, a<br />
Comissão Nacional da Acreditação demonstra<br />
que não só critérios técnicos,<br />
mas outros tópicos cujo o caráter desconhecemos,<br />
devem estar sendo levados<br />
em conta nesta, avaliações. A Comissão<br />
Nacional de Acreditação precisa<br />
urgentemente rever seus critérios de<br />
pontuação.<br />
A escolha do tema oficial MIOPIA,<br />
Confira .............................................. 2<br />
Editorial ............................................. 2<br />
XVI Congresso Internacional<br />
da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
de Oftalmologia ................................ 3-7 e 19<br />
Jantar da SBO ................................. 10<br />
Convênio SBO/ SBCII/ SBCR .......... 8<br />
Opinião ............................................. 11<br />
International Córner ......................... 12<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Considerações sobre a SBO<br />
e o XVI Congresso Internacional<br />
alteração refracional que acomete pelo<br />
menos 30 a 40% da população ocidental<br />
e é o vício de refração com maior<br />
necessidade de prescrição entre estudantes,<br />
demonstra que a Comissão Científica<br />
teve preocupação com o caráter<br />
social desta entidade. O Simpósio “O<br />
Olho Míope” abordou praticamente<br />
todos os aspectos relacionados ao tema,<br />
mostrando a importância da refratometria<br />
como parte nobre e fundamental<br />
do exame oftalmológico.<br />
Conforme ressaltei no meu discurso<br />
na abertura do XVI Congresso<br />
Internacional, quero destacar a<br />
volta do curso da SBO, regulamentado<br />
no sistema de pós-graduação,<br />
em parceria com a Universidade<br />
Estácio de Sá, hoje com abrangência<br />
nacional, graças ao esforço da diretoria<br />
de cursos, que tem à frente o<br />
prof. Arlindo Portes, e a inestimável<br />
cooperação dos professores Gilberto<br />
de Oliveira Castro, Mário<br />
César Esteves de Oliveira e Carlos<br />
Manuel Santos Mercês.<br />
Não é papel das <strong>Sociedade</strong>s Médicas<br />
incentivar qualquer tipo de competição<br />
ou rivalidade com as instituições,<br />
universitárias ou não, responsáveis<br />
pelos Programas de Residência<br />
Médica. Ao contrário, deve prevalecer<br />
o espírito de colaboração mútua em prol<br />
da melhoria da competência dos egressos<br />
da Residência. Este tem sido e continuará<br />
sendo o objetivo do Curso de<br />
Especialização da SBO.<br />
A presença maciça de oftalmologistas<br />
jovens, o sucesso do Fórum dos Residentes,<br />
a diversidade dos palestrantes<br />
e temas apresentados, a confraternização<br />
entre colegas, muitos dos quais tiveram<br />
sua iniciação “nos bancos da <strong>Sociedade</strong><br />
<strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia”,<br />
confirmam o slogan, criado na gestão<br />
de Sérgio Fernandes: “SBO, A Casa do<br />
Oftalmologista Brasileiro”.<br />
*Presidente da SBO<br />
PÁGINA PÁGINA<br />
Seção Brasil ..................................... 13<br />
Necrológio ........................................ 14<br />
Filiadas à SBO ................................. 16<br />
FeCooeso ......................................... 18<br />
Olho Vivo .......................................... 18 e 22<br />
Tempo e Memória ............................<br />
Calendário de Eventos<br />
20<br />
Oftalmológicos ................................. 22<br />
Expediente ........................................ 22
Abril - Agosto - 2010<br />
Membros da Comissão Organizadora, o tesoureiro da SBO,<br />
Sansão Kac, de costas, o presidente Mário Motta, e o vice<br />
Aderbal de Albuquerque Alves Jr., à direita, pouco antes do<br />
início das atividades científicas<br />
Congresso reúne presidentes de três sociedades europeias<br />
Na Sessão Solene de Abertura, homenagens e entrega do 38º Prêmio Varilux<br />
O XVI Congresso Internacional da <strong>Sociedade</strong><br />
<strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia reuniu um<br />
total de 1.427 congressistas durante os três<br />
dias do evento- 1, 2 e 3 de julho-, no Hotel<br />
InterContinental Rio. Promovido sempre nos<br />
anos pares, o Congresso Internacional de 2010<br />
teve 16 palestrantes do exterior, inclusive os<br />
presidentes das <strong>Sociedade</strong>s Francesa, Italiana<br />
e Portuguesa de Oftalmologia, respectivamente,<br />
Béatrice Cochener, Matteo Piovella e Antonio<br />
Travassos, além de 330 conferencistas<br />
brasileiros de todas as regiões do país.<br />
No primeiro dia, às 19 horas, foi realizada<br />
a Sessão Solene de Abertura, quando<br />
foram homenageados com os títulos de Sócio<br />
Benfeitor os professores Gilberto de<br />
Arlindo Portes, diretor de cursos, entrega o Título<br />
de Sócio Benfeitor da SBO ao prof. Carlos<br />
Manuel Santos Mercês, diretor-técnico da<br />
Policlínica Ronaldo Gazolla, da Estácio de Sá<br />
Presidente Mário Motta entrega o Prêmio da<br />
Categoria Incentivo à Pesquisa (placa e<br />
diploma) a Renato Ambrósio Jr., também do<br />
Rio de Janeiro<br />
Boas-vindas: congressistas são recebidos com bombons,<br />
oferecidos por uma das recepcionistas da Interevent, empresa<br />
responsável pela secretaria executiva do XVI Congresso<br />
Internacional da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia<br />
Oliveira Castro (membro titular da Academia<br />
Nacional de Medicina, ex-reitor da<br />
Universidade Estácio de Sá), Mário César<br />
Martins Esteves de Oliveira (diretor geral<br />
do Campus Arcos da Lapa da Universidade<br />
Estácio de Sá) e Carlos Manuel Santos<br />
Mercês (diretor-técnico da Policlínica<br />
Ronaldo Gazzola, Curso de Medicina da<br />
Universidade Estácio de Sá).<br />
Em seu discurso, o presidente da SBO,<br />
Mário Motta, destacou o esforço da diretoria<br />
de cursos, tendo à frente o prof. Arlindo Portes,<br />
e a inestimável cooperação dos homenageados,<br />
propiciando, em parceria com a Universidade<br />
Estácio de Sá, hoje com abrangência<br />
nacional, que “ voltemos a ter o curso regula-<br />
Laurent Vacherot, diretor da Essilor<br />
Internacional, e Thomas Bayer, presidente da<br />
Essilor América Latina, com Mário Motta, 1º<br />
Residente a receber o Prêmio Varilux (1978)<br />
À esquerda, Antonio Cardoso e Clayton Araújo, à direita Gloria Silvestre<br />
e Milena Amaral (Essilor), com a comissão julgadora do 38º Prêmio<br />
Varilux, João Borges Fortes (RS), Miguel Hage Amaro (PA), Mário<br />
Ursulino (SE), homenageados com trofeus por sua participação<br />
mentado no Sistema de Pós-Graduação.”<br />
Liane de Rezende foi a mestre de cerimônia<br />
da Sessão de Abertura, cuja mesa ( foto capa,<br />
a partir da esquerda) foi composta por Matteo<br />
Piovella (Itália), Béatrice Cochener (França),<br />
Walter Martínez Gill (Paraguai), Paulo<br />
Augusto de Arruda Mello (presidente do CBO),<br />
Mário Motta (presidente da SBO), Rafael<br />
Barraquer (Espanha), Antonio Travassos (Portugal),<br />
James Folk (EUA), Aderbal de<br />
Albuquerque Alves Jr. (vice-presidente-RJ da<br />
SBO), Sérgio Fernandes (representante do<br />
Cremerj) e Suzana Gamio (Argentina).<br />
Mário Motta foi homenageado por ter<br />
sido o 1º Residente a receber o Prêmio Varilux<br />
(7º Prêmio Varilux Especial - 1978) pelo tra-<br />
Jayter Silva de Paula, de Ribeirão Preto,<br />
SãoPaulo, recebe o Prêmio da Categoria<br />
Máster do presidente da Essilor América<br />
Latina, Thomas Bayer<br />
3<br />
Ainda no primeiro dia, Luciene Barbosa (SP), à esquerda,<br />
confere Programa do Congresso, à direita, nova geração de<br />
oftalmologistas já a postos para participar do Fórum dos<br />
Residentes, com Apoio Científico da Allergan<br />
Dois netbooks foram sorteados na<br />
Sessão Solene de Abertura: João<br />
Alberto Holanda de Freitas (SP)<br />
ganhou o primeiro<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
balho “Importância da Amplitude de Acomodação<br />
na Correção da Presbiopia”.<br />
A seguir foi feita a entrega do 38º Prêmio<br />
Varilux e o sorteio de dois netbooks. O 38º<br />
Prêmio Varilux premiou, na Categoria Máster,<br />
Jayter Silva de Paula (Ribeirão Preto-SP) com<br />
o trabalho “Effect of Isosarbide Dinitrate on<br />
Corneal Hyperalgesia and Inflamation Induced<br />
by Lipopolysaccharide”. Na Categoria Sênior,<br />
Renata Siqueira da Silva (RJ), com “Estudo<br />
das Correlações entre a Área do Disco Óptico e<br />
as Características Geométricas e Biomecânicas<br />
da Córnea”. Na Categoria Incentivo à Pesquisa-Refração,<br />
o ganhador foi Renato Ambrósio<br />
Jr., com “Impacto da Análise do Wavefront na<br />
Refratometria de Pacientes com Ceratocone”.<br />
Renata Siqueira da Silva, da cidade do Rio de<br />
Janeiro, recebe o Prêmio da Categoria Sênior<br />
do diretor de marketing da Essilor Brasil,<br />
Charles-Eric Poussin<br />
O segundo netbook, entregue por<br />
João Alberto Holanda de Freitas<br />
(SP), foi sorteado para Ana Laura<br />
Caiado Canedo (RJ)
4<br />
Não foi por falta<br />
de torcida que Brasil<br />
perdeu para Holanda<br />
Congressistas brasileiros e estrangeiros<br />
literalmente vestiram a camisa do Brasil<br />
O Brasil não ganhou o jogo contra a<br />
Holanda pelas quartas de final da Copa<br />
do Mundo, mas não foi por falta de torcida<br />
dos participantes do XVI Congresso<br />
Internacional da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de<br />
Oftalmologia: palestrantes brasileiros e<br />
internacionais, expositores, recepcionistas,<br />
todos torceram e sofreram juntos.<br />
Patrocinada pela Pró-Oftalmo, com direito<br />
à farta distribuição de camisas, pipoca<br />
e refrigerantes, a “Sessão Jogo da<br />
Copa” foi uma oportunidade de confraternização,<br />
um dos objetivos de qualquer<br />
congresso, destacou o presidente Mário<br />
Motta, que assistiu ao jogo com os convidados<br />
internacionais, a maioria torcendo<br />
pelo Brasil, uma vez que França e Itália já<br />
tinham sido desclassificadas anteriormente,<br />
restando apenas a seleção argentina.<br />
Palestrantes brasileiros e estrangeiros<br />
literalmente vestiram a camisa da<br />
seleção brasileira, antes de entrar no auditório<br />
onde o jogo seria transmitido.<br />
Muitos, como o presidente da <strong>Sociedade</strong><br />
Italiana de Oftalmologia, Matteo<br />
Piovella, e Béatrice Cochener, presidente<br />
da <strong>Sociedade</strong> Francesa, fizeram questão<br />
de assistir ao jogo com a camisa do<br />
Brasil. Um dos torcedores mais animados<br />
era Thanh Hoang-Xuan, secretário<br />
Com o auditório<br />
lotado, muitos<br />
tiveram que ficar<br />
em pé ou então,<br />
como a turma<br />
mais jovem,<br />
sentar na frente<br />
da plateia<br />
À direita, James Folk e Antonio<br />
Travassos, à esquerda, Brock Roller<br />
(EUA) e Miguel Hage Amaro<br />
Cartaz da Pró-Oftalmo chamando para a<br />
“Sessão Copa do Mundo”, com direito ao<br />
sorteio de três bolas jabulanes<br />
da <strong>Sociedade</strong> Francesa, tão aficcionado por<br />
futebol que no dia seguinte embarcou<br />
para a África do Sul, a tempo de assistir<br />
aos últimos jogos.<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Pouco depois do início do jogo, no auditório já lotado, o silêncio e tensão dos primeiros momentos<br />
da partida, congressistas e expositores, muitos de terno e outros com a camisa da seleção<br />
brasileira, assistem a um lance da partida<br />
Retardatários, ainda vestindo as camisas,<br />
recebem os cupons para o sorteio das bolas,<br />
feito depois do jogo<br />
Miguel Ângelo Padilha, da Comissão Científica<br />
do XVI Congresso,com os italianos Matteo<br />
Piovella, e Giorgio Lofoco<br />
A torcida se levanta para comemorar o primeiro<br />
gol, quando tudo ainda parecia que seria<br />
favorável ao time brasileiro<br />
Na segunda fila, antes do início, “já<br />
concentrados”, os franceses Jean-François<br />
Korobelnik e Béatrice Cochener<br />
Leon Chauvière, responsável pelo sistema de<br />
multimídia, com Amanda Bukahi e Renata<br />
Arruda, da Interevent<br />
Confraternização no RioScenarium, na Lapa<br />
A SBO convidou todos os participantes do XVI Congresso<br />
Internacional a confraternizar no RioScenarium, misto de pavilhão<br />
cultural, antiquário, bar, restaurante e casa de shows na Lapa,<br />
região revitalizada no antigo centro da cidade do Rio, hoje um<br />
Em primeiro plano, à esquerda, Rafael<br />
Barraquer (Espanha), à direita, Walter<br />
Martínez e Agustin Cárron (Paraguai)<br />
dos pontos preferidos para quem quer ouvir boa música.<br />
Essa é a terceira vez que a programação social de eventos<br />
da SBO inclui a casa de espetáculos, uma das favoritas tanto<br />
dos brasileiros como dos convidados internacionais, escolhi-<br />
O anfitrião Mário Motta, à direita, com<br />
Juan Pablo Aldecoa (Argentina). Os<br />
franceses foram no sábado<br />
Ana e Mário Motta dão o<br />
exemplo, dançando uma<br />
música mais lenta<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
O ex-presidente da SBO, conselheiro do<br />
Cremerj, Sérgio Fernandes, veste a camisa<br />
da seleção para assistir o jogo<br />
da pela Comissão Organizadora porque é “aquele local que<br />
não tem erro, agrada a todos”. Desta vez, um dos mais animados<br />
era o chefe do Departamento de Retina e Vítreo da Universidade<br />
de Iowa (EUA), James Folk.<br />
Encantado com o local, o norteamericano<br />
James Folk cai no samba<br />
com a esposa de Brock Roller (EUA)
Abril - Agosto - 2010<br />
Parceria SBO com europeus já dá frutos<br />
O intercâmbio Brasil-França inclui a temporada de brasileiros em hospitais franceses<br />
Os 16 palestrantes internacionais se dividiram<br />
entre os Simpósio Sul-Americano,<br />
Simpósio Luso-Hispano-<br />
Brasileiro, Simpósio Catarata II/ Itália-Brasil<br />
e Simpósio Refrativa França-Brasil. Pela primeira<br />
vez eles vieram agrupados por uma<br />
mesma subespecialidade destacou Mário<br />
Motta, presidente da SBO.<br />
-A <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia<br />
investe em parcerias com as entidades européias<br />
e latino-americanas há vários anos com<br />
o objetivo de oferecer um leque mais amplo<br />
da oftalmologia internacional, explicou<br />
Mário Motta<br />
- Para 2011 já está confirmada a participação<br />
brasileira no 117º Congresso da <strong>Sociedade</strong><br />
Francesa, cujo tema oficial será<br />
“Descolamento de Retina”, apresentado por<br />
Georges Caputo, palestrante no XIV Congresso<br />
Internacional, em 2006.<br />
Mário Motta informou que já está em<br />
curso outro resultado da participação da <strong>Sociedade</strong><br />
Francesa de Oftalmologia: a possibilidade<br />
de oftalmologistas brasileiros passarem<br />
uma temporada em hospitais franceses.<br />
Estão em estudo intercâmbio com outros<br />
países europeus.<br />
A delegação francesa, reunindo a presidente<br />
da <strong>Sociedade</strong>, Béatrice Cochener, o<br />
secretário Thanh Hoang-Xuan, que também<br />
já estiveram em eventos da SBO, e<br />
Jean-François Korobelnick, apresentou temas<br />
ligados à cirurgia refrativa Mário<br />
Motta ressaltou a contribuição de Jean-<br />
François Korobelnick, pesquisador de biologia<br />
celular, especialista em cirurgia<br />
refrativa e retina, que abordou numa de<br />
suas palestras as complicações retinianas<br />
pós-cirurgia refrativa.<br />
Membro da Comissão Científica do XVI<br />
Congresso, Miguel Ângelo Padilha coordenou<br />
o Simpósio Itália Brasil juntamente com<br />
Matteo Piovella, outro convidado habitual,<br />
que presidiu a delegação italiana, integrada<br />
também por Fabrizio I Comesasca e Giorgio<br />
Lofoco. Foram apresentados temas e complicações<br />
em cirurgia de catarata. Participaram<br />
do Simpósio Eduardo Soriano (SP) e Hamilton<br />
Moreira (PR).<br />
Comandada pelo presidente Antonio<br />
Tavares, a <strong>Sociedade</strong> Portuguesa trouxe<br />
mais dois oftalmologistas: Rufino Silva e<br />
Susana Teixeira. Os temas apresentados fo-<br />
Juan Pablo Aldecoa, da <strong>Sociedade</strong> Argentina de<br />
Oftalmologia, no Simpósio Sul-Americano,<br />
coordenador por Mário Motta e Virgílio Centurion<br />
De Portugal, o presidente A. Travassos, Susana Teixeira e Rufino Silva<br />
abordaram temas ligados à retina: membranca epirretinianas,<br />
retinopatia da prematuridade e cirurgia do buraco macular<br />
Walter Martínez Gill, expresidente<br />
da <strong>Sociedade</strong><br />
Paraguaia de Oftalmologia<br />
Suzana Gamio, também<br />
palestrante da <strong>Sociedade</strong><br />
Argentina de Oftalmologia<br />
Rafael I. Barraquer, da <strong>Sociedade</strong><br />
Espanhola, falou sobre tratamento<br />
atual do ceratocone<br />
5<br />
Agustín Carrón, diretor<br />
administrativo da <strong>Sociedade</strong><br />
Paraguaia<br />
James Folk (EUA) participou de vários<br />
cursos e simpósios sobre retina,<br />
inclusive no Fórum SBO Jovem<br />
Béatrice Cochener, presidente da <strong>Sociedade</strong> Francesa, Jean-François Korobelnick, pesquisador<br />
de biologia celular, especialista em cirurgia refrativa e retina, e o secretário Thanh Hoang-Xuan,<br />
que participou pela terceira vez de um congresso internacional da SBO<br />
Vídeo usando fentosegundo foi destaque em curso de catarata<br />
Mais uma vez as palestras e discussões do<br />
Dia a Dia do Centro Cirúrgico e Dia a Dia do<br />
Consultório mobilizaram um grande número<br />
de congressistas em busca de respostas às<br />
perguntas mais frequentes na prática diária<br />
da oftalmologia.<br />
O Curso Catarata Básico, coordenado por<br />
Armando Crema (RJ), Francisco Teixeira<br />
(DF) e Fábio Casanova (PE), com Marco Rey<br />
Faria (RN) como discutidor, também despertou<br />
grande interesse.<br />
Causou sensação no Curso Catarata Básico<br />
o vídeo da capsulorrexe sendo feita inteiramente<br />
com o laser fentosegundo<br />
(femtosecond), apresentado por João Luís<br />
Capella (RJ) na palestra “Hidrossecção/<br />
Delineação/Capsulorrexe”. O Curso contou<br />
com a presença de nomes expressivos da especialidade,<br />
entre os quais também, Leo-<br />
ram relativos à retina. A Sessão Luso-<br />
Hispano-<strong>Brasileira</strong>, coordenada por<br />
Oswaldo Moura Brasil (RJ), também da<br />
Comissão Científica, e Mário Motta, teve a<br />
presença de Rafael I. Barraquer, que substituiu<br />
seu pai, Joaquín Barraquer, impossibilitado<br />
de vir. Tadeu Cvintal (SP) falou<br />
sobre transplante endotelial.<br />
O Simpósio Sul-Americano contou com<br />
Juan Pablo Aldecoa e Suzana Gamio, da <strong>Sociedade</strong><br />
Argentina, e pela <strong>Sociedade</strong><br />
Paraguaia, o ex-presidente Walter Martínez<br />
Gill e Agustin Cárron, atual diretor administrativo<br />
da entidade. A coordenação do<br />
Simpósio, que abordou glaucoma, cirurgia<br />
refrativa e oculoplástica, foi de Virgílio<br />
Centurion (SP) e Mário Motta.Participaram<br />
ainda José Beniz (GO), Mauro Plut (SP) e<br />
Jorge Alberto Soares de Oliveira (RJ)<br />
Representando os Estados Unidos, estiveram<br />
presentes James Folk, chefe do Departamento<br />
de Retina e Vítreo da Iowa<br />
University, e a brasileira Zélia Correa, professora<br />
assistente de Oftalmologia Ocular da<br />
Escola de Medicina da Universidade de<br />
Cincinnati.<br />
Armando Crema, durante palestra do Dia a<br />
Dia do Centro Cirúrgico I, coordenado por<br />
Celso Marra e Almir Ghiaroni<br />
nardo Akaishi (DF), atual presidente da<br />
SBCII, Juan Carlos Caballero, Amaryllis<br />
Avakian, Celso Nakano, Newton Kara-José<br />
Jr, de São Paulo, Hamilton Moreira (PR) e<br />
Carlos Patrício Navarrete (RJ).<br />
Evandro Lucena (RJ), coordenador junto com<br />
Eduardo Marback (BA) do Curso Atualização<br />
em Tumores Oculares<br />
Evandro Lucena (RJ), comemorando a<br />
aquisição pelo Instituto Nacional do Câncer<br />
do aparelho RetCam 3, que permite a<br />
visualização detalhada do fundo do olho,<br />
facilitando o monitoramente de tumores<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
Encontro Itália-<br />
Brasil: Eduardo<br />
Soriano, Fabrizio I.<br />
Camesasca, Miguel<br />
Ângelo Padilha,<br />
Mário Motta, Matteo<br />
Piovella, presidente<br />
da <strong>Sociedade</strong><br />
Italiana de<br />
Oftalmologia,<br />
Giorgio Lofoco,<br />
Armando Crema e<br />
Walton Nosé<br />
Zélia Correa (EUA) apresentou duas<br />
palestras, uma sobre “Leucemias e linfomas<br />
com repercussão ocular”<br />
oculares, coordenou junto com Eduardo<br />
Marback (BA) o Curso Atualização em Tumores<br />
Oculares (Oftalmologia geral), que<br />
contou com a participação de Zélia Correa<br />
(EUA).
6<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Congressistas prestigiam mostra técnico-científica<br />
Para os expositores, a localização dos estandes deu mais visibilidade à exposição<br />
Expositores e congressistas aprovaram<br />
a localização da mostra técnico-científica<br />
do XVI Congresso Internacional<br />
da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia,<br />
situada no mesmo andar que as<br />
salas dos cursos e simpósios, o que deu<br />
mais visibilidade aos 44 estandes, de acordo<br />
com os responsáveis pelos laboratórios<br />
e empresas de material cirúrgico.<br />
Nos intervalos das aulas/ cursos, durante<br />
o coffee break, a circulação nos corredores<br />
tornava obrigatória a passagem<br />
pelos estandes, que também ofereceram<br />
brindes, café, sucos e petiscos. Mesas e<br />
cadeiras para atender os congressistas também<br />
serviam para quem quisesse descansar<br />
ou colocar o papo em dia. Como sempre,<br />
muitos marcavam encontros com colegas<br />
nos estandes.<br />
Este ano, pela primeira vez, a<br />
Patrimóvel e a Gafisa, firmas de empreendimentos<br />
imobiliários, participaram do<br />
evento, cujos grandes patrocinadores foram<br />
a Allergan, a Essilor e a Alcon, mas<br />
as principais empresas do ramo<br />
oftalmológico, tais como a Bausch &<br />
Lomb, Genom, Hoya, Johnson & Johnson,<br />
LatinoFarma, Mediphacos e Novartis,<br />
entre outras, estiveram presentes.<br />
As <strong>Sociedade</strong>s <strong>Brasileira</strong>s de Catarata<br />
e Implantes Intraoculares, Cirurgia<br />
Refrativa e de Administração em Oftalmologia<br />
tiveram um estande, assim como<br />
o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e<br />
a FeeCooeso. A MV Viagens, agência oficial<br />
do evento também.<br />
No estande da anfitriã, a SBO- A Casa<br />
do Oftalmologista Brasileiro, os participantes<br />
do Congresso, eram recebidos com<br />
sucos, água mineral, sanduíches e salgadinhos.<br />
Os funcionários, sob a supervisão<br />
de João e Marcelo Diniz, assessor da diretoria<br />
e administrador da <strong>Sociedade</strong>, ajudaram<br />
a solucionar problemas de última<br />
hora, disponibilizando computadores e<br />
impressoras.<br />
Gilberto dos Passos, Marcus Safady e Renato<br />
Curi, em intervalo de aula, aproveitam o<br />
conforto de um estande para conversar<br />
Os ex-presidentes da SBO, Flávio Rezende e<br />
Carlos Fernando Ferreira, palestrantes do Dia<br />
a Dia do Centro Cirúrgico II<br />
No estande da SBO, João e Marcelo Diniz<br />
com André e Arlindo Portes. À direita, Marcos<br />
Mattos, secretário de cursos<br />
Lindalva Rodrigues, sentada, responsável pela<br />
secretaria financeira da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
de Oftalmologia<br />
Congressistas conferem as últimas novidades<br />
no estande da Genon, estratégicamente<br />
localizado<br />
A partir da direita, Paulo Nakamura, Paulo<br />
Polisuk e Paiva Gonçalves Neto (camisa<br />
branca) com expositores da Bausch & Lomb<br />
Nos corredores lotados durante o coffee<br />
break, a confraternização entre colegas de<br />
todas as regiões do país<br />
O estande da Essilor, tradicional parceira da<br />
<strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia no apoio<br />
ao Prêmio Varilux, que já vai para a 39ª edição<br />
No estande da Allergan, à direita Nassim<br />
Calixto (de costas), Sérgio Meirelles e Cláudia<br />
Bastos, julgadores do Fórum dos Residentes<br />
Auditório lotado durante um dos simpósios em<br />
que foi oferecido lunch box, uma iniciativa que<br />
tem aprovação geral<br />
Coffee break no estande da Alcon foi “non<br />
stop”, funcionou nos três dias do evento,<br />
sempre muito procurado<br />
Congressista com a sacola do XVI Congresso,<br />
um sucesso por fugir dos modelos<br />
convencionais, no estande da Hoya<br />
As mesas com o coffee break ficaram em<br />
vários corredores, permitindo até uma rápida<br />
olhada na exposição de pôsteres<br />
Aderbal de Albuquerque Alves Jr.<br />
presidirá SBO no biênio 2011-2012<br />
No dia 2 de julho foi eleita a diretoria<br />
da SBO para o biênio 2011-2012:<br />
presidente- Aderbal de Albuquerque<br />
Alves Jr., que assume em janeiro de 2011.<br />
Também foram eleitos os demais<br />
membros da diretoria: vice-presidente RJ-<br />
Marcus Safady; vice-presidentes regionais:<br />
Roberto Abdalla Moura (MG), Leon<br />
Grupenmacher (PR), Osvaldo Travassos<br />
de Medeiros (PB) e Alípio de Souza Neto<br />
(DF); secretário geral- Gilberto dos Passos;<br />
1º secretário- Armando Crema; 2º secretário:<br />
Marco Antônio Alves; tesourei-<br />
Pouco depois da<br />
eleição, Aderbal de<br />
Albuquerque Alves<br />
Jr, terceiro a partir<br />
da esquerda, tendo<br />
à sua direita Mário<br />
Motta, Marcus<br />
Safady e Oswaldo<br />
Moura Brasil. À<br />
esquerda do futuro<br />
presidente, Gilberto<br />
dos Passos e<br />
Ricardo Japiassu<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
ro: Ricardo Japiassu; diretor de cursos:<br />
André Portes; diretor de publicações-<br />
Arlindo Portes; diretor de biblioteca-<br />
Renato Ambrósio Jr.<br />
Para o conselho consultivo- Aderbal<br />
de Albuquerque Alves, Acácio Muralha<br />
Neto, Mário Motta, Miguel Ângelo<br />
Padilha, Oswaldo Moura Brasil e Sérgio<br />
Fernandes; conselho fiscal: efetivos: Eduardo<br />
Morizot Leite, Ricardo Lima de<br />
Almeida Neves e Sérgio Meirelles; suplentes;<br />
Mário Nagao, Octávio Moura Brsil e<br />
Sansão Kac.
Abril - Agosto - 2010<br />
Entrega de prêmios aconteceu no dia 3/7<br />
Premiados participantes do Fórum dos Residentes, das Sessões de Temas Livres e Pôster<br />
No dia 3 de abril, foi feita a entrega<br />
de prêmios para os três melhores<br />
trabalhos do Fórum dos<br />
Residentes (Apoio Científico Allergan),<br />
Melhor Tema Livre- Prêmio Celso Paciello<br />
e Melhor Pôster SBO.<br />
Realizado pela primeira vez com enorme<br />
sucesso, o Fórum dos Residentes- Casos<br />
Clínicos ou Cirúrgicos em Glaucoma,<br />
com Apoio Científico da Allergan, premiou<br />
com o 1º lugar “Forma Completa da<br />
Síndrome Sturge-Weber”, de Patrícia Bona,<br />
Maria Luiza A. Leal, Lorena Barros e<br />
Demian Temponi, do Hospital Federal dos<br />
Servidores do Estado.<br />
Henrique de Souza Glatt, R3, do Hospital<br />
Universitário Antonio Pedro da UFF, foi<br />
o 2º colocado com “Desobstrução de válvula<br />
de drenagem”. O 3º lugar coube a Rodrigo<br />
T. Santos, do Hospital da Piedade, que apresentou<br />
“Caso clínico cirúrgico de glaucoma<br />
congênito em Síndrome de Pateu”.<br />
O 1º Prêmio (apenas para um dos autores<br />
da apresentação) foi inscrição, passagem<br />
e hospedagem para o XIX Congresso<br />
Brasileiro de Prevenção da Cegueira<br />
e Reabilitação Visual; o 2º Prêmio, inscrição<br />
e passagem; e o 3º, a inscrição para<br />
o Congresso em Salvador.<br />
A comissão julgadora foi presidida por<br />
Nassim Calixto, que também fez a palestra<br />
de abertura, Sérgio Meirelles, chefe do<br />
Serviço de Oftalmologia do Hospital da Piedade,<br />
e Cláudia Bastos, do staff do Hospital<br />
Federal dos Servidores do Estado.<br />
Almiro Azeredo e Liane Rezende (RJ)<br />
foram os julgadores da Sessão de Temas<br />
Livres. O vencedor foi Leonardo Nogueira<br />
Pimentel, com “Comparative study of<br />
corneal biomechanical properties based on<br />
ORA Waveform-derived parameters and<br />
tomographic thickness in normal thick<br />
corneas and corneas with guttata”. Ele ganhou<br />
o Prêmio Celso Paciello: duas passagens<br />
na classe econômica Rio-Buenos<br />
Aires-Rio, mais sete dias de hospedagem.<br />
Na Sessão de Pôster foi premiado “Avaliação<br />
da acuidade visual em escolares do<br />
ensino fundamental da rede pública de Volta<br />
Redonda-RJ, entre 2004 e 2008, de Pereira,,<br />
L.G.A.W., Zaindan, M.A., Ferrão,<br />
E.C., Ribeiro, N.M. Os avaliadores foram<br />
Marco Antonio Alves, Luiz Fernando<br />
Regis Pacheco, Roberli Bichara (RJ),<br />
Eduardo Cunha (SP) e João Borges Fortes<br />
Filho (RS). O vencedor ganhou um laptop.<br />
Claudia Bastos, Patrícia Bona 1º lugar no<br />
Fórum. Luis Monteiro e Gilberto dos Passos,<br />
chefe do Serviço de Oftalmologia do HSE<br />
Arlindo Portes e Mario Motta com Leonardo<br />
Nogueira Pimentel vencedor do Prêmio Celso<br />
Paciello para Temas Livres<br />
7<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
Luis Monteiro, da Allergan, e Mário Motta,<br />
presidente da SBO, com Henrique de Souza<br />
Glatt 2º lugar no Fórum dos Residentes<br />
Participantes aprovaram localização da<br />
Exposição dos Pôsteres, próxima às salas de<br />
cursos do XVI Congresso Internacional
8<br />
Durante o XVI Congresso Internacional<br />
os presidentes das SBO, SBCII e SBCR, Mário<br />
Motta, Leonardo Akaishi e Newton<br />
Andrade, renovaram a parceria na publicação<br />
da Revista <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia<br />
(RBO), iniciada no ano passado nas gestões<br />
de Marco Rey Faria (SBCII) e José Ricardo<br />
Lima Rehder (SBCR).<br />
Segundo Mário Motta, o acesso adequado<br />
e atualizado à informação técnico-científica<br />
é muito importante para o desenvolvimento,<br />
especialmente para apoiar os processos<br />
de tomada de decisão na planificação,<br />
formulação e aplicação de políticas públicas<br />
ou para apoiar a prática profissional. O resultado<br />
da pesquisa científica é comunicado e<br />
validado principalmente através da publicação<br />
em periódicos científicos como a Revista<br />
<strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia.<br />
- Os periódicos científicos de países em<br />
desenvolvimento enfrentam graves barreiras<br />
de distribuição e disseminação, o que limita<br />
o acesso e o uso da informação científica gerada<br />
localmente, destacou o presidente da <strong>Sociedade</strong><br />
<strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia ao explicar<br />
que a RBO está indexada atualmente em<br />
várias bases de dados. Isto significa que quem<br />
fizer uma pesquisa bibliográfica pela internet<br />
pode encontrar artigos em frações de segun-<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
SBO, SBCII e SBCR mantêm parceria na RBO<br />
Iniciado em 2009, o convênio entre as três sociedade oftalmológicas foi renovado até o próximo ano<br />
do se procurá-los segundo o autor que os escreveu,<br />
assuntos, título, palavras no resumo,<br />
nome da revista, ano de publicação, etc.<br />
- Entre as bases de dados em que a Revista<br />
<strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia está indexada temos<br />
a base SciELO - Scientific Electronic<br />
Library Online (Biblioteca Científica Eletrônica<br />
em Linha). Ela foi implementada para<br />
responder às necessidades da comunicação científica<br />
nos países em desenvolvimento e particularmente<br />
na América Latina e Caribe. O<br />
modelo SciELO é o produto da cooperação<br />
entre a Fapesp (http://www.fapesp.br) - Fundação<br />
de Amparo à Pesquisa do Estado de São<br />
Paulo, Bireme (http://www.bireme.br) - Centro<br />
Latino-Americano e do Caribe de Informação<br />
em Ciências da Saúde, instituições nacionais<br />
e internacionais relacionadas com a<br />
comunicação científica e editores científicos.<br />
De acordo ainda com Mário Motta, na<br />
base de dados SciELO há a publicação eletrônica<br />
de edições completas de periódicos<br />
científicos, a organização de bases de dados<br />
bibliográficas e de textos completos, a recuperação<br />
de textos por seu conteúdo. O modelo<br />
SciELO contém ainda procedimentos<br />
integrados para medir o uso e o impacto dos<br />
periódicos científicos.<br />
O fator de impacto é um indicador que mede<br />
o número médio de citações em um determinado<br />
período de tempo (pode ser dois anos ou três anos)<br />
dos artigos de uma publicação. Assim, quanto<br />
mais os artigos forem lidos e citados em outros<br />
artigos, o fator de impacto da publicação aumenta<br />
e quanto menos isto ocorrer o fator de impacto<br />
diminui. Deve-se observar que o fator de impacto<br />
não mede o quanto os artigos da publicação foram<br />
lidos, mas o quanto eles foram citados em<br />
outros artigos. Ele é uma medida do grau de visibilidade<br />
de uma publicação científica.<br />
Os artigos da Revista <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia<br />
podem ser obtidos na íntegra no<br />
Portal SciELO, como textos completos. O fator<br />
de impacto da RBO no Portal SciELO em<br />
julho de 2010, considerando os últimos três<br />
anos foi divulgado em 0.0448, semelhante<br />
a de outras publicações nacionais na área.<br />
Outra base de dados em que a RBO está<br />
indexada é a Lilacs (Literatura Latino-Americana<br />
e do Caribe em Ciências da Saúde).<br />
Ela é uma base de dados latino-americana<br />
de informação bibliográfica em ciências da<br />
saúde. Em termos gerais, abrange toda a literatura<br />
relativa às ciências da saúde produzida<br />
por autores latino-americanos e publicada<br />
nos países da região a partir de 1982.<br />
Nesta base foram analisados e processados<br />
documentos, tais como: teses, capítulos de te-<br />
ses, livros, capítulos de livros, anais de congressos<br />
ou conferências, relatórios técnico-científicos,<br />
publicações governamentais e artigos<br />
extraídos da análise corrente de aproximadamente<br />
400 títulos de periódicos na área.<br />
Mário Motta destacou também a indexação<br />
da RBO à Thomson Reuters/ Web of Science:<br />
“A Thomson Reuteurs é uma agência noticiosa,<br />
atualmente a maior do mundo, fruto da fusão<br />
da Thomson Corporation, canadense, com<br />
a britânica Reuters. A incorporação ocorreu em<br />
2007 e custou £8,7 bilhões. Atualmente está<br />
situada cidade de Nova Iorque e possui aproximadamente<br />
50 mil funcionários. Esta organização<br />
provê um portal acadêmico “online” denominado<br />
Web of Science que possui entre<br />
suas bases de dados o Index de citação científica,<br />
o qual fornece um fator de impacto muito<br />
respeitado no mundo para as melhores revistas<br />
científicas internacionais”.<br />
Finalmente, ele lembrou que a Coordenação<br />
de Aperfeiçoamento de Pessoal para o<br />
Ensino Superior (Capes) também classificou<br />
as publicações brasileiras segundo um critério<br />
chamado Qualis. A RBO faz parte do banco<br />
de dados do Portal Capes. E seu valor do<br />
qualis é B3, semelhante ao de outras publicações<br />
nacionais da área, com representatividade<br />
em bases de dados internacionais.
10<br />
Fachada da Casa de Arte e Cultura Julieta<br />
Serpa, em estilo neoclássico francês. O<br />
palacete data de 1920<br />
Os casais Marcelo Kac, Mário Motta, Aderbal<br />
de Albuquerque Alves Jr. e Sansão Kac pouco<br />
antes do início do jantar<br />
Sérgio Fernandes, Herivelto Ribeiro, Cleber<br />
Godinho, Samuel e Lea Cukierman, Liane<br />
Rezende, Luiz Barata, Neide e Sergio Cavalcanti<br />
Jantar para palestrantes<br />
e sócios que colaboraram na<br />
reforma do auditório da SBO<br />
Organizado por Ana Motta, a homenagem<br />
foi na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa<br />
Para homenagear os palestrantes internacionais<br />
e nacionais presentes ao XVI Congresso<br />
Internacional e os oftalmologistas que ajudaram<br />
na reforma do auditório da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
de Oftalmologia, a diretoria ofereceu um<br />
jantar na Casa de Arte e Cultura Julieta de Serpa,<br />
na Praia do Flamengo, no dia 2 de julho.<br />
Em estilo neoclássico francês, construído<br />
em 1920 por Demócrito Lartigau Seabra, comerciante<br />
de tradicional e importante família,<br />
para homenagear sua esposa Mara José, o<br />
Oswaldo e Cristina Moura Brasil, João Eugênio<br />
Medeiros, recepcionados por Ana e Mario Motta,<br />
Juliana e Aderbal de Albuquerque Alves Jr.<br />
palacete, tombado em 1997, pertenceu à família<br />
até 2001, quando foi comprado e restaurado<br />
pelo educador e antiquário Carlos<br />
Alberto Serpa.<br />
Hoje a Casa de Arte e Cultura Julieta de<br />
Serpa, nome dado em homenagem à mãe do<br />
educador, filha de Justiniano Serpa, presidente<br />
da província do Ceará no final do século<br />
XIX, é um dos mais tradicionais restaurantes<br />
e salões de festa do Rio, abrigando<br />
também exposições e saraus musicais.<br />
No salão principal: em primeiro plano staff do<br />
HSE. Na segunda mesa, Regina e Miguel<br />
Ângelo Padilha com os palestrantes italianos<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
A descontração de Remo Susanna Júnior,<br />
Hélder Costa, João Alberto Holanda de Freitas<br />
e Maria Inês Costa<br />
Aileen Walsh, Armando Crema, Fabrizio I.<br />
Camesasca e esposa, que estenderam sua<br />
estada no Rio até depois do Congresso<br />
Cristina Gomes, Luiz Carlos Portes, Newton<br />
Kara José, Fernando Trindade, Márcia e<br />
Arlindo Portes
Abril - Agosto - 2010 11<br />
O quê se vende num consultório médico?<br />
Nada me credencia a apresentar estes pequenos “flashs” sobre a administração prática<br />
do consultório além dos “45 anos de estrada” com alguns consultórios e clínicas no currículo,<br />
e da percepção de que muitos colegas partem para a atividade empresarial autônoma<br />
com uma visão apenas intuitiva dos processos envolvidos no controle do seu consultório.<br />
É uma exposição da “nossa” visão dos processos e espero que sirva de partida para melhores<br />
decisões. Os comentários e sugestões serão bem-vindos.<br />
Celso Marra*<br />
celsomarra@uol.com.br<br />
Em qualquer atividade profissional espera-se<br />
um resultado financeiro posi<br />
tivo (lucro), ou seja, que a relação entre<br />
despesas e receitas apresente saldo o mais<br />
favorável possível ao profissional ou empresário<br />
daquela atividade.<br />
Nos consultórios médicos existe uma<br />
percepção inadequada, diríamos, dos valores<br />
envolvidos na atividade. Se questionarmos<br />
as recepcionistas sobre o que se “vende” ali<br />
naquele consultório, elas, embaraçadas, darão<br />
respostas evasivas. Não saberão de fato<br />
responder.<br />
O próprio médico não tem uma visão<br />
muito consistente do que está “vendendo”<br />
no seu consultório. Se arguido ele dirá: conhecimento,<br />
experiência, serviços. Ao fim de<br />
cada mês, analisando as contas, ou balancete,<br />
poderá perceber se houve ganho ou perda<br />
pela comparação dos resultados em cada coluna,<br />
mas na contabilidade do consultório<br />
precisamos analisar se houve otimização na<br />
venda da nossa “mercadoria”.<br />
Trabalhamos, este é o fato que não tem<br />
sido enfatizado, com uma mercadoria altamente<br />
perecível, a mais perecível de todas:<br />
o tempo. A nossa mercadoria é ,de fato, aque-<br />
Ambiente acolhedor,<br />
sem tumultos, é um<br />
bom cartão de visitas<br />
de qualquer clínica<br />
médica. Recepcionistas<br />
bem treinadas<br />
colaboram com os<br />
médicos e ganham a<br />
simpátia dos pacientes<br />
la fração de tempo reservada na agenda para<br />
cada consulta ou procedimento. Costumo<br />
dizer às minhas recepcionistas, no manual<br />
que lhes forneço quando são admitidas, que<br />
“estamos vendendo gelo fora da geladeira”,<br />
se não vendermos o gelo, ele se derreterá e<br />
correrá para o ralo. O tempo que passou<br />
nunca mais (nunca!!!) poderá ser recuperado<br />
ou utilizado. Cada espaço perdido na<br />
agenda nunca mais poderá ser oferecido a<br />
outro paciente.<br />
Nossa mercadoria são aqueles horários<br />
reservados na agenda. A prateleira onde colocamos<br />
nossa mercadoria é a nossa agenda,<br />
e, se numa loja qualquer, o produto<br />
guardado na prateleira não for vendido<br />
hoje poderá ser negociado amanhã ou depois,<br />
mas nossos horários não terão nenhuma<br />
segunda chance.<br />
Pode parecer uma postura fria e mercenária<br />
falar em consulta como mercadoria, mas<br />
não podemos perder de vista esta realidade: o<br />
tempo tem que ser usado com a mais absoluta<br />
seriedade, e não estamos nos referindo à<br />
seriedade ou qualidade do atendimento prestado<br />
ao paciente pelo médico e sua equipe.<br />
Os espaços não preenchidos nas agendas dos<br />
consultórios jamais serão recuperados, os pacientes<br />
que faltam às consultas causam um<br />
prejuízo que não será reparado.<br />
Outra questão a ser considerada é o valor,<br />
custo, dos nossos atendimentos e, parece-me,<br />
os médicos são frequentemente pouco minuciosos<br />
nesta avaliação. O custo será a divisão<br />
de todos os gastos (salários e despesas relacionadas,<br />
impostos, aluguéis, manutenção,<br />
serviços como gás, luz, telefone, internet,<br />
honorários de terceiros, assinaturas de revista<br />
médicas, livros, AS PRÓPRIAS FÉRIAS,<br />
CONGRESSOS , com seus dias não trabalhados,<br />
e despesas de locomoção, alimentação<br />
e hospedagem, a <strong>DE</strong>PRECIAÇÃO DOS<br />
EQUIPAMENTOS, e, também, o resultado<br />
financeiro que seria obtido, sem trabalho,<br />
com o mesmo investimento feito no consultório).<br />
O custo da nossa consulta será fruto de<br />
uma simples equação: divisão dos gastos pelas<br />
frações de tempo oferecidas na agenda.<br />
Aí já dá para perceber o grande peso dos<br />
horários perdidos, pois eles pesarão desfavoravelmente<br />
nesta equação, aumentando o<br />
custo de cada atendimento. Conhecendo este<br />
valor, será possível determinar, aí sim, o tempo<br />
que poderemos disponibilizar para cada<br />
consulta, quantos horários devemos oferecer<br />
para compatibilizar custos/receita. Se<br />
não conhecermos esta equação, ou se não a<br />
respeitarmos, estaremos pagando para trabalhar.<br />
Um dos pontos mais críticos no treinamento<br />
das recepcionistas é fazê-las perceber a<br />
importância, o peso econômico, de um horá-<br />
Fotos Divulgação<br />
Tempo é palavra<br />
chave para médicos<br />
e pacientes. As<br />
recepcionistas devem<br />
ser permanentemente<br />
treinadas para otimizar<br />
o tempo de ambos.<br />
Tempo perdido jamais<br />
será recuperado<br />
rio perdido na agenda, seja porque o paciente<br />
faltou, seja porque não foi preenchido.<br />
Ela deve agir como uma corretora eficiente,<br />
obsessivamente deve confirmar com<br />
antecedência os horários agendados. Não se<br />
conformar com o telefone que não atende,<br />
tentar o contato em horários diferentes, e perguntar,<br />
no momento da marcação, qual é o<br />
melhor telefone para contato. Oferecer o horário<br />
não preenchido a outros pacientes<br />
agendados para os dias seguintes (como se<br />
fosse uma “desistência” imprevista). O paciente<br />
que teve uma antecipação oferecida ficará<br />
encantado com a gentileza e a eficiência<br />
do atendimento mesmo que não tire proveito<br />
da oferta, e o médico melhora sua equação<br />
final naquela relação perversa gastos/atendimentos.<br />
Atenção para as consultas desmarcadas<br />
sempre no fim do horário. Podem sugerir<br />
sabotagem (falsas marcações) pela pressa que<br />
a recepcionista tenha para atender outros<br />
compromissos pessoais (aulas, por exemplo)<br />
ou simplesmente sair mais cedo porque mora<br />
longe.<br />
Além de determinar “o número de atendimentos”<br />
que torne realista a determinação<br />
da duração da sua consulta, investir no<br />
engajamento da sua recepcionista será essencial<br />
para o bom resultado do seu trabalho.<br />
* Membro do conselho consultivo<br />
da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia.<br />
Membro da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
de Administração em Oftalmologia. Expresidente<br />
da SBO
12<br />
Dos 15 milhões de cirurgias oftalmológicas feitas anualmente no mundo,<br />
aproximadamente um terço é realizado na Índia, onde se destaca o trabalho<br />
de Amar Agawal, que comanda, com raro dinamismo, um complexo de 30<br />
hospitais, com uma equipe de 1.200 pessoas e 140 oftalmologistas. Diariamente<br />
são atendidos 3.500 pacientes.<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Amar Agarwal: dedicação integral à oftalmologia<br />
Sua principal meta: encontrar novos tratamentos para diminuir o sofrimento dos cegos<br />
JBO- Among<br />
your multiple innovations<br />
in<br />
cataract surgery,<br />
which one you<br />
are most proud<br />
of ?<br />
Amar - All the<br />
discoveries and inventions<br />
were<br />
Amar Agarwal*<br />
made by the Almighty<br />
not by me.<br />
But I feel there are four very significant ones<br />
which HE showed me:<br />
1- Air pump- This helped create gas forced<br />
infusion for cataract surgery. This idea was<br />
from my sister Dr.Sunita Agarwal. The reason<br />
I consider this so important is that surge never<br />
occurs with this and the chances of posterior<br />
capsular rupture become nearly negligible.<br />
2- Glued IOL-This has really changed the<br />
scenario in worst cases. Today in eyes with no<br />
capsule we are able to glue a PC IOL with<br />
intralamellar scleral tuck using tissue glue.<br />
In such a case there is no pseudophakodonesis<br />
unlike a scleral sutured PC IOL. Today with<br />
three piece foldable IOLs glued IOL is so<br />
simple to do.<br />
3- Phakonit and 700 micron cataract<br />
surgery ( Microphakonit)- This showed the<br />
path of sub 1 mm cataract surgery and this<br />
should be the future of cataract surgery when<br />
we get top quality sub 1 mm IOLs.<br />
4- No anesthesia cataract surgery- This<br />
shocks me even today. The importance of<br />
this might come many years later when some<br />
one would find out the reason this works. In<br />
this we are not using any topical anesthesia<br />
or intracameral anesthesia. No drops are put<br />
in the eye and the surgery is done and patient<br />
has no discomfort. The day we can find<br />
out why this happens it will open a pandora’s<br />
box in ophthalmic surgery.<br />
When Phakonit was started in 1998, I<br />
did not realize it would become so popular<br />
so fast. I wish I could say it was a brilliant<br />
invention of mine, but I cannot. The reason<br />
is this invention (as do all inventions and<br />
discoveries) came as a message to me from<br />
the Almighty and so the invention is HIS<br />
and only HIS.<br />
JBO- What inspired you to develop<br />
the ingenious glued-IOL technique for<br />
scleral fixation?<br />
Amar Agarwal - I was invited for inaugurating<br />
a major conference in India. There<br />
someone was speaking on fibrin glue in pterygium<br />
etc. I was trying to understand more on<br />
fibrin glue then. On the flight back home I<br />
was wondering if this fibrin glue could be<br />
used for PC IOL implantation in eyes without<br />
any capsules. Then the idea came up and<br />
subsequently we started working on it and<br />
developed the present technique. Now we<br />
never do a sutured PC IOL or AC IOL in worst<br />
case scenarios. We always do the GLUED IOL<br />
as the results are very good.<br />
JBO- You have pioneered cataract removal<br />
through a sub-1mm incision. Do<br />
you think IOL manufacturers will be able<br />
to make lenses compatible for this incision<br />
soon ?<br />
Amar - Today Phakonit or MICS has<br />
taken the ophthalmologic world by storm.<br />
The only problem right now is to get more<br />
lenses into the market which will pass<br />
through sub 1 mm incisions and at the same<br />
time not reduce the quality of vision for the<br />
patients. These should also have an excellent<br />
injector system and should be user<br />
friendly. As one will notice many surgeons<br />
and pioneers from different parts of the world<br />
have made bimanual phaco reach its present<br />
status. We have come a long way in cataract<br />
surgery but still have a long way to go.<br />
I am basically a vitreo-retinal surgeon and<br />
used to do all my lensectomies with the Phaco<br />
handpiece. I did not have a fragmatome (an<br />
instrument to remove cataracts by vitreo-retinal<br />
surgeries). So I used to remove the infusion<br />
sleeve and pass the Phaco needle into the<br />
lens through the pars plana. Infusion would<br />
be through the infusion cannula which is<br />
connected in all vitrectomies. This way I realized<br />
I could remove the cataracts in patients<br />
in whom I had to continue with vitrectomy<br />
for proliferative vitreo-retinopathy or any<br />
other posterior segment pathology.<br />
I subsequently began to think about<br />
using this system for cataracts for the anterior<br />
segment surgeon. The problem was how<br />
to have an irrigation system present inside<br />
the eye. On August 15 th 1998, India’s Independence<br />
Day, the thought of taking a<br />
needle, bending it like a chopper and using<br />
that for irrigation and chopping occurred to<br />
me. I also realized that there could be a corneal<br />
burn so thought of irrigating the corneal<br />
wound from outside. With this idea in<br />
mind, I went to the operation theatre.<br />
We have in our institute doctors from all<br />
over the world training in phaco. When I<br />
reached the theatre I understood I could not<br />
operate on a decent soft cataract as those<br />
trainee doctors would have to operate on<br />
those patients. So I selected for myself a mature<br />
cataract. In hindsight, I realize it was a<br />
good thing this happened as it made me<br />
understand that this technique could be done<br />
in any type of cataract.<br />
When the case started I took out the infusion<br />
sleeve from the phaco handpiece and<br />
took a 20 gauge needle and connected it to<br />
the irrigation bottle. Then I took a needle<br />
holder and bent the needle in such a way<br />
that it could also be used for chopping. You<br />
can understand when you bend a needle like<br />
that it will obviously not come out very well.<br />
Another problem with using a needle was<br />
that as the needles have a bevel if one pulls<br />
out the needle a little bit the bevel would be<br />
outside the eye and the chamber would collapse.<br />
For the incision I used the Micro vitreoretinal<br />
blade (MVR blade) which vitreo-retinal<br />
surgeons use for vitrectomies. This does<br />
not create a perfect valve as the diamond and<br />
sapphire knives of today do but that was<br />
enough at that time. (Later on I designed<br />
my own irrigating choppers and knives).<br />
When I had finished the rhexis, I knew<br />
the hydrodissection was important and<br />
tricky. The reason was that the incision size<br />
was very less and so the amount of fluid escaping<br />
from the eye would not be much. So,<br />
I was careful that I don’t hydrodissect with a<br />
lot of fluid, otherwise one can get a dropped<br />
nucleus during hydrodissection.<br />
When the surgery started, I realized I was<br />
having a lot of anterior chamber shallowing.<br />
Whenever I would start to remove the nucleus<br />
the chamber would partially collapse. It was<br />
obvious that the amount of fluid entering the<br />
Apesar desse insano trabalho, Amar Agawal encontra tempo para participar<br />
de vários eventos importantes do calendário da oftalmologia mundial e<br />
desenvolver inúmeras inovações nas cirurgias de catarata. Não é por acaso que<br />
ele conclui o depoimento abaixo afirmando não ter nenhum interesse fora da<br />
oftalmologia.<br />
eye was not enough compared to the amount<br />
exiting the eye. So I stopped the surgery and<br />
shifted to an 18 gauge needle. To my surprise<br />
everything went well after that. I knew then<br />
that the amount of fluid now was balanced with<br />
an 18 gauge needle. I could chop the hard<br />
cataract though not very well as compared to a<br />
chopper but I knew with more refined instruments<br />
this surgical technique would work. Once<br />
the surgery was complete, I realized that this<br />
could be the next frontier in cataract surgery as<br />
the incision was reduced drastically.<br />
Terminology of Phakonit- I wanted to<br />
give a name to this surgical technique and<br />
started thinking of various names. Some<br />
names which came to me at that time were<br />
microphaco, miniphaco etc. Then I thought<br />
of Phakonit which was Phako with a Needle<br />
Incision Technology. The reason I thought<br />
of this was because we did phaco using a<br />
needle (N) through an incision (I) and with<br />
the tip (T) of the phaco needle for the surgery.<br />
I used in the phaco a K and not a C as I<br />
felt it looked better with a K and so termed<br />
it as PHAKONIT and not Phaconit.<br />
First Live Surgery of Phakonit- On August<br />
22 nd 1998, I had to do a live surgery in<br />
Pune, India, for the Indian Intraocular Implant<br />
and Refractive Society Conference. The organization<br />
committee asked me what live surgery<br />
was I going to perform. I informed them that I<br />
was going to perform a new surgical technique<br />
which I had called Phakonit and would remove<br />
cataracts through the 0.9 mm phaco needle. They<br />
were very happy and trusted me so much that it<br />
gave me the confidence to go ahead. The previous<br />
night of the live surgery I could not sleep at<br />
all. I knew I had to do this new surgery and I<br />
had done only 5 cases till then. I also knew I had<br />
to operate with just a needle and no refined<br />
instruments and under no anesthesia and so was<br />
under lot of tension. Anyway, the surgery went<br />
off very well and there were about 350 ophthalmologists<br />
who watched the live surgery.<br />
Microphakonit; 700 Micron Cataract<br />
Surgery - On May 21 st 2005, for the first<br />
time I used a 0.7 mm phaco needle tip with<br />
a 0.7 mm irrigating chopper to remove cataracts<br />
through the smallest incision possible<br />
as of now. This I termed Microphakonit to<br />
differentiate it from Phakonit.<br />
When we wanted to go for a 0.7 mm<br />
phaco needle the point which we wondered<br />
was whether the needle would be able to<br />
hold the energy of the ultrasound. We gave<br />
this problem to Larry Laks from MST, USA<br />
to work on. He then made this special 0.7<br />
mm phaco needle. As you will understand<br />
if we go smaller from a 0.9 mm phaco needle<br />
to a 0.7 mm phaco needle the speed of the<br />
surgery would go down. This is because the<br />
amount of aspiration flow rate would be less.<br />
We decided to solve this problem by working<br />
on the wall of the 0.7 mm. phaco needle.<br />
There is a standard wall thickness for all phaco<br />
tips. If we say the outer diameter is a constant,<br />
the resultant inner diameter is an area of the<br />
outer diameter minus the area of the wall.<br />
The inner diameter will regulate the<br />
flow rate/ perceived efficiency (which can<br />
be good or bad, depending on how you look<br />
at it). In order to increase the allowed aspiration<br />
flow rate from what a standard 0.7mm<br />
tip would be, MST (Larry Laks) had the walls<br />
made thinner, thus increasing the inner diameter.<br />
This would allow a case to go, speed<br />
wise, closer to what a 0.9mm tip would go<br />
(not exactly the same, but closer). With the<br />
gas forced infusion it would work very well.<br />
Finally we decided to go for a 30 degree tip<br />
to make it even better.<br />
Bimanual irrigation aspiration is done<br />
with the bimanual irrigation aspiration instruments.<br />
These instruments are also designed<br />
by Microsurgical Technology (USA). The<br />
previous set we used was the 0.9 mm set. Now<br />
with microphakonit we use the new 0.7 mm<br />
bimanual I/A set so that after the nucleus<br />
removal we need not enlarge the incision.<br />
Subsequently, Jorge Alio started 0.7 mm<br />
MICS and so also did others like Mark Packer<br />
, Robert Weinstock and many more.<br />
JBO- What are your thoughts about<br />
femtosecond cataract surgery ?<br />
Amar - It is a good procedure. It will<br />
take some more time to develop as technology<br />
has to become much better.<br />
JBO- What is your preference for the<br />
surgical correction of presbyopia ?<br />
Amar - I think the best method at<br />
present are the presbyopic IOLs. I tend to use<br />
the AMO multifocal lenses or the Bausch &<br />
Lomb crystalens. Another alternative I use is<br />
the Presbyopic Lasik Treatment.<br />
In cases of worst scenerios I do the multifocal<br />
glued IOL.<br />
Guillermo Avalos started the idea of Presbyopic<br />
Lasik. This is called the PARM technique.<br />
He held a live surgical conference in<br />
Mexico where he had invited me to perform<br />
Phakonit and the no-anesthesia cataract surgery<br />
technique. There he discussed with me<br />
the idea of Presbyopic Lasik and when I came<br />
back we started the technique.<br />
With this Lasik technique the corneal<br />
curvature is modified, creating a bilateral<br />
multifocal cornea in the treated optical zone.<br />
A combination of hyperopic and myopic<br />
Lasik is done aiming to make a multifocal<br />
cornea. We determine if the eye is presbyopic<br />
plano, presbyopic with spherical hyperopia<br />
or presbyopia with spherical myopia. These<br />
may also have astigmatism in which case the<br />
astigmatism is treated at the same time.<br />
JBO- Please, tell us if you find time to<br />
have any pastime outside ophthalmology ?<br />
Amar - I write a lot of books. I also train<br />
doctors from all over the world on phaco,<br />
bimanual phaco, lasik and retina. The goal<br />
is to try to find out new modalities of treatment<br />
which can remove the suffering of the<br />
blind. Another is to train more doctors so<br />
that they can do the same wherever they are.<br />
Till now we have written more than 50 books<br />
in ophthalmology published in varius languages<br />
which help to educate. The idea is to<br />
create an organization where the best people<br />
in the world are given a platform to work<br />
independently and creatively, and if they<br />
need, with guidance. At present we have 30<br />
hospitals with 1200 people working and<br />
140 eye doctors in the group. Every day<br />
3500 patients are seen by the group. Our<br />
idea is to make every patient happy and be<br />
comfortable so that they can see very well to<br />
the best of our ability.<br />
I don’t do anything outside ophthalmology.<br />
* Professor de Oftalmologia da Faculdade<br />
de Medicina de Ramachanda,<br />
Chennai, Índia, diretor do Dr. Agarwal’s<br />
Eye Hospital & Eye Research Centre
Abril - Agosto - 2010<br />
Importância do diagnóstico diferencial em estrabismo<br />
Estrabismos intermitentes e permanentes: termos técnicos que ainda provocam equívocos<br />
Homenageado com o título de Sócio Honorário da SBO, pelo “mérito,<br />
o saber e o amor à Oftalmologia”, no III Congresso Nacional, em<br />
2005, prof. Carlos Souza Dias dispensa apresentações.<br />
Sua contribuição à oftalmologia brasileira seja como docente, pesquisador<br />
e cirurgião, está gravada na memória de todos que já se beneficiaram<br />
de sua dedicação à estrabologia.<br />
Inicio enfatizando<br />
a importância da precisão<br />
de termos em ciência.<br />
O que direi parece<br />
acaciano, mas a<br />
frequência do emprego<br />
equivocado destes<br />
vocábulos, com<br />
consequentes erros<br />
Carlos Souza Dias*<br />
diagnósticos, seguidos<br />
de erros terapêuticos, justifica a redação<br />
destas linhas iniciais. Referir-me-ei<br />
apenas aos estrabismos não paralíticos, os<br />
assim chamados comitantes, excluindo as<br />
paralisias oculomotoras.<br />
O termo permanente significa existência<br />
ininterrupta, e intermitente quer dizer<br />
que há momentos “sim” e momentos<br />
“não”. Em estrabologia, o nome permanente<br />
significa que o paciente apresenta<br />
desvio ininterrupto, independente da sua<br />
magnitude, ou seja, é estrábico sempre,<br />
com toda a carga de anomalias motoras e<br />
sensoriais.<br />
Intermitente é o estrabismo que apresenta<br />
descontinuidade, ou seja, às vezes<br />
há estrabismo e outras vezes não. É este<br />
“não” o motivo desta preleção; quando não<br />
há estrabismo, não há nenhum dos seus<br />
componentes, isto é, o paciente, nesses<br />
momentos, tem visão binocular sensorialmente<br />
normal, correspondência retínica<br />
normal, com percepção estereoscópica normal;<br />
nesses momentos, o problema é unicamente<br />
motor – o paciente possui, nesses<br />
momentos uma heteroforia (desvio latente).<br />
Outro par de termos empregados erroneamente<br />
com frequência são ortoforia e<br />
ortotropia. Ouço com exasperante<br />
frequência colegas, ao referirem-se à<br />
exotropia intermitente, dizerem “nos períodos<br />
de ortoforia...”. Um paciente<br />
exotrópico intermitente jamais pode apresentar<br />
momentos de ortoforia. O que o<br />
colega quer dizer, na verdade, é “nos períodos<br />
de ortotropia...”. O termo ortotropia<br />
significa unicamente que o objeto observado<br />
forma imagens em ambas as fóveas<br />
(olhos alinhados). Se ocluirmos um dos<br />
olhos, este pode apresentar um de dois<br />
comportamentos: se não se move, diz-se<br />
que há ortoforia e, em caso de se mover,<br />
heteroforia (eso ou exoforia).<br />
Na exotropia intermitente, por definição,<br />
a correspondência retínica é normal,<br />
portanto com estereopsia normal. Na permanente,<br />
há total dissociação entre os<br />
olhos. Um simples teste de visão<br />
estereoscópica confirma o diagnóstico. A<br />
teoria de que uma exotropia intermitente<br />
pode deteriora-se, tornando-se permanente<br />
é absurda; o que pode haver é o aumento<br />
da supressão, com consequente aumento<br />
dos períodos de desvio, chegando a assemelhar-se<br />
a uma exotropia permanente.<br />
Mas uma semiologia sensorial desmente<br />
essa crença. Nunca tive oportunidade de<br />
observar essa transformação. Em resumo,<br />
pode-se dizer que um paciente está<br />
ortotrópico, mas é heterofórico.<br />
Mas há um tipo de exotropia permanente<br />
frequentemente mal diagnosticada:<br />
a micro-exotropia. Neste caso, em certos<br />
momentos os olhos parecem estar<br />
ortotrópicos, pois o desvio é diminuto.<br />
O cover-uncover test cuidadoso surpreende<br />
um microdesvio. Há estereopsia grosseira,<br />
nunca melhor do que cerca de 100" .<br />
Trata-se, portanto, de uma microexotropia.<br />
Tenho visto, inclusive em revistas bem<br />
Convidado a colaborar nesta edição do JBO, na Seção Brasil, prof.<br />
Carlos Souza Dias, com muita oportunidade, apresenta as diferenças<br />
entre estrabismos intermitentes e permanentes, e aproveita para mostrar<br />
a importância da precisão na utilização de termos científicos<br />
para evitar erros de diagnóstico: uma verdadeira aula, de um mestre<br />
da oftalmologia brasileira.<br />
conceituadas, trabalhos sobre exotropia intermitente,<br />
cuja amostra está claramente<br />
contaminada por casos de micro-exotropia.<br />
É como fazer uma estatística sobre a durabilidade<br />
dos motores dos automóveis,<br />
incluindo na amostra algumas bicicletas.<br />
O trabalho perde inteiramente o seu valor.<br />
Em resumo: a exotropia intermitente<br />
e a exotropia permanente são duas doenças<br />
inteiramente diferentes e a microexotropia<br />
não deixa de ser uma exotropia<br />
permanente, pois nunca há ortotropia.<br />
A mesma observação é válida em relação<br />
à esotropia acomodativa pura, um estrabismo<br />
realmente intermitente, e uma<br />
micro-esotropia com componente<br />
acomodativo importante, um estrabismo<br />
pseudo-intermitente, pois há sempre um<br />
desvio de base, embora pequeno. É<br />
frequentíssimo observarem-se pacientes<br />
deste último tipo sendo tratados como se<br />
fossem intermitentes, com óculos bifocais<br />
e exercícios ortópticos. Nos momentos de<br />
pseudo-ortotropia, um exame cuidadoso demonstra<br />
tratar-se de micro-esotropia. No<br />
primeiro caso, a estereopsia é normal e,<br />
no segundo, pode haver estereopsia, porém<br />
sempre grosseira, acima de 100" ao<br />
teste de Titmus.<br />
Em ambos os casos, a micro-exo e a<br />
micro-esotropia, há correspondência<br />
retínica anômala, a qual é incurável.<br />
Termino relatando uma experiência por<br />
que passei há muitos anos, que justifica<br />
essas minhas observações. No fim da década<br />
de 1950, quando eu era recém-formado,<br />
assistia a uma reunião de discussão de<br />
casos de estrabismo. A mesa era composta<br />
pelos mais renomados oftalmologistas. Um<br />
deles apresentou o caso de uma criança<br />
esotrópica, cuja correspondência retínica<br />
13<br />
anômala havia sido tratada e curada mediante<br />
tratamento ortóptico. Submeteu-se a<br />
uma cirurgia, com excelente resultado<br />
motor, pois o paciente apresentava-se<br />
ortotrópico. O colega surpreendeu-se com o<br />
fato de que, após a operação, o paciente não<br />
desenvolveu amplitude de fusão, apesar de<br />
intenso tratamento ortóptico. Eu, ainda um<br />
tímido recém-formado, pedi a palavra e<br />
sugeri que o tratamento pré-operatório não<br />
havia eliminado a correspondência anômala,<br />
apenas transformado uma correspondência<br />
anômala de grande ângulo de anomalia,<br />
facilmente detectável, numa de pequeno<br />
ângulo, pois, na minha opinião, a correspondência<br />
anômala é incurável. A aparente<br />
ortotropia pós-operatória era, na verdade,<br />
um desvio diminuto, dificilmente detectado<br />
naquele tempo. O figurão sentiu-se<br />
ofendido por aquele menino atrevido e passou<br />
para outro caso, afirmando que a<br />
semiologia tinha sido realizada competentemente.<br />
O menino encolheu-se, trêmulo,<br />
assustado, mas convicto de que tinha razão<br />
e que o figurão estava errado. Isso foi antes<br />
da publicação de Lang sobre a microtropia,<br />
que demonstrou estar o menino atrevido<br />
certo e o professor equivocado. O único<br />
beneficiado por aquele tratamento ortóptico<br />
tinha sido o profissional que o aplicou, que<br />
ganhou o seu pão de cada dia.<br />
Esse exemplo mostra que a confusão<br />
entre estrabismo permanente e intermitente<br />
não é uma questão puramente semântica.<br />
*Doutor pela Faculdade de Medicina<br />
da Universidade de São Paulo<br />
(FMUSP), prof. Livre docente pela<br />
Unifesp (Escola Paulista de Medicina)<br />
e prof. titular da Faculdade de Ciências<br />
Médicas da Santa Casa de São Paulo
14<br />
Ao amanhecer do dia 10 de junho recebi<br />
o telefonema da Denise, esposa do Valenio,<br />
me dizendo aos prantos que o Val havia<br />
morrido. É muito difícil descrever o choque<br />
que senti, a incredulidade e o vazio da perda<br />
do companheiro querido. Eu estava me preparando<br />
para encontrar com ele no mesmo<br />
horário de sempre, para operarmos juntos, a<br />
quatro mãos, como fazíamos quase todos os<br />
dias há 35 anos. Ainda chocado, triste, mas<br />
agradecido por ter sido agraciado com o feliz<br />
convívio que tive com ele durante todo esses<br />
anos, escrevo para mostrar um exemplo raro<br />
de amizade e de uma longa convivência profissional,<br />
exercida por nós dois com os mesmos<br />
objetivos e desafios. Amizade genuína,<br />
conquistada com tempo, trabalho, sinceridade,<br />
lealdade e auxilio mútuo.<br />
O Dr. Valenio era um médico protótipo<br />
do Ser Hipocrático, de cultura refinada, que<br />
obedecia aos princípios éticos, humanísticos<br />
e humanitários no exercício profissional,<br />
médico exemplar que aplicava seus conhecimentos<br />
na preservação da saúde de seus pacientes,<br />
que lutava pela classe com o ideal de<br />
conseguir para todos que exercem a medicina<br />
melhores condições e oportunidades de<br />
trabalho.<br />
Nasceu em Sete Lagoas, filho do Dr.<br />
Hermínio Pérez Furletti, médico generalista,<br />
e de Dona Maria Helena França Pérez, que<br />
ajudou o marido por muitos anos, com<br />
brilhantismo, contava o Valenio, no mister<br />
de auxiliar os mais pobres e desenvolver a<br />
assistência social na comunidade. A dedicação<br />
ao trabalho assistencial do pai, juntamente<br />
com os valores humanitários da mãe, foram<br />
absorvidos pelo Valenio quando criança<br />
e multiplicados na sua vida profissional, na<br />
atenção aos seus pacientes.<br />
Graduou-se em 1975 na UFMG e ingressou<br />
em seguida no Curso de Especialização<br />
em Oftalmologia do Hospital São Geraldo,<br />
coordenado pelo nosso querido prof.<br />
Hilton Rocha. Escolheu a Cirurgia Plástica<br />
Ocular como subespecialidade atingindo<br />
rapidamente o patamar dos mais competentes<br />
profissionais nesse campo emergente da<br />
oftalmologia. Aulas, palestras, trabalhos pu-<br />
No dia 5 de março de 2010 faleceu,<br />
prematuramente, aos 39 anos de idade, o<br />
colega Rodney Ennio Lima de Andrade.<br />
Natural de Mossoró (RN), mudou-se<br />
ainda adolescente para a capital Natal,<br />
onde graduou-se em Medicina. Em 1996<br />
ingressou no Curso de Pós-Graduação de<br />
Especialização em Oftalmologia da SBO,<br />
sendo residente da 1ª Enfermaria da Santa<br />
Casa do Rio de Janeiro (Serviço do Prof.<br />
Paiva Gonçalves Filho) nos anos de 1996<br />
e 1997. No ano seguinte foi fellow de<br />
segmento anterior no Hospital do Olho -<br />
RJ, pelo período de um ano. Retornou a<br />
Natal em 1999, onde iniciou sua destacada<br />
atuação profissional como oftalmologista,<br />
organizando e participando de<br />
inúmeras campanhas de prevenção e promoção<br />
da saúde ocular no Rio Grande do<br />
Norte. Destaca-se entre estas ações, a promoção<br />
de mutirões para diagnóstico e<br />
blicados, capítulos de livros, cursos e conferências<br />
em congressos nacionais e internacionais,<br />
prêmios e distinções fazem seu currículo<br />
ser admirável, invejável, e muito contribuíram<br />
para o desenvolvimento da cirurgia<br />
plástica ocular no nosso país. A dedicação<br />
ao ensino é parte importante na carreira<br />
do Dr. Valenio desde o seu início.<br />
Muito mais expressivo que seu currículo,<br />
entretanto, é o reconhecimento pelo seu<br />
trabalho na formação e aprimoramento dos<br />
oftalmologistas como vice coordenador do<br />
Curso de Extensão em Cirurgia Plástica Ocular<br />
credenciado pelo Conselho Brasileiro de<br />
Oftalmologia. Mais de uma centena de colegas<br />
que fizeram residência ou estágios na<br />
nossa Clínica e em nossos Serviços no Hospital<br />
São Geraldo, no Hospital Felício Rocho,<br />
no Instituto Hilton Rocha e atualmente no<br />
Centro Oftalmológico e Hospital Mater Dei,<br />
lhe são gratos não somente pela transmissão<br />
de seus conhecimentos teóricos e clínicos, mas<br />
sobretudo pelo ensinamento paciente e detalhado<br />
das técnicas cirúrgicas que executava<br />
com virtuosismo, buscando a perfeição.<br />
tratamento da catarata,através da realização<br />
de inúmeros procedimentos de<br />
facoemulsificação com implante de lente<br />
intraocular.<br />
Pois o Dr. Rodney nos deixou, sendo<br />
vítima de acidente automobilístico, justamente<br />
quando se dirigia, com outros<br />
dois colegas, para participar de um desses<br />
mutirões de catarata na cidade de<br />
Caicó, no interior do estado potiguar. Há<br />
poucos meses concretizara um sonho: a<br />
criação de um moderno centro de diagnóstico<br />
e tratamento oftalmológico, o<br />
Hospital da Visão de Natal, onde era sócio-proprietário.<br />
Fui seu colega na 1ª Enfermaria da Santa<br />
Casa, onde construímos uma sólida amizade,<br />
alimentada por nossa convivência e encontros<br />
anuais nos congressos nacionais de<br />
oftalmologia. Com seu admirável bom<br />
humor cativava a todos com sua inteligên-<br />
Graças a sua invulgar capacidade criativa, em<br />
suas mãos a realização de um procedimento<br />
complexo se tornava simples e prazeiroso.<br />
Tudo documentava, descrevia e publicava,<br />
qualidades adicionais ao seu academicismo.<br />
A relação de suas atividades administrativas<br />
mais relevantes inclui a prestação de<br />
serviços à AMMG na direção do Departamento<br />
de Oftalmologia e na consultoria da Revista<br />
Médica, ao CBO como membro efetivo<br />
da Comissão de Ética e Defesa Profissional,<br />
ao Hospital Mater Dei como vice-coordenador<br />
da Clínica Oftalmológica, ao IHR como<br />
fundador e chefe do Setor de Plástica Ocular<br />
durante vários anos, à SBCPO como seu Presidente<br />
e diretor por três mandatos, e à SBO<br />
como membro do Conselho Editorial do Jornal<br />
Brasileiro de Oftalmologia.<br />
Valenio faleceu ainda jovem, aos 58<br />
anos, mas era detentor de grande cultura,<br />
experiência e qualidades que o levaram à reeleição<br />
do cargo de conselheiro e delegado<br />
do nosso CRMMG, função que exercia com<br />
prazer, analisando com prudência, imparcialidade<br />
e compreensão os problemas contidos<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Valenio Pérez França (25/12/1952 - 10/06/2010)<br />
Paulo Rego<br />
Segundo da esquerda para a direita, Valenio Pérez França com Renato Curi, Eduardo Damasceno,<br />
João Diniz, Liane Rezende, Nassim Calixto e Adalmir Morterá Dantas, no Curso de História da<br />
Medicina Oftalmológica, em 2008, no XV Congresso Internacional da SBO<br />
na pilha de processos que levava para casa<br />
nos finais de semana.<br />
Sua herança científica é muito vasta contendo<br />
trabalhos publicados no Brasil e no<br />
exterior, destacando-se o trabalho original<br />
fruto da sua tese, apresentada na UFMG em<br />
2003, que lhe deu o título de Doutor com<br />
distinção.<br />
Val ainda encontrava tempo para o lazer.<br />
Suas horas de descontração ele as passava visitando<br />
as feiras de livros e sebos, procurando<br />
obras famosas, estudos humanísticos e<br />
principalmente livros sobre a História da<br />
Medicina. A memória prodigiosa e a avidez<br />
por essa cultura o levaram a ocupar uma cadeira<br />
de membro titular do Instituto Mineiro<br />
de História da Medicina, a professor dessa<br />
matéria no Curso de Graduação da Faculdade<br />
de Medicina da UFMG e a publicar vários<br />
artigos a respeito do passado da Medicina,<br />
inclusive no Jornal Brasileiro de Oftalmologia.<br />
Seus entes queridos sentem sua falta mas<br />
extravasam orgulho. Denise, esposa e companheira,<br />
mãe dedicada de Iulo, Ícaro, Dédalo<br />
e Daphne, os quatro filhos, a nora Helena e a<br />
neta Júlia completam a sua família que tanto<br />
amava. Todos, junto comigo, veem trazer<br />
as suas homenagens.<br />
No dia a dia de convívio com Valenio eu<br />
admirava seu desejo de aprender, de crescer,<br />
de enfrentar as dificuldades e vencer com fé<br />
positiva. Se comprometia e realizava. Era<br />
amável com todos. Defendia suas idéias que<br />
considerava nobres, mas escutava e respeitava<br />
a dos outros, porque sabia que existem<br />
muitas verdades que ainda são desconhecidas.<br />
São características da sua personalidade,<br />
manifestadas no cotidiano, que retratam a<br />
sua humildade, firme, segura, sóbria, a mais<br />
nobre de todas as virtudes, chave da perfeição<br />
do seu carater.<br />
Sinto muita falta dessa alma nobre e pura.<br />
Desejaria eu ter o dom da palavra para<br />
fazer uma oração pedindo a Deus que tenha<br />
Valenio a seu lado e Lhe dando graças por<br />
me ter concedido o amigo que mais eu queria<br />
na minha vida.<br />
Eduardo J. C. Soares<br />
Rodney Ennio Lima de Andrade (6/6/1970 - 5/3/2010)<br />
cia e prestimosidade. Bem sucedido profissionalmente,<br />
jamais deixou de lado características<br />
como simplicidade e solidariedade<br />
no trato com amigos, familiares e pacientes.<br />
Filho e irmão exemplar, pai dedicado<br />
e esposo apaixonado, deixa os dois amáveis<br />
pequenos filhinhos Renato e Heitor, e<br />
a esposa Ilnahra, sua companheira e alicerce<br />
em todos os momentos. Parte um grande<br />
amigo, colega e companheiro, que deixa<br />
um legado de orgulho para os inúmeros<br />
amigos que tiveram o privilégio de conhecer<br />
e conviver com este admirável ser humano.<br />
Aos familiares, em nome da classe<br />
oftalmológica, venho manifestar os votos<br />
de pesar pelo prematuro desaparecimento,<br />
desejando que Deus lhes conceda muita<br />
força no enfrentamento deste doloroso momento.<br />
Fernando T. Gastaldello<br />
(Caxias do Sul-RS)<br />
Divulgação<br />
Rodney Ennio Andrade Lima, terceiro da<br />
esquerda para a direita, em 2007, por ocasião<br />
do Fórum de Saúde Ocular
Abril - Agosto - 2010<br />
15
16<br />
Presidentes da SBCII e SBCR querem<br />
ampliar atuação das duas entidades<br />
Leonardo Akaishi (DF) e Newton<br />
Andrade (CE) são os presidentes das <strong>Sociedade</strong>s<br />
<strong>Brasileira</strong> de Catarata e Implantes<br />
Intraoculares (SBCII) e Cirurgia Refrativa<br />
(SBCR) para o biênio 2010-2012. Durante<br />
sua gestão serão realizados o VI Congresso<br />
Brasileiro, em Porto de Galinhas, em maio<br />
de 2011, e o XII Congresso Internacional,<br />
em São Paulo,em 2012.<br />
Por ocasião da posse, durante o XI Congresso<br />
Internacional de Catarata e Cirurgia<br />
Refrativa, em Natal (RN), os dois presidentes<br />
anunciaram suas metas com o objetivo<br />
de ampliar o “maravilhoso trabalho<br />
de estruturação e desenvolvimento” realizado<br />
pelas administrações anteriores: gestão<br />
profissional; aumento do número de<br />
sócios e alianças com parceiros; implementação<br />
de relações institucionais e governamentais,<br />
de marketing, comunicação<br />
e relações com a mídia.<br />
Dentre o conjunto de projetos apresentados<br />
destacam-se também a implementação<br />
de alianças nacionais e internacionais; o desenvolvimento<br />
dos comitês científicos de<br />
educação continuada; e o desenvolvimento<br />
do novo site das duas entidades.<br />
A diretoria da SBCII compreende, além<br />
do presidente Leonardo Akaishi: vice-presidente:<br />
Armando Crema (RJ); secretáriageral:<br />
Edna Almodin (PR); primeiro-secretário:<br />
Sérgio Kwitko (RS); tesoureiro-geral:<br />
Leonardo Akaishi,<br />
presidente da SBCII<br />
Newton Andrade,<br />
presidente da SBCR<br />
Rodrigo Vaz (DF); primeira tesoureira:<br />
Lizabel Gemperli (MS); diretor de cursos:<br />
Fernando Trindade (MG) e Patrick Tzeliks<br />
(DF); diretores de publicações: Bruno Fontes<br />
(RJ) e José Beniz (GO); diretores de<br />
vídeos: Carlos Figueiredo (SP) e Paulo César<br />
Fontes (RJ).<br />
A diretoria da SBCR, presidida por<br />
Newton Andrade, é constituída por: vicepresidente:<br />
Renato Ambrósio Jr. (RJ), secretário-geral:<br />
Carlos Heler (MG); vicesecretária:<br />
Adriana Forseto (SP); tesoureiro-geral:<br />
Paulo César Fontes (RJ); vicetesoureiro:<br />
Germano Andrade (CE); diretores<br />
de cursos: Sérgio Kwitko (RS), Milton<br />
Ruiz (SP) e Abrão Lucena (CE); diretores<br />
de publicações: Mauro Campos (SP)<br />
e Marcelo Vieira Neto (SP); diretores de<br />
vídeos: Pedro Paulo Fabri (PR) e João Marcelo<br />
Lyra (AL).<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
SBAO lança revista durante XVI<br />
Congresso Internacional da SBO<br />
Também durante o XI Congresso Internacional<br />
de Catarata e Cirurgia Refrativa foi<br />
empossada a diretoria da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
de Administração em Oftalmologia<br />
(SBAO), que participou do XVI Congresso<br />
Internacional da <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia,<br />
quando foi lançada a Revista<br />
SBAO-Gestão em Oftalmologia.<br />
O lançamento da nova publicação, de<br />
circulação trimestral, foi o primeiro objetivo<br />
do novo presidente da entidade, Mário<br />
Ursulino Machado Carvalho (SE), que<br />
também quer promover cursos itinerantes<br />
em várias cidades do país para gestores, oftalmologistas<br />
e colaboradores de serviços<br />
oftálmicos.<br />
Mandato da Sope<br />
estende-se até 2011<br />
A <strong>Sociedade</strong> de<br />
Oftalmologia de<br />
Pernambuco (Sope),<br />
cuja diretoria será renovada<br />
em 2011,<br />
atualmente é presidida<br />
por João Pessoa<br />
de Souza Filho, tendo<br />
como vice-presidente:<br />
George Santos;<br />
tesoureiro: Paulo<br />
Jorge Saunders;<br />
vice-tesoureiro: Luiz<br />
João Pessoa de Souza<br />
Filho presidente da<br />
Sope<br />
Armando Gondim; secretário: Durval<br />
Valença Filho; sub-secretária: Roberta Ventura.<br />
Fabio Casanova e André Araújo são os<br />
responsáveis pela diretoria de cursos.<br />
Mário Ursulino, em pé, no centro, com os expresidentes<br />
Renato Ambrósio, Virgílio<br />
Centurion, Edna Almodin e o atual vicepresidente<br />
Flávio Rezende<br />
Aroft atende pacientes<br />
carentes de Porto Velho<br />
A AssociaçãoRondoniense<br />
de Oftalmologia<br />
(Aroft) realizou<br />
no dia 12<br />
de junho último<br />
a I Campanha<br />
Olho<br />
Vivo de Promoção<br />
à Saúde<br />
Ocular. Foram<br />
Fotos Divulgação<br />
À direita,Cleiton Bach,<br />
presidente da Aroft, e o vice<br />
Adauto Borges, terceiro à<br />
direita, na campanha<br />
atendidos pacientes de duas comunidades<br />
carentes da cidade de Porto Velho, no Hospital<br />
Santa Marcelina. Os pacientes que necessitavam<br />
de cirurgia foram operados no<br />
dia 19 de junho.
18<br />
Novo presidente da FeCooeso pode ser<br />
eleito durante XIX Congresso Brasileiro<br />
Durante o XIX Congresso Brasileiro<br />
de Prevenção da Cegueira e Reabilitação<br />
Visual, em Salvador, Bahia, será realizada<br />
assembleia da Federação das Cooesos do<br />
Brasil (FeCooeso) para tentar eleger a nova<br />
diretoria da entidade. Desde 21 de maio<br />
passado, por decisão tomada durante o XI<br />
Congresso Internacional de Catarata e<br />
Cirurgia Refrativa, em Natal, Rio Grande<br />
do Norte, a Fecooeso encontra-se em<br />
assembleia permanente.<br />
- Na ocasião cogitou-se até em encerrar<br />
as atividades da Fecooeso por falta de candidatos<br />
aos cargos de presidente e diretores<br />
da Federação, assim como pelo grande<br />
déficit orçamentário, que está sendo coberto<br />
pela Cooeso do Rio de Janeiro desde que<br />
o patrocínio dos laboratórios começou a diminuir,<br />
informou João Fernandes, gerente<br />
administrativo da entidade, acrescentando<br />
que no final do ano passado chegou-se a<br />
recorrer ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia<br />
em busca de um apoio maior.<br />
Segundo a ata da assembleia de 21 de<br />
maio, desde 2006 o CBO arca com todas<br />
as despesas de deslocamento ( hotel,<br />
refeições,taxi, etc) de João Fernandes, dos<br />
presidentes da FeCooeso e Cooeso RJ,<br />
Paulo César Fontes e Nelson Louzada, respectivamente,<br />
e da funcionária Ângela Braz<br />
Pereira. Pelo contrato de patrocínio solicitado,<br />
o CBO destinaria uma verba de<br />
R$ 25.000,00 mensais à FeCooeso para<br />
fazer face às demais despesas que hoje representam<br />
no mínimo 75% da Federação<br />
e 25% da Cooeso RJ. O CBO não pode<br />
viabilizar esse patrocínio, mantendo somente<br />
as despesas com deslocamento.<br />
Até maio, a dívida contábil da Fecooeso<br />
com a Cooeso RJ era de R$ 102.000,00<br />
e, de acordo com João Fernandes, o trabalho<br />
que a equipe no Rio desenvolve para<br />
todo o Brasil aumenta diariamente.<br />
Espera-se que durante a reunião em<br />
Salvador os cooperados apresentem alguma<br />
sugestão para o patrocínio da<br />
FeCooeso e também que se chegue a um<br />
consenso em relação à eleição de uma nova<br />
diretoria. O nome de Fabíola Mansur foi<br />
apresentado na assembleia de Natal, mas<br />
como candidata a deputada estadual pela<br />
Bahia ela está impedida. Nelson Louzada,<br />
que preside a Cooeso RJ foi outro nome<br />
levantado, mas ele declinou do convite<br />
alegando necessidade de se dedicar mais<br />
à família, já que há cerca de 12 anos vem<br />
trabalhando na área de defesa profissional<br />
e teria dificuldade de conciliar suas<br />
novoas atividades com as que exerce no<br />
CBO e na Cooeso RJ.<br />
Correspondência ANS<br />
A Agência Nacional de Saúde Suplementar<br />
(ANS) informou à FeCooeso que<br />
sete operadoras de planos de saúde estão<br />
em processo do Termo de Compromisso<br />
de Ajuste de Conduta (TCAC) e duas estão<br />
no Programa de Monitoramento da<br />
Contratualização. As sete em TCAC são<br />
Amil Assistência Médica Internacional<br />
Ltda, Unimed Rio, Cassi, Medial Saúde,<br />
Petrobras e Empresa <strong>Brasileira</strong> de Correios<br />
e Telégrafos. Bradesco Saúde S/A e<br />
Golden Cross são as duas do Programa de<br />
Monitoramento da Contratualização.<br />
A informação atende à correspondência<br />
encaminhada pela FeCooeso com o objetivo<br />
de propor uma reanálise dos contratos<br />
firmados com seus respectivos credenciados<br />
na área oftalmológica, conforme Programa<br />
de Monitoramento da Contratualização-<br />
ANS, que prevê uma adequação dos contratos<br />
de acordo com as resoluções números<br />
42/03, 54/03 e 71/04.<br />
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A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associados<br />
da SBO. Para anunciar enviar o texto para<br />
a <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia ou pelo<br />
fax (21) 2205-2240 ou e-mail:<br />
sbo@sboportal.org.br. A publicação é gratuita.<br />
Os anúncios devem ser concisos e com informações<br />
precisas. A SBO não se responsabiliza<br />
pelas informações divulgadas, que devem<br />
ser conferidas pelas partes interessadas.
Abril - Agosto - 2010<br />
XVI Congresso: de olho no oftalmologista<br />
Coordenadores tiveram liberdade para indicar temas e nomes de palestrantes<br />
-Praticamente todas as áreas da especialidade<br />
foram abordadas durante os três dias<br />
do XVI Congresso Internacional. Além dos<br />
simpósios sobre “O Olho Míope”, que serão<br />
matéria da próxima edição do JBO, o encontro<br />
buscou estar à altura das expectativas dos<br />
congressistas trazendo novos conhecimentos<br />
e perspectivas para melhorar a qualidade de<br />
atendimento oftalmológico à população, afir-<br />
O casal Walter Martinez Gill, do Paraguai, com<br />
Luiz Carlos Portes, da Comissão Organizadora,<br />
e Ana Motta<br />
Ana Luisa Höfling-Lima (SP) e Luiz Fernando<br />
Regis Pacheco (RJ) coordenaram o Simpósio<br />
de Doenças Externas<br />
Newton Kara José (SP) apresenta a palestra<br />
“Miopia-Definição, Importância Epidemiológica<br />
e Social da Miopia”<br />
Beatriz Simões-Correa, Yoshifumi Yamane e<br />
Luiz Cláudio Souza Lima (RJ), coordenadores<br />
do Curso Tratamento do Estrabismo<br />
Paulo Augusto de Arruda Mello e Augusto<br />
Paranhos Jr. (SP), coordenadores do Simpósio<br />
Glaucoma II<br />
mou o presidente Mário Motta ao fazer um<br />
balanço das atividades desenvolvidas.<br />
-A Comissão Científica, integrada por<br />
Arlindo Portes, Armando Crema, Fernando<br />
Trindade, Giovanni Colombini, João Borges<br />
Fortes Filho, Miguel Ângelo Padilha, Miguel<br />
Hage Amaro, Morizot Leite Filho, Oswaldo<br />
Moura Brasil, Ricardo de Almeida Neves,<br />
Roberto Marback e Sérgio Fernandes, procu-<br />
Milton Ruiz (SP), que participou dos cursos<br />
de refração e olho seco, e um grupo de jovens<br />
oftalmologistas<br />
Ainda no Simpósio de Doenças Externas,<br />
Luciene Barbosa (SP), José Guilherme<br />
Pecego e Sérgio Kandelman (RJ)<br />
Na plateia de “O Olho Míope”,os também<br />
palestrantes Aderbal de Albuquerque Alves<br />
(RJ) e Oswaldo Travassos (PB)<br />
Roberto Marback (BA) e Morizot Leite Filho<br />
(RJ), coordenadores do Curso de Órbita, que<br />
teve participação de Juan Pablo Aldecoa (AR)<br />
Sansão Kac (RJ), João Borges Fortes Filho<br />
(RS), e Mauro Plut (SP) no Simpósio de<br />
Oftalmopediatria<br />
rou oferecer um programa abrangente, voltado<br />
para médicos oftalmologistas, residentes<br />
da especialidade e estudantes de medicina.<br />
Mário Motta reiterou que somente com<br />
médicos mais bem preparados e dispondo de<br />
melhores equipamentos é possível resolver<br />
situações que até algum tempo atrás eram<br />
muito difíceis ou impossíveis de solucionar.<br />
-É claro que sempre haverá casos ainda<br />
Diogo Lucena, Renata Rezende Bisol e Tiago<br />
Bisol (RJ), no intervalo entre suas palestras,<br />
aproveitaram para colocar o papo em dia<br />
Tadeu Cvintal (SP), coordenador do Simpósio<br />
Atualização no Tratamento de Ceratites de<br />
Córnea, também presente em outros cursos<br />
Samuel Cukierman na plateia do Simpósio<br />
Miopia I - Conceitos e Condutas, falou sobre<br />
“Ambliopia na Miopia”<br />
Ana Carolina Vieira (RJ) durante palestra no<br />
Curso de Olho Seco, coordenado por Hélia<br />
Angotti (MG) e Milton Ruiz (SP)<br />
Márcia Tartarella (SP), coordenadora, junto<br />
com Andréa Zin (RJ), e palestrante do Curso<br />
Catarata Congênita<br />
19<br />
sem solução, mas a cada dia, e o nosso congresso<br />
mostrou isso, novas estratégias são desenvolvidas.<br />
Ressaltou ainda que neste encontro os coordenadores<br />
tiveram ampla liberdade para sugerir<br />
nomes de palestrantes. Abaixo, uma seleção<br />
parcial de fotos de congressistas, coordenadores<br />
e palestrantes, que comprovam a variedade<br />
de temas apresentados durante o encontro.<br />
Fotos Fotógrafos Associado RJ<br />
A presença maciça de jovens oftalmologistas,<br />
uma das características do XVI Congresso<br />
Internacional da SBO<br />
Suzana Matayoshi (SP) e Eduardo Soares<br />
(MG) coordenadores do Curso de Oculoplástica,<br />
sucesso de audiência<br />
Haroldo Vieira de Moraes Jr. (RJ) apresentou<br />
“Toxoplasmose: Quando Penso? Como<br />
Diagnóstico? Como Trato?” no Curso Uveíte I<br />
Virgílio Centurion (SP), coordenador, junto com<br />
Mário Motta, do Simpósio Sul-Americano<br />
(Argentina-Brasil-Paraguai)<br />
Nassim Calixto (MG), Sérgio Meirelles e<br />
Cláudia Bastos (RJ) durante apresentação de<br />
casos do Fórum dos Residentes
20<br />
Todas as instituições, públicas ou privadas, têm sua<br />
marca registrada. São logomarcas e slogans que se<br />
fixam no inconsciente coletivo e passam a fazer parte da<br />
entidade como uma segunda pele. A <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de<br />
Oftalmologia tem vários, todos com os seus títulos protegidos e<br />
registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial. As<br />
marcas <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia e Revista <strong>Brasileira</strong><br />
de Oftalmologia também estão registradas.<br />
Na presidência de Flavio Rezende, em 1987, foi criado o<br />
Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), cuja logomarca é de<br />
autoria do Dr. Eliezer Benchimol. Ainda durante a mesma diretoria,<br />
a <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia promoveu um concurso<br />
para a escolha da nova logomarca da entidade. Inscreveramse<br />
cerca de 600 concorrentes e mais uma vez o vencedor foi um<br />
oftalmologista: Dr. Paulo Nunes Siqueira.<br />
Na gestão de Sérgio Fernandes, em 1995, foi criado o slogan<br />
- SOCIEDA<strong>DE</strong> BRASILEIRA <strong>DE</strong> <strong>OFTALMOLOGIA</strong> - A CASA<br />
DO OFTALMOLOGISTA <strong>BRASILEIRO</strong> - que é largamente<br />
utilizado pela SBO.<br />
Ao lado publicamos as marcas, logos e slogans que também<br />
são registrados no Instituto Nacional de Propriedade Industrial:<br />
SBO<br />
Tempo e Memória<br />
João Diniz<br />
Marcas, logomarcas e slogans da SBO<br />
Fontes: Livros de Atas da SBO, Revista <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia,<br />
Jornal <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia, arquivos<br />
iconográficos da SBO.<br />
A logomarca<br />
da SBO criada<br />
na gestão de<br />
Flávio Rezende<br />
Logomarca<br />
tradicional<br />
adotada na<br />
época da<br />
criação do<br />
JBO<br />
Slogan também registrado, data da gestão de Sérgio Fernandes<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
A logomarca da<br />
RBO, registrada<br />
sob o nº<br />
001969110<br />
A logomarca<br />
atual, do JBO<br />
uma ideia do<br />
Dr. Eliezer<br />
Benchimol
22<br />
EXPEDIENTE<br />
Rua São Salvador, 107<br />
Laranjeiras<br />
Rio de Janeiro - RJ<br />
CEP 22231-170<br />
Tel. (21) 3235-9220<br />
Fax (21) 2205-2240<br />
sbo@sboportal.org.br<br />
http://www.sboportal.org.br<br />
DIRETORIA Biênio 2009-2010<br />
Presidente:<br />
Mário Motta<br />
Vice-presidente RJ<br />
Aderbal de Albuquerque Alves Jr.<br />
Vice-presidentes regionais:<br />
Fernando Trindade<br />
João Borges Fortes Filho<br />
Miguel Hage Amaro<br />
Roberto Marback<br />
Secretário Geral<br />
Armando Crema<br />
1º Secretário:<br />
Almir Ghiaroni<br />
2º Secretário:<br />
Lília Muralha<br />
Tesoureiro:<br />
Sansão Kac<br />
Diretor de Cursos:<br />
Arlindo Portes<br />
Diretor de Publicações:<br />
Raul Vianna<br />
Diretor de Biblioteca:<br />
Ricardo Lima de Almeida Neves<br />
Conselho Consultivo:<br />
Aderbal de Albuquerque Alves<br />
Celso Marra Pereira<br />
Morizot Leite Filho<br />
Luiz Carlos Portes<br />
Miguel Ângelo Padilha<br />
Oswaldo Moura Brasil<br />
Conselho Fiscal:<br />
Efetivos<br />
Paiva Gonçalves Neto<br />
Gilberto dos Passos<br />
Giovanni Colombini<br />
Suplentes:<br />
Mário Nagao<br />
Octávio Moura Brasil<br />
Roberli Bichara Pinto<br />
JBO<br />
<strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong><br />
de Oftalmologia<br />
<strong>JORNAL</strong> <strong>BRASILEIRO</strong><br />
<strong>DE</strong> <strong>OFTALMOLOGIA</strong><br />
Jornalista Responsável:<br />
Eleonora Monteiro - M.T. 12574<br />
assimpres@sboportal.org.br<br />
Conselho Editorial:<br />
João Diniz<br />
Mário Motta<br />
Edna Almodin<br />
Fernando Trindade<br />
Jacqueline Coblentz,<br />
Luiz Carlos Portes<br />
Miguel Ângelo Padilha<br />
Oswaldo Moura Brasil<br />
Raul N. G. Vianna<br />
Roberto Lorens Marback<br />
Valenio Pérez França<br />
Editoração Gráfica:<br />
<strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia<br />
Responsável: Marco Antonio Pinto<br />
DG 25341RJ<br />
Publicidade:<br />
Responsável: João Diniz<br />
Tel.: 3235-9220<br />
E-mail: sbo@sboportal.org.br<br />
joaodiniz@sboportal.org.br<br />
Contato publicitário:<br />
Westinghouse Carvalho<br />
Tel.: (11) 3726-6941 / 9274-0724<br />
E-mail: westin@terra.com.br<br />
Publicação: Bimestral<br />
Impressão: Gráfica Colorset<br />
JBO nº 138 (abril), nº 139 (maio-junho),<br />
nº 140 (julho-agosto) - 2010<br />
com circulação em agosto de 2010<br />
Os artigos assinados são de responsabilidade<br />
exclusiva de seus autores e seu<br />
conteúdo não representa, obrigatoriamente,<br />
a opinião do JBO.<br />
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que citada a origem.<br />
ANO 2010<br />
ESCRS<br />
De 4 a 8 de setembro de 2010, XVIII<br />
Congresso da ESCRS (<strong>Sociedade</strong> Europeia<br />
de Catarata e Cirurgia Refrativa), em Paris,<br />
França.<br />
Site: www.escrs.org<br />
<strong>Sociedade</strong> Espanhola<br />
De 22 a 25 de setembro de 2010, 86º<br />
Congresso da <strong>Sociedade</strong> Espanhola de Oftalmologia,<br />
em Madri, Espanha.<br />
Site:www.oftalmo.com/seo<br />
E-mail: avpm@oftalmo.com<br />
Prevenção da Cegueira<br />
De 29 de setembro a 2 de outubro,<br />
XIX Congresso Brasileiro de Prevenção da<br />
Cegueira e Reabilitação Visual, em Salvador,<br />
Bahia.<br />
E-mail:itl@interlinkeventos.com.br<br />
Alaccsa-R del Hemisferio Sur<br />
De 30 de setembro a 2 de outubro de<br />
2010, com o apoio da SBO, V Congreso<br />
Alaccsa-R del Hemisferio Sur, Hotel Hilton,<br />
Puerto Madero, em Buenos Aires, Argentina.<br />
Site: www.alaccsa-r.com<br />
E-mail: alaccsa2010@congresos-rohr.com<br />
Academia Americana<br />
De 16 a 19 de outubro, Congresso da<br />
Academia Americana de Oftalmologia,<br />
McCormick Place, em Chicago, Illinois,<br />
EUA.<br />
Site:www.aao.org<br />
German Ophtalmic Surgeons<br />
De 21 a 24 de outubro de 2010, 23rd<br />
International Congress of German<br />
Ophthalmic Surgeons, no Congress<br />
Centrum Hamburg, Alemanha.<br />
Site:www.doc-nuernberg.de<br />
E-mail:doc@mcnag.info<br />
VI Congresso Nacional da SBO<br />
De 14 a 16 de julho de 2011,<br />
VI Congresso Nacional da SBO,<br />
Hotel InterContinental Rio<br />
Sites: www.sboportal.org.br<br />
www.interevent.com.br<br />
São Geraldo (MG)<br />
De 4 a 6 de novembro de 2010, com o<br />
apoio da SBO, XXXI Congresso do Hospital<br />
São Geraldo, Curso de Capacitação e Atualização<br />
em Visão Subnormal e Simpósio da <strong>Sociedade</strong><br />
<strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia Pediátrica, no<br />
Ouro Minas Palace Hotel, Belo Horizonte<br />
(MG). Informações: (31) 32227-8544.<br />
Site: www.hospitalsaogeraldo.com.br<br />
Jornada Paulista<br />
Dias 5 e 6 de novembro de 2010, 1ª<br />
Jornada Paulista de Oftalmologia-<br />
Unicamp/Unesp Botucatu/USP Ribeirão<br />
Preto, em São Paulo (SP)<br />
Site: www.creativesolution.com.br<br />
XXI Congresso Cearense<br />
Dias 12 e 13 de novembro, XXI Congresso<br />
Cearense de Oftalmologia, em Fortaleza<br />
(CE).<br />
Site: www.soc.org.br<br />
e-mail: soce@accvia.com.br<br />
Latino-Americano de Estrabismo<br />
De 24 a 27 de novembro, XVIII Congresso<br />
Latino-Americano de Estrabismo, em<br />
Cancun, México.<br />
Site: http://www.servimed.com.mx/<br />
clade2010/index.htm<br />
JBO - Jornal Brasileiro de Oftalmologia<br />
Para divulgar eventos científicos oftalmológicos no Jornal Brasileiro de Oftalmologia (JBO), envie as<br />
informações para a SBO, na Rua São Salvador, 107 - Laranjeiras - Rio de Janeiro - RJ - CEP 22231-170 -<br />
Tel. (21) 3235-9220 - Fax (21) 2205-2240 - e-mails: sbo@sboportal.org.br - midia@sboportal.org.br<br />
Oftalmologista - Clínica de olhos<br />
fluminense, em São Gonçalo (RJ), contrata<br />
oftalmologistas. Contato: Ângela Rocha (21)<br />
8779-8781/ 2719-6113.<br />
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diários. Enviar currículo com nº do CRM<br />
para Caixa Postal 396, Juiz de Fora (MG).<br />
Procuramos médicos oftalmologistas<br />
para trabalhar em clínica especializada de<br />
grande movimento na Zona Oeste do Rio<br />
de Janeiro, referência na região. Trabalhamos<br />
com convênios particulares. Temos<br />
grande parte dos exames complementares<br />
e centro cirúrgico próprio. Especial interesse<br />
nas área de oftalmologia geral,<br />
13° Congresso de<br />
Oftalmologia da USP<br />
12º Congresso de Auxiliar<br />
de Oftalmologia USP<br />
De 26 a 28 de novembro, 13º Congresso<br />
de Oftalmologia da USP e 12º Congresso<br />
de Auxiliar de Oftalmologia USP, no Centro<br />
de Convenções Rebouças (SP)<br />
Site: www.oftalmologiausp.com.br<br />
ANO 2011<br />
Congresso da ASCRS<br />
De 26 a 30 de março de 2011, Congresso<br />
da ASCRS, em San Diego,<br />
Califórnia, EUA.<br />
Site: www.ascrs.org<br />
ESCRS<br />
De 17 a 21 de setembro de 2011, XIX<br />
Congresso da ESCRS (<strong>Sociedade</strong> Europeia<br />
de Catarata e Cirurgia Refrativa), em Viena,<br />
Áustria<br />
Academia Americana<br />
De 22 a 25 de outubro de 2011, Congresso<br />
da Academia Americana de Oftalmologia,<br />
em Orlando, Flórida, EUA.<br />
Site: www.aao.org<br />
117º Congresso da <strong>Sociedade</strong><br />
Francesa de Oftalmologia<br />
De 7 a 10 de maio de 2011, 117º<br />
Congresso da <strong>Sociedade</strong> Francesa de<br />
Oftalmologia. Simpósios Brasil-<br />
França, França-Libano, França-<br />
Magreb e França-África Ocidental.<br />
www.sfo.asso.fr<br />
e-mail: sfo@sfo.asso.fr<br />
glaucoma, estrabismo e oftalmopediatria.<br />
Temos horários para todos os dias, de segunda<br />
à sexta-feira, de 8 às 18 horas, e sábado,<br />
de 8 às 12 horas. Contato com Dr.<br />
Daniel César (diretor médico)- (21) 8181-<br />
6576/ 7841-0175, ou com Sheila<br />
Fernandes (gerente-administrativa)- (21)<br />
3332-2511 ramal 122.<br />
A coluna Olho Vivo é exclusiva para os associados da SBO. Para anunciar enviar o texto para a <strong>Sociedade</strong> <strong>Brasileira</strong> de Oftalmologia ou pelo fax (21) 2205-2240<br />
ou e-mail: sbo@sboportal.org.br. A publicação é gratuita. Os anúncios devem ser concisos e com informações precisas. A SBO não se responsabiliza pelas<br />
informações divulgadas, que devem ser conferidas pelas partes interessadas.