Unidos no Combate da Prática do Bullying - WebEduc
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PRÊMIO PROFESSORES DO BRASIL – 4ª Edição<br />
TÍTULO DA EXPERIÊNCIA:<br />
<strong>Uni<strong>do</strong>s</strong> <strong>no</strong> <strong>Combate</strong> <strong>da</strong> <strong>Prática</strong> <strong>do</strong><br />
<strong>Bullying</strong>- Jornal, Literatura,<br />
Comuni<strong>da</strong>de e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, Uma<br />
Grande Parceria!<br />
SÍNTESE DA EXPERIÊNCIA:<br />
ETAPA DA EDUCAÇÃO BÁSICA DA EXPERIÊNCIA<br />
Ensi<strong>no</strong> Fun<strong>da</strong>mental I - A<strong>no</strong>s Iniciais<br />
NOME DA ESCOLA<br />
Escola Municipal Neil Fioravanti<br />
Cristina Pires Dias Lins<br />
29/09/2009
No decorrer <strong>do</strong> a<strong>no</strong> de 2008, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> continui<strong>da</strong>de em 2009, a turma <strong>da</strong> 1º (A) <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong><br />
Fun<strong>da</strong>mental, <strong>da</strong> Escola Municipal Neil Fioravanti, situa<strong>da</strong> na ci<strong>da</strong>de de Doura<strong>do</strong>s (Mato Grosso <strong>do</strong><br />
Sul), desenvolveu o projeto de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong> “<strong>Uni<strong>do</strong>s</strong> <strong>no</strong> <strong>Combate</strong> <strong>da</strong> <strong>Prática</strong> <strong>do</strong> <strong>Bullying</strong>- Jornal,<br />
Literatura, Comuni<strong>da</strong>de e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, Uma Grande Parceria!”.<br />
O mesmo surgiu após a constatação de que a escola é de suma importância na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s<br />
pessoas, <strong>no</strong> entanto, a mesma estava sen<strong>do</strong> palco para a <strong>Prática</strong> <strong>do</strong> <strong>Bullying</strong> (violência).<br />
Falas e <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s que desencadearam o projeto:<br />
“Você não consegue jogar porque é peque<strong>no</strong> demais!”<br />
“Ele disse que o meu desenho está feio, por isso eu joguei ele <strong>no</strong> lixo!”<br />
“O grandão bate em mim, só porque eu sou peque<strong>no</strong>!”<br />
“Você não sabe fazer, eu sei!”<br />
“Ele disse que eu estava fazen<strong>do</strong> tu<strong>do</strong> feio!”<br />
Atitudes observa<strong>da</strong>s:<br />
Intolerância em relação ao outro, xingamentos, deboches, apeli<strong>do</strong>s, exclusão, falta de<br />
valorização <strong>do</strong> próximo, ausência de soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, discriminação...<br />
Constatou-se que, apesar de existirem situações de amizade, infelizmente, o desprezo <strong>do</strong><br />
exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e o desrespeito ao próximo, também estava sen<strong>do</strong> demonstra<strong>do</strong><br />
diariamente <strong>no</strong>s pátios <strong>da</strong> escola, nas salas de aula, entre outros locais <strong>da</strong> mesma.<br />
Vale ressaltar, que algumas dessas ações eram pratica<strong>da</strong>s sem intenção mal<strong>do</strong>sa, outras<br />
não, porém to<strong>da</strong>s essas situações precisavam ser combati<strong>da</strong>s para que os educan<strong>do</strong>s não as<br />
praticassem, nem fossem vítimas de nenhuma forma de discriminação, agressão ou exclusão.<br />
Consideran<strong>do</strong> que eles são seres em formação, já que ain<strong>da</strong> estão estruturan<strong>do</strong> o seu<br />
caráter, constatou-se que os mesmos necessitavam que a instituição escolar lhes oferecesse um<br />
trabalho volta<strong>do</strong> para o seu desenvolvimento integral e sem negligência. Para que assim, tivessem<br />
garanti<strong>do</strong> seus direitos legitima<strong>do</strong>s pelo ECA (Estatuto <strong>da</strong> Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente -Lei nº 8.069,<br />
de 13 de julho de 1990) de acor<strong>do</strong> com o artigo que diz:<br />
Art. 5º Nenhuma criança ou a<strong>do</strong>lescente será objeto de qualquer forma de negligência,<br />
discriminação, exploração, violência, cruel<strong>da</strong>de e opressão, puni<strong>do</strong> na forma <strong>da</strong> lei qualquer<br />
atenta<strong>do</strong>, por ação ou omissão, aos seus direitos fun<strong>da</strong>mentais. (ECA, 1990)<br />
Sen<strong>do</strong> assim, o projeto visou o combate <strong>do</strong> bullying na escola e buscou a participação de<br />
to<strong>do</strong>s nessa luta, sen<strong>do</strong> que oportunizou a integração <strong>do</strong>s pais, <strong>da</strong> equipe escolar e socie<strong>da</strong>de,<br />
colaboran<strong>do</strong> para o desenvolvimento <strong>do</strong> (Pla<strong>no</strong> de Metas Compromisso To<strong>do</strong>s Pela Educação-<br />
instituí<strong>do</strong> pelo Decreto 6.094, de 24/04/2007).<br />
As áreas de conhecimento foram trabalha<strong>da</strong>s de mo<strong>do</strong> interdisciplinar, por meio <strong>da</strong><br />
exploração <strong>da</strong> literatura infantil e <strong>do</strong> jornal.<br />
O tema foi contextualiza<strong>do</strong> de forma lúdica, prazerosa e significativa. Possibilitou a<br />
interativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> ficção com a reali<strong>da</strong>de. A mídia valorizou e divulgou to<strong>do</strong> o trabalho.<br />
O projeto também gerou reivindicações de combate ao bullying, que foram elabora<strong>da</strong>s pela
turma com a colaboração <strong>do</strong>s familiares que as enviaram ao PPP (Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico) <strong>da</strong><br />
escola e à SEMED (Secretaria Municipal de Doura<strong>do</strong>s). Vale ressaltar que em 2009 a escola<br />
integrou as reivindicações ao seu PPP e iniciou a aplicação <strong>da</strong>s ações previstas.<br />
Diante <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s, até então, concluímos que o projeto foi além <strong>do</strong> espera<strong>do</strong>. O<br />
mesmo conscientizou a turma, familiares, equipe escolar estenden<strong>do</strong>-se por to<strong>da</strong> a escola e<br />
socie<strong>da</strong>de.<br />
Despertou o interesse de outros profissionais em educação que assistiram as palestras e<br />
elogiaram a iniciativa.<br />
JUSTIFICATIVA:<br />
De acor<strong>do</strong> com o CEMEOBES (Centro Multidisciplinar de Estu<strong>do</strong>s e Orientação sobre o<br />
<strong>Bullying</strong> Escolar) a palavra bullying é conceitua<strong>da</strong> como sen<strong>do</strong> um “conjunto de atitudes<br />
agressivas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente, a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s por um ou<br />
mais alu<strong>no</strong>s contra outro(s), causan<strong>do</strong> <strong>do</strong>r, angústia, sofrimento, executa<strong>da</strong>s dentro de uma<br />
relação desigual de poder, tornan<strong>do</strong> possível a intimi<strong>da</strong>ção <strong>da</strong> vítima”. O mesmo pode ser:<br />
- Sexual (abusar, assediar, insinuar)<br />
- Verbal (apeli<strong>da</strong>r, xingar, zoar)<br />
- Físico (bater, chutar, beliscar)<br />
- Moral (difamar, caluniar, discriminar)<br />
- Psicológico (intimi<strong>da</strong>r, ameaçar, perseguir)<br />
- Material (furtar, roubar, destroçar pertences)<br />
- Virtual (zoar, discriminar, difamar, xingar, por meio <strong>da</strong> internet e celular)<br />
Vale ressaltar que, mesmo não aparecen<strong>do</strong> <strong>no</strong>s cita<strong>do</strong>s acima, existe também o bullying<br />
fatal, pois muitos educan<strong>do</strong>s se suici<strong>da</strong>m ou matam, como temos visto na mídia.<br />
Diante <strong>da</strong>s atitudes e falas que foram levanta<strong>da</strong>s na escola, houve a constatação <strong>da</strong><br />
presença <strong>do</strong> bullying. Sen<strong>do</strong> assim, surgiu o presente projeto, aqui relata<strong>do</strong>, que visou combater tal<br />
prática, valorizar a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia e promover a inclusão.<br />
• <strong>Combate</strong>r a prática <strong>do</strong> bullying (violência).<br />
OBJETIVOS DA EXPERIÊNCIA:<br />
• Mu<strong>da</strong>r, positivamente, as atitudes <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s em relação a si mesmo, ao próximo de mo<strong>do</strong> a<br />
colaborar para que a socie<strong>da</strong>de seja mais justa, humana e solidária.<br />
• Alicerçar a paz, o respeito e a valorização <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de.<br />
• Promover a conscientização <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> justiça, <strong>da</strong> ética e <strong>da</strong> colaboração para uma boa<br />
convivência.<br />
• Garantir a integração <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s curriculares como, o <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong> escrita, leitura, história,<br />
matemática, artes, entre outros, de mo<strong>do</strong> contextualiza<strong>do</strong>, interdisciplinar e prazeroso.<br />
• Promover a leitura de histórias <strong>da</strong> literatura infantil, a familiarização <strong>do</strong> jornal, visan<strong>do</strong> o confronto
<strong>da</strong> ficção com a reali<strong>da</strong>de, para que valorizem tais recursos, como fonte de entretenimento,<br />
informação e ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />
• Colaborar com a implantação <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> de Metas Compromisso To<strong>do</strong>s Pela Educação. Conjugar<br />
esforços, de mo<strong>do</strong> a criar um regime de colaboração, que venha integrar e conscientizar os<br />
familiares, equipe escolar, entre outros segmentos <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de, em proveito <strong>da</strong> melhoria <strong>da</strong><br />
quali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> educação básica.<br />
CONTEXTUALIZAÇÃO:<br />
A Escola Municipal Neil Fioravanti foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 1996. Está situa<strong>da</strong> na zona<br />
urbana, distante <strong>do</strong> centro <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de e faz parte <strong>do</strong> complexo CAIC (Centro de Atenção Integral à<br />
Criança e A<strong>do</strong>lescente).<br />
A comuni<strong>da</strong>de onde a escola está inseri<strong>da</strong> é forma<strong>da</strong> por pessoas assalaria<strong>da</strong>s,<br />
autô<strong>no</strong>mas e algumas até desemprega<strong>da</strong>s.<br />
Há adeptos de várias religiões (evangélicos, católicos , espíritas ...) e o nível de<br />
escolarização varia desde as séries iniciais <strong>do</strong> Ensi<strong>no</strong> Fun<strong>da</strong>mental até o Ensi<strong>no</strong> Superior cursa<strong>do</strong><br />
ou em conclusão.<br />
A maioria <strong>da</strong>s mães, por possuir uma ocupação fora de casa com o trabalho remunera<strong>do</strong><br />
comunitário ou de estu<strong>do</strong>, deixa seus filhos <strong>no</strong>s Centros de Educação Infantil, com parentes ou<br />
<strong>do</strong>mésticas.<br />
Nos momentos de lazer, a família costuma frequentar grupos de amigos <strong>do</strong> bairro, a igreja,<br />
parque de diversões e programas comunitários.<br />
Em casa alguns educan<strong>do</strong>s têm acesso a jornais impressos e computa<strong>do</strong>res, sen<strong>do</strong> que<br />
muitos frequentam lan house.<br />
Os recursos de informação mais comuns são a televisão, livros didáticos e revistas.<br />
A escola possui APM (Associação de Pais e Mestres), Conselho Didático Pe<strong>da</strong>gógico e<br />
disponibiliza projetos especiais para a comuni<strong>da</strong>de (capoeira, <strong>da</strong>nça, futebol...). A mesma é<br />
composta por uma equipe escolar atuante.<br />
Infelizmente, na instituição havia situações em que os educan<strong>do</strong>s praticavam ou eram<br />
vítimas <strong>do</strong> bullying.<br />
REFERENCIAL TEÓRICO:<br />
O projeto desenvolvi<strong>do</strong> teve como base teórica Paulo Freire (1921 a 1997), brasileiro, <strong>da</strong><br />
ci<strong>da</strong>de de Recife e Vygotsky (1896 a 1934) de Orsha na Bielo-Rússia, ten<strong>do</strong> em vista que eles<br />
apresentaram propostas que se entrelaçaram na direção de uma educação ci<strong>da</strong>dã.<br />
Diante disso, o desenvolvimento <strong>do</strong> trabalho pautou-se num olhar diferencia<strong>do</strong> que levou a<br />
escola a se aproximar <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des e interesses <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s, oferecen<strong>do</strong>-lhes uma<br />
educação que possibilite formas de relações sociais mais humanas e justas.<br />
O mesmo visou uma escola diferente, de quali<strong>da</strong>de, que eduque para a libertação, livres<br />
<strong>do</strong>s elos <strong>do</strong> preconceito, <strong>da</strong> discriminação, <strong>da</strong> injustiça (Freire) e que possibilite o bom ensi<strong>no</strong><br />
(Vygotsky).
Nesse senti<strong>do</strong> e buscan<strong>do</strong> o compromisso de to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s deu-se o an<strong>da</strong>mento<br />
visan<strong>do</strong> os objetivos.<br />
VI.1 Meto<strong>do</strong>logia e conteú<strong>do</strong>s explora<strong>do</strong>s:<br />
DESCRIÇÃO CLARA E DETALHADA DA EXPERIÊNCIA:<br />
A meto<strong>do</strong>logia integrou pesquisas diversifica<strong>da</strong>s. Os conteú<strong>do</strong>s foram trabalha<strong>do</strong>s de mo<strong>do</strong><br />
interdisciplinar, envolveram os PCN(s) Parâmetros Curriculares Nacional, inclusive os Temas<br />
Transversais.<br />
Língua Portuguesa:<br />
- Participação em situações de intercâmbio oral que requeiram ouvir com atenção, intervir, formular<br />
perguntas e respostas por meio de debates referentes ao projeto.<br />
-Utilização <strong>da</strong> escrita para registrar <strong>da</strong><strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s.<br />
-Valorização <strong>da</strong> leitura como fonte de pesquisa e entretenimento.<br />
-Exploração <strong>da</strong> literatura infantil, <strong>no</strong>tícias de jornal confronto [ficção e a reali<strong>da</strong>de].<br />
-Socialização e valorização <strong>da</strong>s experiências de leitura.<br />
-Produção de textos orais, complementação de histórias e ilustração.<br />
-Utilização <strong>da</strong>s regulari<strong>da</strong>des ortográficas de mo<strong>do</strong> contextualiza<strong>do</strong>.<br />
-Participação de produções individuais, grupais e coletivas.<br />
História:<br />
-Identi<strong>da</strong>de: Exploração <strong>da</strong> própria história (Nome, local/<strong>da</strong>ta de nascimento, certidão de<br />
nascimento...).<br />
-Família: Composição familiar (Reconhecimento <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> família <strong>no</strong> processo de<br />
crescimento e para a vivência de valores, amor e respeito).<br />
-Compreensão e valorização <strong>da</strong> convivência em grupo (vizinhos, amigos <strong>da</strong> escola, comuni<strong>da</strong>de<br />
em que vive) e a importância <strong>da</strong> aju<strong>da</strong> uns aos outros.<br />
-Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia: Reconhecimento <strong>do</strong>s direitos e deveres como fonte de ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia; Levantamento de<br />
diferenças e semelhanças entre as pessoas.<br />
-Compreensão <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> fraterni<strong>da</strong>de como alia<strong>da</strong> <strong>da</strong> paz entre os povos.<br />
-Busca de informações em diferentes tipos de fonte para troca de informações.<br />
Geografia:<br />
- Locali<strong>da</strong>de: Colaboração na utilização <strong>do</strong>s diversos espaços físicos <strong>da</strong> escola.<br />
- Preservação <strong>do</strong> espaço escolar e respeito durante o uso individual e coletivo.<br />
Ciências:
-Corpo huma<strong>no</strong>: Origem <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, valorização e respeito à diversi<strong>da</strong>de.<br />
Matemática:<br />
-Reconhecimento <strong>da</strong> importância <strong>do</strong>s numerais para a representação de <strong>da</strong><strong>do</strong>s utiliza<strong>do</strong>s <strong>no</strong> dia-adia<br />
(i<strong>da</strong>des existentes na turma, expressar quanti<strong>da</strong>des, uso <strong>do</strong> calendário, leitura de gráficos e<br />
registro de <strong>da</strong><strong>do</strong>s pesquisa<strong>do</strong>s).<br />
Artes:<br />
-Expressão e Comunicação: (Artes visuais <strong>no</strong> fazer <strong>do</strong> educan<strong>do</strong>, desenhos, pinturas, recortes,<br />
colagens, gravuras, confecção de convites, cartazes e painéis).<br />
-Experimentação e utilização de materiais para confecções artísticas (papel, tesoura, cola, pincel<br />
atômico, figuras, gravuras).<br />
-Representação <strong>do</strong> conhecimento por meio <strong>da</strong> arte (teatro e música).<br />
Temas transversais<br />
-Exploração <strong>da</strong> ética, justiça, respeito mútuo e <strong>da</strong> valorização <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de.<br />
VI.2- Apresentação <strong>do</strong> projeto aos familiares e equipe escolar/ Integração <strong>do</strong> Pla<strong>no</strong> de Metas<br />
Compromisso To<strong>do</strong>s Pela Educação<br />
“O problema que se põe àqueles que, mesmo em diferentes níveis, se comprometem com<br />
o processo de libertação, é saber o que fazer, como, com quem, para que, contra e em favor de<br />
quê...”(FREIRE, 1978:69)<br />
Sabemos que a educação é papel de to<strong>do</strong>s. Portanto, é preciso que a escola promova a<br />
integração <strong>da</strong> equipe escolar, familiares e socie<strong>da</strong>de, disponibilizan<strong>do</strong> meios para que esse laço<br />
seja estreita<strong>do</strong>.<br />
Não se pode pensar <strong>no</strong> envolvimento <strong>do</strong>s pais apenas <strong>no</strong>s momentos de reuniões para<br />
apresentar o resulta<strong>do</strong> bimestral e sim integrá-los <strong>no</strong> início, meio e “fim” <strong>do</strong> caminhar pe<strong>da</strong>gógico.<br />
Seguin<strong>do</strong> a visão Freireana, cita<strong>da</strong> acima, e visan<strong>do</strong> o Pla<strong>no</strong> de Metas Compromisso<br />
To<strong>do</strong>s pela Educação, o primeiro passo foi de apresentar o projeto aos pais e a equipe pe<strong>da</strong>gógica<br />
para esclarecer (o que fazer, como, com quem, para que, contra e em favor de quê).<br />
Houve esclarecimento <strong>do</strong> objetivo <strong>do</strong> trabalho e foi ressalta<strong>do</strong> a importância <strong>da</strong><br />
colaboração de to<strong>do</strong>s para o êxito <strong>do</strong> estu<strong>do</strong>.<br />
To<strong>do</strong>s, em assembleia, votaram aprovan<strong>do</strong>-o e se propuseram a colaborar.<br />
Assim, após estabelecer o compromisso de to<strong>do</strong>s, foram realiza<strong>da</strong>s diversas ativi<strong>da</strong>des<br />
interativas que integraram educan<strong>do</strong>s, familiares e equipe escolar na exploração <strong>da</strong> temática, como<br />
veremos <strong>no</strong> decorrer <strong>do</strong> relato. (foto em anexo 2)<br />
VI. 3 Exploração <strong>da</strong> literatura infantil<br />
Confronto <strong>da</strong> ficção e a reali<strong>da</strong>de. Reali<strong>da</strong>de observa<strong>da</strong>: <strong>Prática</strong> de <strong>Bullying</strong> (Intolerância<br />
em relação ao outro, xingamentos, deboches, apeli<strong>do</strong>s...)
Ten<strong>do</strong> em vista a importância <strong>da</strong> literatura infantil e consideran<strong>do</strong> o interesse <strong>do</strong>s<br />
educan<strong>do</strong>s por ela, iniciamos a exploração <strong>da</strong> história <strong>do</strong> “Patinho Feio”, visan<strong>do</strong> contextualizar o<br />
tema.<br />
Após a leitura ter si<strong>do</strong> realiza<strong>da</strong>, a mesma oportunizou um “leque” de ativi<strong>da</strong>des<br />
interessantes. A interpretação oral, oportunizou aos educan<strong>do</strong>s uma reflexão que interligou a ficção<br />
e a reali<strong>da</strong>de.<br />
Diante <strong>da</strong>s discussões e troca de ideias, percebemos que <strong>no</strong> dia-a-dia muitas pessoas são<br />
discrimina<strong>da</strong>s, xinga<strong>da</strong>s, agredi<strong>da</strong>s e excluí<strong>da</strong>s, assim como o patinho foi.<br />
Logo, partin<strong>do</strong> <strong>do</strong> lúdico, foi conceitua<strong>do</strong> o que é prática <strong>do</strong> bullying e comenta<strong>do</strong> como<br />
muitas pessoas têm sofri<strong>do</strong> com a mesma, por não serem aceitas pelo outro ou pelo grupo.<br />
Diante desse conceito, automaticamente, iniciou-se depoimentos liga<strong>do</strong>s a atitudes<br />
sofri<strong>da</strong>s e pratica<strong>da</strong>s, sem julgamentos. Repensaram suas atitudes e se propuseram a começar<br />
uma luta para o aban<strong>do</strong><strong>no</strong> dessas práticas.<br />
Através de uma produção de texto coletiva, reescreveram a história onde concluíram que o<br />
patinho não era feio, mas sim diferente.<br />
Compreenderam que <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> to<strong>do</strong>s são diferentes e merece<strong>do</strong>res de respeito. Assim, de<br />
mo<strong>do</strong> lúdico, a história abriu espaço para a discussão referente à necessi<strong>da</strong>de de se combater o<br />
bullying e oportunizou um repensar <strong>da</strong>s relações interpessoais. (ativi<strong>da</strong>des em anexo 1)<br />
VI.4- Identi<strong>da</strong>de: Exploração <strong>da</strong> própria história, reconhecimento de si para reconhecimento<br />
<strong>do</strong> outro<br />
Muitas vezes as pessoas julgam o desconheci<strong>do</strong>. Outras vezes, desconhecem a si<br />
próprias.<br />
O desconhecimento, pode vir acompanha<strong>do</strong> pelo bullying fazen<strong>do</strong> com que muitos, sem<br />
conhecimento, ataquem o outro por meio verbal, psicológico e moral.<br />
Diante disso, para que a turma conhecesse a história de vi<strong>da</strong> um <strong>do</strong> outro e mu<strong>da</strong>sse,<br />
positivamente, suas atitudes em relação a si e ao próximo, iniciou-se um trabalho relaciona<strong>do</strong> à<br />
exploração <strong>da</strong> identi<strong>da</strong>de.<br />
Utilizamos uma música sobre a origem <strong>da</strong> vi<strong>da</strong>, onde cantamos, interpretamos, brincamos<br />
de mímicas e conceituamos o que é ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia.<br />
Posteriormente, realizamos pesquisa na Certidão de Nascimento referente ao (<strong>no</strong>me<br />
completo, <strong>da</strong>ta de nascimento, <strong>no</strong>me <strong>do</strong>s pais...) e criamos um gráfico coletivo <strong>da</strong>s i<strong>da</strong>des<br />
existentes na turma.<br />
A história de ca<strong>da</strong> um foi socializa<strong>da</strong> em ro<strong>da</strong>s de conversas, para que ca<strong>da</strong> um pudesse<br />
conhecer o outro.<br />
De mo<strong>do</strong> lúdico, também utilizamos o globo terrestre para <strong>no</strong>s conceituar <strong>no</strong> mun<strong>do</strong> em<br />
que vivemos.<br />
Observamos fotos <strong>do</strong>s povos que colonizaram o Brasil, que caracterizam a população<br />
brasileira (indígenas, afrodescendentes, portugueses...) entre outros (japoneses, chineses...).
A exploração contou com ativi<strong>da</strong>des prazerosas (pintura, mensagem e carta enigmática)<br />
que complementaram o tema.<br />
Automaticamente, as áreas de Língua Portuguesa, História, Geografia, Matemática,<br />
Ciências, Artes e os Temas Transversais, foram se integran<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> interdisciplinar.<br />
As ativi<strong>da</strong>des foram de grande valia porque além de colaborarem para o conhecimento de<br />
si e <strong>do</strong> outro, também oportunizou a exploração <strong>do</strong> currículo de mo<strong>do</strong> contextualiza<strong>do</strong>. (Ativi<strong>da</strong>des<br />
e foto/ anexos 1 e 2)<br />
VI.5 Valorização <strong>da</strong>s características físicas e respeito à diversi<strong>da</strong>de<br />
Muitas vezes, especialmente na i<strong>da</strong>de escolar, crianças e a<strong>do</strong>lescentes, são rotula<strong>do</strong>s<br />
pelos outros. Mesmo que isso ocorra através <strong>da</strong>s chama<strong>da</strong>s “brincadeiras” pode ocasionar baixa<br />
autoestima, exclusão, autoexclusão e outros fatores psicológicos. Logo, para tratarmos dessa<br />
questão, exploramos a história <strong>da</strong> Bela e a Fera.<br />
Foi levanta<strong>do</strong> o parecer <strong>da</strong> turma, através de debate que questio<strong>no</strong>u “o que é ser feio?” e<br />
“o que é ser belo?”. O mesmo oportunizou o entendimento de que a beleza <strong>da</strong>s pessoas está nas<br />
suas atitudes em relação ao outro e a si mesma.<br />
Para aprofun<strong>da</strong>r o assunto também foram realiza<strong>da</strong>s diversas ativi<strong>da</strong>des individuais,<br />
grupais e coletivas (labirintos, desenhos, criação de frases, dita<strong>do</strong>s diversifica<strong>do</strong>s) entre outras.<br />
Aos poucos, os educan<strong>do</strong>s foram crian<strong>do</strong> <strong>no</strong>vos conceitos e perceberam que as atitudes<br />
pratica<strong>da</strong>s não eram brincadeiras e sim algo que afetava o próximo seriamente. (ativi<strong>da</strong>des em<br />
anexo 1)<br />
VI.6 Utilização <strong>da</strong> literatura infantil e <strong>do</strong> jornal para exploração <strong>da</strong> ficção/ reali<strong>da</strong>de<br />
Dan<strong>do</strong> continui<strong>da</strong>de a exploração <strong>do</strong> tema, realizamos a integração <strong>da</strong> leitura <strong>do</strong> jornal<br />
onde foi oportuniza<strong>do</strong> momentos de manuseio <strong>do</strong> mesmo.<br />
No primeiro contato, foi promovi<strong>do</strong> ativi<strong>da</strong>des de manipulação e <strong>da</strong> exploração <strong>da</strong> sua<br />
estrutura física (tamanho, páginas, cader<strong>no</strong>s, tipos de <strong>no</strong>tícias, fotos...). Após o conhecimento <strong>da</strong><br />
estrutura física, começamos explorar as imagens sen<strong>do</strong> que as fotos relaciona<strong>da</strong>s ao caso <strong>da</strong><br />
menina Isabella, brutalmente assassina<strong>da</strong>, foram as que mais chamaram a atenção <strong>da</strong> turma.<br />
Eles começaram a falar sobre o caso e <strong>do</strong> que viram <strong>no</strong>s telejornais. Esse interesse foi<br />
considera<strong>do</strong>, sen<strong>do</strong> que exploramos as últimas <strong>no</strong>tícias, fotos e conversamos sobre o assunto. A<br />
conversa <strong>no</strong>s levou a concluir que a menina Isabella, não teve seus direitos garanti<strong>do</strong>s.<br />
Para maior esclarecimento, trabalhamos os direitos <strong>da</strong>s crianças, garanti<strong>do</strong>s pelo ECA<br />
(Estatuto <strong>da</strong> Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente).<br />
Posteriormente, integramos o registro escrito, completan<strong>do</strong> uma cruza<strong>da</strong> <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia,<br />
onde conceituamos melhor o significa<strong>do</strong> de ser ci<strong>da</strong>dão e os educan<strong>do</strong>s conheceram mais <strong>do</strong>s<br />
direitos deles, garanti<strong>do</strong>s por lei.<br />
Visan<strong>do</strong> maior entendimento, a história “João e Maria” foi integra<strong>da</strong> onde, através dela,<br />
observamos que os personagens foram aban<strong>do</strong>na<strong>do</strong>s pelos pais, passaram fome e não tiveram<br />
seus direitos garanti<strong>do</strong>s.<br />
A história <strong>no</strong>s oportunizou o estu<strong>do</strong> referente a estruturação familiar, onde conceituamos o<br />
que são pais biológicos e pais a<strong>do</strong>tivos.
Logo, relacionamos a ficção e a reali<strong>da</strong>de o que <strong>no</strong>s propiciou a exploração <strong>da</strong> formação<br />
familiar de ca<strong>da</strong> um (pai, mãe, padrasto, madrasta, tio, tia, primo, prima...) o que garantiu maior<br />
entendimento <strong>da</strong> existência de diversas formas de composição familiar.<br />
Através de um trabalho individual, que partiu <strong>do</strong> coletivo, ca<strong>da</strong> educan<strong>do</strong> produziu a<br />
história de “João e Maria”, através de ilustração.<br />
Por meio de ativi<strong>da</strong>de grupal, pesquisamos fotos e <strong>no</strong>tícias <strong>do</strong> jornal referentes à morte <strong>da</strong><br />
menina Isabella.<br />
A turma compreendeu que, tanto os personagens <strong>da</strong> ficção (João e Maria) quanto <strong>da</strong><br />
reali<strong>da</strong>de (Isabella), não tiveram seus direitos garanti<strong>do</strong>s e percebeu a importância de ressaltar<br />
esses direitos.<br />
Então, criamos um painel retratan<strong>do</strong> os direitos <strong>da</strong> criança e <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente sen<strong>do</strong> que,<br />
para maior divulgá-los, colocamos os mesmos em exposição <strong>no</strong> mural <strong>da</strong> escola para que fossem<br />
visualiza<strong>do</strong>s por to<strong>do</strong>s.<br />
Ca<strong>da</strong> educan<strong>do</strong> também pode falar <strong>da</strong> sua família, <strong>da</strong> importância dela na vi<strong>da</strong> dele e de<br />
como manter a harmonia entre to<strong>do</strong>s.<br />
Também confeccionamos um convite para que as famílias viessem à escola para<br />
participarem de uma dinâmica referente ao projeto e oportunizar que ca<strong>da</strong> um conhecesse mais o<br />
familiar <strong>do</strong> outro.<br />
Os familiares compareceram, assim como a coordena<strong>do</strong>ra e o diretor sen<strong>do</strong> que, juntos,<br />
participaram <strong>da</strong> Dinâmica <strong>da</strong> Parceria.<br />
De forma descontraí<strong>da</strong>, a ativi<strong>da</strong>de entre pais, filhos e equipe escolar, alcançou o objetivo.<br />
Já que oportunizou que os mesmos chegassem à conclusão de que a educação é papel de to<strong>do</strong>s.<br />
(foto em anexos 2 e 4)<br />
VI.7 Apreciação <strong>do</strong> trabalho <strong>do</strong> próximo e valorização <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de<br />
Antes <strong>do</strong> início <strong>do</strong> projeto, na sala de aula era comum um debochar <strong>do</strong> desenho <strong>do</strong> outro e<br />
até mesmo se achar melhor que o outro.<br />
Mesmo ao constatar a melhora <strong>no</strong> tratamento de um em relação ao outro, após o início <strong>do</strong><br />
projeto, houve a necessi<strong>da</strong>de de ressaltar a importância <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de. Diante disso, integramos<br />
a fábula “A Cigarra e a Formiga”.<br />
Logicamente, foi levanta<strong>do</strong> que Esopo, sábio escravo, quis ressaltar a importância <strong>do</strong><br />
trabalho na vi<strong>da</strong> <strong>da</strong>s pessoas.<br />
Posteriormente, também foi <strong>da</strong><strong>do</strong> liber<strong>da</strong>de para que a turma, pudesse ler e interpretar a<br />
história ao seu mo<strong>do</strong>.<br />
Para isso, foi proposto que se colocassem <strong>no</strong> lugar <strong>da</strong> formiga e depois, <strong>no</strong> <strong>da</strong> cigarra.<br />
Assim foi feito. Após muito debate, concluímos que, tanto a cigarra quanto a formiga, foram<br />
trabalha<strong>do</strong>ras. A formiga trabalhou juntan<strong>do</strong> alimentos e a cigarra era uma artista que trabalhava<br />
sen<strong>do</strong> cantora.<br />
Compreendemos que a cigarra não foi valoriza<strong>da</strong> pela formiga, assim como muitas
pessoas também não são valoriza<strong>da</strong>s pelas outras. Ressaltamos a importância de não debochar<br />
<strong>do</strong> trabalho um <strong>do</strong> outro, de valorizar o que o outro fez e de ser solidário!<br />
Realizamos uma reinvenção <strong>da</strong> história, através de diálogos em balões, onde puderam<br />
demonstrar a amizade, a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de e valorização ao próximo. Aproveitamos para apreciar os<br />
diálogos cria<strong>do</strong>s e as pinturas, sen<strong>do</strong> que to<strong>do</strong>s obtiveram muitos elogios. (ativi<strong>da</strong>de em anexos 1<br />
e 4)<br />
VI.8 Fábula O Leão e o Rato/ Pinóquio- combate <strong>da</strong> discriminação e <strong>da</strong> mentira<br />
As falas, que desencadearam o projeto, retratavam a violência, vivencia<strong>da</strong> por alguns deles<br />
sen<strong>do</strong> uns como praticantes, outros como vítimas.<br />
Tais falas/atitudes, considera<strong>da</strong>s como o bullying verbal e psicológico, puderam ser<br />
trabalha<strong>da</strong>s através <strong>da</strong> fábula <strong>do</strong> Leão e o Rato, que foi utiliza<strong>da</strong> para combater essas questões.<br />
Os educan<strong>do</strong>s se interessaram demais pela história e realizaram diversos relatos<br />
contextualizan<strong>do</strong> suas experiências de dentro e de fora <strong>da</strong> escola. Por meio <strong>da</strong> interpretação oral e<br />
<strong>do</strong>s comentários, compreenderam que, inconscientemente, praticavam o bullying com alguma<br />
criança <strong>da</strong> escola, irmãozinhos, priminhos e vizinhos. Se surpreenderam quan<strong>do</strong> relataram que,<br />
muitas vezes, agiam como o leão e ain<strong>da</strong> não tinham percebi<strong>do</strong> isso!<br />
É impressionante como a literatura infantil <strong>no</strong>s aju<strong>do</strong>u a repensar a reali<strong>da</strong>de de mo<strong>do</strong><br />
natural, sem acusação, pressão ou criação de rótulos.<br />
Através de uma produção de texto, ca<strong>da</strong> educan<strong>do</strong> pode rever suas atitudes e criar uma<br />
mensagem individual, utilizan<strong>do</strong>-se <strong>da</strong> escrita, onde registraram que o tamanho não importa, pois<br />
to<strong>do</strong>s são capazes.<br />
Muitos relataram, depois dessa exploração, que na aula de educação física estavam<br />
brincan<strong>do</strong> com os peque<strong>no</strong>s, sen<strong>do</strong> que antes os excluíam.<br />
Aproveitamos também para tratar de outros tipos de bullying existentes: (moral, virtual e<br />
sexual).<br />
Para isso, integramos a história <strong>do</strong> Pinóquio onde conversamos sobre as consequências<br />
<strong>da</strong>s mentiras e de como uma pessoa que sofre uma calúnia mentirosa, pode se abater. Falamos <strong>do</strong><br />
bullying virtual, que se dá por meio de mensagens mentirosas envia<strong>da</strong>s pela internet, celular e<br />
outros.<br />
Também realizamos jogos exter<strong>no</strong>s, para que fosse demonstra<strong>do</strong> a capaci<strong>da</strong>de um <strong>do</strong><br />
outro e a importância <strong>da</strong> inclusão de to<strong>do</strong>s nas brincadeiras. Exploramos as regras, o respeito<br />
mútuo, a colaboração e foi ressalta<strong>do</strong> que <strong>no</strong> jogo não existem perde<strong>do</strong>res, já que to<strong>do</strong>s brincaram,<br />
se divertiram e aprenderam. Pode até existir o que marca mais ou me<strong>no</strong>s pontos, <strong>no</strong> entanto<br />
ninguém perde ao estar brincan<strong>do</strong>. To<strong>do</strong>s só têm a ganhar! (ativi<strong>da</strong>des anexo 1)<br />
VI.9 Bingo <strong>da</strong> Família Ci<strong>da</strong>dã<br />
Mais uma vez, visan<strong>do</strong> a integração familiar, realizamos o Bingo <strong>da</strong> Família Ci<strong>da</strong>dã. O<br />
mesmo propôs uma reflexão <strong>da</strong> necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s virtudes na vi<strong>da</strong> familiar e escolar. Convi<strong>da</strong>mos<br />
os familiares, coordenação e direção.<br />
As cartelas <strong>do</strong> bingo, apresentavam palavras virtuosas referentes à (paz, amor, alegria,<br />
soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, companheirismo, felici<strong>da</strong>de, união, bênçãos) e outras. Conforme formavam as<br />
palavras <strong>da</strong> cartela, o educan<strong>do</strong> e um representante <strong>da</strong> sua família, falavam <strong>da</strong> importância <strong>da</strong>s<br />
palavras conti<strong>da</strong>s, para a vi<strong>da</strong> deles e ganhavam prêmios.
Vale ressaltar, que to<strong>do</strong>s perceberam que o objetivo não estava na premiação e sim na<br />
reflexão em relação ao bom relacionamento familiar.<br />
Os familiares elogiaram a iniciativa e disseram que é muito importante existirem momentos<br />
assim na escola, pois oportunizaram a integração familiar e um repensar <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> em família que,<br />
muitas vezes, passa despercebi<strong>do</strong> pela correria <strong>do</strong> dia-a-dia. (foto em anexo 2)<br />
VI.10 Integração <strong>do</strong>s funcionários, educan<strong>do</strong>s e educa<strong>do</strong>res de outras turmas<br />
Percebeu-se que além <strong>do</strong>s painéis referentes às ativi<strong>da</strong>des, que eram socializa<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s<br />
murais <strong>da</strong> escola, era preciso também haver um trabalho de conscientização <strong>do</strong>s demais<br />
educan<strong>do</strong>s e funcionários pois a prática <strong>do</strong> bullying, infelizmente, de uma forma ou de outra,<br />
acontece em to<strong>do</strong>s os locais <strong>da</strong> escola.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, os educan<strong>do</strong>s distribuíram leituras reflexivas para os funcionários<br />
(cozinheiras, secretárias, coordena<strong>do</strong>ras, diretor, inspetoras...) com mensagens referentes ao bom<br />
relacionamento huma<strong>no</strong>. Os mesmos leram as crônicas, contos, entre outras mensagens e<br />
realizaram o registro escrito avalian<strong>do</strong> as leituras realiza<strong>da</strong>s.<br />
Os registros foram coloca<strong>do</strong>s <strong>no</strong>s murais <strong>da</strong> escola para valorizar o parecer de ca<strong>da</strong> um.<br />
(foto em anexo 2)<br />
VI.11- Participação <strong>da</strong>s famílias em leituras reflexivas, confecção de cartazes sobre a paz e<br />
de combate ao bullying<br />
Consideran<strong>do</strong> que a leitura pode abrir <strong>no</strong>vos caminhos, oportunizar <strong>no</strong>vos conceitos, rever<br />
valores e colaborar na escolha de <strong>no</strong>vas atitudes, houve a integração <strong>do</strong>s familiares, nessas<br />
ativi<strong>da</strong>des de leitura.<br />
Os mesmos foram convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s para realizar a escolha de livros e receberam leituras<br />
reflexivas que falavam de pais e filhos, união <strong>da</strong> família, entre outros assuntos.<br />
Também foram convi<strong>da</strong><strong>do</strong>s para participar de uma aula especial, onde pais e filhos<br />
confeccionaram cartazes com mensagens contra o bullying.<br />
Após a confecção, juntos, panfletaram a escola e passaram o seu reca<strong>do</strong>.<br />
Foi muito interessante ver, mais uma vez, a integração <strong>da</strong>s famílias na escola e a luta<br />
delas por uma boa causa.<br />
Os educan<strong>do</strong>s se sentiram valoriza<strong>do</strong>s e perceberam a importância que a sua família<br />
estava <strong>da</strong>n<strong>do</strong> para a vi<strong>da</strong> deles. Os familiares relataram que gostaram <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong>de interativa e<br />
avaliaram o quanto é importante programa como esse entre eles e seus filhos. (fotos em anexos 2<br />
e 4)<br />
VI.12 Pesquisa- passeio: Visita ao (Jornal O Progresso)<br />
A turma decidiu montar o (Jornal <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia) para registrar e divulgar o que aprendeu<br />
sobre o combate <strong>da</strong> prática <strong>do</strong> bullying.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, visitamos as dependências <strong>do</strong> (Jornal O Progresso), pioneiro em <strong>no</strong>ssa<br />
ci<strong>da</strong>de, para observarmos as etapas <strong>da</strong> confecção de um jornal.<br />
Fomos até a sala de re<strong>da</strong>ção posteriormente, na sala de confecção. Lá, observamos to<strong>da</strong>s<br />
as etapas de impressão.
A visita foi muito importante, pois <strong>no</strong>s oportunizou a compreensão <strong>da</strong>s etapas para a<br />
elaboração <strong>do</strong> <strong>no</strong>sso jornal, onde também entendemos como é monta<strong>do</strong> o jornal li<strong>do</strong> por nós, na<br />
sala de aula.<br />
(foto em anexos 2 e 4 )<br />
VI.13 Utilização <strong>da</strong> sala de tec<strong>no</strong>logia/ Confecção <strong>do</strong> jornal <strong>da</strong> turma<br />
Foi de suma importância que os educan<strong>do</strong>s percebessem que seus trabalhos foram<br />
valoriza<strong>do</strong>s.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, para ressaltar o estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> e ampliar a divulgação <strong>do</strong> combate <strong>da</strong><br />
prática <strong>do</strong> bullying, iniciamos a montagem <strong>do</strong> jornal <strong>da</strong> turma de<strong>no</strong>mina<strong>do</strong> (Jornal <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia).<br />
A <strong>no</strong>ssa escola possui uma sala de tec<strong>no</strong>logia, onde são disponibiliza<strong>do</strong>s computa<strong>do</strong>res<br />
para educan<strong>do</strong>s e educa<strong>do</strong>res. Usufruímos desse importante recurso, sen<strong>do</strong> que, fomos até lá<br />
escolhemos as fotos, ativi<strong>da</strong>des e mensagens que gostaríamos de divulgar.<br />
Montamos o <strong>no</strong>sso jornal com amostras de ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, fotos <strong>da</strong> família e outras<br />
produções. Aproveitamos para esclarecer o que é o bullying e como agir para combatê-lo.<br />
Procuramos conscientizar os leitores <strong>da</strong> importância <strong>da</strong> justiça, <strong>da</strong> ética e <strong>da</strong> colaboração<br />
para uma boa convivência. Também integramos mensagens reflexivas liga<strong>da</strong>s à paz, ao respeito e<br />
a valorização <strong>da</strong> diversi<strong>da</strong>de.<br />
Diante de tantas ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s, aos poucos, o estu<strong>do</strong> ia se transforman<strong>do</strong> em ação.<br />
Os educa<strong>do</strong>res, Odilar e A<strong>da</strong>ilva, <strong>do</strong>s 9ºs a<strong>no</strong>s se interessaram pelo projeto e relataram<br />
algumas situações de bullying presencia<strong>do</strong>s por eles.<br />
A educa<strong>do</strong>ra A<strong>da</strong>ilva ressaltou que as ocorrências eram graves e precisava de aju<strong>da</strong> para<br />
alertar seus educan<strong>do</strong>s sobre o tema. Sen<strong>do</strong> assim eu, educa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> turma <strong>do</strong> 1º a<strong>no</strong>, realizei<br />
uma palestra para as turmas <strong>do</strong>s 9º(s) a<strong>no</strong>s.<br />
Mais uma vez, a sala de tec<strong>no</strong>logia <strong>da</strong> escola, auxiliou o meu trabalho. A mesma<br />
disponibilizou o <strong>da</strong>ta show para exploração <strong>do</strong> tema, apresentação de slides, mensagens e fotos,<br />
liga<strong>do</strong>s ao assunto.<br />
Os educan<strong>do</strong>s gostaram muito <strong>da</strong> palestra. O impressionante é que, após saberem como<br />
se dá tal prática, diante <strong>do</strong> questionamento se eles já haviam enfrenta<strong>do</strong> algum tipo de bullying,<br />
foram quase unânimes na resposta “sim”.<br />
Percebi que o assunto estava mais grave <strong>do</strong> que eu imaginava. Sen<strong>do</strong> assim, para maior<br />
divulgação e conscientizar como se dá a prevenção, a turma distribuiu panfletos aos educan<strong>do</strong>s de<br />
outras turmas e seus educa<strong>do</strong>res.<br />
Tais panfletos traziam o conceito <strong>da</strong> prática e ressaltavam como a mesma poderia ser<br />
combati<strong>da</strong>.<br />
Os educan<strong>do</strong>s e educa<strong>do</strong>res leram atentamente, elogiaram a iniciativa e relataram a<br />
existência dessa prática na escola e que a mesma deve mesmo ser combati<strong>da</strong>.<br />
O interessante é que a coordena<strong>do</strong>ra pe<strong>da</strong>gógica de 6º ao 9º a<strong>no</strong>, Maria Ivanir, relatou que<br />
após a divulgação os educan<strong>do</strong>s já estavam recorren<strong>do</strong> a ela para reclamar que estavam sofren<strong>do</strong>
a “prática <strong>do</strong> bullying”. Ou seja, os mesmos já estavam detectan<strong>do</strong>, diag<strong>no</strong>stican<strong>do</strong> e enfrentan<strong>do</strong><br />
as situações surgi<strong>da</strong>s! (fotos <strong>da</strong> distribuição <strong>do</strong>s panfletos em anexos/ 2 e 4)<br />
VI.14 Criação de reivindicações para serem destina<strong>da</strong>s ao P.P.P. (Projeto Político<br />
Pe<strong>da</strong>gógico) e à SEMED (Secretaria Municipal de Educação de Doura<strong>do</strong>s)<br />
Após o aprendiza<strong>do</strong> e mais consciente <strong>do</strong> poder <strong>do</strong> exercício <strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, a turma<br />
constatou a necessi<strong>da</strong>de de unir forças <strong>no</strong> combate a essa violência que, infelizmente, de uma<br />
forma ou de outra, existe em to<strong>da</strong>s as escolas.<br />
Logo, os educan<strong>do</strong>s, eu (educa<strong>do</strong>ra) e os familiares criamos várias reivindicações que<br />
foram destinamos ao PPP <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa instituição e à SEMED.<br />
O <strong>do</strong>cumento objetivou ampliar o combate <strong>da</strong> violência na <strong>no</strong>ssa escola, bem como<br />
estender o programa nas demais escolas <strong>da</strong> rede, através de uma mediação <strong>da</strong> Secretaria de<br />
Educação.<br />
Acreditamos que essa união criará uma grande ponte que destruirá muitos muros que<br />
existem entre as pessoas, especialmente, <strong>no</strong> ambiente escolar e familiar. (cópia <strong>da</strong>s reivindicações<br />
em anexo 3).<br />
VI.15 Montagem <strong>do</strong> Livro <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />
Foram trabalha<strong>da</strong>s diversas ativi<strong>da</strong>des, que complementaram as já cita<strong>da</strong>s. As mesmas<br />
objetivaram a exploração <strong>do</strong> tema e <strong>do</strong>s conteú<strong>do</strong>s curriculares, que foram trabalha<strong>do</strong>s de mo<strong>do</strong><br />
interdisciplinar.<br />
Para valorizar as produções <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s e ter um recurso apreciativo liga<strong>do</strong> a<br />
ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, tais ativi<strong>da</strong>des foram encaderna<strong>da</strong>s em forma de livro, oportunizan<strong>do</strong> que ca<strong>da</strong><br />
educan<strong>do</strong> ficasse com o seu “Livro <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia”. Os mesmos ficaram felizes por terem<br />
concretiza<strong>do</strong> uma obra de sua autoria.<br />
No final <strong>do</strong> livro, foi registra<strong>do</strong> a conclusão <strong>da</strong> turma, referente ao trabalho realiza<strong>do</strong>.<br />
(amostra <strong>do</strong> livro em anexo 1)<br />
VI.16 Fechamento <strong>do</strong> projeto/ 2008, utilização de teatro, músicas, entrega <strong>da</strong>s reivindicações<br />
e distribuição <strong>do</strong> Jornal <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia<br />
Após a conscientização e exploração <strong>do</strong> tema, em assembleia, decidimos socializar e<br />
divulgar o que aprendemos. Sen<strong>do</strong> assim, os educan<strong>do</strong>s confeccionaram convites e distribuíram<br />
para os familiares, equipe escolar, representante <strong>do</strong> PPP e <strong>da</strong> SEMED.<br />
No dia <strong>do</strong> fechamento <strong>do</strong> projeto, apresentaram a peça teatral referente a reinvenção <strong>da</strong><br />
fábula “A Cigarra e a Formiga” cujo <strong>no</strong>me <strong>da</strong><strong>do</strong> na releitura foi “A Cigarra Cantora e a Formiga<br />
Solidária”. Foi retrata<strong>do</strong> a valorização <strong>do</strong> próximo e a necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de entre as<br />
pessoas.<br />
A turma fez uma dramatização <strong>da</strong> música “Aos Olhos <strong>do</strong> pai” relacionan<strong>do</strong> a história <strong>do</strong><br />
“Patinho Feio”. A mesma ressaltou a valorização <strong>da</strong> criação divina, a importância <strong>do</strong> respeito às<br />
diferenças e de se combater a exclusão.<br />
Também foi apresenta<strong>do</strong> uma mensagem em slides, utilizan<strong>do</strong> o <strong>da</strong>ta show, com o tema<br />
“Se amar fosse fácil”, a mesma destacou a importância <strong>do</strong> amor entre pais e filhos, amigos, ao<br />
próximo em geral.
Outro ponto destacável foi a apresentação de to<strong>do</strong> an<strong>da</strong>mento <strong>do</strong> projeto, sen<strong>do</strong> que se<br />
reconheceram em fotos, perceberam o quanto participaram e constataram como eles foram<br />
importantes para o bom an<strong>da</strong>mento <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des.<br />
Um educan<strong>do</strong> representou a turma e fez a entrega <strong>da</strong>s reivindicações cria<strong>da</strong>s para os<br />
representantes <strong>do</strong> PPP e SEMED que ficaram contentes com as apresentações, elogiaram a<br />
iniciativa e se propuseram a estu<strong>da</strong>r to<strong>da</strong>s as reivindicações, com carinho.<br />
As apresentações foram finaliza<strong>da</strong>s com a distribuição <strong>do</strong> (Jornal <strong>da</strong> Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia), monta<strong>do</strong><br />
pela turma, que foram entregues pelos educan<strong>do</strong>s aos seus familiares e demais presentes. No final<br />
<strong>da</strong>s apresentações, a turma deu um grande abraço em to<strong>do</strong>s, que ficaram emociona<strong>do</strong>s! (fotos em<br />
anexos 2 e 4)<br />
VI. 17- Recursos utiliza<strong>do</strong>s<br />
• Recursos Legais:-P.P.P: (Projeto Político Pe<strong>da</strong>gógico), P.C.N(s) (Parâmetros Curriculares<br />
Nacional -ECA (Estatuto <strong>da</strong> Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente) e (Pla<strong>no</strong> de Metas Compromisso To<strong>do</strong>s<br />
pela Educação Decreto 6.094, de 24/04/2007).<br />
• Recursos Huma<strong>no</strong>s:- Educan<strong>do</strong>s, Educa<strong>do</strong>ra,Familiares,Equipe escolar e extra-escolar.<br />
• Recursos Físicos: -Escola (Escola e Dependências <strong>do</strong> Jornal “O Progresso”)<br />
• Recursos de Divulgação <strong>do</strong> Projeto: Banners, convites, cartazes, painéis, artigo e reportagem<br />
feita pela mídia local.<br />
• Recursos Tec<strong>no</strong>lógicos: aparelho de som, máquina fotográfica, <strong>da</strong>ta show e computa<strong>do</strong>r.<br />
• Recursos Materiais: Folhas sulfite, materiais de uso cotidia<strong>no</strong>, colas, papel par<strong>do</strong>, pincéis<br />
atômicos, cartolinas, tesouras, balões brancos, simbolizan<strong>do</strong> a paz, revistas para recortes,<br />
globo terrestre, mapas, jornais, livros de literatura infantil, CDs de músicas e outros(ônibus<br />
para a pesquisa-passeio).<br />
RESULTADOS OBTIDOS:<br />
VII. 1 Continui<strong>da</strong>de <strong>do</strong> projeto/ Divulgação <strong>da</strong> Imprensa<br />
Devi<strong>do</strong> a constatação <strong>da</strong> importância <strong>do</strong> tema, também consideran<strong>do</strong> os pedi<strong>do</strong>s <strong>da</strong><br />
necessi<strong>da</strong>de de ampliá-lo, a escola abraçou a causa e começou a implantar as reivindicações,<br />
sen<strong>do</strong> que <strong>no</strong> a<strong>no</strong> de 2009 começou a ampliar as palestras, estenden<strong>do</strong>-as a to<strong>do</strong>s os familiares,<br />
educan<strong>do</strong>s e funcionários.<br />
To<strong>do</strong> o trabalho foi divulga<strong>do</strong> pela imprensa local que destacou as ativi<strong>da</strong>des realiza<strong>da</strong>s,<br />
palestras que seriam apresenta<strong>da</strong>s, valorizan<strong>do</strong> o projeto e o tema. (reportagem em anexo 7)<br />
Educan<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s 8ºs a<strong>no</strong>s têm procura<strong>do</strong> a turma, gravaram entrevistas, fizeram filmagens e<br />
estão procuran<strong>do</strong> saber mais <strong>do</strong> assunto.<br />
Representante <strong>do</strong> PROERD (Programa Educacional de Resistência às Drogas) e<br />
professores universitários também têm prestigia<strong>do</strong> as palestras e apresenta<strong>do</strong> interesse <strong>no</strong><br />
trabalho desenvolvi<strong>do</strong>, ou seja, a socie<strong>da</strong>de em geral tem si<strong>do</strong> alcança<strong>da</strong> importan<strong>do</strong>-se com a<br />
causa.<br />
Pensan<strong>do</strong> na aceleração <strong>do</strong> combate eu, educa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> turma, elaborei um anteprojeto de
mestra<strong>do</strong> para ampliar a pesquisa inicia<strong>da</strong>, visan<strong>do</strong> coletar mais <strong>da</strong><strong>do</strong>s para propor um combate<br />
mais eficaz.<br />
O anteprojeto será apresenta<strong>do</strong> para a equipe escolar e estará concentra<strong>do</strong> em<br />
questionamentos à serem investiga<strong>do</strong>s por meio de pesquisas diversifica<strong>da</strong>s sen<strong>do</strong> elas: Pesquisa<br />
de Campo, Quantitativa, Documental, Descritiva e Intervencionista.<br />
Questionamentos à serem investiga<strong>do</strong>s:<br />
-A prática de bullying ocorre em to<strong>da</strong> escola? Com que frequência?<br />
-Em qual faixa etária está acentua<strong>da</strong>?<br />
-Afeta mais o gênero masculi<strong>no</strong> ou femini<strong>no</strong>?<br />
-Qual o tipo de bullying mais frequente?<br />
-Quais os principais motivos que desencadeiam tal prática?<br />
-Em que espaço físico <strong>da</strong> escola ela é mais pratica<strong>da</strong>?<br />
-A mesma influencia <strong>no</strong> processo de ensi<strong>no</strong> e aprendizagem <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s? De que mo<strong>do</strong>?<br />
-Que outras ações poderiam ser a<strong>do</strong>ta<strong>da</strong>s além <strong>da</strong>s que foram propostas pelas reivindicações?<br />
Através <strong>do</strong>s <strong>da</strong><strong>do</strong>s coleta<strong>do</strong>s pelas pesquisas serão aponta<strong>do</strong>s (onde, quan<strong>do</strong>, como e<br />
com quem) ocorre o bullying assim, poderão ser cria<strong>da</strong>s ações estratégicas, que aliem to<strong>da</strong> a<br />
comuni<strong>da</strong>de escolar nessa causa, pois é sabi<strong>do</strong> que é necessário uma ação conjunta, para que a<br />
escola seja mais humaniza<strong>do</strong>ra, promoven<strong>do</strong> o sucesso <strong>do</strong> educan<strong>do</strong> e impedin<strong>do</strong> a evasão<br />
escolar.<br />
Também preten<strong>do</strong>, futuramente, escrever um livro sobre o assunto.<br />
VII. 2 Ampliação <strong>do</strong> conhecimento /Mu<strong>da</strong>nça nas falas e atitudes<br />
Os educan<strong>do</strong>s ampliaram o <strong>do</strong>mínio <strong>da</strong>s diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento de mo<strong>do</strong>,<br />
contextualiza<strong>do</strong>, prazeroso e lúdico.<br />
Sem dúvi<strong>da</strong> to<strong>do</strong> o trabalho foi de grande valia pois, as leituras , bem como, to<strong>da</strong>s as<br />
ativi<strong>da</strong>des desenvolvi<strong>da</strong>s em parceria, <strong>no</strong>s forneceram suportes para partirmos <strong>da</strong> reflexão para a<br />
ação onde, aos poucos, foram revistos alguns conceitos que provocaram mu<strong>da</strong>nças, positivas, em<br />
<strong>no</strong>ssas atitudes em relação aos outros e a nós mesmos.<br />
Assim, através dele, pudemos não só aprender mais sobre a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia mas também,<br />
exercê-la por meio <strong>da</strong> colaboração, valorização, reconhecimento, justiça, soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, entre<br />
outras ações.<br />
Contribuin<strong>do</strong> <strong>no</strong> combate <strong>da</strong> prática <strong>do</strong> bullying, <strong>no</strong> alicerce <strong>da</strong> paz e na construção de um<br />
mun<strong>do</strong> me<strong>no</strong>s violento e mais solidário.<br />
Antes as brigas eram constantes, após o trabalho as mesmas diminuíram e quan<strong>do</strong><br />
ocorrem os próprios educan<strong>do</strong>s causa<strong>do</strong>res, repensam automaticamente, reven<strong>do</strong> suas atitudes,<br />
se “autopolician<strong>do</strong>”.<br />
Aumentou a interativi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> turma que se tor<strong>no</strong>u mais solidária. Houve crescimento de<br />
to<strong>do</strong>s os envolvi<strong>do</strong>s, educan<strong>do</strong>s, educa<strong>do</strong>ra, familiares, equipe escolar e socie<strong>da</strong>de.
Foram realiza<strong>da</strong>s diversos tipos de avaliação:<br />
AVALIAÇÃO:<br />
Avaliação Inicial: - A que foi realiza<strong>da</strong> onde origi<strong>no</strong>u o projeto aqui apresenta<strong>do</strong>. A mesma<br />
partiu <strong>da</strong>s falas, atitudes e interesses <strong>do</strong>s educan<strong>do</strong>s bem como <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de <strong>da</strong> turma.<br />
Avaliação Contínua: - Se deu de forma continua<strong>da</strong> através <strong>da</strong> observação e estímulo <strong>da</strong><br />
participação, interesse, <strong>do</strong>mínio e colaboração durante as realizações <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong>des. Também<br />
houve uma avaliação liga<strong>da</strong> ao conhecimento nas diversas áreas <strong>do</strong> conhecimento através <strong>da</strong><br />
Ficha Avaliativa <strong>do</strong> BIA (Bloco Inicial de Alfabetização)/(em anexo)<br />
Avaliação Formativa: - Os educan<strong>do</strong>s foram avalia<strong>do</strong>s e tiveram retor<strong>no</strong> através <strong>da</strong><br />
valorização <strong>da</strong>s suas falas, atitudes relaciona<strong>do</strong>s à ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia. De certa forma, também houve uma<br />
formação <strong>da</strong> instituição escolar, <strong>da</strong> família e <strong>da</strong> socie<strong>da</strong>de.<br />
Auto-avaliação <strong>do</strong> educan<strong>do</strong> (Ficha Avaliativa BIA): Ca<strong>da</strong> educan<strong>do</strong> se autoavaliou e<br />
registrou os seus avanços e o que ain<strong>da</strong> precisavam avançar.<br />
Auto-avaliação <strong>da</strong> educa<strong>do</strong>ra: Eu, educa<strong>do</strong>ra, me autoavaliei <strong>no</strong> decorrer de to<strong>do</strong> o<br />
desenvolvimento <strong>do</strong> projeto. Tive que repensar a to<strong>do</strong> instante, mu<strong>da</strong>r atitudes e técnicas<br />
buscan<strong>do</strong> suporte para alcançar os objetivos propostos.<br />
Avaliação através de entrevistas (depoimentos)<br />
Muitos depoimentos retrataram o êxito <strong>do</strong> projeto, as falas liga<strong>da</strong>s ao bullying, que<br />
desencadearam o projeto, foram substituí<strong>da</strong>s por outras, conforme algumas relata<strong>da</strong>s a seguir:<br />
Felipe)<br />
Gostei muito <strong>da</strong>s historinhas e aprendi que devemos respeitar as pessoas. (Educan<strong>do</strong>:<br />
Antes eu não deixava o peque<strong>no</strong> brincar comigo, agora eu deixo. (Educan<strong>do</strong> Bre<strong>no</strong>)<br />
Eu brigava com a Aman<strong>da</strong>, agora eu não vou brigar mais. (Educan<strong>da</strong> Joyce)<br />
O grandão ficava me baten<strong>do</strong> na hora <strong>do</strong> recreio, só porque eu sou peque<strong>no</strong> e agora não<br />
me bate<br />
mais. (Educan<strong>do</strong> Igor)<br />
Eu batia <strong>no</strong>s outros mas aprendi que não posso bater. (Educan<strong>do</strong> Symon)<br />
Devemos <strong>da</strong>r carinho pra to<strong>do</strong>s, Deus não gosta que a gente briga!(Educan<strong>da</strong> Aman<strong>da</strong>)<br />
Agora eu sei o que é bullying e que a gente não deve xingar nem brigar.(Educan<strong>do</strong> Arisan)<br />
Gostei de saber <strong>do</strong>s direitos e deveres. (Educan<strong>do</strong> Victor)<br />
Ao fazermos referência a violência escolar, não podemos esquecer <strong>da</strong> instituição família.<br />
( Mãe Claudia Regina)<br />
O projeto desenvolvi<strong>do</strong> foi excelente! Despertou o interesse <strong>do</strong>s alu<strong>no</strong>s, <strong>do</strong>s pais e de<br />
outros professores que tem busca<strong>do</strong> ativi<strong>da</strong>des relaciona<strong>da</strong>s ao assunto. A turma está de<br />
parabéns!<br />
(Coordena<strong>do</strong>ra Pe<strong>da</strong>gógica/ Sandra Mara)
Achei interessante que agora os alu<strong>no</strong>s já usam o termo bullying para reclamar de atos<br />
sofri<strong>do</strong>s<br />
por eles dentro <strong>da</strong> escola e estão reclaman<strong>do</strong> por seus direitos! (Coordena<strong>do</strong>ra Pe<strong>da</strong>gógica/ Maria<br />
Ivanir)<br />
Eu gostei muito <strong>da</strong>s leituras reflexivas porque ensinaram coisas boas que podem ser<br />
pratica<strong>da</strong>s na família, <strong>no</strong> trabalho... (Merendeira/Maria Helena)<br />
Gostei de participar <strong>da</strong>s leituras e até as levei para o meu filho ler, pois tinha uma história<br />
que tinha tu<strong>do</strong> a ver com a história dele. Também já estou explican<strong>do</strong> a questão <strong>do</strong> bullying para as<br />
minhas netas. (Inspetora Natalícia)<br />
Meu filho é alu<strong>no</strong> especial e estava sofren<strong>do</strong> demais com o bullying aqui na escola. Após a<br />
palestra <strong>da</strong><strong>da</strong> pela professora Cristina, os problemas acabaram. Hoje, os que perseguiam meu<br />
filho, man<strong>da</strong>m lin<strong>da</strong>s mensagens para ele pela internet. (Educa<strong>do</strong>ra A<strong>da</strong>ilva)<br />
O trabalho foi váli<strong>do</strong> e não pode parar! Os alu<strong>no</strong>s estão comentan<strong>do</strong>. Foi interessante até<br />
pra mim, professor, pois eu sabia pouco <strong>do</strong> bullying. Juntos nós, alu<strong>no</strong>s e professores, estamos<br />
diag<strong>no</strong>stican<strong>do</strong>-o e combaten<strong>do</strong>-o para que a escola não seja omissa. (Educa<strong>do</strong>r Odilar)<br />
A escola é o espaço, por excelência, <strong>da</strong> construção de relações entre crianças e<br />
a<strong>do</strong>lescentes. Nesse senti<strong>do</strong>, a mesma tem um importante papel <strong>no</strong> reconhecimento e controle<br />
dessas relações, que podem ser positivas ou negativas (como <strong>no</strong> caso <strong>do</strong> bullying).<br />
O desenvolvimento <strong>do</strong> projeto “<strong>Uni<strong>do</strong>s</strong> <strong>no</strong> <strong>Combate</strong> <strong>da</strong> <strong>Prática</strong> <strong>do</strong> <strong>Bullying</strong>- Jornal,<br />
Literatura, Comuni<strong>da</strong>de e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, Uma Grande Parceria” foi extremamente positivo porque<br />
possibilitou a discussão e a conscientização sobre a prática <strong>do</strong> bullying e suas consequências tanto<br />
de quem exerce, quanto de quem sofre. É importante também a continui<strong>da</strong>de <strong>do</strong> projeto para uma<br />
conscientização mais ampla e de um maior número de alu<strong>no</strong>s. (Diretor <strong>da</strong> escola/ José Vicente)<br />
Parafrasean<strong>do</strong> Madre Teresa de Calcutá “Sei que o meu trabalho é uma gota <strong>no</strong> ocea<strong>no</strong>,<br />
mas sem ele, o ocea<strong>no</strong> seria me<strong>no</strong>r”.(Educa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> turma- Cristina Pires)<br />
Minhas considerações finais (Educa<strong>do</strong>ra <strong>da</strong> turma):<br />
Sei que a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia se dá por uma vi<strong>da</strong> inteira, que esse trabalho é uma semente que<br />
precisa ser cui<strong>da</strong><strong>da</strong>, rega<strong>da</strong> para que ain<strong>da</strong> dê mais frutos.<br />
... um problema deve surgir, mas que não possa ser soluciona<strong>do</strong> a não ser que pela formação de<br />
um <strong>no</strong>vo conceito (Vygotsky, 1962:55)<br />
Ca<strong>da</strong> vez mais a socie<strong>da</strong>de tem questiona<strong>do</strong> sobre o papel <strong>da</strong> escola:<br />
Será que a mesma tem trabalha<strong>do</strong> o educan<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong> integral ou será que tem<br />
fragmenta<strong>do</strong> o mesmo? Será que ela está objetivan<strong>do</strong> apenas os conteú<strong>do</strong>s curriculares, sem<br />
contextualizá-los a reali<strong>da</strong>de que cerca o educan<strong>do</strong>?<br />
Certa vez, assisti uma entrevista, onde um certo entrevista<strong>do</strong> disse algo reflexivo a esse<br />
respeito.<br />
O entrevista<strong>do</strong>r questio<strong>no</strong>u como eram realiza<strong>da</strong>s as admissões de executivos para<br />
empresas multinacionais. O entrevista<strong>do</strong>, responsável pelas admissões, então disse: “Admitimos<br />
as pessoas pelo currículo técnico e as demitimos pela incompetência pessoal”.<br />
Ele, ressaltou que um bom currículo técnico e acadêmico é importante para se conseguir
um emprego, mas quem garante a permanência <strong>no</strong> cargo é a sabe<strong>do</strong>ria ao liderar, o poder de<br />
trabalho em equipe, a tolerância e o bom caráter.<br />
Também disse, que muitos já foram admiti<strong>do</strong>s pela ficha técnica, porém acabaram<br />
perden<strong>do</strong> o emprego pois, roubaram a empresa ou eram insuportáveis.<br />
Utilizei esse relato para mostrar que muitas vezes, nós educa<strong>do</strong>res, centralizamos <strong>no</strong>ssas<br />
preocupações em conteú<strong>do</strong>s e acabamos trabalhan<strong>do</strong> superficialmente a ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia, que é o<br />
alicerce <strong>da</strong> educação.<br />
Assim, as escolas acabam sen<strong>do</strong> janelas abertas para a prática <strong>do</strong> bullying que, mais tarde<br />
ou ce<strong>do</strong> demais, acaba contaminan<strong>do</strong> to<strong>da</strong> a socie<strong>da</strong>de.<br />
Augusto Cury, psiquiatra e cientista, em seu livro (Pais Brilhantes – Professores<br />
Fascinantes) apresenta aos educa<strong>do</strong>res, a importância de uma educação alia<strong>da</strong> à emoção e a<br />
autoestima; que desenvolva a soli<strong>da</strong>rie<strong>da</strong>de, tolerância, a capaci<strong>da</strong>de de gerenciar os<br />
pensamentos, a habili<strong>da</strong>de de trabalhar per<strong>da</strong>s e frustrações, forman<strong>do</strong> pensa<strong>do</strong>res, líderes de si<br />
mesmos, líderes de seus pensamentos e emoções. Educação que estimula para a criativi<strong>da</strong>de, que<br />
desperta o encanto pela existência, que educa para a paz e para o exercício <strong>do</strong>s direitos huma<strong>no</strong>s.<br />
Certamente, esse é o caminho.<br />
Assim, poderemos garantir uma socie<strong>da</strong>de mais igualitária, justa, sem nenhum tipo de<br />
preconceito e, ver<strong>da</strong>deiramente, democrática e ci<strong>da</strong>dã.<br />
Sou evangélica, respeito to<strong>da</strong>s as religiões e sem demagogia, quero deixar um parecer<br />
pessoal. Jesus <strong>no</strong>s ensi<strong>no</strong>u: [...]“Amarás ao Senhor teu Deus de to<strong>do</strong> o teu coração, e de to<strong>da</strong> a<br />
tua alma, e de to<strong>da</strong>s as tuas forças, e de to<strong>do</strong> o teu entendimento, e ao teu próximo como a ti<br />
mesmo”. Lucas capítulo 10- Versículo 27 <strong>da</strong> Bíblia Sagra<strong>da</strong><br />
À primeira vista parece que Jesus <strong>no</strong>s deixou <strong>do</strong>is grandes man<strong>da</strong>mentos mas, na<br />
ver<strong>da</strong>de, são três. Ou seja, devemos amar à Deus, amar o próximo e a nós mesmos.<br />
Sen<strong>do</strong> assim, encerro minhas considerações finais, deixan<strong>do</strong> uma frase reflexiva:<br />
Nós, educa<strong>do</strong>res, familiares, comuni<strong>da</strong>de e socie<strong>da</strong>de em geral, estamos construin<strong>do</strong> uma<br />
ponte ou um muro entre as pessoas?<br />
Educa<strong>do</strong>ra Cristina Pires Dias Lins<br />
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:<br />
BRASIL. Estatuto <strong>da</strong> Criança e <strong>do</strong> A<strong>do</strong>lescente. Lei Federal 8069 de 13/07/1990<br />
BRASIL. Secretaria de Educação Fun<strong>da</strong>mental. PCN(s) Parâmetros Curriculares Nacional –<br />
Brasília: MEC, SEF, 1997<br />
BÍBLIA SAGRADA- Lucas capítulo 10- Versículo 27<br />
CURY, A. J. Pais brilhantes, professores fascinantes. RJ: Sextante, 2003<br />
FANTE, Cleo. Fenôme<strong>no</strong> <strong>Bullying</strong>: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2.<br />
ed. rev. Campinas, SP: Verus editora, 2005. p.9<br />
FREIRE, Paulo. A alfabetização de adultos: é ela um fazer neutro? Educação & Socie<strong>da</strong>de, nº 1.<br />
São Paulo: Cortez, 1978
FREIRE, Paulo. Pe<strong>da</strong>gogia <strong>do</strong> Oprimi<strong>do</strong> 37 - Brasil- ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987<br />
OLIVEIRA, M.K. Pensar a educação: Contribuições de Vygotsky. IN: CASTORINA, J.A. e outros.<br />
Piaget e Vygotsky - Novas contribuições para o debate. São Paulo: Ática, 1995<br />
PLANOS DE METAS COMPROMISSO TODOS PELA EDUCAÇÃO- Decreto 6.094, de 24/04/2007<br />
Sites:<br />
ABRAPIA – Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção á Infância e á A<strong>do</strong>lescência.<br />
Disponível em: http://www.bullying.com.br/BConceituacao21.htm#OqueE<br />
Centro Multidisciplinar de Estu<strong>do</strong>s e Orientação sobre o <strong>Bullying</strong> Escolar-CEMEOBES<br />
Disponível em: http://www.mr12.com.br/bullying/<br />
OUTRAS INFORMAÇÕES:<br />
O projeto está liga<strong>do</strong> ao trabalho de combate a discriminação, que já venho desenvolven<strong>do</strong><br />
há algum tempo.<br />
Em anexo, além <strong>da</strong>s declarações <strong>da</strong>s palestras que realizei referente ao bullying, também<br />
enviei outras liga<strong>da</strong>s ao meu currículo. Apenas para ilustrá-lo!