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IX REPICT O uso da marca como fator de competitividade ... - Redetec

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INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE INDUSTRIAL<br />

INPI<br />

<strong>IX</strong> <strong>REPICT</strong><br />

Encontro <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> Intelectual e Comercialização <strong>de</strong> Tecnologia<br />

O <strong>uso</strong> <strong>da</strong> <strong>marca</strong> <strong>como</strong> <strong>fator</strong> <strong>de</strong> competitivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

<strong>da</strong>s empresas<br />

Sérgio Barcelos Theotonio<br />

Pesquisador<br />

Diretoria <strong>de</strong> Articulação e Informação Tecnológica<br />

Rio <strong>de</strong> Janeiro (RJ) – 20 <strong>de</strong> junho <strong>de</strong> 2006


“ A pesquisa Son<strong>da</strong>gem Industrial<br />

realiza<strong>da</strong> pela CNI em 600 empresas,<br />

divulga<strong>da</strong> em 14 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2002, revela<br />

que as mesmas consi<strong>de</strong>ram pouco<br />

importante a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual e a<br />

absorção <strong>de</strong> pesquisadores em seus<br />

quadros funcionais.”<br />

Boletim : Gestão C&T, nº 117, junho <strong>de</strong> 2002<br />

gestaoct@abipti.org.br


Exportações americanas e<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual<br />

Em 1947, menos <strong>de</strong> 10% <strong>da</strong>s exportações eram<br />

cobertas por proteção <strong>de</strong> proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> intelectual.<br />

Em 1986, essa participação havia crescido para<br />

37%.<br />

Em 1994, mais <strong>de</strong> 50% <strong>da</strong>s exportações americanas<br />

possuíam conexão com direitos <strong>de</strong> Proprie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Intelectual.<br />

Fonte: U. S. Department of Commerce, Relatórios Estatísticos<br />

Anuais, in "Patent Wars".


A importância dos Ativos Intangíveis<br />

Segundo estudo conjunto feito pelo Citibank e a empresa <strong>de</strong><br />

consultoria Interbrand, as maiores empresas do mundo<br />

concentram gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> seu capital no Ativos Intangíveis,<br />

<strong>como</strong> por exemplo :<br />

• IBM - 89% do seu valor patrimonial (US$ 172,8 bilhões).<br />

• COCA-COLA - 95% do seu valor patrimonial.<br />

• KELLOGS - 94% do seu valor patrimonial.<br />

• AMERICAN EXPRESS - 81% do seu valor patrimonial.<br />

•NaMICROSOFT o valor dos ativos intangíveis é 12 vezes<br />

maior do que o dos ativos tangíveis.<br />

• BANESPA - 85% do valor pago pelo Banco Santan<strong>de</strong>r,<br />

representando US$ 3,0 bilhões.<br />

Fonte: Gazeta Mercantil, 11/01/2001


MARCAS<br />

JAGUAR<br />

ROWNTREE<br />

(After Eight, Polo Mint)<br />

KRAFT<br />

A força <strong>da</strong>s Marcas<br />

VALORES<br />

DOS ATIVOS<br />

TANGÍVEIS<br />

US$ 450 MILHÕES<br />

US$ 900 MILHÕES<br />

US$ 3,225 BILHÕES<br />

VALORES PAGOS<br />

NA COMPRA DAS<br />

MARCAS<br />

US$ 3 BILHÕES<br />

(Pago pela Ford Motors)<br />

US$ 4,5 BILHÕES<br />

(Pago pela Nestlé)<br />

US$ 12,9 BILHÕES<br />

(Pago pela Phillip<br />

Morris)


Segundo a Interbrand, uma <strong>da</strong>s mais conceitua<strong>da</strong>s empresas <strong>de</strong><br />

consultoria internacional, na avaliação dos valores líquidos <strong>de</strong><br />

<strong>marca</strong>s (brand equity), levam-se em conta sete <strong>fator</strong>es:<br />

Li<strong>de</strong>rança – capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> influenciar o mercado, estabelecer<br />

preços, coman<strong>da</strong>r a distribuição e dificultar a entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> novos<br />

concorrentes.<br />

Grau <strong>de</strong> internacionalização – abertura <strong>de</strong> novos mercados.<br />

Longevi<strong>da</strong><strong>de</strong> – o aumento <strong>da</strong> fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong> e a lembrança<br />

espontânea são proporcionais ao tempo <strong>de</strong> atuação <strong>da</strong> <strong>marca</strong>.<br />

Mercado – uma <strong>marca</strong> po<strong>de</strong> ser mais ou menos valiosa<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ndo do setor em que opere.<br />

Tendências – capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>marca</strong> evoluir com o tempo, sem<br />

per<strong>de</strong>r sua i<strong>de</strong>nti<strong>da</strong><strong>de</strong> e o compromisso com a inovação.<br />

Suporte – investimentos contínuos em comunicação, P&D <strong>de</strong><br />

novos produtos, pós-ven<strong>da</strong> ( assistência técnica e SAC).<br />

Proteção legal – uma <strong>marca</strong> não existe se não estiver<br />

legalmente protegi<strong>da</strong>.


Marcas brasileiras mais valiosas em 2004<br />

segundo a Interbrand<br />

• Itaú<br />

• Bra<strong>de</strong>sco<br />

• Natura<br />

• Banco do Brasil<br />

• Skol<br />

• Petrobrás<br />

• Brahma<br />

• Unibanco<br />

Fonte: ISTO É, junho / 2004<br />

• US$ 1,2 bilhão<br />

• US$ 828 milhões<br />

• US$ 536 milhões<br />

• US$ 520 milhões<br />

• US$ 512 milhões<br />

• US$ 485 milhões<br />

• US$ 352 milhões<br />

• US$ 223 milhões


Fonte: Site <strong>da</strong> INTERBRAND - www.brandchannel.com


Principais problemas enfrentados em relação à<br />

<strong>marca</strong><br />

65,9% - <strong>uso</strong> in<strong>de</strong>vido por terceiros.<br />

14,6% - Falsificações<br />

12,2% - a <strong>marca</strong> foi registra<strong>da</strong> por terceiros e o<br />

direito <strong>de</strong> <strong>uso</strong> foi perdido.<br />

7,3% - Semelhança <strong>de</strong> outras <strong>marca</strong>s com a <strong>da</strong><br />

empresa.<br />

7,3% - outros motivos.<br />

2,4% - não sabia que estava usando in<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente<br />

<strong>marca</strong> <strong>de</strong> empresa/produto previamente<br />

estabeleci<strong>da</strong>.<br />

Fonte: pesquisa <strong>da</strong> FIRJAN, junho/2005


Principais motivos p/ não ter a <strong>marca</strong> registra<strong>da</strong><br />

18,8% - alto custo do registro.<br />

9,4% - alegam que a característica do produto não<br />

requer registro <strong>de</strong> <strong>marca</strong>.<br />

6,3% - processo muito burocrático e lento para a<br />

concessão do registro.<br />

6,3% - dificul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> acesso à informação acerca<br />

do procedimento do registro.<br />

3,1% - outros motivos.<br />

Fonte: pesquisa <strong>da</strong> FIRJAN, junho/2005


Caso <strong>de</strong> sucesso mundial : Sandálias Havaianas<br />

Situação em 1993<br />

Ven<strong>da</strong>s em que<strong>da</strong> <strong>de</strong>s<strong>de</strong> 1988 .<br />

Uma única linha <strong>de</strong> produtos durante 32 anos.<br />

Tratamento corporativo <strong>de</strong> commodity, com todo<br />

foco na redução <strong>de</strong> custos <strong>de</strong> produção.<br />

Declínio <strong>da</strong> rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>marca</strong>.<br />

Associação <strong>da</strong> imagem do produto com as<br />

cama<strong>da</strong>s mais pobres <strong>da</strong> população.


Novo gerenciamento <strong>da</strong> <strong>marca</strong><br />

Marketing agressivo para mu<strong>da</strong>r o paradigma e agregar valor à<br />

<strong>marca</strong>.<br />

Re<strong>de</strong>finição <strong>da</strong> estratégia visando conquistar a classe média.<br />

Criação <strong>de</strong> 25 novas linhas <strong>de</strong> sandálias para diferentes<br />

segmentos <strong>de</strong> mercado.<br />

Re<strong>de</strong>finição do <strong>de</strong>sign, novas embalagens, novo modo <strong>de</strong><br />

exposição em displays ( não amontoa<strong>da</strong>s em bancas).<br />

Criação do laboratório <strong>de</strong> cores, tons mais fortes com apelo<br />

fashion ( rosa chiclete, menta, pistache e ultravioleta).<br />

Sistema <strong>de</strong> distribuição diferente <strong>da</strong> linha tradicional, com<br />

distribuidores regionais exclusivos.<br />

Mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> foco: do produto para o usuário, agregando a idéia<br />

<strong>de</strong> conforto emocional (elegância e simplici<strong>da</strong><strong>de</strong>) ao conforto físico<br />

já existente no produto.


Lançamento dos novos mo<strong>de</strong>los em canais formadores <strong>de</strong><br />

opinião, e <strong>de</strong>pois nos canais <strong>de</strong> massa.<br />

Campanhas na mídia eletrônica durante todo o ano, mu<strong>da</strong>ndo<br />

a abor<strong>da</strong>gem, apresentando <strong>de</strong> maneira eficaz a história <strong>da</strong><br />

<strong>marca</strong>.<br />

Uso <strong>de</strong> assessoria <strong>de</strong> imprensa, relações públicas e promoção<br />

<strong>de</strong> eventos ( São Paulo Fashion Week, camarotes vip no<br />

carnaval, mailing para celebri<strong>da</strong><strong>de</strong>s).<br />

Criação <strong>de</strong> website em 3 idiomas.<br />

No plano internacional<br />

O lançamento foi na Galeries Lafayette, em Paris, ci<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

formadora <strong>de</strong> opinião na mo<strong>da</strong> mundial.<br />

As sandálias não são vendi<strong>da</strong>s em supermercados, os preços<br />

variam <strong>de</strong> 25 a 30 Euros e <strong>de</strong> US$ 10 a 15 .<br />

Os distribuidores tem acesso à eventos importantes<br />

(Grammy, Oscar, lojas Au Printemps em Paris).


Campanhas veicula<strong>da</strong>s com celebri<strong>da</strong><strong>de</strong>s ( Nicole Kidman,<br />

Naomi Campbell, Stéphanie <strong>de</strong> Mônaco).<br />

Criação <strong>de</strong> <strong>de</strong>signs exclusivos para boutiques famosas<br />

(Daslu em S. Paulo e Samantha em Malibu).<br />

Resultados<br />

A valorização <strong>da</strong>s ações <strong>da</strong> empresa <strong>de</strong> 1997 a 2003 foi <strong>de</strong> 325%.<br />

No Brasil foram vendidos 111 milhões <strong>de</strong> pares em 2003 e<br />

130 milhões em 2004.<br />

Ven<strong>da</strong>s em 63 países, com 8 milhões <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s/ano no exterior.<br />

Aumento <strong>de</strong> 37% nas exportações e lucro líquido <strong>de</strong> 71,5% no<br />

período 2002-2003, representando 39% <strong>de</strong> todo o faturamento <strong>da</strong><br />

São Paulo Alpargatas.<br />

A <strong>marca</strong> tornou-se ícone <strong>da</strong> cultura pop mundial, compara<strong>da</strong><br />

nos EUA e na Inglaterra ao Boeing e ao Fusca.<br />

Fonte: HSM Management, jan-fev 2005


Conclusão<br />

“O maior patrimônio <strong>de</strong> uma empresa é a sua <strong>marca</strong><br />

e a capaci<strong>da</strong><strong>de</strong> que esta possui <strong>de</strong> gerar vínculos<br />

estáveis e duradouros (fi<strong>de</strong>li<strong>da</strong><strong>de</strong>) com o seu público”.<br />

“Nós não sabemos realmente o exato valor <strong>de</strong> nossa<br />

<strong>marca</strong>, mas temos a convicção que, se um dia to<strong>da</strong> a<br />

empresa queimar até o chão, não teremos problemas<br />

em obter empréstimos bancários e reconstruir tudo<br />

novamente, com base apenas na força <strong>de</strong> nossa<br />

<strong>marca</strong>.”<br />

Relatório anual <strong>da</strong> diretoria <strong>da</strong> Coca Cola Company<br />

em 1995<br />

Fonte: MARTINS, J.R.; BLECHER, N. – O império <strong>da</strong>s <strong>marca</strong>s


Muito obrigado pela atenção... e paciência<br />

INSTITUTO NACIONAL DA PROPRIEDADE<br />

INDUSTRIAL<br />

INPI<br />

Se<strong>de</strong> : Praça Mauá n.º 7 - Rio <strong>de</strong> Janeiro<br />

Home page : http://www.inpi.gov.br<br />

tel : x x (21) 2139 - 3000<br />

Eng. Sérgio Barcelos Theotonio, M. Sc.<br />

barcelos@inpi.gov.br<br />

tel : (21) 2139 - 3527


Bibliografia <strong>de</strong> suporte<br />

-MILONE, M.C.M. – Scorecard <strong>da</strong> <strong>marca</strong>: uma alternativa para a<br />

mensuração do valor <strong>de</strong> uma <strong>marca</strong>. VI SEMEA- FEA- USP, 25/3/2003.<br />

-- TOLEDO, G.L.; Ibero American Aca<strong>de</strong>my of Management, International<br />

Conference; FGV/EASP;São Paulo-2003.<br />

-- MARTINS; J.R.; BLECHER,N.; O Império <strong>da</strong>s Marcas, ed. Negócio.<br />

-- “Quanto vale a coca? E a Nike? E a ...” – Exame, 20/5/1998.<br />

-- “O ABC do valor <strong>da</strong> <strong>marca</strong>” – HSM Management, mar-abr./ 2002.<br />

--”Planejamento e quali<strong>da</strong><strong>de</strong> aumentam o valor <strong>da</strong> <strong>marca</strong>” – EAC News,<br />

19/7/2004.<br />

-“O que Calvin Klein faz por aqui ?” – Dinheiro, 01/9/2004.


Bibliografia <strong>de</strong> suporte (cont.)<br />

-CAZZALI, A. R. “Marcas valem mais do que patrimônio”; Diário do Gran<strong>de</strong><br />

ABC, 13/4/2003.<br />

-- “Globalização extingue <strong>marca</strong>s brasileiras” – Valor Econômico, 17/7/2002.<br />

-- DAMANTE, N. “O Valor <strong>da</strong> Marca”, Revista Comunicação Empresarial, ano6<br />

nº 19, 2º trimestre 1996.<br />

-- “ Havaianas: Com o mundo a seus pés” – HSM Manangement; jan-fev. 2005.<br />

-- LANDES; W.M.; POSNER,R.A. – “The economics of tra<strong>de</strong>mark Law” in<br />

The Economic Structure of Intellectual Property Law; The Belknap of Havard<br />

University Press; 2003.<br />

-“O inquestionável po<strong>de</strong>r <strong>da</strong> <strong>marca</strong>” – Gazeta Mercantil 26/10/2000.<br />

-- MARRA, P. “O valor <strong>da</strong> <strong>marca</strong>” Madiamundomarketing, 2003<br />

- Seminário “Proteção <strong>da</strong>s <strong>marca</strong>s no Brasil e no exterior” FIRJAN – RJ,<br />

03/6/2005.

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