Tese Lidia Nazaré - UFF

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Isso provoca reação no leitor. Reação que nos leva a pensar o quanto fomos e somos manipulados pela rede da palavra. Se houvesse um nome no lugar de explorador, para qualquer fim, já estaria domesticado na mente do leitor, por exemplo, “Pequena Flor” e “Escura como macaco”. Este nome hipotético pode ser substituído também por uma idéia e aqui chegamos ao motivo pelo qual precisamos rever a linguagem racionalizada que cimentou e cimenta nosso Sistema de representação onde é forjada nossa identidade. Vê-se então que “causar reações sobre o mundo seria então a função de uso produzida pelo como se. Para isso é necessário irrealizar-se o mundo do texto, para assim transformá-lo em análogo, ou seja, em exemplificação do mundo (...)” (ISER, 1983, p.406), a fim de que “com isso se provoque uma relação de reação quanto ao mundo.” (ISER, 1983, p.406). O mundo real vem à tona aqui, mas “o seu objeto – aquilo de que ele trata ou o que diz – é percebido dentro e através da própria obra” (AGUIAR & SILVA, 1976, 151-2). Clarice Lispector e Franz Kafka realizam a missão de promoverem o desagravo desta linguagem que nos constitui como sujeitos da História. 225
Resumo Nesta pesquisa estudo a tessitura e o tema de quatro textos: três de Clarice Lispector e um de Franz Kafka. De Clarice elegi os contos “Amor” e “A menor mulher do mundo” de Laços de família (1960) e o romance A paixão segundo G.H. (1964). De Kafka elegi o conto “Um relatório para uma academia” de Um médico rural (1919). Esta escolha advém da necessidade de demonstrar três aspectos da linguagem que está na base da organização de qualquer Sistema de representação, a saber: o ato de nomear é violento, porque pode promover a construção da alteridade, a linguagem organizada a partir da fixidez da forma é limitada na sua função representativa, a linguagem organizada a partir da flexibilização da forma é capaz de lançar luz sobre as duas limitações anteriores e demonstrar, alegoricamente, possíveis causas de sua limitação assim como possíveis conseqüências. Palavras-chaves: Clarice Lispector, Franz Kafka, linguagem, representação, alteridade. 226
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Lídia Maria Nazaré Alves CLARICE
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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INS
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aos professores do Departamento de
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Abstract In this search I study the
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Neste Outro estado atravessa os “
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que balança, nas roupas que ela co
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encontrável por mim mesma, e sem s
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a linguagem vai se convertendo numa
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aparece no texto. No que se refere
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Progresso este que, numa primeira i
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sua obra, no capítulo anterior, e
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“sulco” (LACAN, 1986, p. 28) de
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De onde teria vindo este sopro? Ret
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Além da relação entre essas duas
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Neste caso a sua busca por esta pal
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utilizá-la no sentido “mais rest
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linguagem articulada. Eu estou dize
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se perde na embriaguês dos sentido
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esultou seu amestramento ou seja su
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É só em seu conjunto que o texto
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104 A partir do século XVII, todo
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E ainda “a linguagem humana se pe
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não só, também poderia ser “or
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A escrita é uma realidade ambígua
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Assim identificamos duas histórias
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sociedade: No clímax ele informa s
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esto do sentido anterior para encen
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6. Estratégias do narrador clarice
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A carta aclara o papel das Ciência
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onisciente neutro e comenta ao modo
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Como existe uma relação estreita
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1. O nome “pétreo” de Marcel P
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trabalho se aproxima mais. Assim te
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Posteriormente, observei que Pretre
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É por esta impossibilidade de ser
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que sua escrita não está ancorada
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que me referi. Afinal de contas, na
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o. A cadeia fonética volatiliza-o
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A indecisão do narrador quanto ao
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Contudo, a afirmação segura do na
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Em seus estudos sobre o nome própr
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Capítulo V - Poética do desagravo
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“mais fino sonho” jamais imagin
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Neste caso é o texto que nos revel
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natureza vegetal - não havia flor
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