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sugerir o estado de “Marcel Pretre”, ao ficar inesperadamente de-fronte com uma<br />
humana jamais imaginada.<br />
A segunda, sucedido pelo verbo “ter”. “Marcel Pretre” teve vários momentos<br />
difíceis” (LF, p.86), indica um estado dele, ou seja ele é inativo. Mas não só, abre-se<br />
também aqui uma cena de ironia, porque ao nomear “Pequena Flor”, “Marcel Pretre” se<br />
faz passar por seu dono. Como a divulgou no “suplemento” converte-a em mercadoria.<br />
A leitura aqui, a partir do desfecho do conto, só tem sentido se o verbo for entendido<br />
como transitivo direto, ou seja de forma literal. Restou-lhe a posse de “vários momentos<br />
difíceis”, ou seja, ele teve nada contabilizável. Teve uma experiência humana. Parece<br />
que estou diante de uma estética da negação do significado de todo sólido passível de<br />
ser convertido em moeda de troca. Negação em favor da busca do significado<br />
transcendente.<br />
Portanto, aqui também há migração de sentidos. E das duas leituras deste nome,<br />
vê-se que, na perspectiva do narrador/focalizador, “Marcel Pretre” é um sujeito passivo,<br />
incapaz para a ação de descobrir uma mulher. De trazê-la à experiência a partir do nome<br />
sem, com isso devassá-la, utilizando-se dele. Esta ação implica esforços maiores e não o<br />
encontrar-se com um povo que ele já sabia existir por ter sido informado. É uma escrita<br />
produzida para rasurar uma ação e não para solidificá-la.<br />
Este estado de Marcel Pretre é indicado na cena original que abre o texto: “o<br />
explorador francês Marcel Pretre, caçador e homem do mundo topou com uma tribo...”<br />
(LF, p.77), aqui ele aparece ladeado por nomes comuns, rendido, e a sua ação de “topar”<br />
é inativa porque casual.<br />
Os verbos “topar”, “ser informado”, “defrontar” são bastante significativos,<br />
porque marcam a originalidade da cena, já que problematizam a palavra “descobriu”<br />
que, para o narrador, seria uma palavra segunda, forjada, porque não adequada ao ato de<br />
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