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Tese Lidia Nazaré - UFF

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plenitude do nome em detrimento do signo arbitrário que forja discursos e identidades.<br />

Esse nome próprio, por significar e não designar, é passível de ser analisado, de ser (re)<br />

descoberto em seu frescor primeiro e este significado pode ser encontrado e este<br />

encontro revelar verdades ocultadas na história deste nome e na História que é tributária<br />

de sua linguagem.<br />

Por que “explorador” ?<br />

Por que o texto me seduziu?<br />

Por que seu tema e sua linguagem fazem alusão à História da colonização do meu<br />

país 65 . Assim, a anteposição do substantivo “explorador” é revolucionária,<br />

reivindicadora, questionadora. Isso porque substitui o lugar reservado pela linguagem<br />

instrumental para o nome – título - que identifica o status cultural e social do sujeito.<br />

Estratégia que nos alerta para o fato de que,<br />

[s]e crea significado em relación com lãs diferencias entre los signos constituyentes<br />

despojados de la realidad. Los signos representan algo más que ellos mismos. La<br />

ideologia está implicada em su creación” (TRIFONAS, 2007, p.54) 66 .<br />

O nome substituído - a titulação - não aparece, porque está sendo negado, ausentado<br />

da cena, mas sabemos que se trata de “cientista” porque é sugerido a partir de um<br />

substantivo composto e abstrato “espírito científico”. Esta fragmentação do substantivo<br />

“cientista” quebra a sua estabilidade e a sua concretude. A leveza dos fonemas fragiliza-<br />

65 O mesmo motivo que atraiu o meu olhar para o texto de Silviano Santiago, me instigou a buscar textos<br />

que trabalhassem o tema. Para o texto de Walter Benjamin, que com os seus estudos que alteram o nosso<br />

ponto de vista sobre o passado conduz-nos à sua recuperação em favor de nossos antepassados, de nós<br />

mesmos e das gerações vindouras. E, finalmente para o discurso crítico - de sala de aula e dos textos<br />

teóricos – de Lúcia Helena sempre conduzindo para a busca de textos que encaminham reflexões em<br />

torno do “fazer literário” que resultem em dissertações que sirvam para nos tornar mais críticos para<br />

sermos mais humanos.<br />

66 “Cria-se significado com relação às diferenças entre os signos constituídos fora da realidade. Os signos<br />

representam algo mais do que eles mesmos. A ideologia está implicada na sua criação”. Tradução minha.<br />

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