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O impera<strong>do</strong>r Caio Júlio não conseguia acreditar no que estava acontecen<strong>do</strong><br />
com ele. Como é que em uma única noite ele poderia ter viaja<strong>do</strong><br />
tanto a ponto de precisar de cem dias para fazer chegar ao seu exército uma<br />
simples mensagem? Bem, desde pequeno ele sempre ouvira sua mãe dizer<br />
que, caso um dia ele se perdesse de casa, o melhor a fazer seria tentar voltar<br />
pelo mesmo caminho. E foi isso que ele fez.<br />
Caio Júlio encontrou o móvel no qual havia entra<strong>do</strong> em Roma e, sem hesitar,<br />
escondeu-se novamente em seu interior.<br />
– Quem sabe assim consigo voltar! – disse ele.<br />
Mas o nobre guerreiro não contava com o calor de um país tropical e,<br />
depois de passar alguns minutos dentro da máquina, acabou por desmaiar.<br />
Mais alguns minutos se passaram e, quan<strong>do</strong> o impera<strong>do</strong>r voltou a si, o<br />
dia já não estava mais tão quente. Ao contrário, tinha se transforma<strong>do</strong> em<br />
uma tarde muito fria e cinzenta.<br />
Certo de que havia acorda<strong>do</strong> de um simples pesadelo, Caio Júlio usou de<br />
to<strong>do</strong> o cuida<strong>do</strong> para sair de dentro <strong>do</strong> móvel, pois o grupo de trai<strong>do</strong>res inimigos<br />
poderia estar esperan<strong>do</strong> por ele em uma perigosa emboscada.<br />
– Preciso chegar são e salvo ao palácio. Avisar o meu exército é fundamental!<br />
– pensou ele em voz alta.<br />
– Avisar quem, meu senhor? – perguntou uma mocinha que passava por<br />
ali. – O senhor está em apuros? O que estava fazen<strong>do</strong> dentro de um armário?<br />
Os trajes longos e colori<strong>do</strong>s dela fizeram Caio Júlio perceber, imediatamente,<br />
que ainda estava longe de casa, pois nunca havia visto alguém vesti<strong>do</strong><br />
daquele jeito.<br />
– Armário? Ah! Sim, eu estava mesmo dentro desse estranho móvel de<br />
madeira... – respondeu ele. – E, ao que me parece, estou, sim, em apuros...<br />
Será que você pode me ajudar? Eu sou o impera<strong>do</strong>r Caio Júlio, de Roma, e<br />
fui traí<strong>do</strong> por integrantes de minha guarda pessoal de legionários. Os trai<strong>do</strong>res<br />
nos derrotaram em uma batalha que durou quase um dia, e eu preciso,<br />
urgentemente, avisar o meu exército sobre o ocorri<strong>do</strong>. Tenho receio de que,<br />
caso meus solda<strong>do</strong>s não sejam alerta<strong>do</strong>s, possamos sofrer mais um golpe e...<br />
Bem, eles nem sabem que eu ainda estou vivo!<br />
– Nossa, que história! Quer dizer então que o senhor está usan<strong>do</strong> saia<br />
e penas na cabeça porque veio de Roma? – perguntou a mocinha. – Isso é<br />
muito estranho, pois meu pai é professor de um moço italiano e eu nunca o<br />
vi vesti<strong>do</strong> dessa forma!<br />
10<br />
Nesse instante, parou ao la<strong>do</strong> <strong>do</strong>s <strong>do</strong>is uma grande carruagem e dela<br />
desceu um senhor distinto, de barbas brancas, provavelmente o pai da mocinha.<br />
Os três conversaram por um bom tempo, e, depois que a história de<br />
Caio Júlio foi mais uma vez explicada, o senhor disse:<br />
– Então sei aonde eu e minha filha podemos levá-lo, preza<strong>do</strong> impera<strong>do</strong>r:<br />
a uma casa de telégrafo! De lá poderá enviar a mensagem que quiser e, por<br />
mais incrível que possa parecer, ela chegará quase no mesmo momento ao<br />
seu destino!<br />
– Oh! Isso é impossível! – exclamou o impera<strong>do</strong>r.