1 A INFLUÊNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO PARA ... - IEPS
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ecuperação), apenas norteadas pelo fator amizade ou empatia, não deveriam fazer parte<br />
das atitudes de um “formador de opiniões”.<br />
Cabe ao professor investigar e conhecer mais particularmente o seu aluno ao<br />
longo de seu aprendizado. Para SEBER (1997, p.126), mesmo que o aspecto cognitivo<br />
seja mais estudado, mais questionado por explicar a construção da inteligência, não se<br />
deve deixar de considerar que “[...] as construções intelectuais são permeadas passo a<br />
passo pelo aspecto afetivo e que ele é muito importante” (p. 216).<br />
Já RANGEL, (1992) explica que nesta perspectiva, o relacionamento entre<br />
professor e aluno deve ser de amizade, de troca, de solidariedade, de respeito mútuo,<br />
enfim, não se concebe desenvolver qualquer tipo de aprendizagem, em um ambiente<br />
hostil. Mas não devemos esquecer que o respeito que a criança tem pelo adulto é<br />
unilateral, dando origem a dois sentimentos distintos: afeto e o medo; mas<br />
simultaneamente percebidos pela criança quando envolvidas em situações resultantes<br />
das suas ‘desobediências’.<br />
Na compreensão de PIAGET (1995), é da existência desses dois sentimentos<br />
que surge o respeito unilateral. Como exemplo, ele diz que uma criança não irá<br />
desobedecer às ordens do irmão a quem tem afeto, se por ele não sentir também um<br />
pouco de medo; assim como não respeitará um adulto que tenha medo, se por ele não<br />
houver algum sentimento de estima. Por isso é que, para Piaget, se houver afetividade<br />
há possibilidade de pôr em prática o respeito mútuo, tão necessário para o<br />
desenvolvimento das relações pessoais em qualquer que seja o meio humano e, através<br />
dele, a aprendizagem flui com mais facilidade.<br />
Segundo RANGEL (1992) é comum que professores intervenham na relação<br />
dinâmica entre as crianças e seus pares, mas dificilmente encorajam-nas mostrando<br />
confiança em sua capacidade de chegarem a um acordo, a uma decisão, demonstrando<br />
para isso, afeto e segurança na sua intervenção. É importante que o professor demonstre<br />
afeto e compreensão, principalmente quando a criança se mostra angustiada.<br />
RANGEL (IDEM, p.78) destaca que:<br />
Acreditamos que a escola deve se ocupar com seriedade com a<br />
questão do “saber”, do “conhecimento”. Se um professor for<br />
competente, ele, através do seu compromisso de educar para o<br />
conhecimento, contribuirá com a formação da pessoa, podendo<br />
inclusive contribuir para a superação de desajustes emocionais.<br />
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