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1 A INFLUÊNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO PARA ... - IEPS

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graduação dos programas, na separação em classes sucessivas, na avaliação<br />

regular dos conteúdos adquiridos, no emprego do tempo subdividido e<br />

controlado. [...} cada classe passa a ter seu professor, e cada série, sua sala de<br />

aula. O colégio deixa de ser somente uma instituição e passa a ser também um<br />

prédio. Esta dupla repartição espaço- temporal fornece um ambiente adequado<br />

para o desenvolvimento dos métodos pedagógicos. A classe de alunos como<br />

sala e como grau, torna-se o eixo central das atividades escolares condiciona<br />

largamente a reflexão pedagógica: métodos de supervisão, medidas<br />

disciplinares, constatação de ausências e dos atrasos, ritmo e sucessão das<br />

atividades rotineiras, provas, treinos, exames escritos, classificação dos alunos,<br />

emulação e censuras, promoções e rebaixamentos, tudo ganha forma e<br />

significado na série de classes ordenadas e distintas de um estabelecimento. A<br />

classe se torna local de uma atividade coletiva marcada por regulamentos, o<br />

local fechado onde ocorre uma classificação permanente dos alunos, onde são<br />

comparadas as performances, eliminados os “fracos” e promovidos os “fortes”.<br />

Portanto, a classe nobre passa a aspirar à cultura clássica e recebe ainda uma<br />

formação complementar relacionada com sua condição social. Os nobres menos<br />

abastados contentam-se com os colégios menores, desta forma, destacam-se as<br />

distâncias sociais.<br />

Entretanto, a sociedade evolui e o modelo educacional se transforma. Ao final<br />

do século XVIII e início do século XIX, a sociedade feudal passa a assumir uma<br />

estrutura capitalista, mudando os rumos da história. Neste momento há um processo de<br />

transformação do trabalho humano “que desloca massas inteiras da população não<br />

somente das oficinas artesanais para as fábricas, mas também dos campos para a cidade,<br />

provocando conflitos sociais, transformações culturais e revoluções morais inauditas”<br />

(MANACOR<strong>DA</strong>, 2000: 270). Dentro deste novo modelo social a escola se adapta e há,<br />

neste período, um grande movimento de laicização e estatização da instrução que<br />

avança passo a passo, com sua universalização. Muito embora grandes educadores<br />

tenham se manifestado dizendo que os trabalhadores perderam sua antiga instrução e na<br />

fábrica só adquiriram ignorância, “ao sapateiro basta o silabário e o catecismo”<br />

(MANACOR<strong>DA</strong>, 2000: 276). Com esta universalização, a instrução passou a ser um<br />

dever do Estado, oferecendo-a de forma laicizada e tornando-a obrigatória até certo grau<br />

de escolarização, estendendo esta obrigatoriedade gradativamente a séries mais<br />

avançadas. Desta maneira, os filhos dos trabalhadores e mais pessoas tiveram acesso a<br />

esta modalidade de instrução, o que vem acontecendo até a atualidade.<br />

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