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1 A INFLUÊNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO PARA ... - IEPS

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Cabe ainda salientar que os PCN’s visam ser implementados a partir do 5º ano<br />

do Ensino Fundamental, negligenciando a sexualidade inerente às crianças da Educação<br />

Infantil e Ensino Fundamental (anos iniciais), como se nesta fase do desenvolvimento as<br />

crianças não fossem seres sexuados. PINTO (1999, p.55) afirma que a sexualidade não<br />

eclode na adolescência: “como há mais de cem anos Freud demonstrou, existe uma<br />

sexualidade infantil, não genitalizada, que se manifesta desde a mais tenra idade.[...]”.<br />

GUIMARÃES (1995) afirma que para estudar a sexualidade humana, é preciso a<br />

abordagem multidisciplinar, tanto quanto possível, uma vez que os fundamentos da<br />

biologia, da antropologia, da filosofia, da psicologia, da sociologia, da economia, da<br />

erótica estão intrinsecamente implicados nela. O método multidisciplinar remete a uma<br />

nova antropologia, que busca superar as múltiplas especializações, articulando as<br />

diferentes disciplinas científicas.<br />

A autora acrescenta ainda que, ao enfocar o fenômeno sexual como um<br />

problema multifacetado, teremos que iluminar um aspecto específico levando em<br />

consideração as influências dos demais, evitando a fragmentação própria da ruptura<br />

estanque entre as ciências. Sobre este aspecto NUNES (2003, p.21) afirma que:<br />

A investigação sobre a sexualidade demanda uma análise mais aprofundada,<br />

demanda a compreensão da antropologia que a fundamenta, da visão política,<br />

do imaginário de uma época e a natureza da investigação que a escola pode<br />

oferecer aos alunos. Não há a possibilidade de uma investigação sobre<br />

sexualidade de maneira simplista, voluntarista, institucional ou normativa,<br />

sem investigar suas imbricações teóricas e as raízes que as sustentam.<br />

Enfim, a investigação criteriosa sobre as manifestações da sexualidade infantil<br />

só poderão ser compreendidas quando voltarmos um olhar mais aprofundado nos dados<br />

dos bastidores da realidade, nas causas estruturais que lhes emprestam sustentação e<br />

base, que se consubstanciam nos dados da história e na lenta e árdua construção social<br />

dos conceitos, das instituições e das práticas.<br />

2. O OLHAR INSTRUMENTALIZADO DO <strong>PROFESSOR</strong><br />

A Orientação Sexual sobrevive nas escolas apenas por meio de iniciativas de<br />

professores comprometidos e é sob a perspectiva de continuidade do desenvolvimento<br />

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