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1 A INFLUÊNCIA DA RELAÇÃO PROFESSOR-ALUNO PARA ... - IEPS

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A escola, na perspectiva de SILVA (2002, p.32) deve e pode ser um lugar de<br />

organização de movimentos que “reivindiquem, às autoridades locais, soluções<br />

adequadas, a médio e longo prazo, para essas ameaças e, em curto prazo, socorrer e<br />

encaminhar as denúncias trazidas por essas crianças e adolescentes”. No entanto,<br />

segundo o autor, para que a escola cumpra este papel, seria necessário que os<br />

professores e as professoras envolvidas estivessem prontos para perceber os pontos de<br />

vulnerabilidade dos alunos.<br />

Alguns indícios alentadores de desenvolver uma proposta de Orientação Sexual,<br />

foram contemplados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, no entanto os resultados<br />

foram poucos visíveis, pois embora os educadores responsáveis pela redação do<br />

documento tenham se esforçado para elaborar um texto simples, com termos acessíveis<br />

aos leigos, a execução da proposta dependia da capacitação de professores nas escolas.<br />

Ainda não temos oportunidades institucionais suficientes e condições<br />

materiais efetivas para preparar os professores que irão assumir os trabalhos<br />

escolares em sexualidade humana. Por este motivo corremos o risco do<br />

diletantismo e da ineficiência deste trabalho que se propõe transversal que,<br />

neste contexto, viria não exatamente a colaborar com a questão como<br />

interesse pedagógico coletivo, mas, se assumindo numa perspectiva<br />

improvisada e voluntarista, redundaria no ecletismo e na banalização do<br />

assunto.( NUNES e SILVA, 2006, p.65)<br />

Outro agravante é o fato de que o direcionamento da Orientação Sexual proposto<br />

pelos PCN’s focaliza seus escritos apenas na prevenção de doenças sexualmente<br />

transmissíveis e da gravidez indesejada. Tais temáticas são de suma importância, no<br />

entanto, entender a sexualidade apenas sob este viés, seria entendê-la de forma<br />

fragmentada e limitada.<br />

A Orientação Sexual, precisa transcender a visão compartimentada e<br />

descontextualizada que impera no paradigma dominante, reconhecendo a riqueza da<br />

sexualidade humana. Daí a necessidade de considerá-la sempre na pluralidade de<br />

dimensões que a compõem.<br />

A Orientação Sexual não deve ser reduzida a uma simples informação biológica<br />

ou tratar apenas dos aspectos higiênicos, bem como não pode limitar-se a uma ação<br />

pontual, pois essas ações conduzem a uma compreensão reduzida da personalidade<br />

global do indivíduo.<br />

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